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  • Como funciona o atendimento psicopedagógico oferecido pela Fundação da Universidade Estadual do Ceará (Funece) aos alunos do Mediotec? Este é o tema do programa Educação no Ar desta semana. O Mediotec é uma ação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) que oferece cursos técnicos simultâneos ao ensino médio. O programa vai ao ar nesta quinta-feira, 19, às 9h45, na TV NBR.

    No Mediotec, os estudantes cursam o ensino médio regular em uma escola pública estadual, durante um período do dia, e fazem o curso técnico no outro. E ao final eles recebem dois certificados de conclusão. A Funece presta um atendimento psicopedagógico inovador, valorizando o indivíduo e a participação familiar na vida escolar dos jovens.

    De acordo com o vice-reitor da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Hidelbrando dos Santos Soares, são 10 cursos oferecidos em 50 turmas e divididos em 34 municípios, localizados em sete regiões do estado.

    “A estratégia [do atendimento psicopedagógico] teve que ser montada em duas grandes vias: virtual, a partir de uma plataforma eletrônica, e o presencial. Nós criamos uma sala virtual de acompanhamento, sediada em Fortaleza. Mas todos os alunos têm acesso a ela por meio de seu celular”, explica o vice-reitor.

    Por meio de levantamento realizado com os próprios estudantes, foi verificado que embora eles não tenham acesso a computadores ou notebooks em casa, todos acessam o celular.

    Além das salas, há conversas individualizadas com os estudantes pela equipe psicopedagógica, formada por 10 membros: três professores do curso de psicologia, quatro profissionais da área da educação com experiência na formação do ensino médio e três estudantes de psicologia que estão ente o quinto e o sétimo semestre.

    “O projeto de vida é uma questão central de formação do nosso aluno”, observa o vice-reitor. “A maioria deles está em famílias de vulnerabilidade socioeconômica gritante. As expectativas são muito incipientes. O projeto de vida é o elemento nuclear do processo de formação. Esses meninos precisam ser motivados a se formar, a encontrar na educação o passaporte para uma vida mais digna, mais cidadã”, detalha ele.

    Soares ressalta ainda a importância do envolvimento familiar no processo de aprendizagem. Por isso, são estabelecidos calendários de reuniões e essa é uma das ações estratégicas do programa.

    Mediotec – Além de estar matriculado em escola pública estadual, o critério para participar do Mediotec é ser aluno de escola pública, ter a matrícula ativa e estar em situação de vulnerabilidade econômica.  

    A adesão da instituição ao Mediotec foi em agosto do ano passado. Está no Pronatec desde 2014, e oferecendo cursos desde 2015 e em cursos de formação inicial e continuada.

    O vice-reitor comemora os resultados da ação da Funece. “O processo já atingiu 80% de nossos alunos, que já acessaram a sala virtual e tiveram resposta às suas perguntas ou de uma consulta a um psicólogo ou pedagogo, ou ainda uma discussão com os próprios professores pela sala de fórum, ou visitante in loco – essa adesão e confiança do aluno na proposta e já é resultado positivo do processo”, conclui.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A escritora e estudante Natallya Barbosa, 13 anos, é a convidada do programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido pela NBR, que será veiculado nessa quinta-feira, 23. A brasiliense acaba de lançar seu primeiro livro, escrito aos seis anos, e se prepara para lançar o segundo, escrito aos oito anos. Além de literatura, a estudante também possui altas habilidades para os esportes e para a matemática.

    O primeiro livro Patinando no Arco-íris conta a história de Júlia, uma menina que sonhava em patinar no arco-íris. Natallya narra que uma vez viu um arco-íris muito lindo quando voltava da aula de acompanhamento de altas habilidades com a mãe. Ela começou a contar a história, a mãe gostou e disse que a narração daria um livro. “Cheguei em casa e comecei a escrever”, comenta a estudante.

    O livro que foi escrito quando a menina ainda cursava o ensino fundamental foi lançado agora em 2018, ano em que ela entrou para o ensino médio. “A sensação foi a melhor. De sonho realizado. De ver as pessoas comprando meu livro”, comenta a escritora, lembrando o dia de autógrafos realizado em um shopping na cidade de Ceilândia, no Distrito Federal.

    A estudante conta que desde os quatro anos já lia e escrevia e que sempre gostou de jogos de matemática no computador. Ela também fala que para conseguir escrever e lançar o livro teve apoio constante da família, que sempre a incentivou. O segundo livro foi escrito quando tinha oito anos e já está pronto para ser lançado, e se chamará Uma joaninha que queria ser bailarina.

    A estudante e escritora ainda dá uma dica importante para quem quer escrever um texto: “Se você quiser escrever, você vai conseguir.  Escreva algo que você goste, e que você ache que as pessoas vão gostar.”

    Assessoria de Comunicação Social

     

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    O ensino médio em tempo integral impulsionou em 22% o número de matrículas nas escolas públicas do Brasil, de acordo com o Censo Escolar 2017. O interesse por essa modalidade de pedagogia pode ser explicado pela forma como o ensino em tempo integral transforma a educação e pela como os jovens passam a ver a escola. Para falar sobre esse assunto, o programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e exibido pela NBR, convidou o diretor doCentro de Ensino Médio Integrado do Cruzeiro (Brasília, DF),  Getúlio Cruz.

    A escola se projeta como referência nessa categoria, e os alunos que por ela passam recebem dois diplomas: um do ensino médio e outro de informática. Para obter os dois certificados, os estudantes do terceiro ano fazem estágio supervisionado dentro da própria escola ou em uma empresa. “A intenção é que eles saiam daqui e já entrem no mercado de trabalho”, destaca Cruz.

    Oportunidades – O professor conta que, além das disciplinas obrigatórias, são oferecidas aulas de música, teatro, oficinas de esporte, projetos de meio ambiente e robótica – disciplina obrigatória entre os estudantes dessa unidade. “O ensino integral vai muito além de passar o dia na escola”, explica. “O aluno tem a oportunidade de se descobrir dentro dela. Há um leque de oportunidades. ”

    A qualidade do ensino oferecido e o empenho dos alunos permitiram que a escola estivesse representada na Olímpiada Brasileira de Robótica e na Mostra Nacional de Robótica. A oferta dessa disciplina tem ajudado os estudantes a definir o futuro profissional, promovendo também maior interação da comunidade com o Centro de Ensino Médio Integrado do Cruzeiro, que criou o Clube de Robótica para levar os ensinamentos a alunos de outras instituições.

    O ensino em tempo integral, afirma o diretor, reforça os laços familiares e faz com que os alunos passem a dar maior valor ao ambiente escolar. “Eles passam a ver a escola como um prolongamento da sua casa. ” Como passam um longo período na instituição, todos os estudantes recebem quatro refeições diárias. Além disso, durante o horário do almoço, são oferecidas atividades lúdicas como cinema, teatro, música e dança.

    Confira aqui os horários em que o programa Educação no Ar é transmitido.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Um jogo inspirado na obra do pintor espanhol Salvador Dalí auxilia o ensino de arte a estudantes. É sobre isso que o pesquisador Salvador Lemos, da Universidade Federal de Goiás (UFG), fala no programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e exibido pela NBR nesta quinta, 31, às 9h45. Ele desenvolveu o Dalí eX, um aplicativo que desenvolveu e que pode ser baixado gratuitamente para celulares e tablets da plataforma Android.

    A pesquisa sobre o aplicativo teve início em 2015, quando Santiago foi aprovado em um concurso para professor da rede estadual e passou a trabalhar no Ciranda da Arte, um órgão da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás. “Comecei a dar aulas no ensino fundamental, para jovens de 10 a 15 anos, e percebi que poderia usar tecnologias a favor do ensino de artes visuais e de educação estética”, conta. A ideia se consolidou com uma proposta de sua autoria aprovada no programa de pós-graduação Ensino na Educação Básica no Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (Cepae), da UFG.

    O jogo tem como referência o gênero RPG (Role Playing Game), tipo de atividade muito popular que em português significa jogo de interpretação de personagens. “O jogador, que pode ser um aluno ou um professor, passa por um enredo”, explica o professor. “O Salvador Dalí pede ajuda aos participantes porque teve seu universo invadido. Os jogadores recebem informações sobre os comandos e instruções para solucionar os problemas, até finalizar o conflito.”

    Elementos que remetem ao surrealismo, movimento artístico de que Dalí fazia parte, estão presentes em todas as fases do jogo. “O conteúdo educativo é passado de forma leve e descontraída”, diz Santiago, que se inspirou em Dalí por admirar a abrangência de sua obra. “Ele pintou, modelou, foi ator”, complementa.

    Tecnologia – Para Santiago Lemos, a tecnologia é ferramenta importante no processo de aprendizagem. “Hoje os professores estão muito travados na questão do texto. Os jogos facilitam o aprendizado e representam uma área de que os alunos gostam.”  

    O aplicativo, informa o pesaquisador, já foi baixado até em outros países, como China e Espanha. “O jogo já está sendo utilizado em salas de aulas. Espero que daqui a algum tempo todo mundo já tenha brincado com ele.”

    Clique aqui para baixar o Dalí eX.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Para atender a todos os estudantes superdotados do país, o Ministério da Educação trabalha na criação de um cadastro nacional com as principais informações sobre eles. A intenção é criar políticas públicas que alcancem esse público e auxiliem no melhor desenvolvimento dessas habilidades especiais. Para falar mais sobre o tema, o programa Educação no Ar conversou com a pesquisadora Olzenir Ribeiro, do Instituto Expert Brasil. O programa, exibido pela TV MEC, vai ao ar nesta quinta, 4 de janeiro, às 9h30.  

    Mestra e doutora em educação e especialista em gestão de instituições educacionais pela Universidade Católica de Brasília, Olzenir atua na área de concentração de ensino e aprendizagem com estudos em desenvolvimento nas áreas da criatividade e de altas habilidades. Ela coordenou o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação no Distrito Federal (NAAHS) e atuou na consultoria aos estados para implantação do atendimento especializado de estudantes superdotados.

    Para ela, os desafios na educação dos estudantes com altas habilidades são inúmeros e se dividem, principalmente, entre a família e a escola. “O mais sério, instigante, provocante, e que vem causando maiores problemas na educação escolar, é a identificação pelo professor do perfil desse aluno, pela capacidade rápida de aprendizagem”, observa. Já na família, o que mais angustia os pais é a intensa curiosidade dos filhos superdotados e a não aceitação de rotinas. 

    Para a pesquisadora Olzenir Ribeiro, o professor deve permitir que o superdotado dirija o próprio aprendizado (Foto: Frame/MEC TV)

    Recentemente, Brasília sediou o Encontro Nacional de Formação Continuada para os Núcleos de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação, quando a criação do cadastro foi debatida. Para a pesquisadora, o cadastro terá como diferencial o levantamento de números para nortear as políticas públicas.

    Sobre as discussões em torno do uso do termo superdotação ou altas habilidades, Olzenir afirma que ficam concentradas no campo teórico, já que a superdotação indica que um contingente da população tem aprendizado acima da média. Ou seja, uma alta habilidade em alguma área.

    Estímulo – A pesquisadora defende ainda que para estimular o aprendizado desses estudantes “basta que o professor entenda que ele é diferenciado e permita que ele dirija o seu aprendizado.”

    O Censo Escolar de 2016 registrou quase 16 mil estudantes com superdotação em todo o país.   

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Na reta final para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, aumenta a expectativa dos milhares de candidatos em alcançar uma boa nota e ingressar na universidade. Este ano, o Enem traz algumas mudanças, entre elas, a aplicação em dois domingos –  5 e 12 de novembro – e maior reforço na segurança, como destaca Luana Bergmann, titular da Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb) do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela realização do Enem.

    “Reorganizamos os momentos de aplicação em dois domingos diferentes e a demanda cognitiva dos participantes de maneira mais inteligente. No primeiro domingo, farão prova de ciências humanas, linguagem e redação. Será a demanda socioverbal e sociocultural. No segundo domingo, estaremos focados na matemática e nas ciências da natureza”, explica Luana, que é pedagoga e pesquisadora de carreira do Inep, tendo assumido em 2016 a direção-geral da Daeb.

    Em relação à segurança, haverá detectores de ponto eletrônico nos locais de prova e detectores de metais nos banheiros. A biometria foi mantida. Outra mudança importante é a identificação do candidato não apenas no cartão de respostas, mas em todas as folhas do exame.

    A diretora reforça que os candidatos devem calcular o tempo do trajeto até o local da prova e ficar atentos aos horários de ônibus (Frame: TV MEC)”A prova vale muito para os participantes porque abre portas de universidades, cursos técnicos e tecnológicos. É uma operação de muito risco e, por isso, todas as etapas devem ser monitoradas. O que nos interessa é garantir a isonomia e a segurança do participante para que ele possa chegar no momento da prova com tranquilidade”, afirma a diretora.

    Luana ressalta que o trabalho da Daeb vai além da logística. A diretoria mantém equipe de monitoramento que acompanha tudo o que é divulgado a respeito do exame, com o objetivo de combater boatos e notícias falsas, com foco especial nas redes sociais. Vale ressaltar a importância de os candidatos checarem as informações nos canais oficiais do Inep e do Ministério da Educação, uma vez que todas as informações relativas ao Enem são divulgadas por estes meios.

    “É uma ‘operação de guerra’. Começamos a preparar o Enem muito antes de novembro. É uma preparação que dura o ano inteiro e, neste momento, estamos na reta final, com todas as etapas quase concluídas. Tivemos vários parceiros articulados neste processo; além do Inep, temos a Polícia Federal, o MEC, o Exército e uma série de outros”, destaca Luana.

    Todas as regras do Enem 2017 estão descritas na página do exame, na qual também é possível baixar o cartão de inscrição, com o local da prova e os horários. “É importante que o candidato acesse o portal do Enem, verifique o endereço e simule sua ida, veja os horários de ônibus. No domingo há menos ônibus, então é importante que ele faça um cálculo de quanto tempo vai levar para o local de aplicação da prova para que não se atrase”, orienta a diretora. Os portões abrirão às 12h, no horário de Brasília, e fecharão às 13h. O participante deve ficar atento às variações de fuso horário.

    Acesse a página do Enem 2017, no portal do Inep.

    Assessoria de Comunicação Social

     


  • A rotina dos alunos do Centro de Ensino Médio 1 de Brazlândia, no Distrito Federal, é uma verdadeira maratona do conhecimento. São aulas regulares, plantões de dúvidas, oficinas de redação e dedicação integral dos participantes. Toda a comunidade escolar está em torno de um objetivo comum: o acesso à educação superior. A realidade dessa instituição é o tema de Educação no Ar, programa produzido pela TV MEC e exibido às 9h50 pela NBR.

    Para além do conteúdo regular, o Centro de Ensino Médio 1 investe na autoestima dos estudantes. Com esse empenho e os diferenciais, a escola, que é da rede pública, tem contabilizado muitas aprovações na Universidade de Brasília (UnB) – só no início deste ano, foram 60.

    “Muitos alunos vinham conversar comigo, traziam situações, e eu ia respondendo a um por um”, conta o professor Diego Martins. “Eu costumava sempre deixar meu período da tarde, horário de coordenação, para atender aos alunos. Alguns faziam cursinho e vinham aqui perguntar. Então, é sempre trazendo, e sempre incentivando. ”

    Assim como Diego, os demais professores estão sempre se atualizando para oferecer a melhor formação aos jovens. Com isso, a qualidade do ensino se aprimora. “Eu falo com toda a propriedade: a aula que dou para esses meninos aqui vai ser a mesma seu for lecionar num cursinho ou numa escola particular, pois que eles merecem”, afirma a professora Waleska Carvalho.

    Projetos – O diretor da escola, Vinícius Ribeiro, explica que os bons resultados se devem a vários projetos implantados ao mesmo tempo. Os alunos têm aulas semanais de matemática, química, física e biologia e, a cada 15 dias, os professores frequentam aulas experimentais. Também foi implantado o sistema de cadernos por áreas: humanas, exatas e códigos.

    “Quando fazemos esses cadernos, selecionamos as questões similares a provas de vestibulares e ao Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]”, conta Vinícius. “Durante os três anos, o aluno entra no ritmo. Quando vai fazer a prova [do vestibular], já tem certa experiência”.

    O diretor reforça que a escola sempre alcançou bons índices de aprovação em vestibulares, situação que melhorou com instituição de cotas para estudantes de escola pública. Em 2016, foram aprovados 15 alunos em primeira chamada, em um total de 24 ao longo do ano. Em 2017, 23 alunos em primeira chamada e 60, no total, conquistaram uma vaga na universidade.

    “Se tem algum tempo ocioso, a gente está sempre tentando implantar um novo projeto para tentar melhorar a cada vez, porque, além de aprovar no vestibular, a escola tem função social”, ressalta Vinícius. “A gente vai ensinar para o aluno o que é cidadania. É preciso mostrar o dia a dia da sociedade para o aluno.”

    O perfil dos estudantes é bastante diversificado, variando de filhos de comerciantes a servidores públicos e produtores rurais familiares, já que a cidade tem grande parte localizada em área rural. Muitos deles não conseguiam sequer se imaginar no universo do ensino superior, como relata Lamara Gabriela, aprovada em agronomia: “Eu praticamente vivia aqui dentro, vivia na escola. Eu tinha duas casas, a minha e a escola. Foi uma luta que eu achei que não ia conseguir vencer, porque a gente nunca acha que vai passar na UnB. ”

    Assim como Lamara, vários outros estudantes se dedicaram à causa e, com o reforço dos professores, venceram essa limitação. Nada disso seria possível, garante o diretor, sem o apoio da comunidade escolar. “Todo mundo gosta muito da escola e luta por ela”, conclui. O que não falta, enfim, é interação entre estudantes e professores. E isso faz a diferença.

    Confira aqui mais horários para assistir ao programa Educação no Ar.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Centro de Ensino Médio Júlia Kubitschek, de Candangolândia, cidade do Distrito Federal, desenvolveu um projeto para alertar sobre a importância do córrego Guará, que corta a região. A iniciativa mobilizou a comunidade, recebeu prêmios e foi selecionada para participar do 8º Fórum Mundial da Água, que acontece até sexta-feira, 23, em Brasília. Nesta quinta-feira, 22, é celebrado o Dia Mundial da Água. O projeto é tema desta semana do programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido semanalmente pela TV NBR. O programa vai ao ar às 9h50 desta quinta-feira, 22.

    A professora Rosane Marques deu início ao projeto em defesa do córrego Guará, que corta a região da escola, durante sua pesquisa de mestrado. Na época, ela percebeu que 92% dos seus alunos sequer sabiam da existência do córrego. Para envolver os estudantes, ela promoveu algumas visitas ao local para ajudar a entender o tamanho do problema e as providências que deveriam ser tomadas.

    Rosane destaca que a mobilização dos estudantes em torno da causa ambiental se expandiu para além da escola (Frame: TV MEC)

    A limpeza do local logo se transformou em gincana. Era tanto lixo que os adolescentes competiam para ver quem mais catava resíduos. O estudante Felipe Ferreira, de 16 anos, conta o que viu por lá. “Estava muito, muito sujo mesmo. A gente achou pneu de trator, de carro. Tinha carrinho de bebê, boneca, muita coisa”, lembra.

    Outra descoberta dos alunos foi a espécie de peixe Pirá-Brasília, que só existe no córrego e está em extinção. Os estudantes resolveram escrever e produzir uma peça teatral falando da espécie endêmica, que foi assistida por mais de mil alunos do Distrito Federal. As ações de iniciativa pela preservação do córrego ajudaram a mudar a realidade dos alunos, que levaram a preservação do meio ambiente para a vida.

     “Agora eu me sinto pertencente ao meio ambiente, responsável por ele. Entendo que eu preciso cuidar, preservar, que eu preciso dele. Preciso cuidar não só por mim, pela sociedade por inteiro”, destaca a estudante Kamilla Moura Alves, de 16 anos.

    São 58 estudantes que participam do projeto. Muitos começaram ainda no nono ano do ensino fundamental e, agora, no segundo ano do ensino médio, continuam como multiplicadores.

    Mobilização - A professora Roseane conta que a mobilização foi tão grande que o projeto hoje pertence aos estudantes. “Ultrapassou os limites dos muros da escola. Os alunos pensaram no que poderia ser feito para minimizar os problemas do córrego”, rememora. E como eles não conheciam o córrego, pensaram que a falta de conhecimento provavelmente também era uma realidade de outras escolas. Por isso, decidiram criar a peça.

    Mais que isso, perceberam que era necessário acionar o Estado para providências maiores.

    “Conseguiram marcar uma audiência pública na Câmara Legislativa do Distrito Federal, onde muitos órgãos relacionados a questão ambiental estavam presentes. Os alunos tiveram voz, contaram o que estava acontecendo”, conta a professora.

    Dali, saiu o projeto de Lei 1975/2016, que tem como objetivo recuperar essa parte do córrego, minimizando invasões e o despejo de esgoto. “Ainda tem muito o que fazer, mas foi um pontapé inicial e os alunos puderam contribuir”, reconhece a professora. É justamente essa experiência que será apresentada durante o 8º Fórum Mundial da Água.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Celulares e tablets são grandes aliados dos professores de uma escola pública de ensino médio de Brasília. Por meio do uso da tecnologia, eles conseguem estimular o interesse dos alunos por educação ambiental. Este é o assunto do programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido pela NBR, que vai ao ar nesta quinta-feira, 4.

    Carol Nogueira entrevista o professor Wilson Badaró, que promove saídas de campo dos alunos para feiras, parques e reservas e faz com que eles filmem com um celular e publiquem o material produzido em um blog. O professor explica que o perfil dos estudantes está mudando e a maioria não tem mais aptidão ou gosto pelo ensino tradicional, composto por sala de aula, quadro, muita fala e exposição.

    Foi isso que fez com que a escola resolvesse trabalhar o tema sustentabilidade por meio de produção de vídeos, feitos pelos próprios alunos. “Percebemos que você acaba entrando no mundo do estudante. Um mundo que eles dominam mais, que tem mais atrações. Percebemos que a tecnologia não precisa ser usada apenas como uma ferramenta, e sim como um meio pedagógico”, destaca Badaró.

    O projeto tem caráter multidisciplinar, ou seja, a escola alia no aprendizado dos alunos matérias como química, biologia, geografia, por exemplo. São realizadas várias saídas a campo para que eles observem in loco o que estão estudando. “Insistimos muito que não é um passeio, é uma pesquisa de campo que eles estão fazendo. Eles estão lá para fazer um trabalho para melhorar a qualidade de ensino”, comenta o professor.

    Assessoria de Comunicação Social

     



  • Propor a mudança de perspectiva das crianças sobre o território em que vivem, rompendo estigmas e fortalecendo a autoestima, é o objetivo de um projeto desenvolvido na escola municipal Anne Frank, em Minas Gerais. Com a ação, a escola localizada no bairro de Confisco, entre Belo Horizonte e Contagem, conquistou o primeiro lugar no Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos deste ano, na categoria Educação Formal.

    Com o título Entre o diário e a história em quadrinhos: construindo a história de um bairro, o trabalho foi realizado por estudantes, que entrevistaram moradores para resgatar a memória e valorizar a história da cidade. O material final foi transformado em quadrinhos.

    “Esse projeto nasceu a partir de três pilares. Um deles é o sonho antigo de uma líder comunitária de contar a história do bairro por meio de quadrinhos. O outro foi a motivação e o incentivo que a gente teve da direção. Outro desencadeador foi uma constatação em sala de aula: sou professor de história da escola Anne Frank há dez anos e percebi que a maioria dos conflitos em sala vinham muito em referência ao local de moradia e uma forte rejeição ao bairro Confisco”, conta o professor Moacir Fagundes.

    Ao entender que não poderia ficar indiferente com a situação, Moacir começou a pensar em formas de trabalhar os problemas enfrentados pelos estudantes. “É um bairro pobre, de periferia, tem muita gente do comércio, muito trabalhador da construção. A maioria é de gente trabalhadora, e a imagem propagada pela mídia sobre o bairro não é nada positiva, ao contrário. Então, o projeto que realizamos com os estudantes da escola Anne Frank também dá atenção para esse dado”, detalha.

    Um formulário com perguntas foi criado em conjunto com os estudantes. De posse desse material, o professor e os alunos percorreram as ruas do bairro coletando informações. O ponto principal era descobrir que imagem os moradores do bairro tinham do local onde moram. Entre as perguntas, havia uma que tratava justamente do que tinha sido debatido em sala de aula: alguma vez tiveram que esconder que moravam no bairro?

    O professor Moacir Fagundes destaca que a experiência acentuou, nas crianças, a consciência de pertencimento ao bairro (Frame: TV MEC)

     “Transcrevi todas as entrevistas e fui selecionando as falas por tema. Por exemplo, as que falavam o porquê de [o bairro] se chamar Confisco. Então, peguei a resposta de todos que falavam nesse assunto e selecionei. Fui fazendo um apanhado, que foram transformados em balões de história em quadrinhos. Fizemos um painel na sala e fomos debatendo com os meninos”, relembra o professor.

    Moacir conta que, com algumas parcerias, foi possível realizar oficinas de histórias em quadrinhos, para os estudantes aprenderem técnicas básicas de desenho. O desdobramento da ação foi o lançamento da revistinha e uma exposição fotográfica.

    O professor destaca que o resultado positivo da atividade em relação aos alunos é perceptível. “A autoestima melhorou bastante. Deu para ver que se criou mais o sentimento de pertencer ao local. Tanto é que hoje diminuíram bastante as brigas por causa do nome do bairro. E sempre que eles veem alguém falando do bairro na mídia, falando bem, se sentem orgulhosos”, ressalta. Para Moacir, dar ao estudante a oportunidade de ser protagonista faz aumentar a participação e o interesse em sala de aula.

    Assessoria de Comunicação Social 



  • “Estamos com todas as providências tomadas para que tudo ocorra com muito sucesso nos dias de prova”, garante a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Maria Inês Fini. Ela observa que mostrar o que sabe e concorrer com segurança aos benefícios do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a oportunidade que os estudantes brasileiros buscam para cursar a educação superior no país.

    Maria Inês Fini é a entrevistada desta semana no programa Educação no Ar, da TV MEC, transmitida pela TV NBR. A entrevista foi veiculada nesta quinta-feira, 27, às 9h10 e terá reprise às 16h10. Na sexta-feira, 28, irá ao ar novamente às 8h e às 19h; no sábado, 29, às 20h, e no domingo, 30, às 13h30.

    “Minha preocupação é de que não haja nenhum contratempo, nenhuma brincadeira maldosa, nenhum desrespeito com a nossa juventude”, observa Maria Inês, ao citar os cuidados com a segurança do local de provas, com o atendimento especial e o respeito ao nome social solicitado pelo aluno, quando for o caso. Ela explica que o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), por meio do qual as instituições públicas de educação superior oferecem vagas a participantes do Enem, é a grande vantagem para o jovem que faz o exame. “Eles podem concorrer, em igualdade de condições, às vagas nas nossas universidades, tanto públicas quanto particulares.”

    A presidente do Inep, órgão vinculado ao Ministério da Educação, lembra ainda que o resultado do Enem está agregado ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que democratiza o acesso ao ensino superior.

    Operações – O preparo e acompanhamento das provas envolve uma série de operações. Além da equipe interna do Ministério da Educação, participam do processo os ministérios da Defesa e da Justiça, o Exército Brasileiro, a Polícia Rodoviária Federal, as polícias militar e civil das unidades federativas, secretarias de segurança pública, Correios e Corpo de Bombeiros. Outros importantes parceiros são a Fundação Cesgranrio e o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe-Cespe), da Universidade de Brasília (UnB).

    “Há uma cadeia de aplicadores e coordenadores já bastante treinada, que vem colaborando com o Inep desde anos anteriores”, frisa Maria Inês. De acordo com ela, o treinamento da equipe gestora e interna, a elaboração dos manuais e todo o planejamento começam exatamente quando o Enem anterior termina. “A rigor, no dia 7 de novembro nós já começamos a preparar o Enem de 2017. Essa é a missão”, completa, ao observar que o Enem se transformou desde 2009 no grande vestibular nacional.

    Outras ações, tão importantes quanto o Enem, também foram citadas pela presidente do Inep, como a Prova Brasil, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que avalia as escolas; a Avaliação da Alfabetização (ANA), o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa Brasil) e toda a avaliação do ensino superior. Em 2017, a instituição completará vinte anos como autarquia e oitenta anos de existência.

    Sobre as mudanças no ensino médio, Maria Inês as considera uma grande oportunidade para o jovem trilhar caminhos diferentes no currículo: “Sem perder a sua formação geral, que vai estar concentrada nesses componentes curriculares” (foto: reprodução TV MEC)Médio – Sobre as mudanças anunciadas para o ensino médio, a presidente do Inep antecipa que nada vai alterar a forma de avaliação do Enem de 2016 e que o conteúdo estudado pelos jovens brasileiros segue os valores do conhecimento universal. “É fundamental que se esclareça que o conhecimento tem um valor perene”, observa Maria Inês. “Nós não temos outra matemática, ou outra linguagem, que pode estar arranjada ou com intensidades diferentes na vida do ensino médio, mas sempre será valorizada.”

    De acordo com Maria Inês, avaliar o conhecimento em ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática continuará sendo o objetivo da avaliação do ensino médio. “Não há um impacto profundo naquilo que se espera ao final da escolaridade básica”, diz. “O que o novo ensino médio traz é uma grande oportunidade para o jovem trilhar caminhos diferentes no currículo, sem perder a sua formação geral, que vai estar concentrada nesses componentes curriculares.”

    Assessoria de Comunicação Social


  • Professores e estudantes de todo o país já podem se inscrever na décima edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil. Realizada pela Universidade de Campinas, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq), a competição envolve professores de história e alunos do oitavo e nono anos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e particulares. A Olimpíada é o tema do programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido semanalmente pela TV NBR. A edição desta quinta-feira, 8, apresenta o trabalho de Douglas Braga, professor do Colégio Militar de Brasília que coordenou nos últimos dois anos a equipe do Distrito Federal melhor classificada na competição.

    A competição terá seis fases com provas on-line. A sétima e última etapa será realizada em Campinas (SP), nos dias 18 e 19 de agosto. As equipes, formadas por um professor e três alunos, devem se inscrever até 24 de abril. No ano passado, a disputa reuniu mais de 48 mil estudantes.

    Braga conta que a olimpíada trouxe mudanças visíveis à rotina dos estudantes. “Além de alguns alunos terem desenvolvido o gosto por estudar, por ler história, especificamente, uma questão fundamental que percebemos foi o trabalho em equipe. Eles levam esse aprendizado para a vida toda”, ressalta o professor.

    Mas não somente os jovens saem ganhando com a competição. Ao longo do tempo, docentes e escolas conseguem aplicar em suas instituições melhorias decorrentes da Olimpíada em História. “Temos buscado incorporar novos métodos de ensino. O colégio segue o ensino por habilidades competentes, tentando favorecer a educação contextual, interdisciplinar. E a Olimpíada valoriza muito isso. Ela valoriza a contextualização e o diálogo com outras disciplinas, e vimos buscando incorporar isso em sala de aula”, exemplifica Douglas Braga.

    Obtenha mais informações na página da Olimpíada.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Natural de uma família de pequenos agricultores da zona rural no entorno do Distrito Federal, Josemar Filho, 23 anos, é um exemplo de amor aos estudos e à pesquisa. Recentemente foi aprovado em primeiro lugar no doutorado em ciência dos alimentos pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), uma das mais conceituadas do país. Vitória que ele atribui, principalmente, ao incentivo dos professores. Josemar é o convidado da edição desta quinta, 9, do programaEducação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido pela NBR.

    Neste sábado, 11 de agosto, o Brasil comemora o Dia do Estudante, data em que pessoas como Josemar, ou Zeca, tal qual é conhecido entre os amigos, reforçam a importância de um direito essencial ao cidadão, que é o direito ao conhecimento.

    “Eu nem acreditava que seria capaz de produzir este tipo de conhecimento, de pesquisa”, observa Josemar. “Minha área de estudo está dentro da ciência e tecnologia de alimentos. Tenho trabalhado com a parte de embalagens comestíveis e biodegradáveis de alimentos, principalmente filmes e revestimentos biodegradáveis para alimentos em geral, conservação pós-colheita de frutas, revestimentos comestíveis para tentar ampliar a conservação dessas frutas durante a colheita e reduzir as perdas”, descreve, orgulhoso, os projetos que desenvolve.

    O Dia do Estudante é celebrado desde 1927, quando, por ocasião da comemoração dos cem anos das duas primeiras faculdades de direito do país – a de Olinda, em Pernambuco, e a do Largo de São Francisco, em São Paulo – o jurista Celso Gand Ley sugeriu a data. Exatos dez anos depois, em 11 de agosto de 1937, era criada a União Nacional dos Estudantes (UNE).

    Hoje aluno de doutorado, Josemar quer seguir carreira acadêmica, pois vê na profissão o desafio de despertar em outros jovens o amor pelos estudos. Ele estudou toda a vida em escola pública, fez o curso técnico em agroindústria e o curso superior de tecnologia em agroindústria no Instituto Federal de Brasília e mestrado em agroquímica no Instituto Federal Goiano.

    “Os professores sempre nos motivaram a criar, a buscar soluções para problemas e o ensino era muito baseado nisso”, recorda ele. “Eu também tive oportunidade de trabalhar com pesquisa, pude já de início quando ingressei no curso técnico, ser bolsista de iniciação cientifica. Foi onde tudo começou. Foi um mundo novo. Uma sementinha plantada no início e aquela curiosidade se estendeu. Se hoje eu desenvolvo pesquisa na área de ciência de alimentos foi incentivo das minhas professoras da graduação, que eram engenheiras de alimentos e despertaram o interesse por esta área.”

    De outro lado, a criação que teve na zona rural e o convívio, desde pequeno, com a agricultura e a pecuária também motivaram o estudante a buscar mais conhecimento sobre o assunto. “Meu primeiro projeto de iniciação científica foi voltado para produção leiteira. O diagnóstico da cadeia produtiva de leite. Meu pai e meus avós eram produtores de leite. E isso me incentivou a fazer esta pesquisa”, lembra. Josemar confessa que quando saiu de casa para fazer a graduação os pais acharam que pouco depois ele voltaria. Josemar, porém, não quis parar mais de estudar. Dos pais, continuou a receber apoio, com a certeza de que estava no caminho certo.

    Aos jovens que, como ele, vivem na zona rural e nutrem o desejo de estudar, buscar uma formação superior e uma pós-graduação, Josemar dá o incentivo. “É preciso acreditar e pensar um pouco fora da caixa. Muitas vezes a gente ouve as pessoas dizendo que não dá certo, que não vamos conseguir porque talvez elas não conseguiram ou não tenham tido coragem de buscar algo fora da realidade onde viviam. Mas a gente tem que tentar e é possível sim”, acrescenta. Para o futuro, Josemar Filho sonha em ser professor de Instituto Federal, mais exatamente do IF-Brasília. Quer retribuir o ensino que recebeu, transmitindo conhecimento a outros estudantes.

    Assessoria de Comunicação Social

     


  • Música, artes visuais, dança e teatro fazem parte do currículo da educação básica. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) foi alterada no ano passado. Os sistemas de ensino têm cinco anos para promover a formação de professores e implantar esses componentes curriculares nos ensinos infantil, fundamental e médio de todo o país.

    “Assim como a literatura, assim como a matemática, assim como a história, a música ajuda o indivíduo no seu aspecto de conhecimento, de desenvolvimento, de concentração, de cognição”, afirma o maestro Cláudio Cohen, da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, de Brasília. Ele foi o entrevistado desta semana no programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido semanalmente pela TV NBR.

    A música faz com que você tenha um desenvolvimento de uma outra área do cérebro, não desenvolvida pelas matérias tradicionais, explica o maestro. De acordo com ele, independentemente de o estudante vir a se tornar um músico, “esse conhecimento agrega muito valor ao seu desenvolvimento cerebral”. Para Cohen, o foco e a concentração exigidos para a prática musical são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo do aluno, assim como as demais disciplinas. Além disso, ele acredita que a música também cumpre um papel importante na formação cidadã e no envolvimento social desse estudante.

    “A música, já no início da civilização humana, nas tribos, nas guerras, está sempre presente, no sentido de formar uma visão crítica. Está sempre associada com uma manifestação sociocultural. E também é um elemento de muita informação, de tradições. Tudo isso eleva a cidadania e faz tornar o indivíduo mais pensante, mais crítico”, pontua.

    Brasiliense e violinista de formação, Cláudio Cohen participa de forma ativa no cenário musical brasileiro e também no exterior – seja como maestro, solista, camerista ou como artista convidado dos principais festivais de música e orquestras. Ele é membro fundador da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, de Brasília, onde atuou por muitos anos como primeiro violino.

    Escolas - A orquestra sinfônica também realiza projetos educacionais com alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal, como o concerto didático. O objetivo é chegar ao público jovem de forma não convencional.

    “Nesse concerto didático nós mostramos como funciona uma orquestra, cada instrumento. Os alunos têm a oportunidade de ouvir cada um deles – desde o violino à tuba, harpa, flauta, clarineta, fagote. Eles têm a oportunidade de interagir com a orquestra e, em alguns momentos, eu coloco alguns alunos dentro da orquestra”, conta o maestro.

    Esse projeto tem sido, para grande parte dos alunos, a primeira oportunidade de crianças e jovens assistirem a uma sinfônica. De acordo com o regente, mais de 5 mil estudantes já foram beneficiados com a oportunidade.

    “O que a gente vê com isso é que a música tem um impacto muito forte na vida das pessoas. Obviamente, a tentamos colocar nesse primeiro contato temas mais conhecidos, como os de sinfonias, alguns temas de cinema e até, eventualmente, alguma música popular para mostrar também que a orquestra é muito versátil”, conclui.

    Acompanhe a programação de concertos já disponível.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • O ministro da Educação, Mendonça Filho, tranquilizou os estudantes que farão as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no sábado, 5, e no domingo, 6, ao garantir a segurança dos candidatos e o sigilo das provas. Segundo Mendonça Filho, o exame tem uma operação logística grandiosa, que envolve todas as forças de segurança. “É uma prova de grandes dimensões do ponto de vista geográfico e de quantitativo de alunos”, destacou. “A logística de segurança é organizada de forma a termos a garantia de que não haverá vazamentos e de que todos vão se submeter à mesma prova, com as mesmas condições de aplicação.”

    Mendonça Filho foi o entrevistado da semana do programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido semanalmente pela TV NBR. A entrevista, veiculada na manhã desta quinta-feira, 3, será reprisada a partir das 16h10. Também será possível assisti-la na sexta-feira, 4, às 8h e às 19h. No sábado, 5, haverá reprise às 20h, e no domingo, 6, às 13h30.

    De acordo com o ministro, o cuidado com relação à segurança tem sido acompanhado principalmente pela Polícia Federal, com participação direta das Forças Armadas e das polícias militares nas unidades federativas. Além disso, esta edição do exame traz a novidade da identificação biométrica dos candidatos no momento das provas, de forma a inibir qualquer possibilidade de fraude ou de uma pessoa fazer a prova por outra.

    Sobre a ocupação de, aproximadamente, 300 locais de provas, que provocou o adiamento do exame para 191.494 estudantes, o ministro lamentou. “Todos têm o direito de protestar, mas há direitos consagrados, como o de ir e vir e o do direito à educação”, disse. “Então, impedir o direito de um jovem de se submeter ao Enem, que é o passaporte para um curso superior, é uma atitude antidemocrática, irracional e que não condiz com a tradição do nosso país.”

    Ensino médio — O formato proposto com a reforma do ensino médio tem, segundo o ministro, o objetivo de valorizar o jovem e seu protagonismo, uma vez que permite a ele escolher as disciplinas e conteúdos curriculares para sua formação educacional. O debate é antigo, mas o ministro afirma que está na hora de promover a mudança. “O Brasil está defasado no que diz respeito ao formato do ensino médio”, salienta. “Desejamos uma base comum curricular bem definida. Com a nova proposta, os jovens terão a oportunidade de formar seu itinerário formativo e definir prioridades, com ênfase nas áreas de seu interesse.”

    O ministro avaliou as mudanças ocorridas no Ministério da Educação desde que assumiu a pasta, em maio. Segundo ele, o quadro era bastante difícil. “Tínhamos um orçamento de R$ 129 bilhões e um contingenciamento de R$ 6,4 bilhões, o que comprometia a execução orçamentária deste ano”, afirmou. “O acúmulo de obras atrasadas e paralisadas chegava a 700 só nos institutos federais e nas universidades.”

    O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), de acordo com Mendonça Filho, acumulava um compromisso global, já assumido, de R$ 10,6 bilhões. “Nossa primeira missão, então, foi regularizar e normalizar as condições financeiras do MEC, repactuar contratos, retomar obras e restabelecer uma parceria que estava paralisada com estados e municípios”, explicou.

    Resultados — Mendonça Filho destacou que, em sua gestão, a pasta alcançou grandes conquistas, como a liberação de crédito suplementar para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e a execução de 100% do orçamento de custeio para as universidades federais e os institutos federais de educação, ciência e tecnologia. “Recebemos o MEC com atrasos de pagamento do Fies e de outros programas governamentais, mas agora, felizmente, depois de mais de três meses de tramitação no Congresso Nacional, conseguimos aprovar projeto de lei do Congresso Nacional [PLN nº 8/2016] que suplementou em mais de R$ 700 milhões os recursos para o Fies”, disse. “Esses recursos garantirão o pagamento das taxas e a renovação de mais de 1,5 milhão de contratos antigos e 75 mil contratos novos.”

    Os resultados obtidos até aqui mostram claramente, de acordo com o ministro, a prioridade para a valorização da educação profissional e tecnológica e da educação superior no país. “E que o compromisso do governo é fortalecer cada vez mais e ampliar o orçamento da educação”, disse. “Tivemos este ano um orçamento de R$ 129 bilhões para a educação; no próximo ano, teremos um de R$ 139 bilhões. Ou seja, quase R$ 10 bilhões a mais, o que garantirá a execução dos principais projetos, sem nenhuma alteração no âmbito da educação federal brasileira.”

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Fazer com que o ensino superior esteja ao alcance de todas as pessoas que queiram estudar é um dos principais objetivos das mudanças que o Ministério da Educação promoveu com a regulamentação da educação a distância (EaD). As instituições não só começam a ampliar a oferta de cursos superiores de graduação e pós-graduação nessa modalidade, como podem oferecer, exclusivamente, cursos a distância, sem a oferta simultânea de cursos presenciais. Atualmente, mais de 1,3 milhão de estudantes estão matriculados em cursos EaD em todo o país.

    “A educação a distância traz essa possibilidade para o jovem e para o adulto que busca nos seus horários flexíveis e, até mesmo, em sua proposta curricular inovadora, fazer uma graduação ou pós-graduação.  E isso é instigante para a pessoa que busca esse tipo de capacitação e informação”, explica o secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Henrique Sartori.

    De acordo com ele, para a expansão de todo o processo foi preciso alterar um decreto publicado há mais de uma década, a fim de atualizar a legislação sobre o tema. O motivo são as rápidas mudanças relacionadas à tecnologia da informação e comunicação, como a utilização de plataformas virtuais e da internet banda larga. “Isso fez com que novas tecnologias e ferramentas surgissem no ambiente da educação à distância”, ressalta o secretário.
    De acordo com Henrique Sartori, a atualização da legislação do ensino a distância permitiu o surgimento de novas tecnologias e ferramentas para a modalidade (Frame: TV MEC)
    Modernização
    - Além das novas tecnologias, Henrique Sartori destaca que também foi preciso modernizar o processo regulatório desses cursos, além de reconhecer nas instituições de ensino padrões que pudessem melhorar a sua inserção na educação a distância e, consequentemente, oferecer mais educação de qualidade.

    “Agora é permitido credenciamento das instituições que ofertam exclusivamente educação à distância. O que quer dizer isso? No bojo anterior da legislação nós tínhamos uma restrição: que as instituições presenciais já credenciadas poderiam ofertar educação a distância. Agora, a instituição que quer nascer exclusivamente para ofertar a educação a distância pode fazer isso no ambiente virtual”, detalha.

    Outro ponto destacado pelo secretário é o reconhecimento do ambiente profissional como parte da formação do estudante de educação a distância. Com isso, a educação a distância pode ser levada para os ambientes profissionais – e ser reconhecida como ambiente de ensino. Desde que esse curso tenha o crivo do MEC.

    Quanto à fiscalização, de responsabilidade do MEC, o secretário explica que no contato direto com as instituições de ensino, não houve flexibilização de nenhuma norma, devendo ser o processo aprimorado em breve. “Estamos aprimorando as técnicas, a política de fiscalização e supervisão para orientar as instituições e, consequentemente, acompanhar o seu desenvolvimento.”

    Descentralização – Sartori acredita que a descentralização é outro aspecto importante na superação dos desafios da educação a distância no Brasil. Hoje quatro estados concentram grande parte dos polos de educação a distância e os credenciamentos institucionais: Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. “A intenção é desconcentrar. Levar para os outros lugares do Brasil educação à distância”, frisa.

    Quem tiver interesse em fazer um curso na modalidade a distância, basta acessar o portal e-MEC de instituições e cursos de educação superior. Lá podem ser tiradas dúvidas sobre as instituições autorizadas e credenciadas pelo MEC, entre outras.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Despertar o interesse de jovens estudantes para a arte, o senso crítico e a criatividade é a missão de Octávio Rold, artista plástico e professor de uma escola pública do Distrito Federal. O trabalho paralelo acabou levando o docente a expor suas aquarelas em um dos mais importantes museus do mundo, o Louvre, em Paris. O pintor é o convidado da edição desta quinta-feira, 6, do programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido pela NBR.

    Octávio conseguiu levar suas obras a um dos mais cobiçados espaços do planeta por pura insistência. “Esse convite aconteceu após uma tremenda cara de pau mesmo”, conta Rold. “Fiquei sabendo que existia o Carrossel do Louvre, um espaço para arte contemporânea profissional dentro do museu. Entrei em contato com a comissão curadora e falei sobre meu trabalho, minha trajetória artística, contando sobre essa minha ‘dupla personalidade’, a de professor e artista. Eles acabaram apreciando meu trabalho e me convidaram em dezembro de 2017 a fazer uma exposição em outubro de 2018”, conta Rold.

    O brasiliense descreve a experiência no Velho Continente como inesquecível. “Foi uma sensação mágica. É o sonho de qualquer pintor. Conhecer Paris é uma coisa incrível, a cidade tem uma estética maravilhosa, e saber que eu estava indo lá para expor no maior museu de arte do mundo, dividindo o espaço físico com a Monalisa, por exemplo é... Não tenho palavras.”

    Os famosos monumentos de Brasília inspiraram vários trabalhos de Octávio. “Sou brasiliense. Brasília sempre me inspirou, tem uma arquitetura muito singular e gosto de representá-la no meu trabalho. Gosto de brincar com a questão da releitura. Eu geralmente pego o monumento e retiro o contexto dele. O Museu Nacional, por exemplo, coloquei no meio de uma floresta. É um novo olhar sobre esses monumentos”, explica.

    Inspirador – O professor leva muito a sério a importância das artes dentro das escolas e faz questão de despertar a criatividade dos alunos. “Acho fundamental trazer arte para dentro da sala de aula, até porque é uma maneira de se expressar. Fortalecendo o aluno por meio da arte, você talvez consiga mudar a vida, o destino desse aluno.”

    Segundo Octávio, cada aluno consegue se expressar de uma maneira diferente, o que acaba criando vários tipos de dinâmica em sala. “A intenção é colocar os alunos para pôr a mão na massa. Um exemplo é o action paint, que é uma técnica que não exige saber pintar, desenhar ou usar pincel. Você só precisa da intenção, da tinta e da tela. A turma é dividida entre aqueles que vão escolher o nome, os que vão escolher as cores, os que vão escolher os sentimentos e os que vão se sujar (a técnica não usa pincéis). Eles se sujam e, a partir do tema, de tudo o que foi construído em sala de aula, eles projetam na tela.”

    Assim como Octávio se inspirou na época da escola para construir seu futuro, ele acredita que pode fazer o mesmo atualmente, como professor. “A escola é como uma janela. Foi através da escola que hoje sou professor e artista e foi por meio da escola que tive contato com os movimentos artísticos. A arte é um mecanismo interessante para entrar na cabeça do aluno e fazê-lo refletir sobre várias questões. Percebo em vários alunos a tendência de se expressar mais que os outros e sinto que sou uma referência para eles. É legal poder incentivar esses alunos porque talvez eles tenham potencial”, destaca Rold.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Gina Vieira é uma professora dedicada, apaixonada pelo que faz. Escolheu a profissão, como ela mesma diz, por acreditar que “a educação é uma ferramenta poderosa para transformação social”. Uniu o dom de educar à capacidade de transformar e criou o projeto Mulheres Inspiradoras, buscando a valorização da figura da mulher.

    A ideia nasceu depois de Gina assistir um vídeo postado por uma de suas alunas em uma rede social. Nas imagens, a jovem, de 13 anos, se apresentava dançando. “A música que era executada tinha um apelo erótico e depreciativo à figura da mulher; a roupa que a menina usava e a coreografia que ela fazia, tudo isso deu ao vídeo um teor que me incomodou”, explica a professora.

    Gina entendeu que a menina pretendia com aquela publicação se sentir valorizada, e aí se deu conta de que “a nossa cultura sempre representa a mulher como um objeto sexual, de satisfação, a partir de um determinado padrão de beleza”. “Se essa menina estava se inspirando nesses referenciais femininos, um caminho possível seria trazer outros referenciais”, diz.

    Foi então que surgiu o projeto, para mudar a visão dos jovens sobre o papel da mulher na sociedade. “Daí vem o nome Mulheres Inspiradoras, que teve como premissa essencial apresentar para os jovens outras representações do que significa ser mulher.”

    Professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Gina Vieira é licenciada em letras e possui especialização em educação a distância e em desenvolvimento humano, educação e inclusão escolar. Atualmente, dá aulas no Centro de Ensino Fundamental nº 12 de Ceilândia, região administrativa de Brasília, onde implementou o projeto Mulheres Inspiradoras.

    Projeto – Inicialmente, a professora buscou trabalhar o protagonismo dos estudantes. “Eu optei por metodologias que me ajudassem a colocá-los no centro do processo e que os estimulasse a uma participação mais ativa.” Nesse contexto, Gina propôs aos alunos a leitura de seis obras de autoria feminina, incluindo autoras com idade similar à deles, como Anne Frank e Malala Yousafzai.

    Em seguida, foi sugerido aos alunos estudar a biografia de dez grandes mulheres bem diferentes uma das outras. “Coloquei mulheres idosas, jovens, negras, brancas, com pouca escolaridade, com muita escolaridade”, afirma Gina. A intenção era fazer com que os jovens compreendessem que, independente de onde a mulher esteja, ela pode ocupar um papel e exercer funções que causem impacto positivo na sua comunidade.

    Outra etapa do projeto consistiu em levar os alunos a conhecer mulheres inspiradoras da comunidade onde moram. Na fase final, eles foram convidados a escolher a mulher inspiradora de suas vidas. “A gente queria que eles compreendessem também um pouco mais a respeito da própria história.” A maioria dos jovens, garante a professora, escolheu a mãe, a avó ou a bisavó para entrevistar.

    Resultados – O primeiro ganho que Gina percebeu foi a ampliação do repertório de leitura dos alunos. “A gente criou momentos de leitura em sala de aula e os alunos se envolveram muito”, celebra a professora. “Foram momentos muito ricos de aprendizagem, de reflexão e de discussão.”

    Outro ponto importante foi a priorização da escrita autoral. “Mas, para além dos saberes acadêmicos, houve também mudanças do ponto de vista do comportamento desses alunos.” Gina explica. “Alguns alunos me confessaram: ‘professora, eu não sabia, mas eu era machista, porque eu acreditava que a mulher não podia fazer algumas coisas, e quando a gente estudou a biografia das mulheres que a senhora trouxe, eu fiquei impressionado com as coisas fantásticas que as mulheres fizeram’.”

    Mas os ganhos não param por aí. “Outro ponto com o qual eu não contava foi a questão do quanto o projeto colaborou para o fortalecimento dos vínculos familiares.” Gina lembra, emocionada, quando uma mãe lhe disse que era muito grata à escola pelo projeto. “Ela disse que o momento em que o filho dela a entrevistou e se declarou inspirado pela pessoa que ela era fez com que os vínculos entre os dois fossem ainda mais fortalecidos.”

    Os textos produzidos pelos alunos após as entrevistas foram reunidos e publicados em um livro, que leva o mesmo nome do projeto. O objetivo, explica Gina, é contribuir para o debate sobre a necessidade da desconstrução do machismo, dando visibilidade para essas grandes mulheres que muitas vezes ficam esquecidas.

    O projeto Mulheres Inspiradoras deu tão certo que conquistou diversos prêmios. O primeiro deles, em 2014, foi o 4º Prêmio Nacional de Educação e Direitos Humanos, apoiado pelo Ministério da Educação. Em seguida veio a conquista do 8º Prêmio Professores do Brasil e do 10º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero. O projeto também foi o vencedor do 1º Prêmio Ibero-Americano.

    No total, o Mulheres Inspiradoras já levou para o Centro de Ensino Fundamental nº 12, de Ceilândia, mais de R$ 100 mil em prêmios. O objetivo, agora, é ampliar o projeto. A professora Gina, junto com a instituição educacional, está selecionando 30 professores, de 15 escolas do Distrito Federal, que queiram difundir a proposta.

    Programa – Gina Vieira é a entrevistada da semana do programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido semanalmente pela TV NBR. A entrevista é veiculada sempre às quintas-feiras, a partir das 9h10, e reprisada no mesmo dia, às 16h10. A veiculação se repete às sextas, às 8h e às 19h; no sábado, às 20h; e no domingo, às 13h30.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Professora da rede pública de educação básica no Distrito Federal, Viviane Alves experimenta em sala de aula uma nova forma de alfabetização com crianças do primeiro ano do ensino fundamental. “Começamos a perceber que muitas não sabiam ler nem conheciam as letras”, observa. “Juntos, estamos construindo esse trabalho, que a cada ano vai se transformando, dependendo das necessidades que vão surgindo no dia a dia.”

    Ao interagir com músicas infantis e histórias do folclore brasileiro, as crianças aprendem os nomes e sons das letras e associam o ato de aprender com brincadeiras. “Não descobrimos a roda, não criamos nada novo: apenas tentamos fazer com que as crianças sintam prazer em aprender a ler”, diz Viviane.

    A professora fala sobre o método no programa Educação no Ar, da TV MEC, transmitido pela TV NBR. Veiculado nesta quinta-feira, 17, às 9h10 e às 16h10, o programa tem reprises até domingo. Na sexta-feira, 18, às 8h e às 19h; no sábado, 19, às 20h; no domingo, 20, às 13h30.

    A cada ano, os índices de alfabetização têm melhorado na Escola-Classe da 308 Sul, em Brasília, onde o projeto é realizado. Em 2015, a instituição ficou em terceiro lugar no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). “Isso é fruto de uma alfabetização bem feita. As crianças têm fluência no escrever, na leitura, e a gente consegue atingir cerca de 90% dos alunos”, garante a professora.

    O projeto, que teve início com atividades voltadas para alunos especiais, foi ampliando e abrange os estudantes, com a prática; os professores, com a formação, e as famílias, no envolvimento das atividades do dia a dia. A formação dos professores segue a neuropedagogia, com prioridade na consciência fonológica e no construtivismo.

    Além disso, outros projetos estão associados. No primeiro bimestre, por exemplo, houve atividades que destacaram os contos de fadas. No caso da Bela Adormecida, foram trabalhados temas sobre a letra “m”, de maçã, com os valores nutricionais da fruta. “Vamos envolvendo a construção da consciência fonológica no mundo da criança”, afirma Viviane.

    Assessoria de Comunicação Social 


  • A poesia foi a arma encontrada pela professora da rede pública do Distrito Federal Raquel Alves para combater o bullying, atos de intimidação ou discriminação eventualmente presentes no ambiente escolar. A iniciativa rendeu à professora o Prêmio Professores do Brasil 2017. Para contar essa história, ela é a convidada do programa Educação no Ar desta semana, que estreia nesta quinta-feira, 14, às 9h45, na TV NBR.

    A docente também foi convidada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para falar sobre seu projeto no 15º Encontro do Plano Nacional do Livro Didático (PNDL). “Esse projeto foi muito importante na minha vida”, afirma Raquel, que teve como uma das premiações uma viagem para conhecer a educação na Irlanda.

    Raquel, professora do Centro Educacional Gesner Teixeira, de Planaltina (DF) idealizou o projeto quando observou que na sala de aula havia alunos de região mais elitizada da cidade que faziam piadas e ridicularizavam colegas que moravam na periferia. Ela então propôs que os alunos escrevessem sobre o tema Pequenas Alegrias no Lugar em que Vivo.

    “No primeiro momento, a ideia não foi muito bem aceita. Os alunos que moravam no Entorno achavam que não tinham o que falar do lugar onde viviam”, relata Raquel.

    Com o tema, a professora conseguiu reunir grupos que mesclavam alunos da capital com os das cidades vizinhas do estado de Goiás, e que, de acordo com ela, acabaram se ajudando na elaboração de rimas, o que ajudou a derrubar preconceitos e reduzir a prática de bullying entre os colegas.

    Raquel defende que as escolas não podem ficar omissas em relação à prática do bullying, que na opinião dela é um dos maiores problemas das instituições de ensino do Brasil. “Eu acredito que nós, professores, precisamos desenvolver algum tipo de projeto que incentive o respeito e a solidariedade. Trabalhar com valores vai nos permitir combater o bullying nas escolas”, destaca a professora.

    Confira os horários de transmissão do programa Educação no Ar

    Assessoria de Comunicação Social

     

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