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  • O judô é uma das modalidades de artes marciais adotadas pelas escolas no programa Mais Educação. (Foto: Julio César Paes)Primeiro o diálogo, depois a autodefesa. Esse é um dos princípios que o mestre Antônio Leite da Silva Júnior ensina a seus alunos nas aulas de caratê na Escola Municipal Nestor José Soeiro do Nascimento, na periferia de Manaus. Como os 60 estudantes de mestre Antonio, 828,7 mil crianças e adolescentes do programa de educação integral Mais Educação praticam um tipo de arte marcial em mais de 4 mil escolas públicas. Taekwondo, judô, capoeira e caratê são as artes marciais escolhidas pelas escolas incluídas no programa.

    A Escola Municipal Nestor do Nascimento, segundo o mestre, atende estudantes de uma invasão onde as crianças estão próximas de vários tipos de violência, como tráfico, trabalho infantil, aliciamento. “Quando cheguei à escola, vi um show de notas vermelhas nos boletins. Propus a eles que para treinar caratê tinham que tirar notas azuis”, conta Antônio. Hoje, segundo ele, 80% dos estudantes que fazem a arte marcial têm notas azuis e o índice de agressão caiu muito. “É um saldo maravilhoso.”

    Com duas turmas de estudantes de seis a 14 anos, Antônio ensina a história e os princípios do caratê e faz treinamento. Segundo o mestre, o caratê ajuda na concentração e auxilia no desenvolvimento físico e intelectual. Antônio tem 34 anos, treina há 29 anos, e é faixa preta desde 1996.

    A diretora da Escola Municipal Nestor Nascimento, Telma Malheiros de Mendonça, diz que a entrada da escola no programa Mais Educação trouxe benefícios rápidos na vida escolar. O foco é o pedagógico, diz, e praticar caratê é um prêmio ao esforço dos estudantes. No turno oposto das aulas regulares, a diretora implantou aulas de reforço, com destaque especial para a leitura e a escrita. “Quando comecei na escola, tinha aluno no quinto ano que não sabia ler.”

    Segundo a diretora, a unidade atende uma comunidade que se formou a partir de uma invasão, e hoje ainda não tem serviços básicos, como posto de saúde e delegacia de polícia. A escola é o centro de tudo e tem 930 matrículas no ensino fundamental, sendo 160 de educação de jovens e adultos, a maioria pais de alunos.

    Graduada em história e matemática, com pós-graduação em psicopedagogia e metodologia do trabalho científico, Telma Mendonça criou o conselho escolar, cadastrou a escola no Mais Educação e agora vai receber um telecentro de informática e construir uma horta. Ela também quer participar do projeto Escola Aberta. Já tem livros para formar uma biblioteca, mas ainda falta uma pessoa para tomar conta do espaço e atender alunos e professores. “Já melhorou muito, mas temos muito a fazer”, diz.

    Ionice Lorenzoni


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    Esporte aumenta concentração e melhora rendimento dos alunos

  • Taekwondo, judô, capoeira e caratê são as artes marciais escolhidas pelas escolas do programa Mais Educação. Para atender mais de 800 mil alunos em todo o país, professores, contramestres e mestres em artes marciais, indicados por suas federações, se distribuem entre 4 mil escolas.

    De acordo com o coordenador de educação da Confederação Brasileira de Taekwondo, Rubilar Carvalho, a prática desse esporte ajuda o estudante a melhorar a concentração e o rendimento escolar, qualifica a convivência familiar e o círculo de amizades, atua na prevenção do uso de drogas e de agressões. Na prática, explica, a criança aprende que as técnicas são de defesa, nunca de agressão.

    Presente nas escolas do Mais Educação desde junho de 2009, o taekwondo já é praticado por 80,2 mil estudantes em 373 escolas públicas. Segundo Rubilar, apesar de pouco tempo, o taekwondo já tem estudantes campeões em escolas de vários estados, como Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Mato Grosso. O crescimento dessa arte nas escolas públicas também se deve ao papel da confederação, que estimula o trabalho voluntário de seus filiados. Podem ser monitores os praticantes com mais de 18 anos de idade e faixa preta.

    O taekwondo, que significa uso dos pés e das mãos, surgiu na Coréia como arte marcial e hoje é esporte olímpico. Está presente em 197 países.  No Brasil, a prática é oficial desde 1970, com estrutura de federações nos 26 estados e Distrito Federal.

    Judô– A Escola Municipal Etelvina Pereira Braga, entre os bairros Ouro Verde e Coroado, em Manaus, escolheu o judô como uma das atividades da escola integral. Com idade entre dez e 15 anos, 70 crianças e adolescentes fazem judô com orientação do monitor Janderson do Carmo Santos. No grupo, 30% são meninas e 70% são meninos. Alongamento, aquecimento, técnicas e a história da modalidade fazem parte das aulas.

    Segundo Janderson, os estudantes preferem a prática, mas os princípios são importantes para a formação. “A arte é para defesa pessoal, nunca para outros fins.” Na avaliação do professor, a prática do judô nesta escola teve um forte impacto entre os alunos. Ele explica: no começo das aulas estavam matriculados no judô 100 estudantes, mas alguns desistiram. Hoje, cerca de 20 deles já pediram para voltar. Janderson pratica judô há 13 anos e é faixa preta.

    Capoeira– Com 65 estudantes no programa de educação integral, a Escola Carneiro Ribeiro Classe II, no bairro Pero Vaz, em Salvador, escolheu a capoeira para as aulas complementares. De acordo com o professor Sandro Alex Dias Oliveira, 38 anos, a aula de capoeira tem duração de uma hora e 30 minutos e é muito esperada pelas turmas.

    Na avaliação de Sandro, a socialização das crianças e as atitudes de respeito com colegas, professores e pais são evidentes no grupo da capoeira. “Acontece uma transformação que é vista por nós e relatada pelos pais.” Na capoeira, o estudante aprende a história dessa arte e dança, a ginga, o samba de roda, a música e a tocar os instrumentos, mas o comportamento dentro e fora da escola é o principal ganho, segundo o professor. A escola Carneiro Ribeiro já tem os instrumentos para ensinar capoeira, mas os alunos ainda não receberam os uniformes.

    Sandro ensina capoeira há 18 anos e há dois anos é filiado ao Grupo Arco 3 Capoeira, criado pelos contramestres Quiabo, Jócaraseca e Gilbumba.

    Em Vitória da Conquista (BA), a Escola Estadual São João Batista escolheu a capoeira em 2010 e continua com aulas este ano. O professor Adriano Rodrigues Brito tem 75 alunos divididos em cinco turmas.

    Adriano está satisfeito com o interesse dos estudantes pelas aulas e também com a melhora observada no comportamento. “Alunos que eram agressivos, hoje cumprimentam professores e colegas e quando nos encontramos na rua, observo a alegria de me reconhecerem como seu professor.” Sandro tem 31 anos, pratica capoeira há 17 anos e é professor há 11.

    Taekwondo– No Distrito Federal, o Centro de Ensino Fundamental 113, da cidade de Recanto das Emas, adotou o taekwondo nas atividades da educação integral. Deisyane Marques de Jesus ensina 40 alunos com idade de seis a 14 anos. Mesmo tendo aula no auditório da escola, que tem pouca ventilação e faz muito calor, ela se surpreende com a assiduidade deles. “Estão presentes em todas as aulas”, diz.

    Os estudantes fazem aulas práticas, mas também estudam a teoria e a história do taekwondo. “Eu explico que eles são atletas, que devem ter disciplina e dou o exemplo.” Deisyane tem 18 anos, é faixa preta e leciona há dois anos.

    Números– Entre as 15 mil escolas que participam do programa Mais Educação, 4.017 escolheram um tipo de arte marcial para oferecer a seus alunos. Os praticantes somam 828,7 mil. O judô é praticado por 280,9 mil alunos em 1.355 escolas; o karatê, por 128,5 mil alunos em 597 escolas; o taekwondo, por 80,2 mil estudantes em 373 escolas; e a capoeira tem 338,9 mil alunos em 1.692 escolas. (Ionice Lorenzoni)

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    Artes marciais ocupam 800 mil estudantes em 4 mil escolas
  • Na escola de Ji-Paraná, o projeto sobre a Copa do Mundo e o meio ambiente colabora para estimular a criatividade e incentivar a leitura, além de melhorar a ortografia e a produção de textos (foto: arquivo da Escola Lauro Prediger)Habituados a desenvolver, todos os anos, projetos relacionados ao meio ambiente, os professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Lauro Benno Prediger, no município de Ji-Paraná, Rondônia, incluíram, este ano, atividades relacionadas à Copa do Mundo no Brasil. Assim, foi criado o projeto Torcendo e Protegendo o Meio Ambiente, relacionado, de maneira interdisciplinar, ao Mundial de futebol e à Semana do Meio do Meio Ambiente.

    “Aproveitamos para dar um enfoque diferente. O principal objetivo foi mostrar que a Copa pode ser melhor com menos lixo e poluição”, diz a professora de geografia Matilde Ramilho, que tem pós-graduação em educação ambiental. Segundo Matilde, o projeto foi realizado em equipe, com troca de ideias e opiniões. “Alguns se responsabilizaram pela criação de frases para divulgação no Facebook; outros, pelas bandeiras de cada país e confecção de cartazes e faixas para decorar a escola”, explica.

    Entre as atividades desenvolvidas com os alunos, Matilde cita a confecção, com garrafas plásticas, de bonecos que representam Fuleco, a mascote da Copa, e de bolas, com copos reciclados. Os estudantes também fizeram cartazes e bandeiras. Eles tiveram a oportunidade de aprender a localizar os continentes dos países participantes do Mundial, bem como conteúdos relacionados às diferentes culturas e populações.

    De acordo com Matilde, há 15 anos no magistério, a exposição, na escola, dos trabalhos feitos pelos estudantes contribuiu para elevar a autoestima de todos. “Eles se sentiram valorizados”, avalia.

    Estímulo — Para a professora Creunice Pereira de Souza, que leciona língua portuguesa no ensino fundamental e arte no ensino médio, além de elevar a autoestima dos estudantes, o projeto tem colaborado para estimular a criatividade, incentivar a leitura, provocar uma preocupação maior com a ortografia e a produção de textos. Ela diz que tem incentivado a criatividade e a socialização entre os alunos, além de desenvolver o gosto pela pesquisa.

    Entre as atividades realizadas, ela cita a produção de frases, cartazes e pinturas. Com graduação em letras e pós-graduação em gestão escolar, Creunice atua no magistério há 23 anos.

    Na visão do diretor da escola, Valmir Pereira da Silva, o projeto ajudou a ampliar a conscientização dos alunos sobre a importância da natureza e da necessidade de cuidar do meio ambiente. Há 30 anos no magistério, 15 dos quais na direção, Valmir é professor de geografia.

    Com 1.330 alunos matriculados nos ensinos fundamental e médio e na modalidade de educação de jovens e adultos, a escola conta com a participação atuante das famílias nos eventos que promove.

    Fátima Schenini

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  • O ministro da Educação, professor Ricardo Vélez Rodríguez, participou nesta quarta-feira, 13, da abertura anual do Programa Forças no Esporte (Profesp), e do Projeto João do Pulo (PJP), em Brasília. São atividades sociais destinadas ao atendimento de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, desenvolvidas pelo Ministério da Defesa, com o apoio da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, em parceria com os ministérios da Educação, da Cidadania e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O ministro acompanhou o trabalho realizado com alunos da rede pública do Distrito Federal em várias oficinas, como voleibol, tênis, futebol, basquetebol, atletismo, capoeira, ginástica, teatro, dança, artes e navegação à vela. 

    Vélez Rodríguez fez uma avaliação sobre o Profesp. “O Programa Forças no Esporte tem como grande função dar às crianças, no contraturno, a oportunidade da prática esportiva e o desenvolvimento de habilidades. É um projeto de suma importância, pois auxilia, e muito, no processo de ensino e aprendizagem, além de dar um novo horizonte para essa meninada que busca um futuro melhor, investindo no presente” definiu ele. “Sem deixar de lado a inclusão, já que o projeto também está contemplando esportes e atividades para pessoas com deficiência. Esse é um grande passo para criar e permitir cidadania e inclusão com responsabilidade”, destacou o ministro.

    No Distrito Federal, somente o núcleo do Exército recebe cerca de mil crianças de 8 a 11 anos, três vezes por semana, em horários opostos aos das aulas. Destes, 54 são alunos especiais. São estudantes de escolas de ensino integral de diferentes regiões carentes da capital, que se deslocam por meio de transporte escolar até o núcleo esportivo localizado na Associação de Esporte e Lazer de Subtenentes e Sargentos do Exército (ASSEB).

    O coordenador do núcleo, Capitão Jerônimo Barbosa de Souza, afirma que o principal critério para que as escolas participem do projeto é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da localidade onde estão inseridas. “Normalmente as escolas entram com oficio pedindo as atividades, mas temos um critério de procurar saber se as crianças realmente necessitam, se são carentes mesmo. E hoje estamos tentando fazer um trabalho para que as crianças já saiam daqui como ‘menor aprendiz’, para que não descontinuem o contraturno”, explicou.

    Claudia Viana é voluntária de uma escola que fica na cidade do Itapuã, há cerca de 25km do centro de Brasília. Ela acompanha os alunos durante as atividades no núcleo do Profesp do Exército e afirma que a sua maior motivação é ver o entusiasmo das crianças ao participar das atividades. “As crianças aqui são muito carentes e que vivem em situação de risco. E a gente fica muito feliz quando vê a felicidade no rosto delas. É algo que nunca vai apagar da mente delas, nem da minha”, declarou a voluntária.

    A estudante Mayra Kamilly Severino, de 9 anos, conta que fica ansiosa para chegar o dia de participar das oficinas. “Eu gosto de ficar brincando com meus amigos, com as professoras e gosto mais da atividade do barco [navegação à vela]. Eles levam a gente pra treinar no barco na piscina. A gente coloca o colete e o professor fica com a gente no barco.”

    O Profesp atende cerca de 26 mil crianças e jovens de ambos os sexos, em 108 localidades de todos os estados e do Distrito Federal, inclusive no Arquipélago de Fernando de Noronha e em comunidades indígenas no interior da Amazônia. As ações são coordenadas pelo Ministério da Defesa.

    Por meio de organizações militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, são fornecidas instalações e equipamentos esportivos e paradesportivos, infraestrutura e logística.  Os núcleos de atividade esportiva (NAE) do Profesp e os núcleos de atividade paradesportiva (NAP) do Projeto João do Pulo contam também com a parceria da comunidade, da iniciativa privada, de outros segmentos dos poderes público e privado e do sistema esportivo organizado civil e militar.

    O Profesp é destinado ao atendimento de crianças e jovens de ambos os sexos a partir de seis até os 18 anos de idade, em situação de vulnerabilidade social. Já o PJP, extensão do Profesp, é destinado ao atendimento de pessoas com deficiência de ambos os sexos, priorizando crianças e jovens, a partir dos seis anos de idade, também em situação de vulnerabilidade social.

    Assessoria de Comunicação Social


  • José Paulo Santos, conhecido com Mestre Paulão, é professor de educação física há mais de 30 anos. Atuando na rede pública de ensino do Distrito Federal, o educador se orgulha de sua trajetória. Segundo ele, o seu trabalho já ajudou diversas crianças a deixarem as drogas por meio das práticas desportivas. “Trabalhar os lados lúdico e esportivo da criança e fazer com que ela não vá para o lado da criminalidade é como lapidar um diamante. Eu me sinto com o dever cumprido”, comemora.

    Mestre Paulão também se orgulha de ter participado de momentos importantes para a categoria, como de uma das etapas do processo de regulamentação da profissão, em 1998. A partir daí, ficou instituído o Dia do Profissional de Educação Física, comemorado em 1º de setembro. Outra conquista do professor é ser um dos fundadores do Centro de Iniciação Desportiva (CID) da Secretaria de Educação do Distrito Federal, que implementou no Centro Educacional Nº 6 de Taguatinga, região administrativa de Brasília. O local é espaço para aulas de judô, muay thai, capoeira, e para modalidades do atletismo, como vôlei, basquete, handebol e badminton.

    Professor de judô, muay-thai e capoeira, Mestre Paulão afirma que o contato diário com o esporte desperta nos estudantes dedicação e disciplina, aspectos importantes para que eles tenham interesse também pelo ambiente escolar. Segundo ele, alguns desafios vão além da prática esportiva, revelando a realidade dos alunos que frequentam a unidade e que exigem do educador um olhar mais apurado. De acordo com ele, vários alunos presenciam atos de violência dentro de casa. “Muitos deles vêm escorraçados de casa pelos pais. Ou, ainda tem o caso do pai que bate na mãe, a mãe que bate no filho”, lamenta. “O resultado é que essa criança vai para a escola, em muitos casos, revoltada. Cabe a nós, enquanto educadores e profissionais, ajudar, fazer a criança acreditar nela”.

    A educação física também tem destaque na formação dos jovens, ressalta o professor. Ele afirma que, além de proporcionar uma vida saudável por meio do esporte e de ensinar a importância de uma boa alimentação, a disciplina estimula o aluno a ler e pesquisar outras matérias, já que ela também usa conceitos de matemática, física, geografia, química, português, dentre outras. “A educação física interage com outras disciplinas”, ressalta.

    A dedicação ao ofício sempre mobilizou Mestre Paulão. Ele foi um dos profissionais que auxiliou na criação do Conselho Federal da categoria e que esteve presente às discussões em torno da regulamentação da profissão. “Eu me via fazendo faculdade e a nossa profissão sendo abolida. Iam extinguir a educação física, e então nós brigamos, eu fiz parte dessa luta. Começamos a fazer pressão na Câmara dos Deputados e no Senado pelo reconhecimento da nossa profissão”, conta. Hoje, ele diz perceber a valorização da atividade, especialmente entre aqueles que se interessam pela educação física e encontram na área uma motivação para continuar os estudos.

    Com uma rotina muito ativa, Mestre Paulão mostra ainda ter fôlego de atleta e garante que não pretende parar tão cedo. “Não podemos ficar parados no tempo. Apesar de estar perto de aposentar, eu ainda vou escrever um livro, fazer as minhas coisas. Eu não paro de estudar, não pode parar, e é isso que a gente passa para os nossos alunos”.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • “A filosofia do nosso esporte é a formação do caráter”, diz o professor Altemário Ferreira, que criou o projeto Lutamos pela paz na cidade de Muzambinho (Foto: Divulgação)Os cerca de 170 participantes do Lutamos pela paz, iniciativa realizada no município mineiro de Muzambinho, têm agora mais um incentivo para a prática do Karatê-do. É que Altemário Ferreira Barbosa, o professor do projeto viabilizado graças à parceria com o Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSuldeMinas), ganhou duas medalhas no Campeonato Brasileiro de Karatê representando a instituição federal.

    A disputa teve a participação de mais de 900 atletas de todo o Brasil. Altemário, 45 anos, 35 dos quais dedicados à arte marcial, levou duas medalhas entre os concorrentes de 43 a 46 anos até 75 kg. Ouro na categoria kumite, luta de contato, e prata em kata, a chamada luta imaginária, de performance.

    Policial militar e educador físico, Altemário é quarto dan na modalidade e o maior medalhista da região. Mas acumular as vitórias em campeonatos estaduais e nacionais não bastou para ele. Em 2006, resolveu criar o projeto Lutamos pela paz e dar aulas gratuitas a crianças, jovens e adultos de Muzambinho.

    À medida que o interesse da comunidade pelas aulas de karatê foi aumentando, surgiu a parceria com o IFSuldeMinas – Campus Muzambinho, que cede um espaço maior para os treinos, no Centro de Ciências Aplicadas à Educação e Saúde (CeCAES), além dos quimonos. Além dos moradores da cidade, os alunos do instituto também participam do projeto. Segundo ele, há estudantes de educação física, agronomia e informática, por exemplo.

    “A filosofia do nosso esporte é a formação do caráter, é a fidelidade ao verdadeiro caminho da razão, criar o intuito do esforço, respeitar acima de tudo, conter o espírito de agressividade”, explica Altemário, que se dedica voluntariamente ao projeto e se orgulha da relação quase familiar com os praticantes.

    Projeto – Com inscrições sempre abertas, o projeto recebe crianças a partir de 4 anos, mas também jovens, adultos e idosos. Não há limite de idade. Os treinos são realizados às terças e quintas-feiras, das 19h às 20h15, para o público infantil, e das 20h15 às 22h para jovens e adultos. Aos sábados, das 9h às 10h30, a aula abrange todas as faixas etárias. 

    “Quando for menor de 18 anos, os pais receberão a ficha para autorizar seus filhos a praticar o esporte e eles receberão todo o material: quimono, luvas, protetores de boca, material completo. Caso o aluno pare, ele devolve o material para quem está entrando”, explica Altemário. Um dos critérios do projeto é o desempenho na vida estudantil, por isso, a cada semestre, esses alunos têm de apresentar o boletim escolar.

    “Porque é um projeto não só no dojô (espaço dos treinos), a gente quer ver a continuidade na rua, na escola, na família”, diz o professor.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça:

  • A atleta Ana Moser fala sobre a importância do esporte na formação pessoal para alunos de escola paulista.A importância do esporte e a formação do professor na educação serão os temas de destaque do programa Caminhos da Escola, que vai ao ar na TV Escola, nesta quinta-feira, 25, às 22h. A atleta Ana Moser, que ajudou a seleção brasileira de vôlei feminino a conquistar sua primeira medalha olímpica na modalidade em 1996, em Atlanta, nos Estados Unidos, vai conversar com os alunos.

    Ana responderá aos questionamentos dos alunos do colégio Carlos Augusto Queiroz da Rocha, do Jardim Míriam, em São Paulo. Ela fala com eles sobre o esporte no mundo e a importância de levar a educação para além da escola.

    No episódio, serão contadas as histórias de dois professores cariocas, Valdicéia Celeste, de Paracambi, e Flávio, de Magé. Eles relatam suas trajetórias profissionais e o esforço para conquistar a formação adequada. Especialistas abordam a importância que uma formação continuada tem na vida de um docente e falam sobre o Plano Nacional de Formação de Professores, do Ministério da Educação, que dá a esses profissionais a oportunidade de conseguir um diploma sem abandonar a sala de aula.

    O Caminhos da Escola desta quinta-feira também vai mostrar a última etapa do desafio proposto a um grupo de alunos da Escola Municipal Carlos Augusto Queiroz Rocha, de São Paulo. A expectativa é para saber se os estudantes conseguirão criar a campanha de rádio estimulando a doação de sangue. Depois de pesquisar sobre o assunto com especialistas e profissionais da saúde, eles partem para a fase final de criação, com a produção de slogans e textos para a rádio.

    O programa Caminhos da Escola é uma parceria do MEC com a TV Cultura, realizado pela Conspiração Filmes. Por meio de reportagens mostrar a realidade de escolas públicas, além de entrevistas com personalidades e um quadro que desafia os conhecimentos dos alunos das escolas públicas. A cada edição, um tema servirá de reflexão para professores, pais, estudantes e especialistas. O objetivo do programa é mostrar como a educação é capaz de transformar trajetórias individuais e sociais, dentro e fora da escola. O programa será exibido toda quinta, às 22h na TV Escola, com reprises aos sábados, às 17h e segundas, às 22h. A TV Escola pode ser sintonizada via antena parabólica (digital ou analógica) em todo o país e por meio da internet no Portal do MEC. O sinal está disponível também nas televisões por assinatura via Embratel (canal 123), Sky (canal 112) e Telefônica (canal 694).  

    Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação a Distância

  • No sentido de potencializar a formação esportiva e disseminá-la no cotidiano das escolas brasileiras, o Ministério da Educação firmou, na última terça-feira, 11, uma parceria com o Instituto Península, organização sem fins lucrativos que atua nas áreas de educação e esporte. Por meio do acordo, professores da rede pública de educação básica passam a ter acesso aos cursos do Programa Impulsiona, gratuitos, que abrangem as modalidades esportivas do Mais Educação.

    “O Impulsiona chega nas escolas gratuitamente com cursos on-line e oficinas presenciais. Tem conteúdos e metodologias que professores e coordenadores pedagógicos podem aplicar para vários esportes”, explicou a diretora do Instituto Península, Heloísa Morel.

    Os cursos do Programa Impulsiona são abertos a todos os docentes. “Temos conteúdos específicos para professores de educação física, mas estamos promovendo a interdisciplinaridade da competência com outras matérias. Nos esportes coletivos, os alunos aprendem muito sobre resiliência e determinação, algo que um professor de matemática, por exemplo, pode usar para contribuir com a aprendizagem do aluno”, acrescentou Heloísa.

    A meta do programa é alcançar 10 mil escolas até o fim de 2017 e 30 mil até 2020. Este ano, os cursos presenciais serão realizados em São Paulo, onde estão previstas 24 oficinas. Nos demais estados, a formação on-line. Entre as modalidades estão judô, karatê, luta olímpica, taekwondo, capoeira, esgrima, ginástica rítmica, basquete, futebol, handebol, rúgbi, futebol de cinco, atletismo, natação, tiro com arco, golfe e hóquei.

    Instituto – Fundado em 2010, o Instituto Península é uma organização sem fins lucrativos que atua nas áreas de educação e esporte, com vistas à formação integral do indivíduo para uma vida plena e autônoma. O instituto também é parceiro do MEC no Prêmio Professores do Brasil.

    Para participar do Impulsiona, o professor deve se cadastrar na página eletrônica do programa.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • A prática de atividades esportivas, como a capoeira, é uma das opções oferecidas pelo programa Escola Aberta às comunidades nos fins de semana (foto: arquivo Setec)Um público de aproximadamente 400 mil pessoas, formado por crianças, adolescentes, jovens, pais e educadores, frequenta os pátios, as áreas de lazer e as salas de aula de 2.283 escolas públicas nessas férias de verão. Nas escolas de suas comunidades, eles participam de atividades esportivas, culturais e pedagógicas oferecidas pelo programa Escola Aberta aos sábados e domingos.

    Presente em 194 municípios das 27 unidades da Federação, o Escola Aberta é um programa do Ministério da Educação desenvolvido em parceria com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e universidades públicas. De acordo com o coordenador de ações educacionais complementares da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, Leandro Fialho, o programa é um espaço de diálogo da escola com a comunidade.

    As atividades e oficinas dos fins de semana são oferecidas nas áreas de esporte e lazer, formação para o trabalho, cultura e arte e acompanhamento pedagógico (educação complementar). Oficinas sobre padaria, artesanato, cabeleireiro e maquiagem são as que mais interessam aos adultos, segundo Fialho. Os estudantes optam por esportes, lazer, arte e música.

    Hoje, cada escola recebe do MEC entre R$ 18 mil e R$ 25 mil, em cota única, para custear as atividades durante os 12 meses do ano. Os recursos são empregados no pagamento dos monitores, que atendem estudantes e comunidade, e na aquisição de material para as oficinas.

    Em cinco anos, o programa ampliou a abrangência no país. Em 2006, alcançava 89 municípios e 1.312 escolas; hoje, está em 194 cidades e em 2.283 unidades de ensino. Os recursos, repassados pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) diretamente à caixa escolar, também evoluíram no período. Em 2006, foram R$ 23,9 milhões; em 2010, R$ 43,9 milhões.

    Um dos resultados positivos do programa é a redução da violência em comunidades de alto risco social para crianças, adolescentes, jovens e mulheres. “A escola ganha importância porque ela é o único equipamento social de muitas comunidades”, explica Leandro Fialho.

    Os estados que registram maior participação no programa são Pernambuco, com 200 escolas da rede estadual — em Recife, são 112 escolas da rede municipal —, e Rio de Janeiro, com 76 escolas estaduais e 30 vinculadas a municípios. No Rio Grande do Sul e no Pará, as secretariais estaduais de educação inovaram ao ampliar o alcance do programa com a aplicação de recursos próprios.

    Fortalecimento

    Em seminário realizado este mês, em Brasília, com interlocutores estaduais do programa e representantes de universidades públicas, Unesco e MEC, foi apontada uma série de itens capazes favorecer o fortalecimento do programa. Entre eles, a transformação do Escola Aberta em política pública, a qualificação da formação dos monitores, a certificação dos cursos ministrados nas oficinas e a ampliação do número de parceiros.

    Nos moldes de hoje, com recursos repassados pelo MEC, o Escola Aberta é resultado da unificação de dois programas desenvolvidos pela Unesco no início de década, no Brasil — o Escola de Portas Abertas, experiência desenvolvida com escolas da Região Sul, e o Abrindo Espaços, em instituições de ensino do Nordeste.

    Ionice Lorenzoni

  • Período de permanência na Arena da Educação é das 7h às 18h30; além das disciplinas regulares, alunos contam com reforço esportivoEm Cuiabá, um projeto inovador está formando estudantes mato-grossenses com vocação para o esporte. A Escola Estadual Governador José Fragelli, conhecida como Arena da Educação, foi estruturada dentro da Arena Pantanal – estádio construído para sediar os jogos da Copa do Mundo 2014. Há cerca de quatro meses, mais de 300 alunos, com idades entre 12 e 15 anos, estudam em período integral. Além das disciplinas regulares, a escola oferece dez modalidades esportivas no contraturno das aulas.

    A Arena da Educação tem 12 salas de aula, laboratório de informática, ginásios, piscina olímpica e outras estruturas. Entre os esportes oferecidos estão basquete, luta olímpica, natação e vôlei de praia. O estudante é que escolhe o que quer praticar.

    “A ideia surgiu no final de 2016 e escola foi criada agora, em 2017, para atender a 315 crianças”, conta o professor e diretor Marcos Prado. As crianças chegam às 7h e saem às 18h30. As aulas de esporte são oferecidas no período da manhã para as crianças do ensino fundamental e no período da tarde para as do ensino médio.

    A rotina, explica o professor, favorece que os estudantes se dediquem a práticas esportivas com todo suporte técnico e profissional, participando, inclusive, de disputas regionais bem-sucedidas. Na última competição, a escola levou sete troféus. Na luta olímpica, no judô e na natação, os estudantes conseguiram o primeiro lugar.

    O estudante Yago da Silva Conceição, de 13 anos, aprova a ideia. “Desde pequenininho eu já faço esporte. Me sinto bem em estudar em uma escola voltada para o esporte, porque tem vários que eu gosto e consigo me desenvolver muito bem neles”, afirma.

    Para Lucas Schneider, de 14 anos, estudar em uma estrutura de arena esportiva traz motivação extra. No caso dele, isso fez com que despertasse a curiosidade para um esporte que nunca havia praticado: o judô. “Eu me sinto bem à vontade, pois tenho os dois no mesmo local, esporte e estudo. Quando meu pai me levou uma vez para escolher entre natação e judô, eu preferi de primeira o judô e comecei a me interessar cada vez mais e a gostar mais”, ressalta.

    Valores – Na opinião de Marcos Prado, os valores olímpicos refletem na formação integral do jovem estudante, sendo essa uma fórmula positiva para o processo de aprendizagem. “Trabalho há 25 anos na educação. Quando a gente vê uma criança entrar em um estádio desses para estudar, você vê uma outra feição no rosto dessa criança. Esse estádio tem o poder de transformar a criança, aumentar a autoestima num piscar de olhos”, diz.

    De acordo com o diretor, há planos de expansão da escola, que deve receber mais alunos a partir de 2018. Ele acredita que esse modelo de ensino trará resultados inovadores a longo prazo. “É algo que a gente não vai ver agora. O resultado é lá na frente, daqui a sete, oito, nove, dez anos. Você vai ver um outro tipo de cidadão sendo formado”, completa.

    Mesmo abrigando o projeto da Arena da Educação, o estádio segue apto a receber partidas de futebol.

    Assessoria de Comunicação Social

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