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  • Alípio Santos


    A máxima que está a orientar as ações que vêm sendo implementadas pelo ministro Fernando Haddad é a de que “sem educação não há e não haverá desenvolvimento ou crescimento do país”


    A educação profissional, tão necessária e imprescindível para o desenvolvimento de um país, no Brasil vinha sendo tratada – como nos dão conta os registros e justificativas para a sua implantação – como sendo uma educação de nível inferior. Este fato está evidenciado na iniciativa do governo do presidente Nilo Peçanha, que em 1909, ao criar as primeiras 19 escolas federais de artífices e Aprendizes, apresentou como justificativa a necessidade de se criar escolas profissionalizantes para os meninos de rua e para os desocupados. Numa sociedade elitista, em que o diploma de cursos superiores sempre foi o grande diferencial para as classes mais abastadas da sociedade, passou a ser desejado também pelas classes menos privilegiadas como oportunidade de ascensão social e como forma de redenção nacional para dar suporte ao desenvolvimento do país. Esquecemos, no entanto, que para cada profissional formado em nível superior, faz-se necessário, na mesma proporção das respectivas áreas de formação, a formação de técnicos ou de mão de obra qualificada. Outro aspecto relevante, mesmo que abordado aqui superficialmente, é o tão conhecido custo Brasil. Além da excessiva carga tributária, temos a falta de mão de obra qualificada para atender às necessidades e os postos de trabalho das mais diversas áreas de atuação.


    Mas no ano do centenário da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica temos muito o que comemorar. Primeiro porque, de 1.909 até 2.002, foram criadas apenas 140 escolas de educação profissional e tecnológica da rede federal. Até 2.010 este número chegará a 354 novas unidades de educação profissional e tecnológica. Esta iniciativa do atual governo federal vem estruturada na criação de 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, consubstanciada em projeto instituído pela Lei nº 11.892 de 29 de dezembro de 2.008. A magnitude deste projeto, instituído com financiamento exclusivo do tesouro, é um marco histórico da educação profissional de nosso país, que somente neste ano, já tem programada a inauguração de 100 unidades até dezembro. Até 2014 serão 500 mil vagas.


    Certamente é o maior investimento da história na educação, uma vez que passou a ser tratada de forma sistêmica e não compartimentada. A educação brasileira apresenta registros históricos e investimentos, todavia, apesar dos esforços empreendidos, cada governo, estabeleceu suas prioridades. Ora, a alfabetização, ora o ensino fundamental, ou o ensino médio ou ainda o ensino superior. Cumpre-nos destacar que finalmente a educação passou a ser tratada por inteiro. Os diversos projetos e programas hoje existentes nos dão conta de que todos os níveis e modalidades de educação estão sendo conveniente e devidamente estudados e recebendo a atenção e investimentos do governo federal como parte integrante do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) para dar sustentação ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Enfim a máxima que está a orientar as ações que vêm sendo implementadas pelo ministro Fernando Haddad é a de que “sem educação não há e não haverá desenvolvimento ou crescimento do país”. Neste contexto, os 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, vem desempenhando papel relevante como instrumento estratégico de integração e de desenvolvimento local, regional e nacional, levando em consideração os APLS – arranjos produtivos locais. Além da criação dos Institutos Federais, vale registrar a expansão das universidades públicas (que não serão privatizadas), os programas de educação a distância como a UAB-Universidade Aberta do Brasil e a E-TEC Brasil – Escola Técnica Aberta do Brasil, o Prouni, o Reuni, o Projovem, o Proeja, o Brasil Profissionalizado, o Brasil Alfabetizado, o Fundeb.


    Por tudo isso podemos assegurar que a educação é de fato prioridade para o atual governo porque saiu do discurso e do papel para a prática rumo ao desenvolvimento humano e o crescimento do país, sem investimento externo, ou seja, tudo com recursos do tesouro e honrando como deve ser a contribuição tributária de nossos cidadãos oferecendo oportunidade de estudo e de inclusão social.


    Alípio Santos Leal é reitor do Instituto Federal do Paraná.

    Núcleos na Área de Pesca e Aqüicultura

  • O município de Ariquemes concentra cerca de 60% da produção de pescado de Rondônia. Esse número deve crescer nos próximos anos com a chegada ao mercado de trabalho dos primeiros técnicos em aquicultura formados no estado. Este mês, 22 técnicos foram certificados pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, câmpus de Ariquemes.

    A necessidade de mão de obra especializada ficou comprovada com o percentual, em torno de 80%, de alunos que entraram no mercado de trabalho antes mesmo de concluir o curso. Muitos pretendem montar a própria criação de peixes.

    Os profissionais formados estão habilitados a atuar no cultivo de peixes, camarões, ostras, mexilhões, rãs e algas e também na execução e no manejo dos ambientes de cultivo que envolvam aspectos relativos à reprodução, larvicultura e engorda de espécies aquáticas, controle da qualidade de água e do solo, além de beneficiamento de pescado.

    “Isso representa um grande avanço tecnológico, que atenderá a uma demanda reprimida no estado”, afirma o pró-reitor de desenvolvimento institucional do instituto, Jackson Nunes.

    O câmpus de Ariquemes oferece cursos técnicos integrados ao ensino médio de agropecuária, alimentos e informática; o curso técnico em aquicultura, subsequente ao ensino médio, e a licenciatura em biologia.

    Assessoria de Imprensa da Setec, com informações do Instituto Federal de Rondônia
  • Florianópolis - Os ministérios da Educação e da Pesca e Aquicultura (MPA) lançaram nesta segunda-feira, 3, na capital catarinense, o Ano do Ensino Profissional da Pesca no Brasil, com a apresentação de várias medidas para o desenvolvimento do setor. Dentre elas, a liberação de R$ 9,6 milhões do Ministério da Educação para os institutos federais de educação, ciência e tecnologia que atuam na área. O anúncio foi feito no campus Florianópolis-Continente do instituto federal de Santa Catarina.

    Os recursos serão destinados à compra de equipamentos e mobiliário e ao incremento de cursos técnicos. “A parceria com o MEC é fundamental. A política de formação profissional é estratégica para desenvolver o setor e vai ajudar a resolver o gargalo de mão de obra que existe na área”, disse o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin.

    Segundo a presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Consuelo Sielski Santos, os investimentos em educação profissional na área de pesca e aquicultura ajudarão a incrementar os cursos oferecidos pelos institutos federais. “Esses cursos serão importantes para capacitar profissionais e incentivar o crescimento do setor”, afirma.

    Atualmente, 2,2 mil estudantes frequentam cursos técnicos federais em pesca e 1,6 mil fazem cursos de aquicultura. O secretário de educação profissional do MEC, Eliezer Pacheco, lembrou que vários cursos técnicos e núcleos de pesquisa na área de pesca e aquicultura foram criados nos últimos anos. “Há um grande crescimento no setor e iniciamos hoje uma nova etapa nesse processo de desenvolvimento”, disse. “Com essa política, a juventude vivencia uma nova perspectiva.”

    O secretário da Confederação Nacional dos Pescadores, Ivo da Silva, ressalta que a qualificação profissional vai ajudar o pescador a melhorar a renda. “Ele vai agregar valor ao produto e ter mais oportunidades de emprego”, avaliou.


    Felipe De Angelis, com informações da Assessoria de Imprensa do instituto federal de Santa Catarina

  • Será implantado em Ilhéus, Bahia, nesta quarta-feira, 11, e na quinta, 12, o 21º núcleo de pesquisa aplicada em pesca e aquicultura familiar do país. Com ele, serão ampliados, além do conhecimento tradicional dos pescadores, a produção e a difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos.

    Durante a implantação, serão apresentados os programas do governo federal para a área e as ações de estímulo ao setor na Bahia. Também serão mostradas experiências de colônias de pescadores, com seus desafios e perspectivas. Os núcleos resultam da política de formação humana na área de pesca marinha, continental e aquicultura familiar implementada a partir de acordo firmado em 2006, renovado este ano, entre os ministérios da Educação e da Aquicultura e Pesca.

    Segundo o coordenador de pesca da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, Edmar Almeida de Moraes, cada instituto federal de educação, ciência e tecnologia deve ter um núcleo de pesca. “A criação de núcleos de pesquisa aplicada na área de pesca ocorreu para ampliar e sistematizar as informações referentes ao setor pesqueiro e para que haja oferta de cursos”, explicou.

    O encontro em Ilhéus ocorrerá na sede da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).

    Ana Júlia de Souza
  • O Brasil possui 8,5 mil quilômetros de litoral. Entretanto, a produção de pescado tem se mantido praticamente estável desde 2003, com cerca de 770 mil toneladas por ano. Há poucas informações consistentes sobre a pesca no Brasil. Sem estudos, não há como fomentar políticas.

    Para mudar o quadro, a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República (Seap/PR) e a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Seap/MEC) assinaram, em dezembro de 2006, o acordo de cooperação n° 2, que prevê a implementação de uma política para formação humana na área de pesca marinha (oceânica), continental (rios e lagos) e aquicultura familiar.

    A meta é a implementação de cursos de formação inicial e continuada, cursos técnicos de nível médio e de nível superior na área de recursos pesqueiros. O acordo também prevê a constituição de núcleos de pesquisa, difusão de novas tecnologias, a capacitação de docentes e o desenvolvimento de projetos de extensão acadêmica na área de pesca e aquicultura.

    Saiba mais
  • Pedido apresentado por duas colônias de pescadores, que representam cerca de 600 profissionais do município de Barra do Garças (MT), motivou a abertura do único curso técnico em aquicultura desta primeira edição do Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec). Estão abertas 30 vagas.

     

    O curso de aquicultura em tempo integral, com mil horas e um ano e meio de duração, será ministrado no câmpus de Barra do Garças do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT). As aulas teóricas serão ministradas no turno da noite. No período da manhã, os estudantes farão visitas técnicas e participarão de atividades de campo.

     

    De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) do câmpus, Marco Antônio Morais, a política de pesca do governo federal e a previsão de implantação de um frigorífico para abate e processamento de peixes e de uma indústria de ração na cidade também contribuíram para a decisão do instituto de abrir o curso.

     

    Marco Antônio explica que o município, situado na bacia dos rios Araguaia e Tocantins, começou diversificar a economia ao investir em áreas fora da pecuária. Com novos investimentos em estrutura, como é o caso do frigorífico e da indústria de ração, as colônias de pescadores D18 e D19 pediram a formação em aquicultura para participarem diretamente do processo, que vai da produção de alevinos e peixes ao processamento e distribuição de pescado.

     

    Além de Barra do Garças, cidade de 56,9 mil habitantes, a 550 quilômetros de Cuiabá, o arranjo produtivo local abrange pequenos municípios da microrregião do médio Araguaia, formada por Araguaiana, General Carneiro, Pontal do Araguaia e Nova Xavantina.


    Formação — O curso de aquicultura prepara profissionais para trabalhar no cultivo de peixes, camarões, rãs, ostras e algas; manejo dos ambientes de produção; controle de qualidade da água e do solo; preparo e ajuste da alimentação em todas as etapas de desenvolvimento. O mercado de trabalho abrange instituições públicas e particulares do setor aquícola, empresas de produção e beneficiamento de pescado, laboratórios de reprodução, e larvinocultura, além da atividade autônoma.


    Sistema — Nesta primeira edição, o Sisutec oferece 239,7 mil vagas em 117 tipos de cursos abertos por 586 instituições de ensino públicas e particulares, nas cinco regiões do país. Os candidatos a vagas precisam comprovar participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012, com nota na redação que não tenha sido zero. As inscrições on-line podem ser feitas até às 23h59 minutos desta segunda-feira, 12.


    Ionice Lorenzoni

  • João Pessoa — O consumo de pescado no Brasil é uma das questões em debate no 2º Encontro Nacional dos Núcleos de Pesquisa Aplicada em Pesca e Aquicultura, na capital paraibana. As discussões vão se estender até sexta-feira, 10. Até 2008, o consumo de pescado no Brasil era de seis quilos por pessoa ao ano. Em 2010, passou para sete quilos por pessoa. A meta do governo federal é chegar a nove quilos no próximo ano.

    Hoje, o país conta com 28 núcleos de pesquisa e 4,8 mil estudantes em cursos técnicos ligados a pesca e aquicultura — 2,8 mil em aulas presenciais e dois mil, à distância. O objetivo do investimento em pesquisa é estimular o consumo e a produção de pescado no país. “A pesquisa pode ajudar a elevar a produção em água doce, já que dispomos de 12% do reservatório mundial e esse potencial é pouco explorado”, destacou o diretor de políticas da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, Luiz Caldas.

    Além da preocupação com a produção, a política de incremento à pesca esbarra em questões sociais. Em grande parte da atividade são usados métodos artesanais pelas comunidades ribeirinhas, sem acesso à tecnologia. “No Brasil, os pescadores têm um histórico de exclusão social, política, ambiental e econômica”, disse o secretário de infraestrutura e fomento do Ministério da Pesca e Aquicultura, José Claudenor Vermohlen.

    Analfabetismo— Outra questão discutida no encontro em João Pessoa é a do alto índice de analfabetismo entre os pescadores brasileiros. “Temos comunidades, especialmente no Norte e no Nordeste, com 90% dos pescadores analfabetos”, disse o coordenador nacional de pesca, portos e navegação da Setec, Edmar Almeida. Tanto o Ministério da Pesca e Aquicultura quanto o da Educação estão enfrentando a questão com programas integrados. Em Macau, Rio Grande do Norte, cem pescadores e marisqueiros acabam de ser alfabetizados.

    Ana Guimarães
  • Começa na segunda-feira, 6, em João Pessoa, o 2º Encontro Nacional dos Núcleos de Pesquisa Aplicada a Pesca e Aquicultura da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Organizado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, o evento, que vai até sexta-feira, 10, prevê debates entre representantes dos 28 núcleos existentes.

    Desde 2003, o governo federal desenvolve política de incremento do setor pesqueiro. O investimento na formação de mão de obra qualificada e de pesquisas leva em consideração o fato de o Brasil ainda importar grande parte de seu pescado, apesar da costa marítima de 8,4 mil quilômetros e de contar com 12% de toda água doce do mundo.

    Parte da política de estímulo à pesca é desenvolvida nos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Neles são formados profissionais e realizadas pesquisas. Atualmente, 2,2 mil estudantes frequentam cursos técnicos federais relacionados à pesca e 1,6 mil fazem cursos de aquicultura. Só este ano, foram liberados R$ 9,6 milhões do Ministério da Educação para os institutos que atuam na área.  

    Um dos objetivos do encontro na capital paraibana é discutir as pesquisas desenvolvidas pelos núcleos de pesquisa, como a fabricação de sabão e sabonete com extrato vegetal como alternativa para a sustentabilidade em comunidades de pescadores de Cáceres (MT). Outro exemplo é o desenvolvimento de hambúrgueres e nuggets com carne de jacaré do Pantanal.

    “O grande investimento na educação profissional tem gerado resultados expressivos também no setor de pesca e aquicultura. Saímos de seis cursos para 72”, exemplificou o secretário de educação profissional e tecnológica, Eliezer Pacheco.

    Assessoria de Imprensa da Setec
  • Desde o início do acordo entre a Seap e a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC, já foram criados 16 núcleos de pesca em todo o país. Serão outros cinco em Rondônia, Roraima, Tocantins e Rio Grande do Sul (nas cidades de Rio Grande e Bento Gonçalves) ainda em 2009.

    A ação também trouxe 45 cursos técnicos de pesca, importantes para capacitar jovens brasileiros a explorar a pesca como atividade econômica. Ao longo de quase 100 anos de existência da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, foram instalados seis cursos na área de pesca. Hoje são 45 e o número deve crescer ainda mais.

    Os critérios para definição dos núcleos de pesca foram o potencial pesqueiro da região, a representatividade das comunidades ribeirinhas e tradicionais que vivem da atividade, a localização geográfica propícia ao desempenho da pesca e o número de pessoas com baixa escolaridade.

    Em linhas gerais, os núcleos irão desenvolver projetos de pesquisa, de caráter interdisciplinar, para aprofundar o conhecimento sobre a diversidade biológica e cultural dos ecossistemas nos quais há atividade pesqueira. O desenvolvimento de programas de extensão para assessoramento técnico-científico e a articulação com as colônias de pescadores e demais entidades representativas do setor pesqueiro e aquícola também são atividades dos núcleos.

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