Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

  • Avaliações da aprendizagem

    As avaliações da aprendizagem são coordenadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep. O Inep é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação MEC, cuja missão é promover estudos, pesquisas e avaliações sobre o Sistema Educacional Brasileiro com o objetivo de subsidiar a formulação e implementação de políticas públicas para a área educacional a partir de parâmetros de qualidade e equidade, bem como produzir informações claras e confiáveis aos gestores, pesquisadores, educadores e público em geral.

    • Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB - O Ideb foi criado INEP em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb e a Prova Brasil.

     

    A série histórica de resultados do Ideb se inicia em 2005, a partir de onde foram estabelecidas metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas pelo País, mas também por escolas, municípios e unidades da Federação. A lógica é a de que cada instância evolua de forma a contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da OCDE. Em termos numéricos, isso significa progredir da média nacional 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6,0 em 2022, ano do bicentenário da Independência.

    • Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB - O Sistema de Avaliação da Educação Básica – Saeb é composto por dois processos: a Avaliação Nacional da Educação Básica – Aneb e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar – Anresc. A Aneb é realizada por amostragem das Redes de Ensino, em cada unidade da Federação e tem foco nas gestões dos sistemas educacionais. Por manter as mesmas características, a Aneb recebe o nome do Saeb (https://portal.inep.gov.br/web/guest/caracteristicas-saeb) em suas divulgações. A Anresc é mais extensa e detalhada que a Aneb e tem foco em cada unidade escolar. Por seu caráter universal, recebe o nome de Prova Brasil em suas divulgações. A partir de 2013, haverá a Avaliação Nacional de Alfabetização – ANA. Esta nova avaliação, que deve ser aplicada anualmente a partir deste ano, terá caráter censitário e avaliará a qualidade, equidade e eficiência do ciclo de alfabetização das redes públicas.

     

    • Prova Brasil - A Prova Brasil é aplicada censitariamente aos alunos de 5º e 9º anos do ensino fundamental público, nas redes estaduais, municipais e federais, de área rural e urbana, em escolas que tenham no mínimo 20 alunos matriculados na série avaliada. A Prova Brasil oferece resultados por escola, município, Unidade da Federação e país que são utilizados no cálculo do Ideb.

     

    As avaliações realizadas a cada dois anos, quando são aplicadas provas de Língua Portuguesa e Matemática, além de questionários socioeconômicos aos alunos participantes e à comunidade escolar.

    • Provinha Brasil - A Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica do nível de alfabetização das crianças matriculadas no segundo ano de escolarização das escolas públicas brasileiras. Essa avaliação acontece em duas etapas, uma no início e a outra ao término do ano letivo. A aplicação em períodos distintos possibilita aos professores e gestores educacionais a realização de um diagnóstico mais preciso que permite conhecer o que foi agregado na aprendizagem das crianças, em termos de habilidades de leitura dentro do período avaliado.

     

     

  • As avaliações educacionais devem ser um instrumento para a melhoria da qualidade do ensino, a partir da apropriação dos resultados e da aplicação pedagógica pela escola. Essa ideia foi consenso entre os participantes da mesa redonda que encerrou o Seminário Internacional Devolutivas das Avaliações de Larga Escala, realizado na quarta-feira, 12, na sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília.

    O presidente do Inep e mediador do debate, Chico Soares, apontou que não há dúvida de que a Prova Brasil fala de qualidade e gera dados que permitem apontar indicadores de aprendizado no ensino fundamental. “O desafio, hoje, é que a Prova Brasil avance em direção à escola, ou seja, que os resultados tenham aplicação pedagógica”, afirmou, lembrando que outros desafios foram vencidos, como a aplicação do exame de forma censitária para todas as escolas com mais de 20 alunos.

    Para o professor Lorin W. Anderson, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), a troca de experiências entre diferentes culturas pode colaborar para modelos duradouros de avaliação. “Uma vez que se adote uma direção, não se perde o alvo de vista, que é a qualidade. Temos de nos mover, juntos, nos aspectos que nos unem, para chegarmos ao sistema educacional que queremos”, disse.

    “O aluno é o propósito moral e está no coração do trabalho de avaliação. Queremos que cada escola seja maravilhosa e que cada criança seja um excelente aluno. Para isso, temos de chegar à escola, à sala de aula, interagir”, destacou o representante da Education Quality and Accountability Office de Ontário (Canadá), Bruce Rodrigues, que, antes de participar da mesa redonda, também proferiu palestra sobre a experiência de Ontário, a mais populosa província daquele país, com 13,5 milhões de habitantes, com as avaliações de larga escala.

    O professor Jesús Miguel Jornet Meliá, da Universidade de Valença (Espanha), acentuou que é importante que haja o desenho de um currículo único, porque, dessa forma, é possível traçar metas, melhorar o ensino e a avaliação. “O desafio é obtermos padrões contextualizados que tenham condições de responder a diferentes situações das regiões e das escolas”, explicou.

    O Seminário Internacional Devolutivas das Avaliações de Larga Escala foi promovido pelo Inep, em parceria com o movimento Todos Pela Educação e a Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave).

    Assessoria de Comunicação Social do Inep

  • Estudantes de escolas da rede pública de todo o país com turmas do 5º ano do ensino fundamental serão submetidos em novembro a avalições previstas no Saeb (foto: Tereza Sobreira/MEC – 3/9/10)As provas da edição de 2013 do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) serão aplicadas entre os dias 11e 21de novembro próximo, em todas as unidades da Federação. O Saeb é composto pela Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb), pela Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc), conhecida como Prova Brasil, e pela Avaliação Nacional de Alfabetização (Ana).

    O resultado da Ana está previsto para 31de maio de 2014. Em 31de julho do próximo ano serão conhecidos os da Anresc e da Aneb.

    Compõem a Aneb provas de leitura, matemática e questionários aplicados a um grupo (amostra) de estudantes do quinto e do nono anos do ensino fundamental regular e do terceiro ano do ensino médio das redes pública e particular. Da Anresc, participam todas as escolas com pelo menos 20 estudantes do quinto e do nono anos do ensino fundamental regular, matriculados em escolas públicas de zonas urbanas e rurais. Serão aplicadas provas de leitura, matemática e questionários.

    Portaria do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), publicada nesta terça-feira, 25, estabelece a inclusão, em caráter experimental, do teste de ciências a alunos do nono ano do ensino fundamental da Anresc e do nono ano do ensino fundamental e do terceiro do ensino médio da Aneb. A aplicação implica dois dias de provas.

    A Ana contará com provas de leitura e escrita e de matemática. Serão avaliados estudantes matriculados no terceiro ano do ensino fundamental de escolas públicas das áreas urbana e rural organizadas no regime de nove anos.

    A Portaria do Inep nº 304, de 21 de junho de 2013, com as normas e o cronograma das avaliações, foi publicada no Diário Oficialda União desta terça-feira, 25, seção 1, página 33.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • A partir da edição 2013, as redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) avaliadas com nota máxima de mil pontos passarão obrigatoriamente pela banca, composta por três professores doutores. Esta é uma das mudanças que o Ministério da Educação, juntamente com a comissão técnica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), está estudando para incluir no próximo edital do exame.

    O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, observou que na edição de 2012 houve 2.084 redações com nota máxima. Segundo ele, o MEC pretende exigir mais rigor nos próximos anos. “Nas notas máximas, nós queremos excelência. Por isso, não basta os dois primeiros corretores darem nota mil, queremos que automaticamente a banca avalie se a redação vale nota mil”, salientou. “O Enem é um exame totalmente transparente. Essa transparência é exatamente para contribuir com o debate pedagógico”, completou.

    O MEC e o Inep também estudam dar nota zero para qualquer redação que apresente deboche ou provocações ao longo do texto. Na edição de 2012 do Enem, segundo Mercadante, 330 redações continham inserções indevidas. “Se for uma provocação, deboche, brincadeira, é inaceitável para a seriedade de um exame como este, principalmente diante do esforço que o Estado brasileiro faz e os outros candidatos fizeram para passar”, pontuou o ministro.  

    Mercadante reforçou ainda que os corretores do Enem são monitorados em tempo real e na edição de 2012, pela primeira vez, receberam treinamento de 100 horas. Segundo o ministro, o objetivo é que os profissionais estejam cada vez mais preparados.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação reabriu, até 31 de agosto, as inscrições para o Banco de Avaliadores dos Programas Nacionais do Livro e da Leitura e de Conteúdos de Recursos Educacionais Digitais. O cadastro reúne profissionais habilitados a participar das equipes de avaliação pedagógica de obras didáticas, literárias, outros materiais de apoio à prática educacional dos programas do livro e da leitura e dos conteúdos de recursos educacionais digitais.

    O Banco de Avaliadores será utilizado como base para a identificação de professores capacitados para apoio na elaboração de editais, participação em comissões ou atuação como recursista.  O cadastro será válido para todos os processos de avaliação no âmbito da Secretaria de Educação Básica (SEB) para o ano de 2016.

    Podem se inscrever professores dos quadros das redes públicas de ensino, bem como professores das instituições de educação superior, com formação e experiência profissional nas áreas de educação infantil, língua portuguesa, língua estrangeira moderna (inglês e espanhol), arte, matemática, biologia, física, química, história, geografia, filosofia e sociologia.

    Os profissionais interessados deverão fazer o cadastro na página do Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec).

    Mais informações podem ser encontradas na Portaria nº 51, de 16 de dezembro de 2015, e no edital de chamada pública nº 13/2016.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Estão abertas até o dia 20 próximo, pela internet, as inscrições de tradutores de língua francesa e espanhola para o Banco de Colaboradores (BC) do Banco Nacional de Itens (BNI), conforme chamada pública lançada em 4 de março. Os profissionais aprovados vão subsidiar os exames e avaliações da educação básica por meio da tradução de materiais.

    Para se cadastrar, o candidato deve preencher as informações contidas no sistema on-line do BNI, na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), anexar documentos comprobatórios da formação de nível superior exigida e digitalizá-los, preferencialmente em arquivo .pdf, de forma legível.

    Dentre outros requisitos, os participantes precisam comprovar bacharelado em tradução ou letras–tradução (inglês, francês ou espanhol) reconhecido pelo Ministério da Educação. Também é obrigatória a experiência no exercício de atividade de docência ou pesquisa na educação básica ou superior, pública ou particular, além de conhecimentos de informática.

    O cadastro terá validade de dois anos, a contar da data de publicação do resultado. Após o processo de cadastramento, o Inep fará a convocação de acordo com a necessidade. A pontuação dos selecionados terá divulgação preliminar até 15 de abril próximo. A divulgação final dos aprovados deve ser feita até 5 de maio, por meio de edital de convocação.

    O Edital do Inep nº 4, de 3 de março de 2016, com a chamada pública para seleção de tradutores de materiais de exames e avaliações da educação básica, foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 4.

    Mais informações e inscrições no sistema do BNI na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estão abertas até o dia 20 próximo, pela internet, as inscrições de tradutores de língua francesa e espanhola para o Banco de Colaboradores (BC) do Banco Nacional de Itens (BNI), conforme chamada pública publicada nesta sexta-feira, 4. Os profissionais aprovados vão subsidiar os exames e avaliações da educação básica por meio da tradução de materiais.

    Para se cadastrar, o candidato deve preencher as informações contidas no sistema on-line do BNI, na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), anexar documentos comprobatórios da formação de nível superior exigida e digitalizá-los, preferencialmente em arquivo .pdf, de forma legível.

    Dentre outros requisitos, os participantes precisam comprovar bacharelado em tradução ou letras–tradução (inglês, francês ou espanhol) reconhecido pelo Ministério da Educação. Também é obrigatória a experiência no exercício de atividade de docência ou pesquisa na educação básica ou superior, pública ou particular, além de conhecimentos de informática.

    O cadastro terá validade de dois anos, a contar da data de publicação do resultado. Após o processo de cadastramento, o Inep fará a convocação de acordo com a necessidade. A pontuação dos selecionados terá divulgação preliminar até 15 de abril próximo. A divulgação final dos aprovados deve ser feita até 5 de maio, por meio de edital de convocação.

    O Edital do Inep nº 4, de 3 de março de 2016, com a chamada pública para seleção de tradutores de materiais de exames e avaliações da educação básica, foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 4.

    Mais informações e inscrições no sistema do BNI na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Para fazer parte da banda de música é preciso disciplina nos estudos e na sala de aula. Ser um integrante é como um prêmio para os estudantes. Os responsáveis pelo Colégio Estadual Dr. Milton Dortas, no município sergipano de Simão Dias (40,3 mil habitantes), incluem a banda entras as iniciativas que levaram a instituição a obter melhor resultado nos índices do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola de 2014.

    “São recrutados alunos que têm aula de música com um maestro”, explica a diretora, Daniela Santos Silva. A escolha é baseada, de acordo com a diretora, nos instrumentos com os quais os estudantes têm mais familiaridade. Os ensaios são realizados aos sábados e domingos. “Os alunos trabalham na banda de maneira voluntária e, no decorrer do ano, são capacitados a participar de desfiles.”
    Daniela salienta que os estudantes, para integrar a corporação, têm de manter comportamento adequado e ser assíduos às aulas. “Automaticamente, são mais preparados para as provas”, diz.

    Além da banda, o planejamento dos professores estabelece atividades solicitadas pelo Enem, além de exames simulados nos fins de semana e aulas de reforço, aos sábados. Pelo menos duas reuniões são realizadas, por semestre, com pais e professores. Segundo a diretora, o trabalho dos últimos cinco anos fez o nível dos alunos melhorar.

    Ranking — A instituição de ensino sergipana consta entre os destaques nacionais no ranking de escolas com mais de 90 alunos, dos quais 80% nelas tenham cursado todo o ensino médio (todos com nível socioeconômico baixo ou muito baixo). Ela ficou em oitavo lugar, resultado comemorado pela Secretaria de Educação de Sergipe, pelos gestores escolares e pela comunidade.

    “A diferença, este ano, é que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) está fazendo um recorte socioeconômico que revela o que já existia: o Colégio Milton Dortas e outras escolas têm feito trabalho de destaque”, afirma a diretora do Departamento de Educação da secretaria estadual, Gabriela Zelice. “Assim, pudemos contextualizar nossas escolas dentro desses índices.”

    Indicadores — Este ano, o Ministério da Educação reformulou a forma de divulgação dos dados do Enem por escola, a partir de novos indicadores, que levam em consideração a realidade de cada local. “[As escolas] formam um conjunto heterogêneo, principalmente em relação às características socioeconômicas de seus estudantes, e esses fatores precisam ser levados em consideração”, diz o presidente do Inep, Francisco Soares.

    O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, lembra que pode se considerar como evolução o fato de alguém entrar na escola com uma nota 200 e atingir 400, em comparação com outra pessoa que entrou com 400 e chegou a 500.

    Assessoria de Comunicação Social

    Leia também:
    Escola do sertão pernambucano tem boa classificação no exame

  • A capacidade de brincar é uma questão muito específica da educação infantil e deve ser valorizada como forma de aprendizagem (foto: José Bittar/MEC – 30/6/10)A maior participação da educação infantil nas etapas posteriores da educação básica tem sido uma demanda crescente da sociedade. Há uma tendência, principalmente nos últimos anos, de a educação infantil antecipar os aprendizados do ensino fundamental. No entanto, os efeitos desse estímulo precoce, para alguns, têm levado pais e professores a repensar esse posicionamento.

    O tema tem sido amplamente debatido desde setembro de 2015, quando se iniciou a construção da Base Nacional Comum Curricular. Nesse período de discussões foram apontados questionamentos sobre o papel da educação infantil em relação ao ensino fundamental e médio. A segunda versão do documento reforçou a articulação entre as duas etapas em relação ao letramento e à alfabetização das crianças.

    Para Maria Carmem Barbosa, assessora da coordenação da Base na área da educação infantil e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), é papel da família e da escola acompanhar e ajudar no desenvolvimento das crianças, sempre respeitado o tempo de cada um. “A capacidade de brincar é uma questão muito específica dessa faixa etária e é fundamental valorizarmos isso como forma de aprendizagem”, diz. “Relacionar a brincadeira com a leitura, a escrita e a matemática já quer dizer que ali tem diversos conhecimentos.”

    Outra demanda incorporada pelo documento é a necessidade de uma progressão no desenvolvimento das crianças. Além de um conjunto de objetivos de aprendizagem estabelecido para cada faixa etária, a Base organizou a educação infantil em três subgrupos — os bebês, as crianças bem pequenas e as crianças pequenas. “Procuramos explicitar algumas coisas relativas aos conhecimentos escolares, tudo com noções bem abertas e introdutórias”, afirma a professora. “É um conhecimento que vai ser sistematizado pelo ensino fundamental.”

    Nesse sentido, o Ministério da Educação tem investido em políticas públicas, as quais, de acordo com a coordenadora da elaboração do documento, Hilda Micarello, ganharam mais ênfase na segunda versão. “Apresentamos uma nova proposta, bem diferente da primeira, mas não tenho dúvida de que ela será objeto de críticas, como seria qualquer proposta; só que agora não serão as mesmas questões”, afirma.

    A segunda versão da Base Nacional Comum Curricular foi entregue ao Conselho Nacional de Educação (CNE), para avaliação. A expectativa, agora, segundo Hilda, é que o texto seja amplamente debatido pelos representantes de estados e municípios. “Gostaríamos que as pessoas pudessem ler e se manifestar para que possamos ter aquilo que é o mais parecido com a demanda social”, diz.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Manoel Palácios, participou nesta sexta-feira, 4, da mesa de abertura do encontro UnB na Base Nacional Comum Curricular (BNC). O objetivo do evento foi permitir que a comunidade acadêmica da Universidade de Brasília (UnB) contribua para a construção do documento que vai orientar o currículo da educação básica no país.

    O objetivo do encontro, organizado pelo Decanato de Ensino de Graduação e pelo Decanato de Extensão da UnB, é levar a comunidade acadêmica, e não apenas as licenciaturas, a participar da elaboração coletiva que caracterizará a nova base. A BNC contempla os conteúdos fundamentais que devem ser ensinados nas quatro áreas de conhecimento (matemática; linguagens; ciências da natureza e ciências humanas). O documento servirá como base para a elaboração dos currículos das mais de 190 mil escolas de educação básica, públicas e privadas.

    Para Manoel Palácios, as universidades são parceiras essenciais nas discussões, uma vez que, além da formar professores, são também responsáveis por realizar pesquisas na área do ensino. “A UnB está fazendo um esforço para que a área de graduação das universidades, especialmente a área que lida com as licenciaturas, com a pós-graduação, se mobilizem no sentido de participar desse debate, fazendo uma contribuição relevante”, ressaltou. Para o secretário, é importante que a Base Nacional reflita a pesquisa e o conhecimento acumulado das universidades.

    A UnB assumiu o compromisso de produzir um relatório de todos os processos de participação. “É uma satisfação enorme, sobretudo pela proximidade, termos essa parceria estratégica com o MEC e nós não abrimos mão da nossa posição nessa discussão indispensável”, afirmou o reitor da universidade, Ivan Camargo.

    Serão produzidos três relatórios sobre a participação da sociedade na construção da Base Nacional: o primeiro será produzido pela UnB e vai trazer quais foram as contribuições, quantas pessoas participaram e que tipo de contribuição deram; o segundo será feito a partir das contribuições apresentadas por estados, municípios e pela sociedade científica, e o terceiro será a proposta a ser encaminhada ao Conselho Nacional de Educação (CNE).

    Para contribuir: Portal da BNC

    Assessoria de Comunicação Social

    Debate sobre a Base Curricular foca na formação do professor

  • A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi um dos temas abordados durante a quinta edição do Educação 360, encontro internacional que pretende discutir a melhoria da educação no mundo. Promovido pelos jornais O Globo e Extra, o evento acontece no Museu do Amanhã e no Museu de Arte do Rio (MAR), no Rio de Janeiro.

    O Educação 360, que teve início nesta segunda-feira, 24, contou com a participação do presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Eduardo Deschamps, durante o painel Currículo de qualidade: Educação para o desenvolvimento equitativo e sustentável, que ocorreu nesta terça-feira, 25. De acordo com ele, o Brasil possui aproximadamente 200 mil escolas que abrigam mais de 40 milhões de alunos e 2 milhões de professores. 

    Ele defendeu que é importante que os currículos escolares sejam tratados com dedicação, e que o país tem alcançado esse objetivo. “Conseguimos fazer com que a BNCC se tornasse uma política de estado. A questão curricular precisa ser tratada como uma política de estado, e não de governo”, frisou.

    Deschamps destacou que além de discutir quais os direitos e os objetivos de aprendizagem dos estudantes, a BNCC é uma ferramenta para combater a desigualdade educacional brasileira. “Se a gente continuar tendo uma escola completamente desigual já no começo da formação, eu vou continuar reproduzindo essa desigualdade”, alertou o presidente do CNE.  Ele também disse que a implementação da  Base deve contemplar questões como avaliação, formação de professores, material didático e contratação de docentes.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Em Theoboma, Roraima, um público interessado assiste, numa escola, um vídeo sobre a Base Nacional (Foto: Divulgação)A consulta pública da proposta de Base Nacional Comum Curricular, realizada pelo Ministério da Educação, já recebeu mais de 6 milhões de contribuições até esta quinta-feira, 10. Escolas públicas e privadas, professores, organizações da sociedade civil e cidadãos têm prazo até 15 de março para enviar suas contribuições.

    A Base Nacional Comum Curricular é uma das estratégias estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para melhorar a educação básica, que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o médio. Em setembro, o Ministério da Educação apresentou a proposta preliminar que vem sendo discutida por meio de sistema virtual, permitindo a participação da comunidade escolar e da sociedade civil, que podem dar contribuições ao texto.

    O portal é uma ferramenta para a construção democrática da Base Nacional Comum Curricular, com ampla consulta à sociedade. As contribuições podem ser individuais ou coletivas, sejam originárias das redes de ensino ou de movimentos e organizações da sociedade civil. Também podem ter caráter geral ou tratar pontualmente de cada tema.

    Até esta quinta-feira, 10, mais de 29.000 escolas e 170 mil indivíduos, dos quais 148 mil são professores, já se cadastraram para colaborar. O Ministério da Educação vai começar a análise das colaborações na próxima terça-feira, 15.

    A segunda versão da proposta de Base Nacional Comum Curricular, a ser apresentada em abril, será avaliada por um grupo de leitores críticos de diversas áreas do conhecimento e também será discutida em seminários realizados pelas secretarias estaduais de educação e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

    Dia da Base – No dia 2 de dezembro, o Ministério da Educação realizou, em todo o país, o Dia Nacional da Base, para incentivar o debate sobre a Base Comum. Na última semana, mais de 10 mil unidades de ensino se cadastraram no Portal da Base. Escolas públicas e privadas são convidadas a discutir a proposta e enviar suas colaborações.

    Equidade– A Base Nacional Comum Curricular tem como objetivo estabelecer os conhecimentos e habilidades essenciais que todos os estudantes brasileiros devem aprender em sua trajetória na educação básica, desde a educação infantil até o ensino médio.

    A Base busca promover equidade na formação dos alunos e servirá de norte para os professores em sala de aula.
    Para participar da apresentação de propostas, basta fazer um cadastramento simples no portal. Para cadastros individuais, professores e estudantes devem preencher dados como nome, CPF, cidade e estado. Para os de redes de ensino e organizações da sociedade, além dos dados das instituições, é necessário indicar um responsável.

    Conheça o portal da Base Nacional Comum Curricular

    Assessoria de Comunicação Social

    Veja o passo a passo de como contribuir aqui:

     gif base nacional 10122015

  • Ricardo Coelho, diretor de Programa da Secretaria Executiva do MEC, apresentou aspectos da Base Nacional Comum Curricular na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 1º (Foto: Luís Fortes/MEC)Em mais uma discussão sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), representantes do Ministério da Educação participaram de seminário promovido pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 1º. O diretor de Programa da Secretaria Executiva do MEC, Ricardo Coelho, detalhou aos deputados a importância e o processo de construção do documento que vai nortear a educação em todo o Brasil.

    O objetivo da Base é promover a equidade e a qualidade do ensino no país por meio de uma referência comum obrigatória para toda a educação básica, respeitando a autonomia assegurada pela Constituição aos estados, municípios e escolas. “A Base trabalha com conhecimentos fundamentais a serem desenvolvidos para que os faculte [aos estudantes] serem cidadãos plenos, autônomos, capazes de se autorrealizar e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do país”, afirmou o diretor. “A Base não vai resolver todos os problemas da educação brasileira, mas é um passo importante para equacionar os problemas.”

    Ricardo Coelho lembra que, apesar dos investimentos feitos na área ao longo dos anos, o ensino ainda deixa a desejar, como comprovam indicadores nacionais e internacionais, como a Prova Brasil ou o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), respectivamente. Por isso, o diretor ressalta a importância de pela primeira vez o país ter um documento que estabelece o conjunto de aprendizagens essenciais a todos os brasileiros.

    “A base é um projeto de nação para orientar o desenvolvimento desse país para as próximas décadas”, destacou Coelho. Segundo ele, o desafio é “a promoção da igualdade considerando a equidade”. Ou seja, dar tratamento diverso para que os diferentes grupos e indivíduos possam ter direitos iguais garantidos na educação.

    A versão final da Base referente à educação infantil e ao ensino fundamental foi apresentada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) pelo ministro Mendonça Filho em abril deste ano. Entre as propostas, está a antecipação do processo de alfabetização para o segundo ano do ensino fundamental, que ocorre, atualmente, até o terceiro ano desta etapa.

    A previsão é que o CNE conclua a avaliação do documento até o segundo semestre deste ano. Uma vez aprovada, a BNCC será homologada pelo MEC e terá suas diretrizes gerais seguidas por todas as escolas, que terão dois anos para a implementação dos currículos.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Representantes do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação (CNE) se reuniram na manhã desta quinta-feira, 9, para tratar do andamento dos trabalhos da etapa de educação infantil e ensino fundamental da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Também foram discutidas as propostas de aperfeiçoamento na terceira versão do documento.

    “A Base tem sido uma prioridade e temos dezenas de especialistas trabalhando ao mesmo tempo. O documento do ensino fundamental nos toma uma atenção especial neste momento e estamos tendo reuniões diárias com o CNE e com os diversos atores para tratar dela. Estão sendo feitos ajustes, aperfeiçoamentos e melhorias”, comentou o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares, durante entrevista coletiva.

    O secretário informou que durante todo o mês de novembro haverá conversas com CNE, para avaliar as colaborações oriundas das audiências públicas. “Estamos sistematizando todas as contribuições que foram dadas, localizando quem são os atores e identificando se é algo que tem a ver com a educação básica. Temos modificações, mas não é uma nova versão; não será grande o suficiente para dizer que mexemos substancialmente na estrutura. São aperfeiçoamentos, pois é o documento mais complexo e importante da educação em décadas.”

    Secretário Rossieli Soares informa que, durante todo o mês de novembro, MEC e CNE vão avaliar colaborações oriundas de audiências públicas (Foto: Luís Fortes/MEC)

    Entre as propostas consideradas, destacam-se a incorporação das tecnologias nas diversas partes da BNCC e as sugestões do grupo de trabalho étnico-racial do CNE. Outro ponto em destaque é a explicitação dos critérios de organização e progressão no componente língua portuguesa, incluindo a sistematização da alfabetização nos dois primeiros anos do ensino fundamental. A proposta de aperfeiçoamento inclui, ainda, o componente ensino religioso na BNCC.

    A Base é resultado do diálogo constante entre o MEC e o CNE para aprimoramento e ajustes do documento, considerando contribuições recebidas durante as audiências públicas realizadas pelo CNE em todas as regiões do país. “Temos estabelecido um diálogo com o MEC de pontos ouvidos nas audiências públicas, para que o MEC possa fazer sua avaliação. Nessas audiências, vários tópicos foram apresentados e eles têm sido trabalhados a partir de comissões do Conselho. Então, estamos muito alinhados e trabalhando em conjunto”, destacou o presidente do CNE, Eduardo Deschamps.

    A construção da BNCC segue rigorosamente o cronograma estabelecido e pactuado desde o início. Prevista na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e de acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014, a BNCC foi elaborada pelo MEC, em articulação e colaboração com os estados, o Distrito Federal e os municípios, e encaminhada ao CNE, que realizou cinco audiências públicas em diferentes regiões do país. “O cronograma está em dia e o que foi planejado está sendo cumprido. Temos um mês de trabalho ainda, mas o Conselho está em dia e o ministério vai dar todo apoio para que se conclua no prazo”, complementou Rossieli Soares.

    O resultado dessas audiências, em forma de contribuições de diversos segmentos da sociedade, serve de subsídio para que o CNE elabore parecer e projeto de resolução da BNCC, que, uma vez homologada pelo ministro da Educação, se transforma em norma nacional. O CNE, entre as atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento ao ministro da Educação, é responsável pela apreciação da proposta da Base e por emitir parecer e resolução para sua implantação.

    O objetivo é a elaboração de um documento normativo que reflita necessidades, interesses, diferenças e pluralidade do panorama educacional brasileiro e os desafios a serem enfrentados para a construção de uma educação de qualidade como direito de todos. O MEC mantém interlocução permanente e produtiva com o CNE e confia na conclusão da tramitação do documento para que a BNCC seja homologada neste ano.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Giulliano Fernandes e Dyelle Menezes, do Portal MEC

    Mais de trezentos professores e gestores, de 14 estados, como Amapá, Bahia e Paraná, participam, em Brasília (DF), do Encontro Formativo do Programa de Apoio à Implementação da Base, nesta quinta-feira, 22 de agosto, e sexta-feira, 23. Esses profissionais da educação irão aprofundar ferramentas que vão contribuir para a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), realidade a partir de 2020.

    De acordo com o secretário de Educação Básica, do Ministério da Educação, Janio Macedo, que participou da abertura das atividades, os professores são peças-chave para a efetividade da BNCC. “Vocês (professores) vão ter a responsabilidade de serem os multiplicadores nos seus estados. Nós vamos ter uma base comum e, mais do que isso, vocês vão ser responsáveis por colaborar para a formação dos professores para aqueles estados e pela formação do seu projeto, que vai nortear toda a educação nos próximos anos”, afirmou Macedo.

    A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) participam do encontro. Além deles, compõem a equipe os multiplicadores de redes municipais e estaduais, da educação infantil e do ensino fundamental, para ajudarem os professores no planejamento das aulas do ano que vem já com currículos e projetos políticos-pedagógicos atualizados.

    Nos dois dias de capacitação, os participantes serão orientados sobre as 10 competências gerais da BNCC, que indicam o que deve ser aprendido pelos estudantes, e sobre os componentes curriculares específicos, como língua portuguesa e matemática, por exemplo.

    Segundo Macedo, não basta ter uma base nova se não tiver um professor preparado para fazê-la. “Para que isso aconteça é importantíssimo o trabalho que vocês (participantes) estão realizando aqui nesses dois dias aqui. Vocês são os responsáveis pela revolução que se dará no ensino infantil e fundamental nos próximos anos”, completou.

    Na próxima semana, será a vez de representantes de outros 13 estados participarem do encontro, em São Paulo, onde a previsão de público é de 300 pessoas.

    Ao todo, são 700 participantes que vão trabalhar como multiplicadores da BNCC em seus estados e municípios. A ideia é que eles realizem a formação de equipes regionais, municipais e nas escolas sobre os novos currículos. Também vão ajudar na reelaboração dos projetos político-pedagógicos (PPP) das escolas, que definem a identidade e as diretrizes que serão implementadas nas escolas para aprendizagem e formação integral dos alunos.

    A BNCC norteia currículos dos sistemas e redes de ensino dos estados e as propostas pedagógicas de escolas públicas e privadas em todo o Brasil. A iniciativa faz parte do Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum Curricular, o ProBNCC.

  • De acordo com o secretário Manuel Palacios, um grande efeito da Base Nacional Comum é a valorização do professor: “Como alguém que tem conhecimento especializado, que sabe o que fazer em sala de aula e sabe quais os objetivos que pretende alcançar com suas propostas de trabalho" (foto: Isabelle Araújo/MEC)À frente da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, Manuel Palacios é o convidado da próxima edição do programa Educação no Ar, programa produzido pelo MEC. A entrevista trata da Base Nacional Comum Curricular (BNC), uma das prioridades do Ministério em 2016.

    O programa Educação No Ar, apresentado pela jornalista Carolina Oliveira, estreou em 9 de outubro de 2015, com a participação do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Chico Soares. A segunda edição será exibida pela NBR nesta sexta-feira, 12. Além de ser exibido pela emissora do governo federal, também estará disponível na Rádio MEC, no canal do MEC no Youtube, e na página oficial do MEC no facebook.

    O programa aborda a história, a importância e os impactos de uma base para a educação nacional. Manuel Palacios começa lembrando que a demanda por um currículo comum no Brasil é antiga. “A Base Nacional Comum Curricular, uma proposta que já constava na Constituição de 1988, foi reiterada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e, desde então, veio sempre sendo reclamada como uma contribuição importante para a educação básica no país”, diz o secretário.

    Palacios lembra que, assim como o Plano Nacional de Educação (PNE) estabeleceu o prazo de 2016 para a aprovação da Base, a lei também é clara ao apontar a necessidade de um “pacto interfederativo” em torno do documento. Daí a importância do debate público e a participação de secretários municipais e estaduais de educação, professores, pais e alunos, para se chegar a uma proposta que tenha maior adesão possível. 

    Para o gestor da SEB, a Base deve reconhecer, ainda mais, a atuação dos docentes e fortalecer os outros profissionais da educação. “Um grande efeito de uma base nacional comum é essa valorização do professor como alguém que tem conhecimento especializado, que sabe o que fazer em sala de aula e sabe quais os objetivos que pretende alcançar com suas propostas de trabalho”, afirma. “O fato de esses objetivos serem compartilhados e serem o resultado de um grande debate, que mobiliza centenas de milhares de profissionais, é um grande ganho, o principal, talvez.”

    Na entrevista, o secretário falou também dos efeitos práticos da BNC para outros setores da educação. O primeiro deve ser visto nos anos seguintes à aprovação da Base: a diversificação dos currículos educacionais de estados e municípios. Mesmo adequados ao que propõe a norma curricular nacional, eles terão suas especificidades valorizadas. A produção de livros e outros materiais didáticos, os currículos dos cursos de formação de professores e até exames nacionais, como Enem e Prova Brasil, também serão influenciados, embora a longo prazo.  

    “É mais provável que esses efeitos venham a se observar no livro didático em 2020. A mesma coisa com os programas de avaliação”, diz. “É claro que o Enem vai ser afetado pela Base, mas isso certamente não vai ser em 2016; talvez 2017 seja um período ainda de transição ao novo modelo.”

    De acordo com Palacios, os efeitos mais significativos provavelmente só estarão maduros por volta de 2018. Para o secretário, o efeito imediato produzido pela norma comum curricular é a grande participação da sociedade no debate acerca de sua construção.

    Satisfação – Há pouco mais de um ano gerindo a SEB, Palacios, que é professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora, revelou a satisfação profissional de participar desse processo tão importante para a educação brasileira. “Posso dizer, com franqueza, que para mim tem sido uma experiência riquíssima de conhecimento do Brasil, de conhecimento dos profissionais da educação, de reconhecimento da generosidade e da imensa vontade de acertar de todos os envolvidos nesse debate, dos profissionais das universidades que se envolveram nesse trabalho, essas equipes de redação da base, que se entregaram a um trabalho imenso, muitas vezes objeto de crítica, com uma coragem e uma generosidade fantástica”, destacou.

    No campo pessoal, o secretário se diz diferente a partir da experiência que a Base tem lhe proporcionado. “Tudo isso vai alterando você”, afirma. “Você vai conhecendo melhor o seu país, gostando mais dele, aprendendo a valorizar aquilo que ele tem de mais interessante, a vontade de seguir em frente, de melhorar, de avançar, de oferecer uma educação de qualidade para todo mundo, superar essas imensas desigualdades que fazem com que o país se apequene.”

    Assessoria de Comunicação Social

    Assista:

  • O ministro levou aos deputados os dados apresentados em relatório da OCDE, que mostra o Brasil como um dos países que mais investiram em educação nos últimos anos (Foto: João Neto/MEC)O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu a Base Nacional Comum Curricular como garantia do direito à aprendizagem a todas as crianças e jovens brasileiros. Ao participar de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 25, ele lembrou que “os melhores sistemas educacionais já construíram uma base comum”.

    A Base Nacional Comum Curricular é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e do Plano Nacional de Educação (PNE), que determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional dos próximos dez anos. “A Base vai significar que qualquer aluno, em qualquer estado, qualquer município, qualquer escola tenha o mesmo direito de aprendizagem, e se mudar de um estado para outro ele tenha o mesmo currículo”, afirmou o ministro.

    Para Mercadante, a Base é fundamental na estruturação da educação básica, com reflexo não apenas no conteúdo a ser aprendido, mas também para orientar a formação de professores, que demanda um debate com toda a sociedade. “Estamos trabalhando fortemente agora, para no dia 2 de dezembro abrir um grande debate em todas as escolas do país, para os professores, diretores, coordenadores pedagógicos, pais, educadores, para que todos que tenham interesse participem desta discussão”, concluiu.

    Investimentos– Mercadante apresentou na Comissão de Educação os dados do relatório Education at a Glance2015, produzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O documento coloca o Brasil entre os países que mais fizeram investimentos públicos em educação nos últimos anos.

    A publicação compara dados de 38 países e destaca que, em 2012, 17,2% do investimento público total brasileiro foram destinados à educação, enquanto em 2005 esse percentual foi de 13,3%. Apenas México e Nova Zelândia tiveram maior proporção do que o Brasil.

    O investimento percentual do produto interno bruto (PIB) em educação também subiu, passando de 2,4% em 2000 para 4,7% em 2012. O investimento médio dos demais países da OCDE é de 3,7%, enquanto o Brasil tem como meta estabelecida no PNE chegar aos 10% do PIB até 2023.

    Assessoria de Comunicação Social

    Assista

    Escute

     

  • O Ministério da Educação apresentou a Base Nacional Comum para Formação de Professores da Educação Básica, nesta quinta-feira, 13, em Brasília. O documento é baseado em três eixos que vão nortear a formação inicial e continuada dos docentes de todo o país: conhecimento, prática e engajamento. O objetivo é melhorar a qualidade do ensino oferecido aos estudantes ao mesmo tempo em que valoriza o professor. A proposta será entregue ao Conselho Nacional de Educação (CNE) nesta sexta-feira, 14.

    “A proposta de base apresentada pelo MEC pretende revisar as diretrizes dos cursos de pedagogia e das licenciaturas para colocar foco na prática da sala de aula, no conhecimento pedagógico do conteúdo e nas competências previstas na BNCC da Educação Básica”, explicou o ministro da Educação, Rossieli Soares.

    Pela proposta, a formação deve ter uma visão sistêmica que inclua a formação inicial, a formação continuada e a progressão na carreira. Nesse sentido, alinhamento e articulação são requisitos indispensáveis em uma política pública que envolve vários setores educacionais: MEC, instituições formadoras, conselhos de educação, estados, Distrito Federal e municípios. Cada ente com responsabilidades complementares no que diz respeito à formação de professores.

    Pilares – No eixo do conhecimento, o professor deverá dominar os conteúdos e saber como ensiná-los, demonstrar conhecimento sobre os alunos e seus processos de aprendizagem, reconhecer os diferentes contextos e conhecer a governança e a estrutura dos sistemas educacionais.

    Já no eixo da prática, o professor deve planejar as ações de ensino que resultem na aprendizagem efetiva, saber criar e gerir ambientes de aprendizagem, ter plenas condições de avaliar a aprendizagem e o ensino, e conduzir as práticas pedagógicas dos objetos do conhecimento, competências e habilidades previstas no currículo.

    No terceiro e último eixo está o engajamento. É necessário que o professor se comprometa com seu próprio desenvolvimento profissional, com a aprendizagem dos estudantes e com o princípio de que todos são capazes de aprender. Também deve participar da construção do projeto pedagógico da escola e da construção de valores democráticos. Além de ser engajado com colegas, famílias e toda a comunidade escolar.

    “Um professor bem formado vai interferir positivamente em todas as etapas da educação”, observou a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Smole. “Hoje temos um currículo muito extenso e com pouco diálogo. São cursos muito teóricos com pouca abordagem didática.”  

    De acordo com ela, o país precisa debater a carreira e o papel do professor. “Estamos trazendo a discussão da carreira docente pelo viés da formação e esperamos que seja uma valorização, inclusive, social do papel do professor. E que precisa ser discutida ao longo dos próximos anos porque é preciso mudar como o professor é visto. É preciso que seja bom ser professor.”

    Tempo de curso – A proposta que será entregue ao CNE também propõe mudanças no tempo da formação inicial para a pedagogia. A intenção é que, nos quatro anos de curso, sejam dois anos de formação comum e um ano de aprofundamento para cada etapa da educação a que o professor queira se dedicar em sua carreira, como educação infantil ou alfabetização, por exemplo. Também está prevista a possibilidade de cursar mais um ano de especialização com foco em gestão escolar e outro de mestrado.   

    Ponto de partida – A premissa da proposta da BNC-Professores são os recorrentes resultados insuficientes de aprendizagem dos estudantes e da baixa qualidade da formação dos docentes. Em geral, os cursos contam com muita teoria e pouca prática, falta aprofundamento no ensino para a educação infantil, alfabetização e anos iniciais, além de estágios curriculares sem planejamento e sem vinculação com as escolas.

    Diante desse quadro, a proposta do MEC preza que a formação esteja inserida em um regime de colaboração entre a União, os sistemas de ensino e as instituições formadoras. Tudo a partir de uma abordagem sistêmica, pautada pela interdisciplinaridade, interculturalidade e contextualização. Sem deixar de lado a criatividade, a inovação e a formação humana integral. Tendo sempre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como norte.

    Foram avaliadas ainda doze experiências internacionais exitosas, como as da Austrália, Chile, Portugal e Estados Unidos. Casos brasileiros também inspiraram o documento, como os de Manaus, Jacareí (SP) e do estado do Espírito Santo.

    A partir do recebimento da BNC-Professores, o CNE vai abrir o debate com as instituições formadoras, estados, municípios e escolas, para aperfeiçoar, complementar e, a partir da proposta, reformular as normativas para a formação de professores no Brasil. Após esse trâmite, o documento é devolvido ao MEC para homologação.

    Chamada pública – O MEC vai lançar na próxima semana uma Chamada Pública de Didáticas Específicas. Serão destinados R$ 15 milhões para até 100 projetos de pesquisa em todo o país. Os recursos serão destinados a pesquisadores de instituições de pesquisa públicas ou privadas e para as escolas que serão objeto de pesquisa. O objetivo é incentivar a pesquisa na educação básica e o uso e a produção de evidências para buscar a melhoria da aprendizagem nos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio.

    Serão foco das pesquisas as áreas de conhecimento de língua portuguesa, matemática, ciências e dos itinerários formativos. Entre os resultados esperados estão a identificação de práticas inovadoras aplicáveis a diferentes realidades, de maneira mais acessível nas diferentes regiões. A duração das pesquisas será de até 24 meses. Poderão participar da chamada instituições de pesquisa (públicas ou privadas) associadas a escolas públicas de todo o país.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Basquete e handebol são as novas modalidades esportivas que farão parte do programa Atleta na Escola em 2015. A atividade começou em 2013 com provas de atletismo, e em 2014, acrescentou judô e voleibol. Iniciativa dos ministérios da Educação e dos Esportes, o Atleta na Escola incentiva a prática esportiva de estudantes de 12 a 17 anos de idade de escolas públicas e privadas da educação básica.

    De acordo com o gerente do programa, Renausto Amanajás, da coordenação geral de tecnologias educacionais da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, além das novas modalidades, as confederações de atletismo, voleibol, judô, basquete e handebol começam, no próximo ano, a capacitar professores e técnicos das escolas.

    A qualificação técnica terá uma parte presencial e outra a distância que será feita na plataforma E-ProInfo do MEC. O objetivo é descobrir talentos esportivos, melhorar o desempenho dos estudantes, ampliar a participação das escolas. Em 2014, diz Renausto, as competições escolares tiveram 4,1 milhões de crianças e adolescentes de 44 mil escolas públicas dos 26 estados e do Distrito Federal.

    O atletismo, que compreende provas de salto em distância, corridas de velocidade e resistência e arremesso de peso, masculino e feminino, responde pelo maior número de atletas, 2,3 milhões em 2014, seguido por voleibol, 1,4 milhão, e judô, 217,5 mil. Neste ano, o Ministério da Educação investiu R$ 70 milhões no programa. A transferência de recursos é feita pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). A unidade que adere recebe um valor fixo de R$ 1 mil e mais R$ 3,00 por aluno matriculado, de acordo com o Censo Escolar do ano anterior.

    Os recursos, explica Renausto Amanajás, devem ser utilizados pelas escolas para financiar itens como aquisição de bolas, reparo de pistas de atletismo, pagamento de árbitros, redes de voleibol, basquete, pelota de arremesso, coletes.

    Centros – Outra novidade do Atleta na Escola em 2015 é o início das atividades dos centros de iniciação esportiva (CIE) criados pelo Ministério dos Esportes para receber atletas com talento e potencial detectados nas competições de 2013 e 2014. Estão em construção 285 centros em municípios que aderiram ao programa. Os recursos para essas obras, segundo Renausto, são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

    Outros espaços esportivos, como piscinas, quadras e pistas de atletismo existentes em instituições federais de ensino superior – universidades e institutos – também serão mapeados pelo Ministério dos Esportes para treinamento de estudantes.

    Paraolímpico – As atividades paraolímpicas do Atleta na Escola começaram em 2014 com dez modalidades: atletismo, bocha, goalball, judô, natação, tênis de mesa, tênis de cadeira de roda, voleibol sentado, futebol de 5 (para deficientes visuais) e futebol de 7 (para paralisados cerebrais). Renausto informa que, no próximo ano, o paraolímpico continua com as mesmas modalidades, mas que as confederações também vão capacitar professores e técnicos das secretarias para ampliar a participação dos estudantes da educação básica.

    Diferente da modalidade olímpica do programa, que acontece nas escolas, o paraolímpico é realizado por adesão das secretarias estaduais de educação, que são responsáveis pela promoção das competições. Em 2014, o Ministério dos Esportes transferiu para as secretarias estaduais R$ 3 milhões.

    Ionice Lorenzoni

    Confira a página do programa Atleta na Escola

  • Clássicos nacionais e internacionais da literatura, obras campeãs de vendas e até histórias em quadrinhos começam a ser enviados, esta semana, a escolas públicas de todo o país. A distribuição dos títulos faz parte do Programa Nacional Biblioteca da Escola.

    Este ano, todas as escolas da rede pública que oferecem o ensino médio ou os anos finais do ensino fundamental (sexto ao nono ano) receberão os acervos. No total, são 10,39 milhões de exemplares para mais de 20 milhões de alunos de 52 mil escolas. “Até o fim de julho, todas as escolas terão recebido os acervos”, afirma a coordenadora de produção e distribuição do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Rosália de Castro. Segundo ela, os primeiros livros devem chegar às escolas ainda este mês.

    O acervo inclui Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Márquez, quadrinhos de Henfil e Ziraldo entre outros. (Foto: João Bittar)Entre as obras estão clássicos como Tia Júlia e o Escrivinhador, de Mário Vargas Llosa; Agosto, de Rubem Fonseca; O Alienista, de Machado de Assis; Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Márquez; Anarquistas, Graças a Deus, de Zélia Gattai, e Crime e Castigo, de Fiodor Dostoievski. Entre os mais vendidos estão A Menina que Roubava Livros, de Marcus Suzak; Marley e Eu, de John Grogan; O Menino do Pijama Listrado, de John Boyne, e O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien. O acervo inclui ainda quadrinhos de Henfil e Ziraldo e do célebre personagem Asterix, o gaulês, de René Goscinny e Albert Uderzo.

    A distribuição dos acervos segue os critérios definidos para o livro didático do ensino médio e fundamental. Ou seja, escolas com até 250 alunos receberão um acervo; com 251 a 500, dois; com mais de 500, três. Cada acervo do ensino fundamental tem, em média, 95 livros; no ensino médio, 91.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE
Fim do conteúdo da página