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  • A educação brasileira é cercada por desafios que não se restringem à escola, mas a toda a sociedade. O Dia Nacional dos Profissionais da Educação, comemorado neste domingo, 6, é uma forma de reconhecimento a professores, coordenadores pedagógicos, orientadores, supervisores e dirigentes regionais, entre outros que se dedicam à formação de crianças, adolescentes, jovens e adultos em todo o país.   

    Para a diretora de formação e desenvolvimento de profissionais da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, Carmen Neves, comemorar essa data é importante. Ela afirma que, quando se faz uma avaliação das escolas de excelência, percebe-se que elas atuam em parceria com todas as áreas para fazer um trabalho socialmente importante na área da educação. 

    “Todas as evidências nacionais e internacionais mostram que, numa escola em que diretores, coordenadores, professores e todos os outros agentes trabalham em conjunto, temos os melhores resultados de aprendizagem”, destaca a diretora. “Nessas escolas, temos não só os professores comprometidos com a aprendizagem dos alunos, mas todo o conjunto envolvido com os resultados e a formação integral da criança.”

    Engajamento – Edite Scheffler Santana, diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Istela Modenesi, na Serra (ES), é um exemplo de quem se compromete com a formação integral no ofício de educar. “Eu sempre trabalhei como professora de primário”, conta. “Para mantermos a harmonia de uma sala de aula ou de uma escola, temos que fazer de tudo, ser professores, médicos, psicólogos...”

    Com base em sua experiência de 23 anos de magistério, Edite sabe que o trabalho do educador não se faz sozinho. Requer, do gestor educacional, a habilidade de aproximar a escola da realidade do aluno, principalmente quando a instituição tem mais de mil alunos e grande parte desse público se encontra em vulnerabilidade social – caso da escola que ela dirige.  “Precisamos da comunidade presente”, avalia Edite. “Eu tenho um relacionamento próximo com as famílias e com os meninos. A paciência para entender a situação de risco que eles vivem é muito importante. ” 

    Trabalhos como o desenvolvido por Edite Santana são incentivados pela política do MEC para a formação de profissionais, conforme destaca Carmem Neves. “Temos vários cursos voltados para a área de gestão e estamos revendo os nossos programas”, informa. “A intenção é ampliá-los para oferecer, a esse grupo de profissionais, um ambiente de formação on-line, moderno, e que eles possam ter cursos de forma autônoma e contemporânea.” 

    Assessoria de Comunicação Social

  • O ministro da educação, Fernando Haddad, apontou a integração como mecanismo para melhorar a educação na América Latina. Haddad participou, na manhã desta sexta-feira, 16, da abertura do Encontro Latino-Americano de Organizações da Sociedade Civil pela Educação, no Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília.

    O ministro falou da importância da educação como assunto de interesse de todos os países latino-americanos. “Temos a convicção de que o intercâmbio das nossas experiências vai nos fazer bem. A América Latina tem uma dívida histórica com a educação, que é um desafio para todos os nossos países”, disse. “Podemos sair todos juntos de uma situação de inércia que marcou todo o século 20, sobretudo no que diz respeito à qualidade, e avançarmos juntos em proveito de um continente que dá atenção ao conhecimento.”

    O encontro faz parte do congresso internacional Educação – uma Agenda Urgente e tem como objetivo a criação de uma rede de organizações da sociedade civil voltadas para o tema. Entre as propostas da rede estão as de promover a educação inclusiva e de qualidade, estabelecer metas de colaboração de longo prazo e promover o intercâmbio e a disseminação de experiências em educação. O congresso será encerrado às 18h.

    Diego Rocha


  • A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), com sede em Foz do Iguaçu (PR), oferece 850 vagas de ingresso em 16 cursos de graduação no primeiro semestre de 2012. As inscrições devem ser feitas no período de 21 de novembro a 16 de dezembro de 2011, pela internet.

    Metade das vagas se destina a estudantes brasileiros e as outras 50% para candidatos dos nove países sul-americanos, de três países do Caribe e de três da América Central. De acordo com o reitor da Unila, Hélgio Trindade, com o ingresso, nesta seleção, de estudantes da Colômbia, Equador e Venezuela, a universidade vai incorporar alunos de todos os países da América do Sul de língua espanhola. Cada país terá entre 45 e 50 vagas distribuídas entre os 16 cursos.

    A outra novidade é o ingresso de alunos de três nações do Caribe – Cuba, Santo Domingo e Haiti – e de três países da América Central – El Salvador, Nicarágua e mais um, que deverá ser Guatemala ou Costa Rica. Para esses seis países, a Unila vai reservar 30 vagas, sendo cinco para cada um. A definição dos cursos será por edital.

    Seleção– A seleção dos estudantes brasileiros será feita pelas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011. Os alunos que fizeram o ensino médio em escola pública terão uma pontuação denominada fator escola pública, valor que será definido no edital de inscrição a ser publicado pela universidade.

    O reitor Hélgio Trindade informa que a Unila fará seleção com as notas do Enem, mas com edital próprio, o que significa que a instituição não estará no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação. O pré-calendário da Unila prevê o resultado da seleção para a segunda quinzena de janeiro de 2012, a primeira chamada em 20 de janeiro e o início das aulas, 27 de fevereiro.

    Cursos– Quatro novos cursos entram nessa seleção: cinema e audiovisual, música, saúde coletiva e arquitetura e urbanismo. Esses cursos se somam aos 12 existentes: antropologia – diversidade cultural latino-americana; ciências biológicas – ecologia e biodiversidade; ciências econômicas – economia, integração e desenvolvimento; ciências da natureza – biologia, física e química (licenciatura); ciência política e sociologia – sociedade, estado e política na América Latina; desenvolvimento agrário e segurança alimentar; engenharia de energias renováveis; engenharia civil e infraestrutura; geografia – território e sociedade na América Latina; história – direitos humanos na América Latina; letras – expressões literárias linguísticas; relações internacionais e integração.

    Trajetória– Criada por lei em 12 de janeiro de 2010, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana faz parte de um conjunto de universidades federais criadas para promover a integração regional e internacional. Instituição de caráter multicultural e multidisciplinar, a Unila abriu os seis primeiros cursos de graduação em agosto de 2010, com 200 vagas que foram preenchidas por brasileiros (50% do total) e por argentinos, uruguaios e paraguaios.

    No primeiro semestre de 2011, o número de cursos subiu para 12 e as vagas para 650. Além de alunos dos países do Mercosul, ingressaram bolivianos, chilenos e peruanos. Em 2012, o quadro da representação sul-americana se completa com a entrada de colombianos, equatorianos e venezuelanos.

    O edital da próxima seleção será divulgado no Portal da Unila.

    Ionice Lorenzoni
  • O idioma guarani será disciplina obrigatória no curso de letras, artes e mediação cultural da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Terá dois anos de duração e começa a ser oferecido neste ano para todas as turmas.

    De acordo com a coordenadora da implantação da disciplina, Alai Diniz, diversos fatores motivaram a Unila a desenvolver o projeto. Primeiro, porque o idioma guarani é falado em quatro países da América do Sul – Paraguai, Bolívia, Argentina e Brasil – que estão entre as nações de atuação da universidade, além de ser língua oficial do Paraguai desde 1992, junto com o espanhol, e língua oficial do Mercosul, desde 2007.

    No Brasil, explica, o idioma é falado em municípios dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Paraná e São Paulo. Outra razão citada pela coordenadora é o caráter versátil e integrador da universidade.

    O estudo do guarani, segundo Alai, começa como disciplina curricular obrigatória no curso de letras, artes e mediação cultural, mas dentro de uma década deve abrir um campo de pesquisas que vai interessar a estudantes e profissionais da América do Sul. A nova disciplina será ensinada pelo professor Mário Ramão Villalva Filho, mestre em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo (USP), e graduado em língua guarani, no Paraguai, pelo Ateneo de Lengua y Cultura Guaraní. Villalva foi aprovado em concurso público da Unila e começa trabalhar neste semestre.

    Barreiras– Mas até tornar obrigatório o estudo do guarani no curso de letras da Unila, Alai Diniz diz que foi preciso vencer algumas barreiras entre professores e estudantes da instituição, debate que durou cerca de dois meses. Entre os alunos, a principal pergunta era por que aprender guarani, língua que eles consideravam sem interesse profissional e de abrangência reduzida.

    Um dos instrumentos usados para esclarecer dúvidas e mostrar a importância da língua na história da maior parte do continente sul-americano foi a abertura de um curso de extensão ministrado em 2011. O curso foi coordenado por um estudante da Unila, com graduação em guarani.

    Segundo Alai, que também fez a extensão universitária, ao final da formação os estudantes mudaram a concepção que tinham da língua. Para encerrar o curso, a turma encenou uma peça de teatro no idioma guarani que foi apresentada a estudantes e professores na universidade.

    Integração– Elemento de integração social e de defesa, o guarani foi fundamental na resistência dos combatentes durante a Guerra do Paraguai (de 1864 a 1870), enfrentamento que envolveu o país e a Tríplice Aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai. Neste episódio, explica Alai, os paraguaios se valeram da língua materna, então desconhecida pela maioria dos opositores, para construir estratégias e enfrentar o exército. Na Guerra do Chaco (1932-1935), conflito armado que envolveu o Paraguai e a Bolívia, o guarani também foi fundamental.

    O quéchua, idioma falado por grupos étnicos em diversos países na região dos Andes, e o aimará, que predomina no Peru, Bolívia, Chile e Argentina, são os próximos idiomas a serem oferecidos aos estudantes da Unila.

    A professora Alai é doutora em letras (língua espanhola e literatura espanhola e hispano-americana) pela Universidade de São Paulo (USP),  pós-doutora pela Universidade de Granada, na Espanha, e professora visitante sênior na Unila.

    Unila– Instituição de ensino superior criada por lei em janeiro de 2010, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana tem sede em Foz do Iguaçu (PR). Além de estudantes brasileiros, a instituição recebeu até 2011 alunos vindos da Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Bolívia e Peru. No processo seletivo de 2012, também ingressam em cursos superiores estudantes da Colômbia, Venezuela, El Salvador, Nicarágua e Haiti. As matrículas do primeiro semestre devem ser feitas até esta sexta-feira, 2, e as aulas começam no dia 12 deste mês.

    Ionice Lorenzoni

    Conheça o portal da Unila.
  • Estudantes de vários países da América Latina se encontram na Unila. Foto: Site UnilaFalantes de cinco idiomas oficiais – português, espanhol, guarani, quíchua e aimará –, estudantes de sete países sul-americanos se conhecem e trocam experiências e conhecimentos na novíssima Universidade da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, no Paraná.

    Ali, na tríplice fronteira Brasil-Argentina-Paraguai, fazem cursos de graduação 678 jovens de nacionalidade brasileira, peruana, argentina, uruguaia, chilena, boliviana e paraguaia, selecionados em 2010 e 2011. Além dos que estudam, trabalham no espaço da Unila professores brasileiros e de diversos países. “É a integração real escrita no nome oficial da universidade”, explica o reitor da instituição, Hélgio Trindade.

    O objetivo da Unila é ampliar essa integração. O ingresso da primeira turma, em 2010, contemplou jovens de países do bloco formador do Mercosul – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Foram abertas 200 vagas distribuídas em seis cursos, metade ocupada por brasileiros e 50% entre os três países.

    Na seleção de 2011 dobraram os cursos, as vagas e a representação internacional e nacional. Ingressaram 478 alunos, sendo 179 vindos da Argentina, Bolívia, Paraguai, Chile, Peru e Paraguai e 299 brasileiros. Em 2012, o reitor quer que a Unila tenha em seus cursos jovens de toda a América do Sul, ampliando ainda mais a integração.

    Entre os estudantes do Brasil, a Unila reúne falantes da mesma língua, mas com diversidade de sotaques, culturas, costumes. São do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, do Amazonas a Minas Gerais.

    No conjunto, as cinco regiões e 21 estados têm representação na instituição. Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte representam a região Nordeste; Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins, o Norte; Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o Centro-Oeste; Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, o Sudeste; Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o Sul.

    Como a universidade ainda não tem sede própria com infraestrutura como biblioteca, laboratórios de informática e salas de estudo, os alunos da primeira turma, que ingressaram em 2010, receberam computadores portáteis para as atividades escolares. “Em nosso campus”, diz Hélgio Trindade, “os universitários pesquisam e escrevem usando seus laptops em espaços diversos como a sala de aula, a casa do estudante ou em bancos nas áreas de recreação.”

    De acordo com o reitor, uma nova licitação será realizada este ano para aquisição de computadores individuais para os 478 estudantes que começaram as aulas em março e abril de 2011.

    Construção– Desde janeiro de 2010, quando foi criada pela Lei nº 12.189, a Unila desenvolve suas atividades em espaços cedidos pela Itaipu Binacional. A construção do campus começa este ano em um terreno de 45,7 hectares, doado pela hidrelétrica. O projeto arquitetônico é do arquiteto Oscar Niemeyer. Das 12 empresas que apresentaram propostas ao edital da licitação, em dezembro de 2010, oito foram habilitadas para a concorrência e a que registrou preço mais baixo fará as obras.

    A primeira etapa de construção do campus compreende 78,9 mil metros quadrados onde estarão o prédio das salas de aula e laboratórios, sala de professores, setor administrativo, restaurante universitário e uma unidade subterrânea que vai interligar todas as edificações. O edital fixou recursos de R$ 284,8 milhões para essas obras. A biblioteca será construída com recursos do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem).

    Ionice Lorenzoni

    Conheça a estrutura, os cursos, a proposta político-pedagógico no portal da Unila.
  • Ao lado do ministro da Cultura, Juca Ferreira, Mercadante destacou a importância da cooperação: “Nossas iniciativas fizeram a produção cultural local dialogar com o projeto pedagógico das escolas” (foto: Isabelle Araújo/MEC)Um acordo de cooperação técnica entre os ministérios da Educação e da Cultura foi assinado nesta quarta-feira, 11, pelos ministros Aloizio Mercadante e Juca Ferreira. A iniciativa cria o Programa de Integração Cultura, Educação e Cidadania, alinhado às metas dos planos nacionais das duas áreas.

    O documento busca ainda dar continuidade a programas interministeriais existentes desde 2013. Nesse período, cerca de 5 mil escolas de educação básica ampliaram a formação cultural ao alinhar seus projetos pedagógicos ao programa Mais Cultura nas Escolas. Na educação superior, 101 universidades e institutos federais participaram do programa Mais Cultura nas Universidades.

    Para Mercadante, a adesão das instituições reafirma que os campi universitários são produtores de cultura, além de conhecimento, pesquisa e inovação. “Nossas iniciativas fizeram a produção cultural local dialogar com o projeto pedagógico das escolas”, disse. “Valorizamos os artistas, os talentos culturais e o prazer por todas as expressões culturais.”

    De acordo com Mercadante, a cultura brasileira tem um potencial natural extraordinário, que deveria ser mais valorizado.
    Outro destaque do evento foi a continuidade do programa Pronatec Cultura, voltado para a formação técnica e profissionalizante de produtores culturais e de pessoas que já atuam na área sem certificação. Nos últimos três anos, mais de 9 milhões de matrículas foram oferecidas.

    “Cabe ao estado democrático garantir que todos tenham o acesso pleno a cultura e educação”, destacou o ministro Juca Ferreira. “Estamos construindo políticas públicas de democratização e de apoio ao desenvolvimento das artes e manifestações culturais com o apoio da educação.”

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Redenção (CE)— Soraia, Nelson e Lidiana, estudantes de Cabo Verde, país insular do oeste da África, integram o primeiro grupo de africanos a ingressar na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), que tem sede em Redenção, Ceará. Buscar conhecimentos para ajudar a desenvolver Cabo Verde é a missão comum desses universitários.

    Os alunos da Unilab participaram, na manhã desta quarta-feira, 25, da aula inaugural proferida pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em prédio cedido pela prefeitura de Redenção. As instalações servirão como espaço inicial da nova instituição de ensino.

    De acordo com Haddad, o projeto político-pedagógico da universidade tem na base a formação de jovens que, após formados, trabalharão no desenvolvimento de suas nações. É também papel da Unilab promover o intercâmbio educacional do Brasil com países da África e, especialmente, entre instituições de educação superior. Segundo ministro, está em estudo a possibilidade de universitários brasileiros e africanos cumprirem parte da graduação no Brasil e parte na África.

    A concretização da Unilab, com o início das atividades acadêmicas, foi avaliada pelo ministro do ensino superior, ciência e inovação de Cabo Verde, Antonio Correa e Silva, como símbolo da parceria entre o Brasil e nações africanas e do aprofundamento da integração acadêmica e cultural.

    Expectativas— Soraia Figueiredo, 21 anos, cursa administração pública; Nelson Coutinho, 21, e Lidiana Sabino, 19, engenharia de energias. Aproveitar o sol e os ventos de Cabo Verde para diversificar as fontes de energia é a expectativa dos futuros engenheiros Nelson e Lidiana.

    Os africanos que compõem a primeira turma da Unilab vêm da Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Angola, Timor Leste e Cabo Verde. São 43 jovens, selecionados pelas embaixadas do Brasil em cada país. A seleção dos estudantes brasileiros teve como base o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010, combinado com um bônus para estudantes de escolas públicas.

    As aulas na Unilab começaram no início deste mês, com cerca de 300 alunos matriculados nos cursos de agronomia, enfermagem, licenciatura em ciências da natureza, matemática, administração pública e engenharia de energias. O objetivo da universidade é ter na graduação 50% das vagas ocupadas por africanos e 50% por brasileiros.

    Rodrigo Dindo

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    Haddad inaugura no Ceará universidade e escola de educação profissional

  • Os ministros da Educação dos países do Mercosul estarão reunidos nesta sexta-feira, 10, em Assunção, para debater o plano de ação do setor educacional do tratado que envolve Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile, Colômbia, Venezuela, Peru e Equador. As metas estabelecidas deverão ser cumpridas a partir deste ano até 2015. Um dos principais objetivos é a criação de uma política conjunta para a formação docente.

    O ministro Fernando Haddad viajou nesta quinta-feira, 9, para participar de uma jantar de recepção às autoridades, que contará com a presença do presidente do Paraguai, Fernando Lugo. Na sexta, os trabalhos iniciam às 9h. Da pauta constam ainda temas como intercâmbio de professores entre países do Mercosul para o ensino de espanhol e português, e validação de diplomas universitários.

    Os ministérios da educação do Paraguai e da Argentina deverão apresentar ao Brasil uma proposta de criação de escola de gestão educacional, com sede em Assunção, para difundir para todo o continente a tecnologia de avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para educação básica.

    Assessoria de Comunicação Social


  • O educador Paulo Freire é tema de uma cátedra organizada pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu (PR), que será realizada em parceria com o Ministério da Educação e com a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI). Em 2011 e 2012, o tema é a educação de jovens e adultos (EJA) pensada por Paulo Freire.

    De caráter permanente, a cátedra Paulo Freire oferece 120 vagas e recebe inscrições até dia 30 deste mês. Podem se inscrever professores que trabalham com educação de jovens e adultos, estudantes de pedagogia e pesquisadores de EJA brasileiros e dos países integrantes da OEI.  

    A primeira etapa da cátedra será realizada nos dias 7 e 8 de novembro, na sede da Unila. Serão três sessões de palestras e diálogos orientados pelos pensadores Luís Eduardo Maldonado Espitia, da Colômbia, José Ribeiro, do Peru, e pelos brasileiros Sérgio Haddad e Luiz Caldas Pereira.

    Ainda com o tema da educação de jovens e adultos, a Unila vai abrir, no segundo semestre de 2012, um curso de pós-graduação, em nível de especialização (mínimo de 360 horas) para professores. Nesse curso, 50% das vagas serão para brasileiros e 50% para candidatos dos países-membros da OEI. Também em 2012 estão previstas atividades como seminários e discussões sobre temas da educação na América Latina, focando o pensamento de Paulo Freire.

    Cátedras – Antes de completar três anos de atividade, a Universidade da Integração Latino-Americana já realizou, com o apoio financeiro do MEC, 15 cátedras abordando temas como ciência e tecnologia, educação superior, desenvolvimento rural, neurociência e inclusão social, literatura latino-americana, desigualdade e pobreza. Entre os patronos das cátedras estão o cientista social e pesquisador brasileiro Octávio Ianni (1926-2004); o ensaísta, filósofo e político chileno, Francisco Bilbao (1823-1865); e o escritor, ensaísta e romancista paraguaio Augusto Roa Bastos (1917-2005).

    Cátedra (cadeira) é uma instância acadêmica destinada a fomentar o debate em torno da figura de alguém que se destacou em algum campo do conhecimento e que merece não apenas ser lembrado, como também atualizado.

    Ionice Lorenzoni, com informações da Unila

    Confira o programa da cátedra Paulo Freire para os dias 7 e 8 de novembro e preencha a ficha de inscrição.






  • Timorenses que estudarão na Unilab farão um curso intensivo de língua portuguesa (Foto: Arquivo Unilab)  A partir desta sexta-feira, 23, a cidade de Redenção, no Ceará, será o município brasileiro com maior concentração de cidadãos do Timor Leste, país de língua portuguesa do sudeste asiático. É que nessa data chegam 69 jovens timorenses selecionados para estudar na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Até então, residiam no Brasil apenas 40 timorenses.

    Com idade entre 20 e 22 anos, os alunos que chegam ao Brasil já cursaram um semestre letivo na Universidade Nacional do Timor Leste (Untl). Na Unilab, 30 deles farão o curso de licenciatura em ciências e matemática, dez vão para a engenharia de energias, dez para agronomia, dez para administração pública e nove para enfermagem.

    Com a vinda desse grupo de universitários, a Unilab terá em seus cursos, neste trimestre, 105 estrangeiros. Além dos timorenses, estudam na instituição cidadãos de cinco países africanos de língua portuguesa – Angola, Cabo Verde, Guiné-bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe.

    De acordo com a pro-reitora de graduação da Unilab, Jaqueline Cunha da Serra Freire, nos últimos três meses, os timorenses participaram de um curso intensivo de língua portuguesa, promovido pela embaixada do Brasil naquele país e patrocinado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores. O objetivo do curso foi fortalecer o conhecimento do português.

    O Timor-Leste tem duas línguas oficiais, o português e o tétum. Colonizado por Portugal, o país viveu entre 1975 e 1999 sob o domínio da Indonésia, que proibiu o uso do português e impôs a sua língua, falada pela maior parte da população. Apenas uma pequena parcela, entre 10% e 20%, fala português. Após a independência, em maio de 2002, o Brasil assinou dois acordos com o país, de cooperação educacional e cooperação técnica. Um dos objetivos é retomar a língua portuguesa.

    Missão– Para o reitor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Paulo Speller, a ampliação do número de estrangeiros significa que a missão legal e institucional da Unilab está sendo cumprida. Segundo o reitor, a relação de vagas ocupadas por brasileiros ainda é muito superior à de estrangeiros, mas esses números devem se equilibrar em pouco tempo. Pela lei que criou a Unilab, 50% das vagas se destinam a brasileiros e 50% a estudantes de países africanos e asiáticos de língua portuguesa. A nação que mais procura vagas na instituição é a Guiné-Bissau. Na seleção realizada para ingresso em março deste ano, o país teve 240 inscritos.

    Na avaliação de Speller, apesar de decorridos apenas 20 meses desde a criação da universidade, ela deu passos importantes no período. Um avanço foi a ampliação do número de cursos na seleção de 2012, de cinco para sete, com a criação de uma licenciatura em letras e um bacharelado interdisciplinar em ciências humanas. O próximo salto será o aumento do número de ingressantes. Hoje, a Unilab tem 350 universitários, mas deve chegar ao final do ano com cerca de 1 mil, segundo o reitor.

    Integração– Diferente da maioria das universidades públicas brasileiras, a Unilab trabalha com calendário de quatro trimestres, sendo que os meses de dezembro, janeiro e fevereiro são dedicados aos campos das artes, da cultura, ao estudo de línguas, e de disciplinas optativas. O trimestre cultural atende também o objetivo de ampliar as possibilidades de integração entre universitários e professores e, destes, com a cidade.

    As atividades são abertas a estudantes, à comunidade e a alunos de outras instituições de ensino superior. Todos os conteúdos são ministrados por professores convidados e visitantes. Nesse período também é possível ao estudante da Unilab refazer alguma disciplina que não tenha obtido nota suficiente no trimestre anterior.

    Histórico– Com sede em Redenção, cidade distante 63 quilômetros de Fortaleza, a Unilab foi criada pela Lei nº 12.289, de 20 de julho de 2010, e a primeira turma ingressou na graduação em maio de 2011. A missão da universidade é promover a integração do Brasil com os países de língua portuguesa pela via da educação.

    Ionice Lorenzoni

    Conheça a Unilab

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