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  • Livros do curso de formação: projeto prepara professores que atuam em áreas remanescentes de quilombo (Luciana Lobão - Semeduc, Caxias, MA)Contar a história do negro de uma forma como nunca se ouviu antes, com a releitura do seu papel na sociedade, a devolução da autoestima e a constatação de que temos um pouco de sangue negro. A tarefa cabe a mais de 60 professores e diretores da rede municipal de ensino que atuam em áreas quilombolas de Caxias, Maranhão.

    Os profissionais participam do Curso de Formação de Professores em Educação Quilombola, que faz parte do projeto Escola em Ação: Vivendo a Diversidade. Eles recebem preparação direcionada e diferenciada para atender os alunos. O projeto é desenvolvido pela Secretaria de Educação do município, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação e com a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) da Presidência da República.

    O curso, em quatro etapas, é coordenado pelos professores Robson Ribeiro, Jesus Andrade, Mercilene Torres e Sandra Moura. De acordo com Jesus Andrade, nele é abordada a questão ético-social nas escolas da rede municipal.

    Ministrado inicialmente na zona urbana da cidade, o curso chega a nove escolas da zona rural. A meta até 2012 é formar todos os professores do município e levar a mensagem a cerca de 32 mil alunos. “Queremos incentivar o professor a valorizar as comunidades remanescentes dos quilombos”, disse. “Precisamos dar visibilidade à cultura africana, à descendência que nós temos. O povo brasileiro tem identidade e precisa preservar a memória.”

    Resgate — Com a formação dessa turma serão beneficiadas 800 crianças, em média. “Os professores vão levar o treinamento recebido até as áreas remanescentes de quilombo”, afirmou Mercilene. “Ao mesmo tempo, vão fazer entrevistas com os moradores para resgatar a cultura local e envolver os alunos.”

    A professora espera que os alunos das as escolas envolvidas trabalhem em conjunto e que os professores possam, na próxima etapa, mostrar o resultado desse trabalho de pesquisa de campo.

    Para o professor Francisco Miranda, que leciona nos anos finais do ensino fundamental (sexto ao nono), o momento é favorável. O curso, segundo ele, reforça o trabalho que vinha fazendo. “Fiz parte do movimento negro universitário e desenvolvia trabalho similar nas comunidades remanescentes de quilombolas”, disse. Francisco salienta que o curso facilita a didática, com o uso de jogos educativos que ajudam no entendimento sobre a identidade racial.

    Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Educação


    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Com a presença de professores, coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais e diretores, teve início nesta terça-feira, 9, na Academia de Tênis, em Brasília, o 1º Seminário Nacional de Educação Quilombola. O evento, que se estende até quinta-feira, 11, tem como principal objetivo construir os alicerces do Plano Nacional de Educação Quilombola.

    O encontro é realizado pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), patrocinado pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), e conta ainda com o apoio da Fundação Palmares, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).

    De acordo com o secretário de políticas para comunidades tradicionais da Seppir, Alexandro da Anunciação Reis, “o seminário é um espaço importante para definir as diretrizes de políticas educacionais para as comunidades quilombolas que devem constar do Plano Nacional de Educação. Isto tem como objetivo consolidar as propostas encaminhadas na Conferência Nacional de Educação, de 2010, bem como dar um passo importante na área educacional à luz do que determina o Estatuto da Igualdade Racial”.

    Segundo Alexandro Reis, as diretrizes a serem definidas devem contemplar os seguintes aspectos: investimento em infraestrutura, atenção à especificidade do conteúdo programático, capacitação dos professores e produção de material didático. Ele citou ainda a produção de material didático, que precisa ser ampliada para chegar às 16 mil escolas que atendem às comunidades quilombolas no Brasil. O secretário espera que as discussões e os resultados do “seminário garantam aos municípios acesso e facilidade ao transporte escolar e à alimentação”.

    A Academia de Tênis fica no Setor de Clube Esportivo Sul, trecho 4.

    Mais informações na página eletrônica do seminário, ou pelos telefones (61) 2022-9053 / 2022-9047.

    Assessoria de Imprensa da Secad
  • Além das diretrizes curriculares para o ensino, outras ações voltadas para as comunidades quilombolas serão anunciadas pela presidenta da República (foto: dianacostaeduhistoria_blogspot_com)Aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), as diretrizes curriculares nacionais para a educação escolar quilombola vão orientar os sistemas de ensino a pôr em prática projetos político-pedagógicos e a formular currículos adequados à especificidade das vivências, realidades e história das comunidades quilombolas do país. Esta e outras ações voltadas para essas comunidades serão anunciadas pela presidenta da República, Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, 21, em cerimônia no Palácio do Planalto, em alusão ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, comemorado na terça-feira, 20.

    O objetivo das diretrizes é garantir o direito à diversidade, tema que deve fazer parte da formação inicial e continuada dos professores. A aprovação das diretrizes é resultado de trabalho que teve início em 2011, na Câmara de Educação Básica (CEB) do CNE. A motivação, porém, é anterior.

     

    Em 2010, debates durante a Conferência Nacional de Educação (Conae) resultaram na inclusão da educação escolar quilombola como modalidade da educação básica. Isso significa que a regulamentação da educação escolar quilombola nos sistemas de ensino deve ser consolidada nacionalmente e seguir orientações curriculares gerais da educação básica.

     

    As diretrizes também devem incluir as orientações do Parecer CNE/CP 3/2004, contido na Resolução CNE/CP 1/2004, sobre a obrigatoriedade do ensino de história e da cultura afro-brasileira nos currículos das escolas públicas e privadas da educação básica, como estabelece a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003.

     

    Para subsidiar as diretrizes curriculares nacionais para a educação escolar quilombola houve ampla participação das comunidades remanescentes, de educadores, pesquisadores e representantes dos movimentos sociais, além do governo federal. Foram realizadas audiências no Maranhão e na Bahia, em razão do alto número de comunidades remanescentes de quilombos nesses estados, e no Distrito Federal. A aprovação das diretrizes atende à legislação brasileira e a convenções internacionais das quais o Brasil é signatário.

     

    Etnia — De acordo com o artigo 2º do Decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, os quilombos são “grupos étnico-raciais segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”. As comunidades quilombolas no Brasil são múltiplas e variadas e se encontram distribuídas em todo o território nacional, tanto no campo quanto nas cidades.

     

    No Brasil, existem hoje, segundo os dados da Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura, 3.754 comunidades identificadas, com maior concentração no Maranhão, na Bahia e em Minas Gerais.


    Paula Filizola

     


     


  • A educação em escolas quilombolas será tema do programa Salto para o Futuro desta quarta-feira, 15, que vai debater, sob um olhar pedagógico, como o ensino considera a herança cultural remanescente nessas comunidades. Participam a diretora de políticas de educação do campo, indígena e para as relações étnico-raciais da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, Rita Gomes do Nascimento, e a professora de comunidades quilombolas, Maria Auxiliadora Lopes.

    O Brasil possui hoje 2.366 escolas quilombolas. Nelas atuam 17.288 professores, que recebem 264.404 alunos, entre jovens, crianças e adultos. Os estados que concentram o maior volume de instituições desse grupo são Bahia, Maranhão, Minas Gerais e Pará.

    O Salto para o Futuro é exibido pela TV Escola sempre às 19h. Durante o programa, será abordada a importância de materiais didáticos específicos e da formação continuada para os professores que atuam nessas localidades. “A educação escolar quilombola, embora aconteça dentro de um grupo específico, faz parte de um sistema nacional de educação”, afirma a diretora da Secadi, Rita Gomes. De acordo com ela, as questões da diversidade, dentro do sistema, ainda se dão em um ambiente de conflito e é necessário um debate constante para que haja um equilíbrio maior no ensino.

    O Salto para o Futuro é apresentado por Bárbara Pereira e Murilo Ribeiro, na TV Escola, indo ao ar sempre às quartas, às 19h. Todos os episódios anteriores podem ser conferidos no canal da emissora no YouTube.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Para elevar a qualidade da educação oferecida às comunidades quilombolas, o Ministério da Educação oferece, anualmente, apoio financeiro aos sistemas de ensino. Os recursos são destinados para a formação continuada de professores para áreas remanescentes de quilombos, ampliação e melhoria da rede física escolar e produção e aquisição de material didático.

     

    Levantamento feito pela Fundação Cultural Palmares, órgão do Ministério da Cultura, aponta a existência de 1.209 comunidades remanescentes de quilombos certificadas e 143 áreas com terras já tituladas.
    Existem comunidades remanescentes de quilombos em quase todos os estados, exceto no Acre, Roraima e no Distrito Federal. Os que possuem o maior número de comunidades remanescentes de quilombos são Bahia (229), Maranhão (112), Minas Gerais (89) e Pará (81).

     

    Estudos realizados sobre a situação dessas localidades demonstram que as unidades educacionais estão longe das residências dos alunos e as condições de estrutura são precárias, geralmente construídas de palha ou de pau-a-pique. Há escassez de água potável e as instalações sanitárias são inadequadas.
    De acordo com o Censo Escolar de 2007, o Brasil tem aproximadamente 151 mil alunos matriculados em 1.253 escolas localizadas em áreas remanescentes de quilombos. Quase 75% destas matrículas estão concentradas na região Nordeste.

     

    A maioria dos professores não é capacitada adequadamente e o número é insuficiente para atender à demanda. Em muitos casos, uma professora ministra aulas para turmas multisseriadas. Poucas comunidades têm unidade educacional com o ensino fundamental completo. Contatos: (61) 2104 9262 / 9183


    Escolas


    Materiais publicados

  •  

     

    Escolas em área remanescente de quilombos

     

     

     

    Unidade da Federação

    Quantidade de:

     

    Matrículas

    Docentes

    Escolas

     

    Rondônia

    39

    2

    2

     

    Pará

    16.138

    652

    181

     

    Amapá

    1.078

    77

    12

     

    Tocantins

    880

    66

    18

     

    Maranhão

    34.229

    1.705

    423

     

    Piauí

    1.160

    58

    23

     

    Ceará

    2.724

    84

    11

     

    Rio Grande do Norte

    1.093

    55

    17

     

    Paraíba

    1.990

    103

    18

     

    Pernambuco

    8.695

    337

    46

     

    Alagoas

    3.545

    120

    16

     

    Sergipe

    2.915

    162

    16

     

    Bahia

    57.437

    1.748

    246

     

    Minas Gerais

    6.845

    441

    81

     

    Espírito Santo

    558

    35

    15

     

    Rio de Janeiro

    2.570

    144

    9

     

    São Paulo

    1.409

    120

    26

     

    Paraná

    2.228

    128

    17

     

    Santa Catarina

    73

    6

    6

     

    Rio Grande do Sul

    3.230

    263

    30

     

    Mato Grosso do Sul

    1.228

    87

    6

     

    Mato Grosso

    285

    13

    2

     

    Goiás

    1.433

    87

    32

     

     

     

     

     

     

    Total Brasil

    151.782

    6.493

    1.253

    Ano: 2007
    Fonte: INEP

  • Lista de Títulos e Materiais Publicados

     

    Livro/Materiais

    Tiragem

    Data da Edição

    Quilombos: espaço de resistência de homens e mulheres negras (livro do professor)

    10.000

    2006

    Quilombos: espaço de resistência de homens e mulheres negras (livro do aluno)

    15.000

    2006

    Orientações e Ações para a Educação das Relações  Étnico-Raciais

    54.000

    2006

    Dimensões da inclusão no Ensino Médio: mercado de trabalho, religiosidade e educação quilombola (Volume  9  da Coleção Educação para Todos – Secad/MEC)

    5.000

    2006

    Uma história do povo
    Kalunga – livro do professor
    (2ª edição)

    5.000

    2006

    Uma história do povo
    Kalunga – livro do aluno
    (2ª edição)

    5.000

    2006

    Yoté, o jogo da nossa história (livro do professor, livro do aluno e tabuleiro)

    7.500

    2008

    Estórias Quilombolas

    7.500

    2008

    Minas de Quilombos

    -

    No prelo

    Calendário Meu Brasil Africano, Minha África Brasileira

    5.400

    2006

    Calendário História e Cultura Afro-brasileira e Africana – Datas para conhecer e pesquisar

    30.000

    2006

    Kit A cor da cultura
    (4 livros,  4 CDs, 1 jogo) – parceria com Fundação Roberto Marinho e SEPPIR

    2.000

     

    2006

     

  • Escolas de comunidades quilombolas terão projetos pedagógicos adequados a suas realidades (Foto: comunidadequilombolasantafe.blogspot.com.br)Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 21, foi assinado o documento de diretrizes curriculares nacionais para a educação escolar quilombola, que institui orientações para que os sistemas de ensino formulem projetos político-pedagógicos adequados à especificidade das vivências, realidades e história das comunidades quilombolas do país. Aprovadas anteriormente pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), as diretrizes foram publicadas na edição desta quarta-feira, 21, no Diário Oficial da União.

    A presidenta Dilma Rousseff também anunciou ações de inclusão produtiva, regularização fundiária e direitos e cidadania dessa população. De acordo com o cadastro único dos programas sociais do governo federal, 23,5% dos quilombolas inscritos no sistema não sabem ler.

    A aprovação das diretrizes é resultado de trabalho que teve início em 2011, na Câmara de Educação Básica (CEB) do CNE. A motivação, porém, é anterior. Em 2010, debates durante a Conferência Nacional de Educação (Conae) resultaram na inclusão da educação escolar quilombola como modalidade da educação básica. Isso significa que a regulamentação da educação escolar quilombola nos sistemas de ensino deve ser consolidada nacionalmente e seguir orientações curriculares gerais da educação básica.

    As diretrizes também devem incluir as orientações do Parecer CNE/CP 3/2004, contido na Resolução CNE/CP 1/2004, sobre a obrigatoriedade do ensino de história e da cultura afro-brasileira nos currículos das escolas públicas e privadas da educação básica, como estabelece a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003.

    Para subsidiar as diretrizes curriculares nacionais para a educação escolar quilombola houve ampla participação das comunidades remanescentes, de educadores, pesquisadores e representantes dos movimentos sociais, além do governo federal. Foram realizadas audiências no Maranhão e na Bahia, em razão do alto número de comunidades remanescentes de quilombos nesses estados, e no Distrito Federal. A aprovação das diretrizes atende à legislação brasileira e a convenções internacionais das quais o Brasil é signatário.

    Etnia— De acordo com o artigo 2º do Decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, os quilombos são “grupos étnico-raciais segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”. As comunidades quilombolas no Brasil são múltiplas e variadas e se encontram distribuídas em todo o território nacional, tanto no campo quanto nas cidades.

    No Brasil, existem hoje, segundo os dados da Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura, 3.754 comunidades identificadas, com maior concentração no Maranhão, na Bahia e em Minas Gerais.

    As diretrizes curriculares nacionais para a educação escolar quilombola constam da Resolução nº 8 do CNE, Câmara de Educação Básica, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 21, seção 1, página 26.

    Paula Filizola

    Matéria republicada com acréscimo de informações

  • Giulliano Fernandes e Luciano Marques, do Portal MEC

    Representantes de grupos indígenas e quilombolas de Pernambuco e da Bahia foram recebidos nesta quinta-feira, 6 de junho, pela Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp), na sede do Ministério da Educação, em Brasília. Os investimentos voltados à área de educação para esse público foram a pauta do encontro.

    As lideranças apresentaram demandas sobre educação especializada, como construção e reformas de escolas, formação de professores, material didático com conteúdo cultural próprio e transporte escolar para crianças.

    O secretário da Semesp, Bernardo Goytacazes, informou que já foram repassados cerca de R$ 1,5 bilhão para a Bahia nos primeiros cinco meses de governo, apenas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Segundo ele, é preciso "destravar" esses recursos, que englobam a educação de indígenas e quilombolas do estado.

    “Eles acreditavam que havia cortes, mas quando descobriram que havia a integralidade de recursos e a cifra repassada para a educação no estado era bilionária, se assustaram. Além do repasse do Fundeb, ainda houve repasses do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e da QSE (Quota Salário Educação). Mas, tenho certeza que a gente vai conseguir readequar as demandas que eles (indígenas e quilombolas) têm e conseguir um resultado muito positivo para essas comunidades", afirmou o secretário.

    Como compromisso, o secretário agendou reuniões nos estados. A primeira reunião será com a Secretaria de Educação da Bahia, em julho. O MEC não é um órgão fiscalizador e respeita o pacto de autonomia federativa dos estados, mas vai tentar ajudar os representantes indígenas e quilombolas a acompanhar como estão sendo feitos os repasses.

    “Nós vamos até a Bahia para ver, junto com a Secretaria de Educação e algumas secretarias municipais, como esse recurso está chegando a essas comunidades. Conversar para ver o que pode melhorar. Se for uma questão de gestão, por exemplo, o MEC pode ajudar”, destaca o secretário.

    Durante o encontro, o MEC tratou sobre a audiência pública que vai  discutir o Plano Nacional de Educação Escolar Indígena.

    De acordo com diretor de Políticas para Modalidades Especializadas de Educação e Tradições Culturais Brasileiras, Fabrício Storani, o MEC tem trabalhado no levantamento de recursos que foram distribuídos para estados e municípios e até para universidades, a fim de verificar onde o dinheiro está parado.

    Para os quilombolas, o secretário informou que mantém conversas com a Fundação Zumbi dos Palmares e outras entidades para organizar audiências públicas em 2020 e ouvir as reivindicações. A ideia é formular um plano nacional de educação para o grupo, inspirado no Plano Nacional de Educação Escolar Indígena (PNEEI).

    Também em julho, no dia 11, a Semesp realiza em João Pessoa (PB) audiência pública sobre o Plano Nacional de Educação Escolar Indígena (PNEEI). Além disso, no segundo semestre, a secretaria organizará agenda em Pernambuco para tratar questões relativas à educação escolar indígena, quilombola e do campo.

    Uma das primeiras ações da Semesp será buscar diálogo com a bancada de parlamentares da Bahia para possível alocação de emendas visando a construção e reformas de escolas indígenas, uma vez que é possível a liberação de verba por meio de emendas parlamentares no Plano de Ações Articuladas (PAR). Este é um plano plurianual e multidimensional que possibilita a conversão dos esforços e das ações do Ministério da Educação, das Secretarias estaduais e municipais, num Sistema Nacional de Educação.

    Por fim, a Semesp fará levantamento de todos os saldos de recursos disponíveis nos programas e ações de educação escolar indígena e quilombola.

  • O Ministério da Educação realizou nesta quinta-feira, 30, a segunda webconferência sobre educação escolar quilombola, com a participação de gestores, professores e sociedade civil. A iniciativa dá prosseguimento ao esforço do MEC pela implementação das diretrizes nacionais curriculares voltadas a essa comunidade nas escolas.

    A titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Ivana de Siqueira, destacou que as diretrizes foram aprovadas em 2012, mas que ainda há um grande desafio pela frente: fazer com que as diretrizes cheguem às escolas, nos currículos e na formação de professores.

    “Nós sabemos que a formação do professor é que vai realmente fazer com que essas práticas cheguem às salas de aula”, disse Ivana, que também falou da importância de se reconhecer a história e as tradições dos quilombolas. “Nós precisamos reconhecer a cultura desses povos para que possamos enriquecer ainda mais a cultura brasileira”.

    Webconferência realizada nesta quinta-feira, 30, teve como objetivo debater a implantação das diretrizes nacionais curriculares voltadas a essa comunidade nas escolas (Foto: Luís Fortes/MEC)

    Givânia Silva, representante da Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas (Conaq), lembrou que a participação das comunidades remanescentes de quilombos foi essencial para a construção das diretrizes. “Essas orientações vêm justamente desse diálogo e desse enfrentamento do movimento em relação a pensar uma educação que tenha as características próprias das comunidades”, celebrou.

     

    O encontro também serviu para difundir parcerias. A coordenadora-geral de Educação para as Relações Étnico-Raciais do MEC, Raquel Nascimento Dias, destacou o projeto Conhecendo o Brasil, desenvolvido junto à Fundação Palmares. “Nós estamos fazendo a capacitação de gestores e professores por meio de um material didático feito por eles, contando a história da África ao Brasil”, explicou. O objetivo é fazer com que o material seja utilizado também em sala de aula, saindo do ambiente exclusivo das bibliotecas.

    Outra ação está sendo desenvolvida junto à Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). A parceria vai viabilizar a entrega para as comunidades do Rio Grande do Sul de um material construído na Universidade Federal de Pelotas, sobre a história dos quilombos do estado.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Agora é lei. Para fechar escolas de educação no campo, indígenas e quilombolas, a decisão tem que passar por uma manifestação da comunidade escolar. O Congresso Nacional decretou e a presidenta Dilma Rousseff sancionou nesta quinta-feira, 27, a Lei 12.960, publicada no Diário Oficialda União, que altera o artigo 4º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/1996).

    A lei estabelece que antes de fechar escola da educação básica pública que atenda estudantes residentes no campo, indígenas e quilombolas, o prefeito ou secretário de educação precisa ouvir o conselho municipal de educação, que é o órgão normativo e tem na sua composição representantes dos gestores e de toda a comunidade escolar. O conselho deverá receber uma justificativa apresentada pela secretaria de educação, com a análise do impacto sobre o fechamento.

    Em fevereiro último, o ministro da Educação, Henrique Paim, recebeu um manifesto dos sem-terrinha, crianças do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) que participavam do 6º Congresso Nacional da organização, em Brasília. Na carta, os sem-terrinha pediam mais acesso à educação, transporte escolar e alimentação saudável.

    Ao receber os manifestantes, Paim explicou às crianças sobre a proposta do governo federal que tramitava no Congresso. “Queremos colocar como condição para fechar uma escola a consulta à comunidade”, afirmou o ministro. “A comunidade precisa ser ouvida, é preciso ouvir os conselhos estaduais e municipais de educação”, completou.

    Valorização – As iniciativas do MEC para o campo têm o objetivo de garantir o acesso e a permanência na escola, a aprendizagem e a valorização do universo cultural das populações do campo. O Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo) inclui ações de apoio ao desenvolvimento de práticas de gestão, à formação inicial e continuada de professores, à educação tecnológica e de jovens e adultos e à melhoria da infraestrutura física e tecnológica dos equipamentos.

    Na área de formação de professores das escolas do campo, foram criados 42 novos cursos de licenciatura em 38 universidades federais e em cinco institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Cerca de 5 mil vagas são abertas por ano.

    Por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE Campo), o MEC tem investido, desde 2012, cerca de R$ 395 milhões em manutenção, conservação e pequenos reparos de instalações, equipamentos, abastecimento de água e saneamento de escolas. Os estudantes das áreas rurais são atendidos também pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD Campo). Mais de 2,1 milhões de alunos de turmas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental receberam obras específicas para a educação no campo em 2013. O investimento foi de R$ 37 milhões.

    O campo também é contemplado pelo programa Caminho da Escola, de transporte de estudantes. Entre 2008 e 2013, o MEC investiu mais de R$ 4,4 bilhões. Em 2012, foram adquiridos 10,9 mil ônibus para as zonas rurais; em 2013, foram comprados 2.919 veículos.

    Assessoria de Comunicação Social

    Acesse a íntegra da lei 12.960
  • Após vencer barreiras no uso da informática para execução das tarefas do curso semipresencial de educação quilombola, níveis de aperfeiçoamento e capacitação, 243 professores de diversas unidades da Federação vão receber certificados no fim deste semestre. A formação foi ministrada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), entre outubro de 2012 e maio deste ano.

     

    Na avaliação da coordenadora do curso da UFG, Cristina de Cássia Pereira Moraes, apesar das dificuldades enfrentadas pelos educadores, especialmente aqueles das escolas quilombolas, para trabalhar na plataforma Moodle, de aprendizado eletrônico, o aproveitamento foi satisfatório. Dos 408 inscritos, 243 serão certificados, o que representa 59,55% dos ingressantes. Para alcançar esse índice, a coordenadora contou com o interesse dos cursistas e com o empenho da equipe da universidade. Da parte dos educadores, segundo Cristina, eles mostraram interesse em aprender, pois muitos não sabiam sequer ligar o computador. E da parte dos tutores da UFG, a dedicação ajudou a vencer os obstáculos. “Nossos tutores ensinaram informática e assim fomos adiante, com aproveitamento.”

     

    Outra decisão tomada para enfrentar uma realidade até então desconhecida pela universidade foi a de aumentar o número de encontros presenciais, com a instalação de polos nos municípios goianos de Alto Paraíso, Anápolis, Formosa e Uruaçu para os tutores atenderem os alunos.

     

    O curso teve a participação de educadores de escolas dos quilombos Mesquita, Almeida, Engenho 2, Riachão, Vão do Moleque, Vão das Almas, Ema, Diadema, Forte, Tomás Cardoso, Pombal, Minaçu e Uruaçu. Também participaram educadores do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pará, Paraná, Tocantins e Distrito Federal.

     

    Dos concluintes, 152 que tinham licenciatura fizeram o curso de aperfeiçoamento, de 180 horas. Outros 91, com formação de nível médio, optaram pela capacitação, também de 180 horas. O conteúdo tratou do ensino de história da África, educação, história e cultura quilombola.

     

    Da UFG, Os cursistas receberam livro, textos e cd-rom sobre educação etnorracial. Outra obra, sobre educação Quilombola, será entregue quando os formandos receberem o certificado. Cristina explica que esse material dará suporte às atividades dos educadores nas escolas.




    Rede — A UFG faz parte de uma rede de dez universidades federais que oferecem cursos de capacitação a professores das redes públicas sobre relações etnorraciais. Cabe à UFG a formação em educação quilombola (aperfeiçoamento e capacitação). A formação nas demais unidades da rede começou entre setembro e dezembro de 2012 e será concluída até o final de 2013.


    Ionice Lorenzoni

  • O coordenador nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, Denílson Rodrigues Moraes, declama poesia durante a abertura do 2º Seminário Nacional de Educação Quilombola, ao lado do ministro Mercadante e do diretor de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da Fundação Palmares, Alexandro Reis (Foto: João Neto/MEC) “A história da África e a contribuição da comunidade afrodescendente representam a maior demanda que nós temos de formação continuada de professores”, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na abertura do 2º Seminário Nacional de Educação Escolar Quilombola. O encontro reúne representantes das comunidades quilombolas, gestores educacionais, secretarias de educação e acontece nesta quinta e sexta-feira, 6 e 7, no Ministério da Educação, em Brasília.

    O seminário discute as diretrizes para educação escolar quilombola definidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e sua implementação, com a participação de representantes do MEC e de comunidades quilombolas. Também são realizadas palestras e apresentação de experiências em escolas localizadas nessas comunidades.

    A regulamentação proposta pelo CNE abrange a formação de professores, a discussão curricular e das identidades em comunidades quilombolas. O desenvolvimento de um plano de implementação das diretrizes curriculares é um dos objetivos do seminário.

    De acordo com o ministro, os quilombos tiveram um papel importante ao não se curvar à escravidão, além de construir comunidades que preservaram a memória da luta pela emancipação.

    “As diretrizes quilombolas não são apenas para as comunidades quilombolas; elas têm que estar presentes no conjunto das salas de aula do Brasil”, disse Mercadante.

    Para a diretora de políticas de educação no campo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Macaé Maria Evaristo, as diretrizes mostram como devem se estruturar essas escolas. “Devemos pensar a questão da aprendizagem, do desenvolvimento e do ensino e de garantir no currículo escolar toda memória, tradição, história de luta e resistência pela terra dessas comunidades”, afirmou.

    No âmbito do MEC, serão discutidas políticas mais específicas direcionadas à formação de professores, à garantia da infraestrutura da escola quilombola, do material didático utilizado nessas escolas e que levem em consideração a história e a tradição das comunidades.

    Assessoria de Comunicação Social
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