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Página inicial > Todas as notícias > MEC libera R$ 51,6 milhões para hospitais universitários
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  • No Paraná, produção de uma chácara familiar abastece escolas da rede pública, com apoio do Pnae (Foto: Emanuela Marfil)Faz mais de 20 anos que a agroecologia norteia a produção da chácara da família Marfil, em Bocaiuva do Sul, região metropolitana de Curitiba. A produção começou com frutas e hortaliças. Hoje, por meio da Rede Ecovida, são distribuídos mais de 200 itens entre produtos in natura e processados. A rede conta com cerca de 5 mil colaboradores e, além de feiras, abastece escolas da rede pública de ensino por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Essas e outras ações fazem parte do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo).

    De acordo com José Antonio Marfil, tudo começou em 1994, quando a família iniciou a produção agroecológica na chácara de 12 hectares em Bocaiuva do Sul. Cinco anos depois, organizaram a Rede Ecovida, que reúne outros agricultores familiares, técnicos interessados nesse tipo de produção e consumidores.

    Como sua propriedade produz em torno de 15 itens, foram em busca de parceiros para diversificar o que é oferecido ao público. Produtos processados e fracionados se juntaram aos que são vendidos in natura e aumentaram o cardápio de opções livre de agrotóxicos. Com as parcerias, chega a 250 o número de itens vendidos.

    Somente a Cooperativa de Agricultores Orgânicos e de Produção Agroecológica (Coaopa), da qual Marfil faz parte e que integra a EcoVida, tem 490 cooperados. No início, em 2010, os contratos de venda para o Pnae somavam R$ 69 mil ao ano. Hoje, são R$ 10 milhões por ano em contratos de produtos orgânicos e agroecológicos entregues no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São cerca de 50 toneladas de alimentos para as escolas todas as semanas. Quando somadas as feiras, são cerca de 100 toneladas somente na cooperativa. Se incluída aos números produzidos pela EcoVida, são cerca de 300 toneladas no mesmo período.

    “A agricultura familiar – especialmente a agroecológica – tem condição de produzir para todos os consumidores. Produzimos comida preservando o meio ambiente e promovendo a questão social – do jovem e da mulher – em uma economia participativa”, sublinha o produtor.

    Incentivos – Entre as ações de incentivo ao uso, na alimentação escolar, de alimentos agroecológicos produzidos por agricultores familiares, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), tem investido na formação de nutricionistas que atuam no Pnae. “O objetivo é fazer com que esses profissionais intensifiquem a aquisição de orgânicos pelas escolas, de forma a melhorar a qualidade dos alimentos servidos aos estudantes”, explica Sara Lopes, representante do FNDE na Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo). “Além dos benefícios para a alimentação dos estudantes, o aumento da procura estimula o crescimento da produção desses alimentos.”

    Quatro cursos de formação já foram realizados, em 2016, em parceria com as instituições federais de ensino superior, por meio do projeto Centro Colaborador de Alimentação e Nutrição Escolar (Cecane). Os eventos foram realizados pelas universidades federais de Ouro preto (Ufop), do Paraná (UFPR), do Rio Grande do Sul (UFRS) e de Santa Catarina (UFSC). Foram formados, no total, 649 atores sociais, gestores e agricultores familiares, sendo a maior parte, 449, de nutricionistas que atuam no Pnae.

    Material - O FNDE prepara agora material informativo sobre a importância dos alimentos orgânicos e agroecológicos para a alimentação escolar. A previsão é oferecê-lo em formato eletrônico para as secretarias de educação ainda este ano e uma edição revista e atualizada em 2019. O material também será entregue em eventos relacionados ao tema realizados pelo FNDE.

    Monitoramento – O FNDE também monitora o valor destinado por estados e municípios para a aquisição de alimentos orgânicos e agroecológicos. Em 2013, dos R$ 3,5 bilhões em alimentos adquiridos pelo Pnae, R$ 108 milhões foram destinados à aquisição de alimentos livre de agrotóxicos, ou seja, 3,34% do total.

    No ano seguinte, o percentual foi de 3,18%, com R$ 112 milhões de um total de R$ 3,5 bilhões. E, em 2015, o percentual foi de 2,63%, com R$ 97 milhões destinados aos alimentos orgânicos do total de R$ 3,7 bilhões investidos no Pnae. Os valores de 2016 ainda estão sendo analisados, já que os gestores do programa tiveram até 30 de maio para prestar contas dos recursos transferidos no ano passado. A previsão é de que os dados estejam disponíveis no início do segundo semestre de 2017.

    A intenção do FNDE é aumentar gradativamente esse percentual, por meio das ações que estão sendo desenvolvidas pela pasta.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Financiar projetos que integrem atividades de extensão tecnológica, pesquisa científica e educação profissional para construção e socialização de conhecimentos e técnicas relacionados à agroecologia e aos sistemas orgânicos de produção. Este é o objetivo da chamada nº 02/2016 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), aberta às instituições que integram a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. O prazo para envio de propostas já está aberto e segue até 12 de maio de 2016.

    As propostas serão financiadas com recursos no valor global de R$ 4 milhões. Os projetos selecionados serão executados nos núcleos de estudo em agroecologia e produção orgânica (NEA’s), implantados ou reformados em instituições da Rede Federal, e receberão financiamento de até R$ 100 mil. O prazo de execução das propostas selecionadas será de até 24 meses.

    Os projetos devem propor iniciativas que integrem a comunidade acadêmica com a comunidade local, sempre com foco na indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão; devem contribuir para o desenvolvimento local ou regional de forma sustentável, e contribuir para o diálogo entre os diversos segmentos da sociedade civil com o setor público para construção de parcerias interinstitucionais e a construção de redes de informação sobre experiências relacionadas à agroecologia e à produção orgânica e de base agroecológica.

    São considerados públicos prioritários e beneficiários da chamada os estudantes do ensino básico, técnico e tecnológico, agricultores familiares, produtores em transição agroecológica ou envolvidos com a produção orgânica ou de base agroecológica, professores da Rede Federal e agentes de assistência técnica e extensão rural.

    Propostas – As propostas devem ser submetidas por meio do formulário de propostas on-line, disponível na Plataforma Carlos Chagas.

    NEA's – São centros de referência para o desenvolvimento rural sustentável fundamentado nos princípios, conhecimentos e práticas da agroecologia, da produção orgânica e da base agroecológica, por meio de ações que integrem atividades de ensino, pesquisa e extensão em sua área de influência.

    Acesse a chamada pública Nº 02/2016 na página do CNPq na internet

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec

  • Professores dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia do Acre, da Bahia e de Brasília estarão no Benim até 8 de novembro para planejar a instalação de uma incubadora em cooperativismo e agroecologia no Lycée Agricole Medji de Sékou (Lams). A viagem dos professores brasileiros faz parte de acordo firmado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação brasileiro (Setec) com o governo do país africano, intermediado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

    Brasil e Benim assinaram, em 2005, acordo de cooperação técnica que prevê o desenvolvimento de atividades em áreas consideradas prioritárias, como saúde e agricultura. Comprometeram-se também a analisar outros setores de interesse para a criação de projetos. No ano passado, o governo beninense pediu ao governo brasileiro o envio de missão para prospecção e identificação de áreas de atuação para o desenvolvimento daquele país.

    A formação profissional e tecnológica nas áreas de cooperativismo e de agroecologia surgiu como principal demanda. Grande parte do que é produzido no Benim provém da agricultura familiar, o que deixa clara a necessidade de fortalecer as bases para o melhor aproveitamento dos recursos existentes e o aumento da produtividade. Assim, os professores Breno Carrillo (Acre), Alex Cypriano (Bahia) e Vânia Pimental (Brasília) vão atuar como multiplicadores da incubadora de cooperativas e ajudar na formação de empreendimentos. O projeto prevê missões de acompanhamento das cooperativas e aquisição de equipamentos.

    O Benim, no oeste da África, tem aproximadamente nove milhões de habitantes. Foi colônia francesa até 1960, quando conseguiu a independência. Segundo dados das Nações Unidas, o analfabetismo atinge mais de 60% da população. O índice de desenvolvimento humano (IDH) é de 0,492 (muito baixo).

    Assessoria de Imprensa da Setec
  • O campus de Planaltina do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília oferecerá, a partir de fevereiro de 2010, o curso superior de tecnologia em agroecologia. Os estudantes serão selecionados com base nas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).


    Criado em dezembro de 2008, o instituto contará, quando estiver em pleno funcionamento, com cinco campi — Brasília, Taguatinga, Gama, Samambaia e Planaltina. Único em funcionamento, o de Planaltina oferece os cursos técnicos de agropecuária, agroindústria e guia de turismo. Com duração de três anos, o curso superior de tecnologia em agroecologia formará profissionais capazes de planejar, analisar, executar e monitorar sistemas de produção agropecuária.


    Para oferecer o curso, a instituição conta com acervo específico e atualizado, laboratórios de solo e de biologia, áreas de plantio e de criação de animais. Os estudantes também contarão com viveiro de produção de mudas, laboratório de processamento de alimentos de origem vegetal e animal e laboratório de informática com programas específicos.


    Para o segundo semestre de 2010, está previsto o início do curso superior de tecnologia em biocombustíveis, também no campus de Planaltina.


    O candidato precisa fazer a inscrição no Enem até 17 de julho.

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • Com duração de três semestres, curso é realizado pelo Instituto Federal do Amazonas


    Às margens do lago Iguapenu e sentados embaixo de uma castanheira, indígenas da etnia Mura acompanham o conteúdo da aula do biólogo e professor Valdely Kinupp, especialista em Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs). O cenário faz parte da disciplina Introdução à Agroecologia do primeiro módulo do curso técnico em Agroecologia, ofertado pelo Instituto Federal do Amazonas (Ifam), na aldeia Moyray, no município de Autazes, a 112 quilômetros de Manaus (AM).

    Por meio de processo seletivo que respeitou os usos, costumes e tradições indígenas, foram selecionados 30 candidatos das aldeias Moyray, Capivara, São Félix, Lago do Pauru, Iguapenu, Terra Preta Murutinga, Cuia e Trincheira.

    O curso é diurno, dura três semestres e utiliza a pedagogia da alternância, quando as aulas são ministradas em módulos e com professores que se deslocam até a comunidade e depois retornam para o campus de origem. O trajeto dos professores do Ifam, de Manaus até Autazes, é feito por estrada e navegação por rios.

    A iniciativa para realização do curso partiu das lideranças indígenas. O processo, feito junto com a reitoria do Ifam, durou cerca de dois anos, entre audiências públicas, consultas e reuniões com as aldeias. “A oferta de educação pública com qualidade aos moradores das aldeias localizadas na zona rural do município, promove a inclusão, cidadania e respeito à diversidade, alguns dos valores do Instituto”, disse o reitor do Ifam, Antônio Castelo Branco.

    Técnico em Agroecologia – O curso de Agroecologia forma profissionais que atuam em sistemas de produção agropecuária e extrativista fundamentados em princípios agroecológicos e técnicas de sistemas orgânicos de produção. Os estudos unem a preservação e conservação de recursos naturais à sustentabilidade dos pequenos produtores da agricultura familiar.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec

  • A educação tem papel fundamental para disseminar conhecimentos sobre como produzir e consumir alimentos saudáveis. Por isso, o Ministério da Educação vai apresentar algumas das experiências desenvolvidas pelos institutos federais de educação, ciência e tecnologia sobre agroecologia e produção orgânica no 6º Congresso Latino-americano de Agroecologia, 10º Congresso Brasileiro de Agroecologia e 5º Seminário de Agroecologia do Distrito Federal e Entorno, que acontecem simultaneamente em Brasília, entre os dias 12 e 15 de setembro.

    Cerca de 4 mil participantes são esperados no evento, organizado pela Sociedade Científica Latino-americana de Agroecologia (Socla) e promovido pela Associação Brasileira de Agroecologia (ABA). O objetivo é promover a troca de experiências por meio de palestras, feiras, rodas de conversa, estandes e apresentação de trabalhos científicos. O evento acontece na Semana do Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro.

    No dia 13 de setembro, de 14 às 18 horas, representantes da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC, instituição parceira do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), realizarão uma oficina com os coordenadores dos núcleos de estudo em agroecologia e produção orgânica dos institutos federais e com demais ministérios parceiros. Nessa mesma data e horário, a representante do MEC na Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (Ciapo), Fernanda Frade, participará de uma atividade científica sobre a construção do conhecimento agroecológico: políticas públicas.

    Durante o evento, representantes dos institutos federais apresentarão as seguinte experiências: Pronatec Bolsa Verde, desenvolvido pelo Instituto Federal do Acre (Ifac); Experiência de ensino, pesquisa e extensão com foco na caatinga, do Instituto Federal da Paraíba (IFPB); Curso de Bacharelado em Agroecologia e Pesquisa, sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde das pessoas, em parceria com a Fundação do Câncer de Muriaé, do Instituto Federal do Sudeste de Minas (IFSudeste de Minas), e ainda a experiência do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) sobre a formação de nutricionistas.

    Pronatec – Resultado da parceria entre o MEC e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Pronatec Bolsa Verde é um programa de acesso ao ensino profissional criado para apoiar o desenvolvimento sustentável, por meio do fortalecimento da cadeia produtiva do extrativismo, da elevação de escolaridade e do combate ao analfabetismo.

    O programa atende a várias unidades de conservação da Amazônia e o seu sucesso deve-se ao trabalho conjunto entre os gestores da Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema e os técnicos e dirigentes do Ifac. Outro fator que contribui para o sucesso do programa é que os cursos têm sido ministrados dentro da própria reserva.

    Caatinga –  O Núcleo de Estudos de Agroecologia do IFPB trabalha com extensão e pesquisa com foco em caatinga, semiárido e sustentabilidade, por meio de parcerias com atores locais, como pequenos agricultores, quilombolas, assentamentos, escolas municipais, organizações não-governamentais, além de órgãos municipais e estaduais.

    Há mais de seis anos, são desenvolvidos projetos de segurança alimentar, gastronomia e valorização das espécies locais com o projeto Sabores da Caatinga e o desenvolvimento de comunidades rurais com o projeto Cactáceas Ornamentais, que também valoriza a flora da região.

    Bacharelado – O IFSudeste de Minas, por sua vez, vai apresentar o curso de bacharelado em agroecologia, oferecido pela instituição. O foco é o desenvolvimento de tecnologias capazes de harmonizar a produção animal e vegetal com a preservação de recursos naturais. Durante a formação, o estudante aprende a fomentar a agricultura familiar e a desenvolver pesquisas para oferecer novas tecnologias aos produtores. Além do curso, será apresentada uma pesquisa sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde das pessoas, realizada junto à Fundação do Câncer de Muriaé.

    Pnae – O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) apresentará a experiência do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (Cecane), da Universidade Federal do Paraná (UFPR) sobre formação de nutricionistas.

    Os eventos serão realizados no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, entre os dias 12 e 15 de setembro. Mais informações estão disponíveis na página do evento.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Instituições federais de educação profissional e escolas técnicas vinculadas a universidades que ofereçam cursos na área de ciências agrárias podem apresentar projetos de implantação e consolidação de núcleos de estudo em agroecologia. Os projetos devem ser encaminhados ao Ministério da Educação até 4 de junho. A iniciativa tem a parceria dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Ciência e Tecnologia.

    Os núcleos têm a missão de ampliar a produção científica de pesquisas relacionadas a agroecologia e a sistemas orgânicos de produção e de contribuir para a formação de professores e estudantes. A eles também cabe ampliar o acesso da comunidade escolar a conhecimentos, tecnologia e material didático específicos da área.

    Segundo Luiz Augusto Caldas Pereira, diretor de políticas da educação profissional do MEC, no processo de ensino e aprendizagem devem ser repassados princípios e valores tais como consumo responsável ou sustentável, valorização da biodiversidade e da cultura local e respeito às questões de gênero e etnia. Caldas enfatizou que assim pode ser suprida a carência de profissionais preparados para conduzir trabalhos em agroecologia e agricultura orgânicos.

    Como estabelece a carta-convite, serão selecionados 30 projetos, agrupados de acordo com as cinco regiões geográficas do país — pelo menos cinco projetos de cada região. A análise de viabilidade será feita por equipe designada pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC.

    Os projetos devem ser encaminhados ao endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., com cópia para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Podem ser enviados também por Sedex, para Ministério da Educação, Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, Diretoria de Formulação de Políticas de Educação Profissional e Tecnológica. Esplanada dos Ministérios, bloco L, anexo l, sala 200. CEP 70047-900, Brasília, DF.

    Ana Júlia Silva de Souza
  • A produção de alimentos orgânicos movimenta US$ 50 milhões por ano em todo o mundo. No Brasil, recursos de aproximadamente R$ 1 milhão, de cinco ministérios, foram liberados nesta quarta-feira, 30, para a implantação de núcleos de estudos em agroecologia e produção de orgânicos. O dinheiro será usado na implementação de núcleos em instituições federais de educação profissional e tecnológica de 20 estados.

    Os núcleos envolverão professores, estudantes e a comunidade do entorno das instituições de ensino ligadas à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Os projetos selecionados, apresentados ao Ministério da Educação em maio, devem ser desenvolvidos até o fim de 2011, mas há a perspectiva de os núcleos se tornarem permanentes. “Estamos lidando com os desdobramentos de séculos de desequilíbrio ecológico”, destacou o secretário de educação profissional e tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco. “A agricultura familiar é hoje uma orientação hegemônica nas escolas federais.”

    Os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Ciência e Tecnologia estão ao lado do MEC na liberação de recursos. A discussão e o estabelecimento do programa vem de 2006 e envolve também os ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário. “Plantamos hoje uma semente que crescerá com o apoio das instituições envolvidas”, afirmou Hellinton Rocha, secretário adjunto do Ministério da Agricultura.

    Cultura— A proposta de implementar núcleos de pesquisa e estudo em agroecologia pretende transformar alunos, professores e membros da comunidade envolvidos em multiplicadores de uma nova postura com relação ao consumo e à produção de alimentos. “Temos um curso superior de agroecologia com inscrições abertas e realizamos estudos sobre o assunto, mas não podemos afirmar que temos uma escola ecologicamente sustentável”, disse o reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília, Aléssio Trindade. “Estamos no caminho.” O instituto de Brasília está entre as instituições que receberão núcleos de pesquisa.

    Dos 49 projetos apresentados ao MEC, 30 foram selecionados para receber recursos.

    Assessoria de Imprensa da Setec
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