Faculdades transformadas em universidades federais receberão recursos do MEC
Quatro faculdades transformadas em universidades federais ao longo de 2005, medida que integra o plano de expansão da educação superior do governo federal, receberão recursos do Ministério da Educação por meio de convênios, que foram assinados nesta segunda-feira, 19.
Os convênios assinados pelo MEC destinam R$ 3 milhões à Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), a serem gastos na infra-estrutura física, material e tecnológica e no funcionamento de cinco novos cursos de graduação; cerca de R$ 3 milhões para obras, instalações e compra de equipamentos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); R$ 2,5 milhões para aquisição de equipamentos, construção de salas de aula e implantação de seis cursos de graduação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa); e mais R$ 2,5 milhões à Universidade Federal de Alfenas (Unifal), para aquisição de materiais, serviços de reforma e ampliações.
“Estamos mostrando para todo o Brasil que a educação superior pública é importante para o país. Também acreditamos na autonomia das universidades, que pode trazer para o MEC novas idéias, pedagogias e, com isso, o maior número possível de alunos para dentro das universidades”, afirmou o titular da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), Nelson Maculan. Segundo o secretário, a educação pública no Brasil precisa de qualidade. “Os convênios assinados, certamente, não serão suficientes, mas serão importantes para dar partida nesse processo”, observou.
De acordo com a coordenadora-geral de Desenvolvimento das Instituições Federais do ministério, Ieda Costa Diniz, o MEC está apoiando as instituições para que elas se ajustem à nova situação de universidades e possam abrir mais cursos, aumentar a oferta de vagas e melhorar os laboratórios. Segundo explica a professora, o projeto de expansão inclui também a criação de quatro novas instituições e a construção ou reestruturação de 40 novos campi. “A expectativa é que, em cinco anos, 125 mil novas matrículas sejam feitas na rede pública”, disse Ieda. Atualmente, o número de alunos que ingressam anualmente nessas instituições é de 123 mil.
Raquel Maranhão Sá