Ministério investe em políticas voltadas para alunos superdotados
O Ministério da Educação investe desde novembro na implementação de políticas públicas para o atendimento educacional de alunos superdotados. Núcleos de atividades de altas habilidades/superdotação (Naah/s) foram criados nas 26 unidades da Federação. Nestes núcleos são oferecidas oportunidades para que os alunos desenvolvam talentos e potenciais. O total de recursos investidos pelo MEC nos Naahs é de R$ 2 milhões. “São ações de valorização do potencial humano”, explica a assessora técnica da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), Renata Rodrigues Maia-Pinto.
Em 2006, os núcleos foram instalados e estão equipados para atender alunos com habilidades especiais. Professores estão tendo formação e receberão, até o começo de agosto, material teórico e prático para orientação do seu trabalho. A partir de agosto, haverá formação especializada de professores nas cinco regiões do país. Segundo Renata Pinto, para que o atendimento seja efetivo, uma das atividades previstas refere-se à formação de professores que irão atuar e, também, dos professores do sistema de ensino. “Outra ação diz respeito ao atendimento à família para que estejam informados sobre as características de desenvolvimento de seus filhos”, diz.
As ações do Naah adquirem sustentabilidade a partir de parcerias com universidades ou instituições especializadas. “São parcerias que ampliam as possibilidades de formação dos professores e abrem portas para que alunos desenvolvam projetos em áreas de seu interesse sob a orientação de professores especializados”, afirma. É comum estudantes se envolverem com problemas comunitários e desenvolverem projetos locais.
Funcionamento – Os núcleos funcionam em local indicado pela Secretaria de Educação estadual ou municipal em três unidades de atendimento: ao aluno, ao professor e à família. Eles devem ter salas para atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos, bem como oferecer suporte pedagógico aos professores e orientação às famílias de alunos com altas habilidades/superdotação.
Os núcleos devem servir de apoio aos sistemas de ensino, a partir de parcerias e convênios entre órgãos governamentais, principalmente instituições de ensino superior e secretarias estaduais de educação, ONGs e a comunidade. Podem funcionar em espaços físicos comunitários, como associações, escolas, bibliotecas escolas especializadas e outros. Na implementação das atividades são desenvolvidas práticas pedagógicas, no sentido de formar os professores para identificar e avaliar as habilidades, interesses, estilos de aprendizagem e expressão nas diferentes faixas etárias.
Repórter: Cristiano Bastos