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  • A Escola Municipal Casa Meio Norte, em Teresina, no Piauí, desenvolveu o projeto Borboleta, que incentiva a leitura e o aprendizado. A iniciativa começou depois que as professoras prestaram atenção no modo como as crianças tinham contato com os livros. Mudando a didática, os estudantes passaram a ler cerca de 30 livros por mês.

    Dentro do projeto existe o caso da “coreografia da escrita”. A diretora pedagógica da escola, professora Ruthineia Vieira Lima, conta que o termo apareceu pela primeira vez em uma conversa com uma das alunas em fase de alfabetização na tentativa de expressar como percebia a formação e a articulação das palavras durante a leitura.

    “Tia, quando eu comecei a ler, eu percebi que o que de fato acontece é que, às vezes, faz uma coreografia dentro de uma palavra. E é verdade, a mudança de letra de um lugar para o outro, dentro de uma palavra, muda completamente seu sentido. Se eu botar a palavra ‘ala’ e acrescentar P vai dar pala, se eu botar o C vai dar cala, que é de calar”, disse a estudante para a professora.

    A docente explica o motivo do projeto chamar Borboleta. “Essa nossa trajetória é o que chamamos de uma consistência pedagógica. Daí, esse nome projeto Borboleta, porque a gente passou muito tempo no casulo buscando a solução, amadurecendo, fortalecendo nossas asas para voar”.

    Na prática, as professoras experimentaram dividir os alunos em pequenos grupos:

    borboletas: os alunos que ainda não sabiam ler;
    andorinhas: capazes de juntar uma letra com a outra, mas ainda sem interpretá-las;
    gansos: os que conseguiam ler um pouco mais;
    águias: os pequenos leitores fluentes.

    A estratégia foi apostar na maior oferta de livros e nos momentos de leitura com os alunos para que aprendessem com o sentido das palavras e escutassem seus sons.

    “Não é a letra pela letra, a sílaba pela sílaba, mas construindo um saber significativo. Isso dá para nós os elementos de que essa criança já está, com certeza, construindo todos os processos de leitura, de significado, de sentido”, afirmou a professora.

    Saiba mais - O projeto Borboleta é o tema da edição desta sexta-feira, 31 de maio, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

  • São Paulo — O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu, na manhã desta segunda-feira, na capital paulista, a escolha de boas práticas para mobilizar a população pela causa educacional. “Temos de defender a ideia de que toda escola pública pode ser boa e motivar os professores e os alunos para a busca de melhores resultados”, afirmou.

    Mercadante fez apresentação na série de diálogos O Futuro se Aprende, que reúne formadores de opinião e entidades ligadas à educação. Ao comentar o fato de a maior parte da população considerar a educação brasileira satisfatória, o ministro disse que é natural que seja assim. “A maior parte dos pais dos estudantes não teve sequer acesso [à escola]”, lembrou. “Quando ele vê o filho com o direito assegurado à escola, com busca de qualidade, ele naturalmente acha que houve evolução. E houve.”

    O ministro defendeu ainda a escola em tempo integral, nos moldes do programa Mais Educação, como forma de assegurar a qualidade do ensino e a formação da cidadania entre os jovens. “Mais de 32 mil escolas já aderiram, mas deve ser uma adesão que premie os alunos da rede pública, sem exame de seleção”, disse.

    Quanto à questão do analfabetismo, Mercadante explicou que a prioridade do governo federal é impedir o surgimento de novos analfabetos, com o atendimento às crianças até os 8 anos de idade. “É importante a alfabetização na idade certa; é preciso trabalhar a questão do direito da criança à alfabetização, à educação.”

    Assessoria de Comunicação Social


    Confira a apresentação do ministro Aloizio Mercadante
  • Segundo ela, o número 1 é o primeiro conceito linguístico para qualquer criança

    Giulliano Fernandes, do Portal MEC

    A professora alemã Annemarie Fritz-Stratmann, uma das palestrantes internacionais da 1ª Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe), explicou nesta quinta-feira, 24 de outubro, uma forma de incrementar a alfabetização de crianças por meio de técnicas para que elas estabeleçam relações entre palavras e números.

    Na palestra da especialista da Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha, “Um modelo de desenvolvimento de aritmética e aquisição de literância”, ela explicou ser necessário cativar a atenção das crianças. E, para isso, é preciso entendê-las.

    “Os níveis de aprendizado devem ter sempre motivação e diversão como algo necessário. Sempre começamos com uma história e a partir dela surge um problema. Isso geram os exercícios e os motivos para que possam ser solucionados”, explicou a docente. “Temos que estabelecer um mapeamento, um significado, e fazê-la [criança] entender o que está por trás daquilo. É preciso estabelecer uma relação palavra-número”, completou.

    De acordo com Annemarie, as crianças, em uma primeira fase, muitas vezes, aprendem a contar até determinado número com palavras, mas não estabelecem a ligação. Ela ressaltou que o primeiro conceito linguístico para qualquer criança é o número 1. Este é o ponto de partida e é a partir dele que novos conteúdos devem ser adicionados para o aprendizado das crianças.

    Conabe - A Conabe é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) liderada pela Secretaria de Alfabetização da pasta. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) sedia o evento, em Brasília, até sexta-feira, 25. O objetivo é debater a alfabetização e produzir um relatório para subsidiar com evidências científicas as futuras políticas públicas para a área no país.

  • A medalha é o reconhecimento de ações e políticas bem-sucedidas que ajudem a reduzir o analfabetismo e que possibilitem a jovens e adultos continuar os estudos na educação básica (foto: Wanderley Pessoa)Os autores das cinco experiências em educação de jovens e adultos vencedores da quinta edição da Medalha Paulo Freire receberão a premiação na próxima quarta-feira, 14. A solenidade será realizada às 19 horas, na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa.

    Este ano, concorreram à Medalha Paulo Freire 72 trabalhos desenvolvidos nas cinco regiões do país. São vencedores os projetos nos estados do Acre, Ceará, Mato Grosso, São Paulo e do Rio Grande do Sul. A comissão julgadora escolheu experiência da prefeitura de Teresópolis (RJ) para receber menção honrosa.

    Promovida pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, a Medalha Paulo Freire é concedida a iniciativas nas áreas de políticas, programas e projetos que ajudem a reduzir o analfabetismo e que possibilitem a jovens e adultos continuar os estudos na educação básica. A premiação é o reconhecimento de ações e políticas bem-sucedidas. Sua concessão não está vinculada a prêmio em valor de qualquer natureza.

    Criada pelo já revogado Decreto nº 4.834, de 8 de setembro de 2003, que regulamentou o programa Brasil Alfabetizado, a Medalha Paulo Freire teve a continuidade assegurada pelo artigo 13 do Decreto nº 6.093, de 24 de abril de 2007, reformulador do programa. O prêmio, que tem o nome de um dos mais notáveis educadores brasileiros, foi entregue pela primeira vez em 2005.  

    Ionice Lorenzoni



    Confira os projetos premiados em 2011
  • A Medalha Paulo Freire é concedida a iniciativas que contribuam para a redução do analfabetismo e para que jovens e adultos continuem os estudos na educação básica (foto: Wanderley Pessoa)Experiências com educação de jovens e adultos desenvolvidas por entidades do Acre, Ceará, Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul foram as vencedoras da Medalha Paulo Freire, este ano. A quinta edição recebeu 72 inscrições de escolas, secretarias municipais de educação, conselhos escolares e prefeituras das cinco regiões do país.

    Receberão a premiação os projetos do Conselho Escolar Omar Sabino de Paula, de Rio Branco (AC); Centro de Educação de Jovens e Adultos Paulo Freire, de Fortaleza (CE); Escola Agrotécnica Federal de Cáceres (MT), Prefeitura de Osasco (SP) e Secretaria Municipal de Educação de Gravataí (RS). A comissão julgadora escolheu a experiência da prefeitura de Teresópolis (RJ) para receber menção honrosa. A data da entrega da medalha ainda será definida.

    Promovida pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, a Medalha Paulo Freire é concedida a cinco iniciativas, entre políticas, programas e projetos que contribuam para a redução do analfabetismo e para que jovens e adultos continuem os estudos na educação básica. O objetivo é reconhecer ações e políticas bem-sucedidas. A concessão não está vinculada a prêmio de qualquer natureza.

    Criada pelo já revogado Decreto nº 4.834, de 8 de setembro de 2003, que regulamentou o programa Brasil Alfabetizado, a Medalha Paulo Freire teve a continuidade assegurada pelo artigo 13 do Decreto nº 6.093, de 24 de abril de 2007, que reformulou o programa. O prêmio, que tem o nome de um dos mais notáveis educadores brasileiros, foi entregue pela primeira vez em 2005.

    A Portaria nº 110/2011 da Secadi, publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira, 25, traz a relação das entidades ganhadoras.

    Ionice Lorenzoni
  • No jardim, com flores agrupadas de A a Z, os alunos da escola catarinense aprendem o conceito de “comunidade de vida” (foto: arquivo da Escola Hermann Müller)Em um pequeno jardim, com flores de A a Z, estudantes entram em contato com a natureza e também com as palavras e as letras. Esse despertar para o aprendizado da leitura e da escrita tem início com o plantio das mudas, pelos próprios alunos da Escola Municipal Hermann Müller, no distrito de Pirabeiraba, área rural de Joinville (SC). No local, plaquinhas de madeira exibem poesias de Roseana Murray, autora de obras infantis.

    “Do A, de alamanda, ao Z, de zínia, para olhar, cheirar, comer e sentir as diferentes texturas, com mudas a partir de sementes trazidas pelas crianças e pais, e uma plaquinha identificando a letra e a espécie.” Assim é o jardim encantado, criado pela pedagoga Silvane Aparecida da Silva. Há oito anos ela dirige a escola, que tem 64 estudantes matriculados em turmas do primeiro ao sexto ano do ensino fundamental.

    Pós-graduada em ecologia e em gestão escolar, Silvane foi a responsável pela revitalização da escola, que encontrou “definhando, triste e desarticulada”, com apenas 26 alunos. Após uma série de medidas, que tiveram início com a retirada do lixo e a colocação de grama e canteiros onde antes havia pedras, ela conseguiu que os alunos passassem a viver, na prática, o conceito de “comunidade de vida”.

    Uma delicada colmeia, bem ao lado da porta principal da escola, pouco acima do chão, serve de exemplo. Os alunos passam todos os dias pelo local, mas sempre guardam distância segura. “Eles observam, admiram, contornam e seguem; em que outro lugar que concentre crianças tal cena duraria?”, avalia a diretora.

    Entre as árvores do bosque de leitura ao ar livre, os alunos podem ler, sentados em bancos sob as árvores frutíferas que eles mesmos plantaram. Ali ficam os chamados restaurantes da canção. São casas com comida para os pássaros, livres. “Tem aluno que vai para casa e solta os passarinhos das gaiolas, ou que sai de um rodeio chorando”, diz Silvane. “Eles sabem que nós somos só um fio da teia.”

    Vantagem — Como a escola é pequena, os alunos são agrupados do primeiro ao terceiro ano e do quarto ao sexto, em turmas multisseriadas. Assim, a professora alfabetizadora Marciane Seefeld Gonçalves atende, além de alunos do primeiro ano, os de segundo e do terceiro. Pedagoga, com pós-graduação em séries iniciais da educação infantil e gestão escolar, ela considera possível conseguir bons índices de aprendizado em turmas que reúnem estudantes de diversas idades e níveis de conhecimento. “Organizando o tempo didático, propondo atividades coletivas, a interação entre alunos de diferentes níveis, antes considerada um obstáculo, transformou-se em vantagem pedagógica”, destaca.

    A escola tem ainda sala de leitura, com livros atualizados, especialmente de poesia, e almofadas para os alunos lerem no chão. Todos os anos, em novembro, a escola promove o evento Café, Flor e Poesia. Em 2010, o encontro teve a participação de Roseana Murray, que pode ver seus poemas espalhados pelo jardim.

    Fátima Schenini

    Confira o blog da Escola Municipal Hermann Müller

    Saiba mais no Jornal do Professor


    DESTAQUE/FOTO

    (atual passa para destaque 4)

    legenda

    No jardim, com flores agrupadas de A a Z, os alunos da escola catarinense aprendem o conceito de “comunidade de vida” (foto: arquivo da Escola Hermann Müller)

    Ensino-aprendizagem

    Flores e poesia são aliadas de
    professora na alfabetização

    Brasília, 20/9/2011 — Em um pequeno jardim, com flores de A a Z, estudantes entram em contato com a natureza e também com as palavras e as letras. Esse despertar para o aprendizado da leitura e da escrita tem início com o plantio das mudas, pelos próprios alunos da Escola Municipal Hermann Müller, no distrito de Pirabeiraba, área rural de Joinville (SC). No local, plaquinhas de madeira exibem poesias de Roseana Murray, autora de obras infantis.

    “Do A, de alamanda, ao Z, de zínia, para olhar, cheirar, comer e sentir as diferentes texturas, com mudas a partir de sementes trazidas pelas crianças e pais, e uma plaquinha identificando a letra e a espécie.” Assim é o jardim encantado, criado pela pedagoga Silvane Aparecida da Silva. Há oito anos ela dirige a escola, que tem 64 estudantes matriculados em turmas do primeiro ao sexto ano do ensino fundamental.

    Pós-graduada em ecologia e em gestão escolar, Silvane foi a responsável pela revitalização da escola, que encontrou “definhando, triste e desarticulada”, com apenas 26 alunos. Após uma série de medidas, que tiveram início com a retirada do lixo e a colocação de grama e canteiros onde antes havia pedras, ela conseguiu que os alunos passassem a viver, na prática, o conceito de “comunidade de vida”.

    Uma delicada colmeia, bem ao lado da porta principal da escola, pouco acima do chão, serve de exemplo. Os alunos passam todos os dias pelo local, mas sempre guardam distância segura. “Eles observam, admiram, contornam e seguem; em que outro lugar que concentre crianças tal cena duraria?”, avalia a diretora.

    Entre as árvores do bosque de leitura ao ar livre, os alunos podem ler, sentados em bancos sob as árvores frutíferas que eles mesmos plantaram. Ali ficam os chamados restaurantes da canção. São casas com comida para os pássaros, livres. “Tem aluno que vai para casa e solta os passarinhos das gaiolas, ou que sai de um rodeio chorando”, diz Silvane. “Eles sabem que nós somos só um fio da teia.”

    Vantagem — Como a escola é pequena, os alunos são agrupados do primeiro ao terceiro ano e do quarto ao sexto, em turmas multisseriadas. Assim, a professora alfabetizadora Marciane Seefeld Gonçalves atende, além de alunos do primeiro ano, os de segundo e do terceiro. Pedagoga, com pós-graduação em séries iniciais da educação infantil e gestão escolar, ela considera possível conseguir bons índices de aprendizado em turmas que reúnem estudantes de diversas idades e níveis de conhecimento. “Organizando o tempo didático, propondo atividades coletivas, a interação entre alunos de diferentes níveis, antes considerada um obstáculo, transformou-se em vantagem pedagógica”, destaca.

    A escola tem ainda sala de leitura, com livros atualizados, especialmente de poesia, e almofadas para os alunos lerem no chão. Todos os anos, em novembro, a escola promove o evento Café, Flor e Poesia. Em 2010, o encontro teve a participação de Roseana Murray, que pode ver seus poemas espalhados pelo jardim. (Fátima Schenini)

    Confira o blog da Escola Municipal Hermann Müller

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    Palavras-chave: alfabetização, ensino fundamental, poesia

  • (Foto: Carlos Gibaja/Governo do Ceará)O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participou na manhã desta quarta-feira, 28, em Fortaleza, da entrega do prêmio Escola Nota Dez, do governo do Ceará. A iniciativa premiou as 274 escolas públicas que obtiveram os melhores resultados de alfabetização e do quinto ano do ensino fundamental.

    O concurso avaliou 212.860 crianças do segundo e quinto anos de mais de 4 mil unidades escolares públicas, como base nas informações do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica (Spaece) 2014. O prêmio tem como finalidade reconhecer o esforço das escolas públicas para elevar a aprendizagem das crianças.

    “A gestão da educação no Ceará é uma referência”, disse o ministro. Ele observou que a educação vem avançando rapidamente no estado. “Isso se deve a essas propostas criativas e inovadoras que mobilizam os professores, reconhecem e premiam as escolas com melhor desempenho e servem como um caminho para todo o Brasil”, afirmou Mercadante.

    A premiação é destinada a até 150 unidades escolares públicas que obtiveram os melhores resultados de alfabetização, tendo por base o Índice de Desempenho Escolar – Alfabetização (IDE-Alfa), e até 150 unidades escolares públicas de quinto ano, a partir do Índice de Desempenho Escolar.

    O prêmio Escola Nota Dez é uma das experiências que inspiraram o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), do Governo Federal, que tem como objetivo garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos. “Foi daqui que veio a inspiração em 2012 para Pnaic, eu volto hoje e os resultados são ainda melhores, nós vemos entusiasmo na sala de aula, as escolas sendo premiadas e isso gera uma possibilidade incrível para todo Brasil. Queremos fortalecer o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa”, disse o ministro.

    Profissional – Ainda em visita ao Ceará, o ministro Aloizio Mercadante visitou a Escola Estadual de Educação Profissional Adriano Nobre, localizada no município de Itapajé, e participou da inauguração da Escola Estadual de Educação Profissional Leonel de Moura Brizola. As escolas oferecem atendimento em tempo integral, das 7h às 17h, e além do ensino médio, os estudantes também poderão fazer um curso técnico concomitante.

    Mercadante acompanhou ainda o governador do Ceará, Camilo Santana, durante o ato de assinatura da ordem de serviço para reconstrução de 15 Escolas de Ensino Médio de Fortaleza. As obras buscam aprimorar o espaço físico, contribuindo para o acesso e a permanência dos alunos e melhores condições de trabalho para os profissionais da educação.

    Assessoria de Comunicação Social, com Secretaria de Educação do Ceará

     

  • Um novo ciclo do programa será aberto até novembro próximo para cadastramento de novas turmas e vagas, com funcionamento previsto para 2017 (arte sobre foto: ACS/MEC)Em nota oficial divulgada na terça-feira, 30, o Ministério da Educação assegura que o governo federal considera a alfabetização uma política pública prioritária, que tem sido debatida com vários segmentos da sociedade, como educadores, gestores, sociedade civil. Os programas hoje existentes estão sob avaliação para que o país possa promover combate efetivo ao analfabetismo.

    A nota expõe claramente os problemas enfrentados pela atual gestão, principalmente quanto à questão orçamentária. Apesar das restrições, o MEC enfatiza que o programa Brasil Alfabetizado continua em execução e hoje atende a 167 mil alunos. A nota afirma ainda que um novo ciclo do programa será aberto até novembro deste ano para cadastramento de novas turmas e vagas, de forma que aulas comecem em 2017.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira a íntegra da nota oficial do MEC sobre o programa Brasil Alfabetizado.

     

  • O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa será lançado nesta quinta-feira, 8, às 11 horas, no Palácio do Planalto. A cerimônia contará com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff, do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, governadores, prefeitos, parlamentares e dirigentes ligados à educação.

    O pacto é um compromisso já firmadoentre governo federal, governos estaduais e do Distrito Federal e prefeituras para assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade ao fim do terceiro ano do ensino fundamental. Foi registrada a adesão de todas as secretarias estaduais de educação e de 5.270 municípios.

     

    A média nacional de crianças brasileiras não alfabetizadas aos oito anos é de 15,2%, mas há estados em situação mais grave. A taxa de não alfabetização no Maranhão é de 34%; a de Alagoas, de 35%. As regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste têm índices melhores. O Paraná tem a menor taxa do país, de 4,9%. Santa Catarina registra 5,1%.

     

    De acordo com o secretário de educação básica do Ministério da Educação, César Callegari, o MEC trabalhou intensamente pelo pacto nos últimos meses, ao lado de todos os secretários estaduais de educação e representantes da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). ”É um compromisso importante para o país”, disse. “O objetivo é não deixar que nenhuma criança arraste um déficit educacional pelo resto da vida; é garantir sua plena alfabetização.”

     

    O principal eixo do pacto é a formação continuada de 360 mil professores alfabetizadores, que farão cursos presenciais com duração de dois anos. No primeiro ano, com ênfase em linguagem; no segundo, em matemática. Os cursos serão oferecidos no próprio município no qual o professor trabalha. Os profissionais receberão uma bolsa para participar da atividade.

     

    A formação será supervisionada por aproximadamente 18 mil orientadores de estudo, capacitados em 34 universidades públicas do país. Eles serão selecionados dentro da própria rede pública, pela experiência em alfabetização e coordenação pedagógica. “São os melhores professores e mais experientes”, salientou Callegari. “São os professores dando aula para os professores.”

     

    Entre as ações do pacto, o MEC fornecerá o material necessário para garantir a cerca de 8 milhões de alunos o processo da alfabetização plena nos três primeiros anos do ensino fundamental. Serão distribuídos 26,5 milhões de livros didáticos nas escolas de ensino regular e do campo, além de 4,6 milhões de dicionários, 10,7 milhões de obras de literatura e 17,3 milhões de livros paradidáticos. O pacto ainda vai assegurar uma pequena biblioteca em cada sala de alfabetização.

     

    Outro destaque do pacto será a implementação de um sistema de avaliação, para o qual professores e escolas serão capacitados. As escolas realizarão avaliações diagnósticas, além das aferições do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), a serem realizadas para o segundo e terceiro anos do ensino fundamental. Haverá ainda um sistema de incentivo a escolas e professores que mais avançarem no processo de alfabetização. Além disso, uma prova que será aplicada a todos os alunos do terceiro ano do ensino fundamental para medir o nível de alfabetização.

     

    As regras do pacto foram estabelecidas pela Portaria nº 867, de 4 de julho último, publicada no Diário Oficial da União de 5 de julho, seção 1, páginas 22 e 23.


    Assessoria de Comunicação Social

  • Seguidora da filosofia de Paulo Freire, estudante do Distrito Federal afirma que, a partir do ato de ler e escrever, é possível enxergar o mundo e o lugar de cada um nele (arte: ACS/MEC)Em meados da década de 1960, uma experiência inédita chamou a atenção do mundo para o interior do Rio Grande do Norte. Repórteres dos principais jornais norte-americanos e britânicos, além da imprensa brasileira, foram até o município de Angicos para apurar e contar ao mundo como cerca de 300 pessoas foram alfabetizadas em 40 horas. A experiência, considerada ousada, foi dirigida pelo então desconhecido Paulo Freire, que a partir dali tornou-se o mais célebre educador brasileiro. A metodologia, resultado de muitos anos de trabalho e reflexões do educador, acabou batizada com seu nome.

    Com a popularização do método Paulo Freire, milhares de brasileiros puderam experimentar essa forma de aprender e ensinar. A proposta incentiva o alfabetizando a se apropriar da escrita e da palavra para que entenda melhor o mundo e conquiste autonomia para transformar o meio em que vive. “A partir de Paulo Freire, a pessoa vê que não é só ler, não é só escrever, mas que vai além”, diz a estudante Kelly Cristina Guimarães Gregório. “A partir do ler e escrever, é possível enxergar o mundo e o seu lugar no mundo.”

     Kelly tem 24 anos e faz graduação em engenharia de produção. Mesmo em uma área aparentemente distante da pedagogia, a estudante interessou-se pela arte de ensinar. A prática veio a partir de atividades voluntárias. Hoje, ela é presidente do Centro de Educação Paulo Freire (Cepafre), em Ceilândia, maior região administrativa do Distrito Federal (489 mil habitantes). Criado em 1985, o centro já alfabetizou mais 15 mil adultos e idosos. Dentre eles, o avô de Kelly, José Ambrósio Pereira Nunes, 72 anos. “Hoje, ele está no primeiro seguimento da educação de jovens e adultos, que vai do primeiro ao quarto ano”, diz. “Então, ele domina a leitura, consegue escrever e faz as operações básicas de matemática também.”

    Dificuldades — A estudante revela que as dificuldades vividas pela família do avô não deixaram tempo para os estudos durante a infância e adolescência, no interior da Bahia. José Ambrósio precisou cuidar da mãe e dos irmãos. “Na realidade, a família do meu avô era muito pobre, no interior da Bahia, e ele sempre teve de trabalhar, por ser um dos filhos mais velhos”, diz. “Ele assumiu essa responsabilidade de trabalhar para sustentar os irmãos e tudo mais. Não tinha como estudar.”

     Kelly viu a história de seu avô se repetir nos relatos das turmas de alfabetização do Cepafre, pessoas que têm entre 40 e 80 anos. Durante as aulas, ela trabalha com palavras-chave, com base no método freiriano — palavras que tenham significado para os alunos. Ela pode então sentir porque tanta gente não lê nem escreve. “Quando citamos ‘lote’, ‘barraco’, vamos conhecendo um pouco da vida deles; eles quiseram, mas não tinham essa opção de estudar, pois precisavam trabalhar, sustentar a família”, afirma. “Então, estudar era um outro plano, se fosse possível algum dia na vida.”

     A estudante e seus cinco irmãos não repetiram a história do avô. Todos tiveram a oportunidade de estudar em escola pública e na idade certa. Ela acredita, no entanto, que a educação teria outra dimensão se tivessem a oportunidade de ser alfabetizados pelo método de Paulo Freire. “Querendo ou não, a educação regular ainda é aquela na qual o professor é o dono do saber”, diz. “No método Paulo Freire não há um dono do saber, e aprender desse modo é muito tranquilo e mais fácil, até para a pessoa se encontrar no mundo e conhecer a realidade porque está ali, o que poderia mudar e como pode mudar.”

    Educador — No dia 19 último, foi lembrada a data de aniversário de Paulo Freire [1921-1997]. Ele completaria 95 anos. Oriundo de uma família de classe média, Freire conviveu com a pobreza e a fome na infância, durante a depressão de 1929. A experiência o ajudou a pensar nos pobres e o levou, mais tarde, a elaborar seu método de ensino. Fez faculdade de direito, mas optou por lecionar língua portuguesa. Em 2012, foi declarado o patrono da educação brasileira. Inspirada em Paulo Freire, a estudante salienta que o saber é compartilhado: “Então, ao mesmo tempo que você ensina, você aprende”.

    Assessoria de Comunicação Social



  • Neste 8 de setembro comemora-se o Dia Internacional da Alfabetização. A data foi criada há 50 anos pela Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco) e tem como objetivo o fomento ao letramento em todo o mundo. Nesse meio século, houve uma redução de 25% de jovens e adultos analfabetos, mas há muito a se fazer: ainda há 758 milhões de adultos que não sabem ler e escrever. Desses, 13 milhões são brasileiros.

    O ministro da Educação, Mendonça Filho, expressou preocupação com o número e garantiu seguimento nos programas de governo pensados para sanar essa dificuldade. “A gente tem que mobilizar a sociedade brasileira para garantir uma alfabetização de qualidade para as crianças, mas também assegurar o acesso ao letramento para jovens e adultos. Uma criança que não é alfabetizada tem o futuro comprometido”, afirmou.

    No dia a dia das escolas, experiências compartilhadas entre professores e alunos mostram o quanto essa mobilização em prol da alfabetização é importante. Um exemplo é a história de Brian Dimitri, de sete anos de idade, estudante da Escola Classe 410 de Samambaia, no Distrito Federal, que teve a vida transformada pela leitura. O garoto passou a ler histórias para a irmã caçula, de um ano, e também assumiu a função de ajudante na cozinha: leu e fez uma receita de bolo de milho com a mãe. “Eu sei ler e escrever de tudo! Já fiz até um poema”, comemora o garoto.

    O gosto pela leitura estimula Brian a seguir estudando. Ele conta que adora escrever os nomes dos animais, embora ainda confunda se a palavra “raposa” deve ser escrita com S ou com Z. O menino sonha em estudar insetos quando crescer. Para a professora que o alfabetizou, Isabel Cristina Campos de Andrade, 41 anos, é uma alegria imensa saber que a leitura leva crianças a sonharem com uma formação. “É um sentimento de realização, de dever cumprido, de que a escola cumpriu com sua função social”, comenta.

    Para Isabel Andrade, professora de Brian Dimitri, de sete anos, o processo de alfabetização passa por acreditar na capacidade dos estudantes (foto: Rafael Carvalho/MEC)Há duas décadas no magistério, sendo a última voltada exclusivamente à alfabetização de crianças, Isabel avalia que o primeiro passo para atuar nessa função é acreditar na capacidade dos alunos. “O processo de alfabetizar é, em primeiro lugar, acreditar nas crianças. Todas têm potencial para aprender. A alfabetização tem que ter um contexto social; precisamos saber como as crianças vão usar o letramento na vida delas”, afirma.

    Isabel também trabalhou na educação de jovens e adultos, durante dois anos. “Foi uma experiência valiosa. Eu vi que da mesma forma que uma criança passa por todo um processo de alfabetização, por todo um aprendizado, o adulto também”, lembra.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O prazo para estados e municípios aderirem ao Programa Mais Alfabetização, por meio do Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec) do Ministério da Educação, foi prorrogado para 15 de fevereiro. As escolas terão prazo até 16 de fevereiro para fazer sua adesão.

    Criado pelo MEC com o objetivo de apoiar escolas no processo de alfabetização dos estudantes de todas as turmas do primeiro e do segundo anos do ensino fundamental, o programa vai investir R$ 200 milhões para o pagamento de um assistente pedagógico que vai auxiliar os professores em sala de aula.

    A expectativa é atender a 4,2 milhões de alunos em aproximadamente 200 mil turmas espalhadas pelo Brasil. O repasse será feito por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e os auxiliares receberão R$ 150 por mês para cada turma em que atuarem, podendo acumular até oito turmas. Não há vínculo empregatício. Os candidatos a assistente devem, obrigatoriamente, passar por um processo de seleção elaborado pelos municípios.

    Investimento total – O programa Mais Alfabetização faz parte da Política Nacional de Alfabetização, lançada pelo MEC em 2017 para combater a estagnação dos baixos índices registrados pela Avaliação Nacional de Alfabetização. O conjunto de iniciativas terá investimento total de R$ 523 milhões.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Shoppings de Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife e Fortaleza receberão o ursinho Tito para contar histórias e alegrar a criançada


    Tatiana Sócrates, do Portal MEC

    Férias escolares também são um momento para incentivar a leitura. Por essa razão, a mascote Tito, do programa Conta pra Mim, do Ministério da Educação (MEC), continua sua viagem pelo Brasil com muitos livros e diversão para alegrar os pequenos e seus familiares. Neste mês de janeiro, ele estará em Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife e Fortaleza. Em cada local, vai passar dois dias.

    Eis o itinerário do ursinho:

    • Porto Alegre: 10 e 11 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Lindoia Shopping;
    • Curitiba: 13 de janeiro, das 12 horas às 20 horas, e 14 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Shopping Mueller;
    • Salvador: 16 e 17 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Shopping da Bahia;
    • Recife: 19 de janeiro, das 14 horas às 20 horas, e 20 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Shopping Recife;
    • Fortaleza: 22 e 23 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Shopping Parangaba.

    O projeto Conta pra Mim ofertará, nos shoppings, cantinhos lúdicos onde as famílias terão acesso a uma revista com várias dicas do ursinho Tito para ajudar as crianças a desenvolverem habilidades que facilitem o processo de alfabetização. Esses espaços permanecerão durante 10 dias.

    Quem pensa que o ursinho está sozinho nessa jornada se enganou. Além dele, contadores de histórias treinados pela Secretaria de Alfabetização do MEC permanecerão nesses cantinhos ao longo dos 10 dias de duração. Eles vão ensinar práticas e atividades de literacia familiar, ou seja, técnicas de interação durante a contação de histórias e de leitura em voz alta com as crianças.

    As atividades de literacia familiar são simples, mas capazes de influenciar significativamente no desenvolvimento intelectual já na fase pré-alfabetização, antes do começo das primeiras aulas na escola. Meninos e meninas que são estimulados desde cedo à leitura e à brincadeira dentro de casa tendem a chegar mais aptos e habilidosos nos anos iniciais do ensino fundamental.

    O programa Conta pra Mim faz parte da Política Nacional de Alfabetização (PNA), lançada pelo governo federal em abril de 2019. O Tito já passou pelas cidades de Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.


  • Com o objetivo de combater a estagnação dos baixos índices registrados pela Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), o Ministério da Educação lançou, nesta quarta-feira, 25, a Política Nacional de Alfabetização. Trata-se de um conjunto de iniciativas que envolvem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a formação de professores, o protagonismo das redes e o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

    Também será criado o Programa Mais Alfabetização, que deve atender, a partir de 2018, 4,6 milhões de alunos com a presença de assistentes de alfabetização, que trabalharão em conjunto com os professores em sala de aula. A expectativa é contar com 200 mil turmas em todos os municípios brasileiros, entre o primeiro e o segundo ano do ensino fundamental. O investimento será de R$ 523 milhões em 2018.

    “A principal iniciativa da Política Nacional de Alfabetização é um programa de apoio aos estados e municípios, às turmas do primeiro e segundo anos, com materiais didáticos de apoio, de acordo com a escolha dos estados e municípios, com apoio para o professor assistente e formação continuada”, explicou a ministra substituta do MEC, Maria Helena Guimarães.

    A ministra substituta lembrou ainda que essa política e o Programa Mais Alfabetização vão dialogar com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a Política Nacional de Professores. “O apoio virá tanto no mestrado profissional para os professores que atuam no primeiro e segundo anos do ensino fundamental, como a residência pedagógica para os futuros professores, com 80 mil vagas a partir do próximo ano e ênfase na alfabetização”, completou Maria Helena, reforçando que, só na Política de Formação de Professores, o investimento é de cerca de R$ 2 bilhões.

    A ministra substituta Maria Helena Guimarães, e a presidente do Inep, Maria Inês Fini, participaram da apresentação das medidas que serão adotadas (Foto: André Nery/MEC)

    Para a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, todas essas medidas vão privilegiar o processo de alfabetização. “Eu acredito muito no professor brasileiro. O que ele precisa é ser apoiado e essas políticas lançadas são capazes de reverter esse quadro”, analisou.

    Preocupante – A formatação da Política Nacional de Alfabetização responde a um cenário preocupante revelado pelos resultados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2016, divulgados também nesta quarta-feira, 25, pelo Inep.

    Os resultados da ANA revelam que 54,73% dos estudantes acima dos 8 anos, faixa etária de 90% dos avaliados, permanecem em níveis insuficientes de leitura. Encontram-se nos níveis 1 e 2 (elementares). Na avaliação realizada em 2014, esse percentual era de 56,1. Outros 45,2% dos estudantes avaliados obtiveram níveis satisfatórios em leitura, com desempenho nos níveis 3 (adequado) e 4 (desejável). Em 2014, esse percentual era de 43,8.

    De acordo com a ANA, os níveis de alfabetização dos brasileiros em 2016 são praticamente os mesmos que em 2014. O desempenho dos estudantes do terceiro ano do ensino fundamental matriculados nas escolas públicas permaneceu estatisticamente estagnado na avaliação durante esse período. Os resultados revelam ainda que parte considerável dos estudantes, mesmo havendo passado por três anos de escolarização, apresentam níveis de proficiência insuficientes para a idade. A terceira edição da ANA foi aplicada pelo Inep entre 14 e 25 de novembro de 2016. Foram avaliadas 48.860 escolas, 106.575 turmas e 2.206.625 estudantes.

    Segundo Maria Inês Fini, com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Inep terá a oportunidade de fazer os ajustes das matrizes de referência do Sistema de Avaliação da Educação Básica, do qual fazem parte a ANA e a Prova Brasil. "Avaliar não é apenas medir. Avaliar é medir e atribuir um juízo de valor para essa medida. E esse juízo de valor poderá ser atribuído com mais transparência a partir da aprovação da nova BNCC. Ela definirá melhor o que é o processo de alfabetização e em que ano escolar ela deverá ocorrer", defendeu.

    Escrita – Na avaliação da escrita, foram considerados cinco níveis: 1, 2 e 3 (elementares), 4 (adequado) e 5 (desejável). Os resultados de 2016 revelam que 66,15% dos estudantes estão nos níveis 4 e 5. Com isso, 33,95% dos estudantes ainda estão nos níveis insuficientes: 1, 2 e 3.

    Matemática – Em matemática, foram estabelecidos os níveis 1 e 2 (elementares), 3 (adequado) e 4 (desejável). Mais da metade dos estudantes brasileiros, 54,4%, ainda está abaixo do desempenho desejável, figurando nos níveis 1 e 2. A porcentagem de estudantes nos níveis 3 e 4 ficou em 45,5% em 2016.

    A ministra substituta, Maria Helena Guimarães, observou que a Política Nacional de Alfabetização prevê apoio aos estados e municípios e aos professores (Foto: André Nery/MEC)

    A ANA avalia o começo do aprendizado da norma ortográfica e o domínio progressivo da escrita. Para isso, são aplicadas três questões abertas: escrita de duas palavras de estruturas silábicas distintas e uma pequena produção textual. Ao se aplicar itens de produção escrita, busca-se avaliar, principalmente, a estrutura do texto, a capacidade de gerar o conteúdo textual de acordo com o gênero solicitado e de organizar esse conteúdo, estruturando os períodos e utilizando adequadamente os recursos coesivos (progressão do tempo, marcação do espaço e relações de causalidade).

    Estados – Ao lado de Santa Catarina, o estado do Ceará apresentou bons resultados na ANA. Presente ao evento, o governador do Ceará, Camilo Santana, defendeu as medidas adotadas. ”Nós sabemos que para se construir um país mais justo, não há outra maneira que não seja o fortalecimento da educação. O Brasil não pode avançar sem resolver o problema da alfabetização”, disse o governador. “O Ceará tem tido uma experiência muito positiva nos últimos 10 anos com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e agora estamos colhendo frutos importantes”, finalizou.

    O secretário de Educação do Ceará e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Idilvan Alencar, defendeu a alfabetização das crianças no segundo ano, aos sete anos. “Essa questão de alfabetizar na idade certa é ponto fundamental do PNAIC. Condenar as nossas crianças a serem alfabetizadas até os nove anos de idade não existe”, alertou Alencar. “Nó Ceará nós nunca abrimos mão da alfabetização no segundo ano, aos sete anos”, finalizou.

    Para o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima, os números da ANA são importantes para que se possa traçar planos e mudar a realidade apresentada. “É fundamental para quem é gestor educacional ter em mãos esses resultados. Assim não ficamos no escuro e esses dados nos ajudam a trabalhar para melhorar a educação no país”, afirmou Lima.

    ANA – A Avaliação Nacional da Alfabetização é um dos instrumentos do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e mede os níveis de alfabetização e letramento em língua portuguesa, a alfabetização em matemática e as condições de oferta do ciclo de alfabetização das redes públicas. Passam pela avaliação todos os estudantes do terceiro ano do ensino fundamental matriculados nas escolas públicas no ano da aplicação.

    Acesse a apresentação com os resultados da ANA 2016

    Acesse a apresentação com outras informações sobre a ANA 2016


    Atualizada em 25/10/17 - 16h40


    Assessoria de Comunicação Social 


  • Por meio de portaria recentemente publicada no Diário Oficial da União (DOU), o MEC anunciou os nomes dos vencedores da Medalha Paulo Freire – iniciativa que reconhece e estimula experiências relevantes para a alfabetização e a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil. As ações vencedoras da edição de 2017 do prêmio têm representantes de Goiás, Mato Grosso, Paraná e Ceará. Ao todo, 58 trabalhos participaram da seleção.

    O coordenador de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), Rodrigo Siqueira de Oliveira, informa que o MEC, além de organizar o concurso, também está entre os avaliadores. Na fase nacional, é realizada uma visita às instituições que executam na prática os projetos.

    “Conseguimos enxergar de forma mais próxima como é feita a oferta da Educação de Jovens e Adultos, de como está sendo executada a experiência; e, se for uma experiência válida e exitosa, é interessante estimularmos a permanência dela”, explica Siqueira.

    A EJA é oferecida a partir dos 15 anos para o público de ensino fundamental e, para o ensino médio, a partir dos 18 anos. De acordo com o coordenador da Secadi, tais modalidades ainda enfrentam desafios quando são analisados os números compilados em diferentes regiões do país: “A EJA tem uma carência grande. Mais de 50 milhões de pessoas não têm a escolaridade completa, até o ensino médio, no país. Hoje são praticamente três milhões de matriculados na Educação de Jovens e Adultos. Ou seja, a demanda é muito maior que a oferta”.

    Medalha – Os autores de experiências vencedoras da edição 2017 da Medalha Paulo Freire ganham a peça em bronze. Em uma das faces aparece a imagem do educador, e na outra, a frase: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.

    A premiação tem caráter exclusivamente cultural, o que exclui qualquer modalidade de sorteio ou pagamento aos concorrentes. A data e o local da cerimônia, em Brasília, serão divulgados em breve.

    Os nomes das instituições ganhadoras podem ser vistos aqui.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Durante audiência pública no Senado foi lançada a Conferência Internacional de Educação de Adultos (Foto: Mariana Leal/MEC)Buscando discutir as políticas para educação de jovens e adultos e a educação ao longo da vida, o Ministério da Educação lançou nesta quinta-feira, 10, em audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, a Conferência Internacional de Educação de Adultos (Confintea Brasil +6). A conferência acontecerá de 25 a 27 de abril de 2016, sete anos após a 6ª Confintea, que aconteceu em Belém, no Pará, em 2009, e foi a primeira a ser realizada em um país emergente do hemisfério sul.

    Segundo o diretor de políticas para educação de jovens e adultos do Ministério da Educação, Arlindo Queiroz, a Confintea Brasil +6 é um prolongamento da conferência de 2009, uma preparação do Brasil para construir sua política de educação ao longo da vida. “Nós precisamos mudar a arquitetura da educação de jovens e adultos no Brasil e isso só é possível com uma articulação federativa com estados e municípios e com a participação dos movimentos populares. A educação ao longo da vida não pode ser construída para a população, precisa ser feita com a população”, afirmou.

    A educação ao longo da vida inclui o direito à educação básica para aqueles que não a tiveram na idade própria, mas também abrange a educação para saúde, para economia, para o desenvolvimento local e valoriza os espaços de estímulo à aprendizagem, formais ou não, articulados. “Nós temos 80 milhões de brasileiros sem concluir o ensino médio, esse é um número expressivo, e a maior parte está entre os mais pobres, os negros e as populações camponesas. A educação ao longo da vida busca romper com as desigualdades sociais”, disse Queiroz.

    Segundo o secretário de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Paulo Gabriel Nacif, o Brasil possui um débito com a educação de jovens e adultos. “Nos últimos anos, nós demos passos efetivos para a educação de jovens e adultos com a institucionalização do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica. Tivemos investimentos, tivemos formação, mas precisamos avançar mais para que o país resolva de uma vez por todas esse grande débito social”, explicou o secretário.

    A educação, como explica Nacif, é um direito do cidadão, não apenas dos 4 aos 17 anos.  “Precisamos erradicar o analfabetismo, mas acima de tudo ter um vínculo direto da alfabetização com a educação de jovens e adultos. A educação é um processo ao longo da vida e exatamente por isso não podemos focar apenas na eliminação do analfabetismo, mas na construção de um programa efetivo de educação de jovens e adultos com alfabetização, ensino fundamental, médio; enfim, colocando todos os brasileiros no processo de aprendizagem ao longo da vida”, concluiu.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ministério da Educação debate estratégias para erradicar o analfabetismo entre adultos

     

  • Programa tem o objetivo de estimular a leitura de forma lúdica e participativa entre pais e filhos


    Larissa Lima, do Portal MEC

    O Ministério da Educação (MEC) formalizou o programa Conta pra Mim. A iniciativa faz parte da Política Nacional de Alfabetização e tem o objetivo de orientar, estimular e promover práticas de literacia familiar em todo o território nacional.  

    A portaria que institui formalmente o programa, lançado em dezembro de 2019, foi publicada na edição desta sexta-feira, 24 de abril, do Diário Oficial da União (DOU).

    A literacia familiar é aplicada no dia a dia, na convivência entre pais e filhos. As práticas estimulam desde cedo a leitura de forma lúdica e participativa, o que faz as crianças chegarem mais preparadas aos anos iniciais do ensino fundamental, além de fortalecer o vínculo familiar. 

    De acordo com o secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim, o Conta pra Mim mostra técnicas facilitadoras, precursoras, da alfabetização. “[As práticas] são importantes para que as crianças depois sejam alfabetizadas corretamente no primeiro ano do ensino fundamental. Os pais vão encorajar seus filhos a tomar gosto pela leitura. Eles serão exemplos de pessoas que cultivam hábitos de leitura. Serão leitores para os filhos”, disse. 

    O programa é destinado a todas as famílias brasileiras, em especial àquelas que estão em condições de vulnerabilidade social. Os materiais de apoio Conta Pra Mim visam orientar e estimular diversas práticas, tais como:

    • interação verbal: aumentar a quantidade e a qualidade dos diálogos com as crianças;
    • leitura dialogada: interagir com a criança antes, durante e após a leitura fazendo, por exemplo, perguntas sobre a história;
    • narração de histórias: contar histórias em voz alta;
    • contatos com a escrita: incentivar que a criança rabisque, desenhe, escreva e deixá-la sempre em contato com materiais escritos;
    • atividades diversas: jogos, brincadeiras, passeios, atividades artísticas e desportivas; 
    • motivação: ter altas expectativas em relação às crianças, motivando-as e incentivando-as no contato com leitura e escrita.  

    Explicações, exemplos e as primeiras orientações sobre essas práticas já podem ser encontradas no guia de literacia familiar presente no site alfabetizacao.mec.gov.br. O material foi produzido pelo MEC em consulta aos mais renomados especialistas em literacia familiar no Brasil e no mundo e pode ser utilizado pelas famílias por professores.

    As ações do programa são voluntárias e algumas das entregas seguirão critérios a serem estabelecidos pelo MEC. Todos os conteúdos são fundamentados em evidências científicas e em práticas exitosas nacionais e internacionais. 

    De acordo com a portaria, o programa objetiva atentar a sociedade para a importância da leitura em família, oferecer orientações sobre as melhores práticas de literacia familiar, incentivar o hábito de leitura na população, encorajar pais a se engajarem na vida escolar dos filhos e divulgar conhecimentos científicos sobre o tema. 

    O MEC vai ofertar materiais de orientação, cursos, atividades e outros recursos, visando instituir e facilitar práticas de literacia por parte das famílias. A pasta também poderá apoiar iniciativas locais e regionais de desenvolvimento de literacia familiar, por meio da disponibilização de materiais de orientação, capacitações e outros recursos, materiais e financeiros, que venham a ser necessários.

  • Giulliano Fernandes, do Portal MEC

    A Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe) e o painel de especialistas que nela trabalhará foram oficialmente instituídos. Foram publicadas na edição desta segunda-feira, 19 de agosto, do Diário Oficial da União (DOU) uma portaria para estabelecer a Conabe e outra para oficializar a equipe.

    O evento será realizado de 22 a 25 de outubro, em Brasília. O tema será "A Política Nacional de Alfabetização e o estado da arte das pesquisas sobre alfabetização, literacia e numeracia”. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, assinou as portarias em solenidade na quinta-feira, 15, quando foi lançado o caderno da Política Nacional de Alfabetização (PNA).

    Os objetivos específicos do Conabe 2019 são:

    • apresentar e debater o estado da arte das pesquisas sobre alfabetização, literacia e numeracia;
    • possibilitar a criação de um Relatório Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Renabe), que exponha o estado da arte das pesquisas sobre alfabetização, literacia e numeracia;
    • promover a divulgação do conhecimento científico mais atualizado sobre alfabetização, literacia e numeracia;
    • propor recomendações para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da literacia e da numeracia, e propor estratégias para seu cumprimento.

    De acordo com a portaria publicada no DOU, o tema central da Conabe 2019 será dividido nos seguintes eixos temáticos:

    • ciências cognitivas e pesquisas translacionais em alfabetização;
    • aprendizagem e desenvolvimento da leitura e da escrita;
    • bases neurobiológicas da aprendizagem da leitura e da escrita;
    • autorregulação comportamental, cognitiva, emocional e motivacional no processo de alfabetização;
    • dificuldades e distúrbios da leitura e da escrita e desafios na alfabetização em diferentes contextos;
    • planejamento e orientações curriculares para o ensino de literacia e numeracia;
    • abordagens e práticas de ensino da leitura e da escrita;- numeracia e ensino de matemática básica;
    • formação e desenvolvimento profissional de professores;
    • avaliação e monitoramento da aprendizagem de leitura, escrita e matemática básica.

    Na Conabe, a Secretaria de Alfabetização (Sealf), deverá planejar, coordenar, supervisionar e promover a realização, observando os aspectos técnicos, científicos e administrativos.

    O secretário de Alfabetização do Ministério da Educação (MEC), Carlos Nadalim, será o presidente da Conabe 2019. Segundo ele, a Conferência “tem como objetivo alinhar a estratégia do Ministério da Educação do Brasil àquelas de autoridades educacionais de países como o Reino Unido, com a Estratégia Nacional de Leitura, de 1998; os EUA, com o Painel Nacional da Leitura, de 2000; a França, com o Observatório Nacional da Leitura, de 1998”.

    Seguindo a PNA, a portaria estabelece a formação de um painel com 12 especialistas, de notório saber nas áreas de alfabetização, literacia ou numeracia, no âmbito das ciências cognitivas. Eles vão elaborar o Relatório Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Renabe), que terá como atribuições:

    • conduzir, organizar e participar dos debates científicos da Conferência;
    • coletar e analisar dados científicos a respeito de alfabetização, de literacia e de numeracia, com o objetivo de apresentar o estado da arte das pesquisas;
    • analisar práticas pedagógicas, materiais didáticos, orientações curriculares e avaliações relativos à alfabetização, literacia e numeracia, nos contextos brasileiro e mundial, produzindo recomendações com base nas evidências de pesquisas;
    • apresentar recomendações para melhorar a formação inicial e continuada de professores e de suas práticas no âmbito da alfabetização, da literacia e da numeracia.

    Eventuais reuniões entre os membros do painel de especialistas serão realizadas, preferencialmente, por videoconferência e a participação no painel de especialistas será considerada de relevante interesse público, sem remuneração.

    A Conabe concretiza parte da PNA. O artigo 8º do decreto estabelece, entre outros pontos, que a “produção e disseminação de sínteses de evidências científicas e de boas práticas de alfabetização, de literacia e de numeracia”.

  • Três das principais ações do Ministério da Educação passam a formar agora o Programa Integrado de Apoio à Alfabetização e ao Letramento, anunciou o ministro Aloizio Mercadante, em coletiva na tarde desta terça-feira, 22. O objetivo, segundo ele, é dar prioridade ao desafio que envolve 10 milhões de alunos, em 26 mil escolas, que apresentaram dificuldades na alfabetização e mesmo baixo letramento no último Censo Escolar.

    “Se nós enfrentarmos esse desafio, podemos atacar 70% do problema que temos na alfabetização e no letramento. Pro MEC, essas escolas são prioridade. Dois em cada três estudantes com problemas na alfabetização estudam numa escola dessas”, frisou o ministro da Educação. Programa Nacional pela Idade Certa (Pnaic), Mais Educação e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) formam o novo programa.

    No Mais Educação, serão oferecidas três horas de atividades além das já ofertadas, totalizando seis horas de acompanhamento pedagógico com foco em alfabetização e letramento. Por meio do Pnaic, as escolas receberão um coordenador específico para desenvolver atividades de alfabetização e letramento. Além disso, será realizado reforço com alunos do quarto ao nono ano com aprendizado básico incompleto.

    As coordenações estaduais, regionais e municipais do Pnaic também estão sendo fortalecidas e as políticas de alfabetização estão sendo alinhadas na medida em que os estados aderem ao pacto. Além das 26 mil escolas prioritárias, as demais também poderão contar com formação continuada de coordenadores e professores alfabetizadores.

    O Pibid, que oferece aos estudantes das licenciaturas e da pedagogia bolsas para estágio em escolas públicas, atendia apenas 1.600 das escolas com resultado insatisfatório em alfabetização e letramento. Agora, reformulado, passará a contemplar 10 mil dessas instituições de ensino. “Os bolsistas não estavam onde os alunos mais precisam. Nós achamos que no programa de formação do Pibid, eles podem ter um semestre, por exemplo, nas melhores escolas da rede pra ter um crescimento profissional, mas ele tem de se dedicar a melhorar a qualidade da educação nas escolas que mais precisam. É uma força auxiliar”, explicou Mercadante.

    Diretores – O ministro divulgou, ainda, o Programa de Formação e Certificação de Diretores Escolares. Criado para promover o desenvolvimento profissional, a certificação e o apoio à seleção qualificada dos diretores ou candidatos à direção das escolas, o programa vai oferecer 30 mil vagas por ano em cursos específicos para essa função.

    As universidades e institutos federais credenciados pelo MEC ofertarão formação em gestão administrativa e financeira da escola, gestão de conflitos e conhecimento da legislação. Um comitê gestor do programa já foi formado com representantes do MEC, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).

    Portarias – Três portarias relativas ao Pacto Nacional pela Educação na Idade Certa foram assinadas pelo ministro Mercadante, após a coletiva. Uma ampliou as ações do Pnaic, instituído em julho de 2012. A outra definiu categorias e parâmetros para concessão de bolsas de estudo e pesquisa, modificando dispositivos da portaria 1458, de dezembro de 2012. Já a terceira definiu o valor máximo das bolsas para os profissionais da educação participantes da formação continuada de professores alfabetizadores.

    Confira a apresentação do ministro

    Assessoria de Comunicação Social

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  • O ministro da Educação, Mendonça Filho, lançou nesta quarta-feira, 12, em Caruaru (PE), o Programa Caruaru Alfabetizado, que vai beneficiar 1,5 mil jovens e adultos em 2017. Há seis anos, o município não participava do programa, para o qual, a partir de agora, passa a contar com um investimento de R$ 650 mil. A verba será utilizada para custeio de bolsas para 299 professores e 58 coordenadores pedagógicos, além de alimentação escolar e material didático.

    “É um desafio ainda muito presente na realidade brasileira”, destacou o ministro, durante a cerimônia de lançamento do programa, no Centro de Convenções do Senac de Caruaru. “Nossa ênfase é melhorar a qualidade do ensino. Como exemplo, antecipamos a alfabetização de acordo com a nova Base Nacional Comum Curricular até o segundo ano do fundamental. Vamos trabalhar de forma integrada, com ações complementares que fortaleçam e valorizem a educação. É um propósito pleno do MEC apoiar as iniciativas da prefeitura [local].”

    A importância da parceria com o governo federal foi igualmente destacada pela prefeita de Caruaru, Raquel Lyra. “Temos também que cuidar de quem não teve oportunidade no momento certo, e isso só possível a partir de um esforço conjunto”, afirmou. A prefeita convidou o ministro a visitar as obras já em fase de conclusão de duas creches que contam com recursos da União. “Em breve retornarei ao município, a fim de que possamos inaugurar as novas unidades”, anunciou Mendonça Filho.

    Atendimento – De acordo com a prefeitura, Caruaru possui 40 mil adultos analfabetos. Para 2018 e 2019, a meta do programa é atender mais cinco mil estudantes, contemplando, no triênio, 6,5 mil cidadãos beneficiados no agreste pernambucano. Com duração de oito meses, os cursos serão ministrados nas áreas urbanas e rurais.

    Ainda durante a solenidade desta quarta-feira, foi lançado o Programa de Melhoria da Qualidade do Ensino do município e anunciada implantação de escolas em tempo integral para crianças e adolescentes, em cooperação com o Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE).

    Assessoria de Comunicação Social

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