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  • Fortaleza— O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará inaugurou na semana passada o campus avançado de Morada Nova. Na nova unidade, que deve iniciar as atividades letivas ainda neste semestre, foram investidos cerca de R$ 1,8 milhão pelo governo federal. A prefeitura do município doou o terreno.

    Inicialmente, o campus vai ofertar cursos de extensão nas áreas de topografia, informática, eletromecânica, instalação hidráulica, gestão de empreendimento e em marketing, ministrados por bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento científico e Tecnológico (CNPq). A unidade conta com três salas de aula — duas destinadas a cursos profissionalizantes —, laboratórios de biologia, física, química, eletromecânica, informática e vocacional, além de auditório com recursos de multimídia e biblioteca.

    A inauguração da unidade de ensino faz parte do plano de expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Em fevereiro, o Ceará teve outros cinco campi avançados inaugurados, nos municípios de Aracati, Baturité, Jaguaribe, Tauá e Tianguá. Cada uma das unidades está apta a oferecer cursos técnicos e tecnológicos regulares e também cursos a distância.

    Com capacidade para receber até 500 alunos, os campi avançados garantem o acesso de estudantes de diversas regiões do país à educação de qualidade. De acordo com o reitor do instituto cearense, Cláudio Ricardo, os campi avançados devem garantir atendimento descentralizado a estudantes de todo o estado.

    Assessoria de Imprensa do instituto federal do Ceará









  • Dados Estatísticos

     



  • Nesta segunda feira, 1º de fevereiro, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, inaugura, de forma simultânea, 78 unidades federais de educação profissional. Todas as regiões do país serão contempladas. Com as 63 escolas entregues desde o início do governo Lula, ocorre a duplicação do número de unidades da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Até 2002, a rede contava com 140 escolas. A cerimônia será realizada no Brasília Alvorada Hotel, em Brasília, de onde será transmitida para todo o país pelas emissoras TVMEC e NBR, a partir das 17h.

    As novas escolas resultam da política de expansão da rede federal, implantada em 2005. Outras 99 estão em obras e devem ficar prontas até o fim do ano. O número total de escolas de educação profissional chegará, então, a 380, com mais de 500 mil vagas. Os investimentos ultrapassam a casa de R$ 1,1 bilhão.

    Ceará — Cinco escolas federais de educação profissional serão inauguradas nesta segunda-feira em municípios cearenses. Ligadas ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, começarão a funcionar no próximo semestre letivo nos municípios de Aracati, Baturité, Jaguaribe, Tauá e Tianguá.

    Antes da política de expansão da rede federal, o Ceará tinha cinco escolas técnicas, em Juazeiro do Norte, Cedro, Crato, Iguatu e Fortaleza. Outras quatro foram construídas, em Maracanaú, Quixadá, Sobral e Limoeiro do Norte. Nas quatro unidades construídas, os recursos investidos foram, em média, de R$ 20 milhões.

    Até o fim da expansão, o instituto federal do Ceará contará com 17 campi no estado. Outras três unidades, em obras, devem ficar prontas até o fim do ano, em Acaraú, Canindé e Crateús. Em cada nova unidade são investidos cerca de R$ 5 milhões, o que totaliza a aplicação de R$ 35 milhões no estado.

    Assessoria de Comunicação Social

  • (Arte: ACS/MEC)

    Exibido nesta sexta, 20, pela Rádio MEC, o programa Trilhas da Educação desta semana conta a história da união de uma parceria que tem rendido bons frutos, com resultados concretos que aprimoram a qualidade de vida. Os personagens centrais dessa história são o professor de eletrotécnica Raimundo Neto, de 25 anos, e seus alunos da Escola Estadual Dr. José Iran Costa, em Várzea Alegre, no Ceará. 

    É com essa equipe, formada por estudantes movidos pela curiosidade e impulsionados pela vontade de aprender, que Raimundo tem desenvolvido projetos focados em equacionar problemas da comunidade local. Um trabalho do grupo que tem feito sucesso é o simulador de um carro, que auxilia no aprendizado das normas de trânsito.

    Trata-se de um equipamento inovador, que começou a ser idealizado depois de um acidente que, motivado pela inexperiência ao volante, envolveu familiares de um aluno. O simulador, explica Raimundo, funciona como um jogo, no qual o motorista, ao usar o protótipo, precisa cumprir as regras de trânsito para que o aparelho continue funcionando. Com isso, é possível aprender sobre a maneira correta e segura de dirigir, respeitando outros motoristas e pedestres.

     “A ideia principal do nosso projeto era que, se nós conseguíssemos arrecadar peças suficientes, iríamos deixar nas escolas de ensino fundamental, com o maior quantitativo de alunos, um protótipo desses, para que eles pudessem brincar no horário do recreio e aprendessem um pouco sobre as leis de trânsito”, conta o professor.

     O aparelho tem funcionado a contento. Sete protótipos já foram distribuídos entre outras escolas de Várzea Grande. “Além de chamar a atenção pelo fato de utilizar tecnologia, desperta o interesse pelo fato de envolver um jogo”, resume o professor. “É um jogo que ensina. Uma vez, nós o levamos para uma escola de ensino fundamental e deixamos lá por dois, três dias. Muita gente se interessou, gostou de brincar, inclusive os professores. ”

    Saúde – Os projetos bem-sucedidos da equipe liderada pelo Raimundo Neto não param por aí. A robótica tem sido uma aliada essencial também na área de saúde – como caso de outro projeto, desenvolvido pelo aluno Pedro Vitor Ferreira Máximo. “A mãe do Pedro Vítor era agente comunitária de saúde, então ele nasceu sabendo dos problemas nessa área”, conta o professor. “Ao ingressar no curso de eletrotécnica, ele percebeu que a tecnologia poderia ser um aliado e desenvolveu um drone que pudesse ajudar no combate à dengue. ”

    Uma das centenas de pessoas atingidas por um surto de dengue ocorrido em Várzea Grande há alguns anos, o professor comemora o sucesso do aparelho que os alunos desenvolveram, sob sua orientação, como um instrumento importante na guerra contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença: “Entramos em contato com os agentes de endemias, que fazem o combate direto do mosquito, e eles explicaram que enfrentam dificuldades para acessar alguns locais. Então, o drone veio para facilitar. Ele não é uma solução, é uma ferramenta a mais”.

    A parceria entre professor e alunos promete trazer ainda muito mais novidades.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Danilo Lima, aluno de tecnologia do IFCE, atua junto à comunidade local no desenvolvimento de um produto que não agride a natureza e gera renda (Arte: ACS/MEC)Com o objetivo de encontrar meios mais sustentáveis de construção em Juazeiro do Norte (CE), o estudante Danilo Acácio Pereira Lima, do Instituto Federal do Ceará (IFCE), tem dedicado tempo – e já colhido resultados positivos – na criação de soluções. Aluno do curso de tecnologia em construção de edifícios do campus Juazeiro do Norte, o jovem de 28 anos desenvolveu um projeto de fabricação de tijolos ecológicos que são mais resistentes e duráveis.

    Os tijolos são ecológicos justamente pela maneira como são produzidos. Segundo o estudante, os tradicionais de alvenaria consomem muitas árvores no processo. “Vai queimar de seis a 12 árvores para fazer mil tijolos. Esse meu tijolo não. Eu faço a massa, faço a porcentagem certa de 10% de cimento e jogo água, faço a hidrocura. Ou seja, a água entra e faz a aglutinação com o cimento, com o solo e com a argila. E a diferença para a alvenaria tradicional é essa, justamente não queimar árvore”, explica Danilo.

    Até alcançar esse resultado, o estudante se dedicou a pesquisas que comprovaram as vantagens do tijolo ecológico e que demonstraram, por exemplo, que essa forma de produção resulta em um material mais resistente à pressão e à tensão, conforme unidades e medidas internacionais. O diferencial também está no uso de rochas e minerais com origem na região cearense. “De força ele tem dois megapascal, que é uma medida de força internacional. Enquanto que a alvenaria tradicional, que queima de seis a 12 árvores, tem um megapascal. Um outro estudo, [por meio do] que fui aprovado na mostra científica, mostra que se você colocar ainda o calcário laminado, que na nossa região aqui do Ceará é só o que tem e que se chama pedra de Santana, o tijolo alavanca para quatro megapascal”, destaca.

    Segundo o estudante, a técnica se assemelha à prática milenar da construção da maior muralha do planeta. “Ele usa da mesma tecnologia da Muralha da China, que é o BTC, ou Bloco de Terra Comprimida. Eu tenho o maquinário do IF que comprime a terra. Ele comprime 16 toneladas. Aí, depois de 24 horas, eu jogo a água e o tijolo fica duro. É quando se alcança esses dois de força”.

    Oportunidade - O projeto de Danilo Acácio acabou se expandindo e passou a ter a participação da comunidade, assim como de meninos encaminhados pela Justiça local. O envolvimento serve de incentivo no aprendizado e na possibilidade de geração de renda no futuro. “Quando eles chegam, ficam assim, com os olhinhos brilhando”, aponta o estudante.

    Danilo conta que, no início, houve algumas dificuldades na aplicação da parte teórica de todo o conteúdo, mas foi mesmo na prática que os meninos participaram para valer. “Uma coisa é quando eles entram na sala de aula, no ar condicionado, dando aquela vontade de dormir. Outra, quando eles saem para fazer o tijolo. Parece uma iluminação para eles”, conta, orgulhoso, o jovem que agora investe seus planos na construção de uma fábrica na região. “Quem sabe fazer uma fábrica para ONGs, para fazer escolas bioconstruídas que vão durar bem mais, com conforto térmico por conta da argila. Quando está muito quente, a casa fica com temperatura ambiente, por causa do barro.”

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Síntese das Tabelas











































  • (Foto: Carlos Gibaja/Governo do Ceará)O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participou na manhã desta quarta-feira, 28, em Fortaleza, da entrega do prêmio Escola Nota Dez, do governo do Ceará. A iniciativa premiou as 274 escolas públicas que obtiveram os melhores resultados de alfabetização e do quinto ano do ensino fundamental.

    O concurso avaliou 212.860 crianças do segundo e quinto anos de mais de 4 mil unidades escolares públicas, como base nas informações do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica (Spaece) 2014. O prêmio tem como finalidade reconhecer o esforço das escolas públicas para elevar a aprendizagem das crianças.

    “A gestão da educação no Ceará é uma referência”, disse o ministro. Ele observou que a educação vem avançando rapidamente no estado. “Isso se deve a essas propostas criativas e inovadoras que mobilizam os professores, reconhecem e premiam as escolas com melhor desempenho e servem como um caminho para todo o Brasil”, afirmou Mercadante.

    A premiação é destinada a até 150 unidades escolares públicas que obtiveram os melhores resultados de alfabetização, tendo por base o Índice de Desempenho Escolar – Alfabetização (IDE-Alfa), e até 150 unidades escolares públicas de quinto ano, a partir do Índice de Desempenho Escolar.

    O prêmio Escola Nota Dez é uma das experiências que inspiraram o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), do Governo Federal, que tem como objetivo garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos. “Foi daqui que veio a inspiração em 2012 para Pnaic, eu volto hoje e os resultados são ainda melhores, nós vemos entusiasmo na sala de aula, as escolas sendo premiadas e isso gera uma possibilidade incrível para todo Brasil. Queremos fortalecer o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa”, disse o ministro.

    Profissional – Ainda em visita ao Ceará, o ministro Aloizio Mercadante visitou a Escola Estadual de Educação Profissional Adriano Nobre, localizada no município de Itapajé, e participou da inauguração da Escola Estadual de Educação Profissional Leonel de Moura Brizola. As escolas oferecem atendimento em tempo integral, das 7h às 17h, e além do ensino médio, os estudantes também poderão fazer um curso técnico concomitante.

    Mercadante acompanhou ainda o governador do Ceará, Camilo Santana, durante o ato de assinatura da ordem de serviço para reconstrução de 15 Escolas de Ensino Médio de Fortaleza. As obras buscam aprimorar o espaço físico, contribuindo para o acesso e a permanência dos alunos e melhores condições de trabalho para os profissionais da educação.

    Assessoria de Comunicação Social, com Secretaria de Educação do Ceará

     



  • Fortaleza, 15/12/2017 – O ministro da Educação, Mendonça Filho, assinou a liberação de recursos na manhã desta sexta-feira, 15, para a construção de cinco novas escolas no Ceará – duas técnicas e três de ensino médio – e para o pagamento de obras e equipamentos. O pacote representa investimentos de mais de R$ 51 milhões em prol da educação básica no estado.

    “Investir na infraestrutura educacional é fundamental”, disse o ministro. “Não basta apenas mudanças do ponto de vista de legislação e do conceito de gestão, que são fundamentais. Essa liberação de recursos demonstra nosso compromisso com a educação de qualidade. Quando nos unimos em torno da educação, estamos nos unindo em torno do futuro do Brasil”.

    A liberação de recursos para a construção dessas cinco escolas será de R$ 29.573.890,58. Os municípios de Fortaleza e Cedro receberão as duas escolas técnicas, ambas com o projeto padrão do Brasil Profissionalizado. Juntas, as duas obras somam R$ 18.535.702,04. Já as três escolas estaduais ficarão em Fortaleza, Cariús e Crato, com um investimento de mais de R$ 10,9 milhões. “Essas cinco novas escolas permitirão, naturalmente, acesso à educação de qualidade para os municípios cearenses. Isso é algo extremamente positivo”, lembrou o ministro.

    O governador do Ceará, Camilo Santana, agradeceu a parceria do MEC com o estado. “Essa parceria traz frutos e oportunidades para jovens e crianças cearenses”, ressaltou. “Esse é o caminho que o Brasil precisa trilhar, investir na educação.  Nenhum país do mundo vai crescer, se desenvolver gerando oportunidades para as pessoas, se não for pelo caminho da educação.”

    “Investir na infraestrutura educacional é fundamental”, enfatizou o ministro, durante a cerimônia (Foto: Diego Rocha/MEC)

    Para o pagamento de obras e a compra de computadores e equipamentos de climatização, o MEC terá o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O montante total a ser liberado é de R$ 22.171.774,62. Serão 17 obras contempladas – 12 do Brasil Profissionalizado, quatro de escolas de ensino médio e uma quadra escolar coberta, com investimento de R$ 16.810.374,62 – em 17 municípios do estado do Ceará.

    Na compra de equipamentos serão investidos R$ 5.361.400,00, sendo R$ 5 milhões para aquisição de computadores e R$ 361,4 mil para aparelhos de climatização.

    Presente à cerimônia, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), falou sobre a felicidade de participar de eventos como esse, a assinatura de convênios para investimentos na área de educação: “Todos nós, mesmo pensando diferente, temos o mesmo objetivo – que os recursos que a sociedade paga na forma de impostos para municípios, estado e União, sejam, efetivamente, devolvidos em investimentos nas áreas que nós imaginamos como sendo prioritárias, começando pela educação, caminhando para a saúde e segurança pública”.

    Exemplo – Mendonça Filho lembrou ainda que o caminho para a transformação verdadeira de qualquer sociedade passa, necessariamente, pela área da educação, e elogiou os investimentos no estado do Ceará: “Se levarmos em consideração os parâmetros nacionais, no desempenho dos principais estados do Brasil, colocamos o Ceará como estado referência na área de educação básica, tendo um papel ainda mais relevante no que diz respeito à questão da alfabetização. Hoje, o município de Sobral é até internacionalmente reconhecido. Felizmente, a política pública que foi levada adiante, valorizando a qualidade da educação em Sobral, pode contaminar positivamente todo o território cearense e servir de inspiração para outros municípios do Brasil”.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Francisco Eugênio de Vasconcelos, jovem morador de Fortaleza, acompanhou, há dois anos, todas as notícias sobre a remoção de uma feira popular na cidade. Diante das diversas opiniões sobre o assunto, resolveu formular a própria em um texto, premiado na 1ª edição da Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, em 2008.

    Todo o processo de elaboração do texto — que concorreu na categoria artigo de opinião — foi desenvolvido na escola. À época, Francisco tinha 16 anos e cursava o segundo ano do ensino médio no Colégio Militar de Fortaleza. Com o apoio da professora Hildenize Andrade, que aplicou, em sala de aula, a didática contida no material de apoio pedagógico da olimpíada, o estudante desenvolveu as ideias sobre o caso da feira.

    “A partir daí, Francisco aprimorou a capacidade de argumentação, o que levou sua redação a ser premiada”, conta a professora Hildenize. “E não só ele saiu ganhando com a olimpíada; ganharam também os demais alunos da turma que participaram das atividades preparatórias e eu mesma, com a melhoria da minha formação como educadora.”

    Hildenize participará da olimpíada deste ano e se prepara desde o ano passado. Na mesma escola, ela dá aulas a estudantes do primeiro ano do ensino médio e concorrerá na categoria crônica, destinada a professores e estudantes da série. “Só o fato de os meninos e meninas se verem como escritores e ampliarem a visão de mundo já vale a participação na competição”, opina.

    Formação— A Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, que ocorre a cada dois anos, está na segunda edição. O objetivo é contribuir para a formação de professores com vistas à melhoria do ensino da leitura e escrita nas escolas públicas brasileiras.

    A primeira edição, realizada em 2008, alcançou seis milhões de alunos. O concurso teve origem no programa Escrevendo o Futuro, desenvolvido pela Fundação Itaú Social entre 2002 e 2006. Atualmente, é realizado em parceria do Ministério da Educação com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

    Na edição de 2008, o número de professores inscritos chegou a 202.280. Eles representaram 55.570 escolas de 5.445 municípios. No Ceará, o total de escolas inscritas foi de 4.399. Chegaram à etapa semifinal 28 professores cearenses e dois foram vencedores. Entre eles, Hildenize, com o estudante Francisco.

    Uma das novidades este ano é a participação de alunos matriculados no nono ano (oitava série) do ensino fundamental e no primeiro ano do ensino médio de escolas públicas. Eles concorrerão com textos do gênero crônica. As demais categorias permanecem como em 2008 — estudantes do quinto e sexto anos (quarta e quinta séries) participarão com textos do gênero poesia; do sétimo e oitavo anos (sexta e sétima séries), gênero memórias literárias. No ensino médio, os alunos do segundo e do terceiro anos devem concorrer com artigos de opinião.

    O tema para as redações em todas as categorias é O Lugar Onde Vivo, destinado a valorizar a interação das crianças e jovens com o meio em que crescem. Ao desenvolver os textos, o aluno resgata histórias, aprofunda o conhecimento sobre a realidade e estreita vínculos com a comunidade.

    Em 2010, uma coleção didática da olimpíada foi enviada a todas as escolas públicas do Brasil. O material é composto por cadernos de orientação ao professor (propõem uma sequência didática para o ensino da leitura e produção de textos), coletânea de textos e cd-rom multimídia para quatro diferentes gêneros textuais (poema, memórias, artigo de opinião e crônica).

    Na olimpíada, alunos e professores participarão de etapas escolares, municipais, estaduais e regionais e da nacional. Serão selecionados 500 textos semifinalistas na etapa estadual, 152 na regional e 20 na nacional.

    Tanto o estudante quanto o professor serão premiados. Os 500 escolhidos na fase estadual receberão medalhas e livros; os 152 finalistas, medalhas e aparelhos de som. Os 20 vencedores da etapa nacional ganharão medalhas, microcomputadores e impressoras.

    Para que os professores se inscrevam, as secretarias estaduais e municipais precisam aderir ao concurso. As adesões e inscrições devem ser feitas até 7 de junho, na página eletrônica do Cenpec.

    Letícia Tancredi

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  • O Iprede atende a necessidades nutricionais de 1,2 mil crianças por mês e oferece atendimento psicossocial a 800 famílias (foto: Celso Oliveira/Iprede)Nutrição e vínculo afetivo são os ingredientes de sucesso do Instituto da Primeira Infância (Iprede). Reconhecido em 2009 como projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará (UFC), o Iprede atende as necessidades nutricionais de 1.250 crianças por mês e oferece atendimento psicossocial a 800 famílias. Para ser atendida na instituição, a criança deve enquadrar-se no perfil de desnutrição, tanto por estar abaixo do peso adequado como por apresentar obesidade ou ter algum tipo de distúrbio psicossocial. Além disso, é necessário pertencer a família de baixa renda.

    Diagnosticada com desnutrição aos dois anos, Alexia Laila, hoje com cinco, foi encaminhada ao Iprede por uma amiga da família. Segundo o pai, Alessandro Souza, 38 anos, foi na instituição que ele aprendeu os cuidados básicos da primeira infância. “Agora, ela está bem; engordou quase três quilos em dois meses”, diz. “Estou cuidando da alimentação segundo o que a nutricionista me passou; não dou mais porcarias nem suco de caixinha.” Alessandro acompanha o tratamento da filha, realizado a cada 15 dias.

    Na instituição, as famílias são recebidas por uma equipe transdisciplinar, composta por profissionais das áreas de saúde e outras como pedagogia, educação física, sociologia, antropologia e assistência social. Segundo o presidente do Iprede, o pediatra e professor universitário Sulivam Mota, com todo esse direcionamento, o instituto deixou de prestar um serviço emergencial e passou a promover ações que garantam o desenvolvimento familiar.

    “Gerando esse vínculo afetivo, os cuidadores assumem integralmente os cuidados com a criança”, diz Mota. “Trabalhamos a família como um todo e de forma efetiva, e o que tem efetivado todo esse trabalho é a profissionalização da mulher.”

    Nesse caminho está Naiane da Silva, 22 anos, que trabalha três vezes por semana como recepcionista no projeto Mãe Colaboradora. “Gosto muito de ser voluntária; tudo aqui é um aprendizado a mais para colocar no currículo”, afirma a jovem.

    Para participar do projeto de voluntariado do Iprede é preciso passar por entrevista e capacitação. De acordo com o interesse e a formação prévia dos voluntários, eles são encaminhados a um setor da instituição.

    Maria Clara, filha de Naiane, nasceu pequena, com baixo peso, e foi encaminhada ao Iprede logo após o diagnóstico de desnutrição. Hoje com cinco anos, além do acompanhamento nutricional e psicossocial, faz um tratamento de psicomotricidade. Foi a professora da escola que observou dificuldades na interação da menina com os colegas.

    “Tenho muito a agradecer ao Iprede. Assim como eu, muitas mães não têm como pagar um tratamento”, diz Naiane. “Minha filha está recebendo um ótimo atendimento. Sem o instituto, ela não estaria se desenvolvendo.”

    Para aprimorar os serviços, o Iprede firma parcerias com diversas universidades brasileiras e estrangeiras. Anualmente, em janeiro, 30 alunos de pós-doutorado da Universidade de Harvard visitam o instituto para vivenciar os desafios da primeira infância. O Centro de Excelência em Desenvolvimento da Primeira Infância do Canadá e a Universidade de Montreal, que estudam a violência contra crianças até seis anos, são algumas das instituições que ajudam a construir esse conhecimento

    Assessoria de Comunicação Social

    Projeto da Universidade Federal do Ceará aposta nos cuidados na primeira infância

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  • A partir de ações desenvolvidas na biblioteca da escola, leitura e escrita dos alunos melhorou sensivelmente (Arte: ACS/MEC)

    Mais que uma aprendizagem derivada do processo de alfabetização, a leitura pode ajudar a promover qualidade de vida. É o que mostra o trabalho desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Médio Ronaldo Caminha Barbosa, em Cascavel, na região metropolitana de Fortaleza (Ceará). À frente dessa ação estão o professor Sérgio Furtado Neo e seus alunos, que, a partir de uma série de ações implantadas na biblioteca da escola, têm estimulado a leitura e despertado a consciência da comunidade local. Este é o tema da semana de Trilhas da Educação, programa produzido pela Rádio MEC e transmitido nesta sexta, 10, a partir das 10h.

    Sérgio, de 42 anos, conta que os estudantes mal frequentavam a biblioteca. Para piorar, o espaço parecia mais um depósito. Além disso, o professor percebia o aumento da violência e do uso de drogas na cidade. Como a maior parte dos alunos é formada por meninos de famílias simples e vulneráveis àquela realidade, ele não pensou duas vezes: “Eu me reuni com alguns alunos para mudar aquilo. Então, nós modificamos a biblioteca, arrumamos o local e catalogamos os livros. Concluída essa parte, começamos a arranjar voluntários e sair da escola”.

    As ações, conta ele, passaram a ser desenvolvidas nas ruas da cidade. “Colamos cartazes com frases de incentivo à leitura pelos muros da comunidade e pelos postes. Nós contamos histórias para crianças de escolas municipais e casos populares para os pescadores da região. ”

    Resultados – A iniciativa não demorou a dar frutos. “Fomos desenvolvendo mais ações com os alunos, incentivo à leitura, café literário, sarau de poesia”, ilustra o professor. “Aí, no ano passado, ganhamos um prêmio da Fundação Itaú. Ficamos em segundo lugar no prêmio Escola Voluntária e, de quebra, um dinheiro para investir no projeto. ”

    O trabalho recebeu R$ 15 mil como prêmio. “Ainda não aplicamos essa quantia, mas já começamos as ações”, relata Sérgio. “Fizemos o primeiro concurso literário das escolas de Cascavel e mobilizamos umas 15 escolas públicas. ”  A meta é investir esses recursos em melhorias na biblioteca, para que mais alunos possam ter acesso ao universo do conhecimento. “Vamos comprar mesas e estantes para a biblioteca e queremos aumentar o acervo de livros também”, anuncia o professor.

    O projeto conta com sete alunos fixos e aproximadamente 30 voluntários. A iniciativa foi bem recebida pela comunidade, principalmente por conta da mudança de comportamento dos alunos. “Somos muito bem vistos tanto na escola quanto fora dela”, valoriza Sérgio Neo.

    A aceitação da comunidade tem sido a melhor possível, destaca ele:  “Temos vários relatos de moradores que deram força, incentivaram, se mobilizaram em questões de leitura. Observamos que os empréstimos de livros da biblioteca haviam aumentado. E, muito mais do que isso, vimos uma mudança de atitude do jovem em relação à percepção que ele tinha da leitura. A leitura está diretamente associada ao conhecimento. Então, vemos a mudança principalmente em língua portuguesa. Pelos relatos de professores, os alunos estão escrevendo mais e melhor, participam de conversas sobre livros, pedem mais livros emprestados na biblioteca. Isso mostra a contribuição do projeto”.

    Assessoria de Comunicação Social

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