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  • Os desafios da educação no campo para crianças de zero a cinco anos são o tema do 3º Seminário de Educação Infantil no Campo, promovido pelas secretarias de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) e de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação. O encontro, realizado nesta quinta-feira, 23, e sexta, 24, em Brasília, debate iniciativas de políticas públicas relativas à educação infantil no campo.

    O encontro é coordenado por um grupo de trabalho interministerial, com representantes dos ministérios da Educação, do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Entre os objetivos estão socializar as iniciativas de políticas públicas em curso e as propostas para o currículo, a infraestrutura e a formação de professores; apresentar e debater dados existentes relativos à educação infantil do campo, e mobilizar entidades que atuam na área da educação infantil no campo em suas múltiplas dimensões.

    De acordo com a coordenadora do grupo de trabalho, Jaqueline Pasuch, o seminário é uma oportunidade de reunir a sociedade civil e o governo para discutir propostas e critérios para expansão da política pública de educação infantil, creche e pré-escola, com foco na educação integral de crianças de zero a cinco anos. “Precisamos pensar propostas que dialoguem com a realidade brasileira e captar subsídios para formular uma política nacional para educação infantil no campo”, disse.

    Diego Rocha
  • Representantes de universidades federais e  estaduais e do Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica (Cefet) do Pará estiveram reunidos, na última semana de novembro, para discutir a formação de professores do campo. O encontro foi promovido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), em Padre Bernardo (GO), no Seminário Nacional de Apoio ao Programa de Licenciatura em Educação do Campo (ProCampo).

    “Nossa preocupação é ampliar o atendimento com qualidade às crianças e jovens do campo”, disse o diretor de Educação para Diversidade da Secad, Armênio Bello Schmidt. O acesso à educação infantil e ao ensino médio para a população da área rural ainda é muito pequeno em relação ao atendimento urbano, destaca Schmidt. “Grande parte dos alunos fora das escolas nessas etapas da educação básica está no campo”, afirmou.

    O ProCampo apóia a implementação de cursos regulares de licenciatura em educação do campo nas instituições públicas de educação superior de todo o país, voltados preferencialmente para formação de professores da educação básica já em exercício no campo ou que tenham interesse em lecionar nas escolas rurais.

    De acordo com Schmidt, há 250 professores em formação na Universidade de Brasília e nas universidades federais da Bahia, de Minas Gerais e de Sergipe. “A expectativa é atender dois mil novos alunos em 2009”, adiantou. A licenciatura dura quatro anos e habilita o graduado a lecionar em escolas da quinta à oitava série (sétimo ao nono ano).

    Entre outros objetivos do seminário estavam os de promover a articulação entre as instituições comprometidas com a execução do programa, a fim de fomentar a institucionalização da rede de formação em educação do campo, e intercambiar experiências-piloto desenvolvidas pelas instituições que já oferecem cursos de licenciatura.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Responsáveis pela execução do Projovem Campo – Saberes da Terra de 19 estados e de 19 instituições de ensino superior públicas participam, nos dias 9 e 10, em Brasília, de um seminário sobre a gestão do programa. O Projovem Campo é uma ação do governo federal que qualifica jovens agricultores alfabetizados, mas que não concluíram o ensino fundamental. O curso tem duração de dois anos e está centrado na agricultura familiar.

    Durante dois dias, os coordenadores das secretarias estaduais de educação e das instituições de ensino superior, que trabalham diretamente no Projovem Campo, vão trocar informações, tirar dúvidas, equacionar problemas da implantação do programa. Em 2008, 35 mil agricultores com idade entre 18 e 29 anos, foram selecionados para iniciar o curso em 2009.

    José Roberto Rodrigues de Oliveira, consultor do programa na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), diz que a principal dificuldade relatada pelas secretarias estaduais de educação é a matrícula dos alunos, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.

    Localizar os jovens agricultores, motivá-los a ingressar no curso, fazer a matrícula são etapas, muitas vezes, responsáveis pelo atraso do início das aulas, explica o consultor. Das 35 mil vagas, a região Nordeste tem 21 mil. Segundo José Roberto, o Ministério da Educação quer dialogar com as secretarias e com as universidades para ajudá-las a superar os problemas operacionais.

    Além de garantir o ingresso dos agricultores nos cursos, o MEC também vai discutir com os parceiros a próxima etapa do Projovem Campo, que é a abertura de mais 48 mil vagas para 2009-2010. O objetivo é que parte dos 48 mil agricultores comecem a formação neste ano.

    Parceria– O ProJovem Campo – Saberes da Terra é uma ação do governo federal desenvolvida em parceria com as secretarias estaduais de educação e com uma rede de instituições públicas. A formação de jovens agricultores com pouca escolaridade reúne os ministérios da Educação, Desenvolvimento Agrário, Trabalho e Emprego, Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Combate à Fome e a Secretaria-Geral da Presidência da República.

    No caso das universidades, elas fazem a formação dos educadores e dos coordenadores de turmas indicados pelas secretarias estaduais. Para atender os 35 mil agricultores, as universidades estão preparando 4.688 educadores e 240 coordenadores. A preparação de educadores e coordenadores tem carga horária de 360 horas e transcorre durante os dois anos do curso. Ao final, eles recebem um certificado da instituição formadora que pode ser de especialização ou de extensão.

    Já os agricultores fazem o curso no sistema de alternância (um período na escola e outro na propriedade). O currículo de 2.400 horas aborda cinco temas: sistemas de produção e processo de trabalho agrícola; desenvolvimento sustentável e solidário; economia solidária; cidadania, organização social e política pública; agricultura familiar, etnia, cultura e identidade. Além dos temas que tratam da profissão, os alunos vão estudar linguagens, ciências exatas, formação humana e profissional. Ao final do curso, recebem certificado de conclusão do ensino fundamental com qualificação profissional.

    Em 2008, a Secad selecionou 19 instituições para o Projovem Campo: são 10 universidades federais: de Santa Catarina (UFSC), Espírito Santo (Ufes), Mato Grosso do Sul (UFGD), Ceará (UFCE), Paraíba (UFPB), Paraná (UFPR), Minas Gerais (UFMG), Sergipe (UFSE), Alagoas (Ufal), Rondônia (Ufro), Pernambuco (UFPE), Rio Grande do Norte (UFR do Semi-Árido); os institutos de educação, ciência e tecnologia do Pará e de Cuiabá; as universidades estaduais da Bahia (Uneb), Maranhão (Uema), Amazonas (UEA), Tocantins (Unitins); e o Instituto Superior de Educação Antônio Freire, de Pernambuco.

    Ionice Lorenzoni
  • Para enfrentar o desafio de formar cerca de 30 mil professores sem graduação, que lecionam nas escolas rurais, o Ministério da Educação está convocando as universidades públicas federais, estaduais e municipais a aderir ao projeto de cursos de licenciatura em educação do campo.

    O incentivo para as universidades é a transferência de R$ 240 mil por ano para cada turma de 60 cursistas que a instituição organizar, durante quatro anos. A maior concentração de professores sem graduação em atividade nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio está nas regiões Nordeste e Norte, mas a situação ocorre nas cinco regiões do pais.

    De acordo com Armênio Schmidt, diretor de educação para a diversidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), o Ministério tem duas expectativas: que pelos menos uma universidade pública por estado se interesse pelo projeto, e que as instituições que já participam do fomento às licenciaturas do campo apresentem propostas de criação de mais de uma turma.

    Além de sensibilizar as universidades, a Secad também quer o apoio e o empenho de outros parceiros, entre os quais estão as redes públicas de ensino de estados e municípios e os movimentos sociais e sindicais do campo. A adesão das instituições é uma etapa, mas outra fase importante do processo, diz o diretor, é mobilizar os educadores para que se matriculem nos cursos, e os governos estaduais e municipais para que liberem os professores para fazer a formação.

    As universidades podem oferecer cursos em mais de um município e também podem fazer parcerias. Os recursos repassados pelo MEC poderão ser utilizados de diversas formas, tais como a hospedagem e alimentação dos estudantes, criação de acervos bibliográficos específicos, custeio de despesas dos tutores. A base do cálculo dos recursos é o cursista. Para cada professor que ingressa na formação, o MEC transfere à universidade R$ 4 mil por ano.

    Trajetória – A criação de licenciaturas específicas para a qualificação de professores que trabalham nas escolas do campo começou em 2005 com um piloto desenvolvido pelas universidades federais de Brasília (UnB), de Minas Gerais (UFMG), da Bahia (UFBA) e de Sergipe (UFSE). As quatro universidades têm hoje nas salas de aulas 240 alunos, entre professores sem graduação, educadores populares e de movimentos sociais e sindicais do campo.

    Em 2008, o ministério selecionou 32 instituições, que abriram 37 turmas para 2.153 professores do campo, em todas as regiões do país. A seleção dos cursistas acontece até junho de 2009 e as aulas estão previstas para começar entre julho e agosto.

    Padrão – O modelo básico da licenciatura – tempo de duração, currículo e regime de alternância – deve ser seguido pelas universidades. O curso será de quatro anos, desenvolvido em oito etapas semestrais. A formação se alterna em etapas presenciais denominadas Tempo-Escola, que acontecem em regime de internato, com 8 horas diárias de atividades num período de varia de 40 a 60 dias por semestre; e fases em que os alunos aplicam a teoria à prática, desenvolvem pesquisas ou mobilizam a comunidade onde residem e trabalham, que são chamadas Tempo-Comunidade.

    Armênio Schmidt explica que o projeto pedagógico é inovador, porque articula conhecimentos teóricos com a prática. Para atingir esse objetivo, a licenciatura é multidisciplinar, com abordagem de quatro áreas: linguagens e códigos, em que o aluno adquire formação para trabalhar em português, literatura e artes; ciências da natureza e matemática, que capacita para lecionar matemática, química, física e biologia; ciências humanas e sociais, para trabalhar com filosofia, sociologia, história, geografia, e ciências agrárias.

    O Edital nº 9/2009, que convoca as universidades a participar do projeto de cursos de licenciatura em educação do campo, foi publicado no Diário Oficial da União em 30 de abril, seção 3, páginas 57 a 59. O cadastro das instituições na Rede de Educação para a Diversidade deve ser feito pela internet, mas os planos de trabalho devem ser enviados pelos correios para o seguinte endereço: Diretoria de Educação para a Diversidade e Cidadania – Coordenação Geral de Educação do Campo – SGAS quadra 607, lote 50, edifício CNE, sala 104 – Cep 70200-670 – Brasília-DF.

    Ionice Lorenzoni
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