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  • Professor de língua inglesa na rede pública de educação básica de Juazeiro, Bahia, selecionado pelo Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa nos Estados Unidos (PDPI), Hélio Lima Filho tem expectativas de aprendizado e uma missão: aprender lá e, na volta, dar treinamento aos colegas. Com Hélio, embarcam para universidades norte-americanas 525 professores de língua inglesa selecionados pelo PDPI.

     

    Intensivo, com duração de seis semanas, o curso abrange atividades acadêmicas e culturais. A formação nos Estados Unidos começa em 13 de janeiro próximo e se estenderá até 21 de fevereiro.

     

    Professor do Centro Educacional Luís Eduardo Magalhães, Hélio leciona a turmas do sexto e do nono anos do ensino fundamental. No conjunto, são 400 estudantes. Embora as turmas sejam grandes, de 40 a 45 alunos, Hélio conta com a paixão de todos pela língua inglesa. Ele trabalha com filmes, música e dança para motivar o aprendizado. O professor explica que não decide sozinho a dinâmica das aulas. Geralmente, pergunta aos alunos o que pretendem. Com base nas respostas, sai o planejamento. “Converso com os estudantes, e as aulas não ficam monótonas”, garante.

     

    Sobre o curso nos Estados Unidos, Hélio diz que é grande a ansiedade pelo dia do embarque. No curso, ele pretende conhecer novas metodologias de ensino e linguística, produzir vídeos e entrevistas, tirar fotos e trazer de lá tudo o que possa melhorar a forma de ensinar inglês e incentivar os estudantes.

     

    O professor também já começou a elaborar projeto — um dos itens obrigatórios do curso — a ser apresentado no retorno ao Brasil. Para concluir o trabalho, ele espera trocar experiências com colegas de curso nos EUA. Hélio tem licenciatura em letras (inglês e português) e experiência de 13 anos na área. Na escola atual, são nove anos.


    Vivência — Em Venâncio Aires, Rio Grande do Sul, a professora Letícia Pacheco prepara-se para viajar aos Estados Unidos pela segunda vez. Em 2006, ela tentou fazer intercâmbio no estado de Nevada. Não deu certo, mas aproveitou a oportunidade para aprimorar a conversação — trabalhou em um restaurante e como babá durante quatro meses.

     

    Professora de inglês há oito anos, parte deles no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFSul), Letícia volta aos EUA, agora, pelo PDPI. Este será um momento de grande aprendizagem, de intercâmbio cultural, de conhecimento da língua, que terá reflexos na prática na sala de aula. “No Brasil, ainda não temos a cultura da segunda língua”, destaca. “O professor precisa da vivência para passar aos estudantes o respeito a outras culturas.”

     

    Licenciada em letras (português e inglês) e literatura, com mestrado em leitura e cognição, Letícia tem cerca de 400 alunos nas aulas de inglês. Ela leciona a turmas de cursos técnicos integrados e subsequentes.


    Comunicação — O aprendizado de novas técnicas de ensino e de outras metodologias motiva José Petrucio Cavalcante com a proximidade do intercâmbio. Professor de jovens de 15 a 17 anos do ensino médio da Escola Estadual Dr. Alexandre Vaz Tavares, em Macapá, José Petrucio observa que os estudantes, em grande parte, têm interesse na língua inglesa pelo uso das tecnologias da informação. “Ligados na internet, nos games, facebook e twitter, eles querem conhecer a língua para ampliar a comunicação”, explica.

     

    Com a experiência que vai obter no curso, o professor pretende tornar mais prazeroso o ensino de inglês para os 400 alunos, além de desenvolver projeto cultural na escola. José Petrucio é licenciado em letras (inglês) pela Universidade Federal do Amapá e leciona a disciplina há 13 anos.


    Pronúncia — Em Franca, São Paulo, o professor Danilo de Matos Lopes salienta que desenvolver a conversação é um dos pontos de maior interesse do curso. “Calibrar a pronúncia” é uma meta. Para ele, a convivência intensiva com pessoas que têm o inglês como língua materna qualifica o aprendizado, e isso nenhum curso pode oferecer no Brasil.

     

    O professor também espera conhecer novas metodologias de ensino e verificar como elas são aplicadas nas escolas norte-americanas. Ele entende que esse conhecimento será útil no ensino da língua aos 300 estudantes da Escola Estadual Nenê Lourenço. Danilo tem licenciatura em inglês e português e atua no magistério há cinco anos.


    Curso — A capacitação pelo PDPI compreende o desenvolvimento de metodologias, curso dirigido a professores com conhecimentos avançados na língua inglesa e curso de aprimoramento em inglês nos níveis intermediários I e II, para educadores que precisam melhorar habilidades específicas na língua.

     

    PDPI, programa do governo federal sob a responsabilidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), atende objetivos como o de valorizar os profissionais das redes públicas de educação básica e de fortalecer o domínio das habilidades linguísticas — compreender, falar, ler e escrever em inglês.

     

    Pelo calendário das atividades do PDPI, de 6 a 10 de janeiro próximo, os professores participarão da orientação da pré-partida e receberão o visto de entrada nos Estados Unidos. De 9 a 12 de janeiro, estarão no período de embarque. De 13 de janeiro a 21 de fevereiro, participarão do desenvolvimento das atividades nas universidades. De 21 a 23 de fevereiro, retornarão ao Brasil.

     

    Para a viagem, o professor terá custeados itens como passagens aéreas para deslocamentos dentro do Brasil e do Brasil aos Estados Unidos, ida e volta; seguro-saúde; alojamento no câmpus da universidade de destino; alimentação; taxas escolares; material didático e ajuda de custo no valor de US$ 500.


    Ionice Lorenzoni

  • Dayane Martins completou 18 anos durante sua viagem aos Estados Unidos, em janeiro. Foi a primeira vez que viajou de avião. Mas, para além dessa experiência, agora ela acredita que pode fazer o que quiser: ganhar o mundo ou mudar a realidade ao seu redor. A estudante, moradora de São Sebastião, cidade do Distrito Federal, está entre os 50 selecionados para participar do intercâmbio promovido pelo programa Jovens Embaixadores, da Embaixada dos Estados Unidos, no ano passado. As inscrições para a próxima edição já estão abertas e seguem até 9 de agosto, pela internet. Mais de 500 estudantes brasileiros já participaram.

    Mais do que o passeio, Dayane diz que a viagem foi uma experiência única. Ela aprendeu muito sobre os Estados Unidos, sobre o Brasil e o mundo. “Foi um momento em que eu pude aumentar ainda mais a minha visão de mundo. Eu consegui aprender muito. Esse programa é incrível”, conta. Voltou da viagem com a mala cheia de planos: tentar carreira diplomática ou trabalhar como facilitadora para que outros jovens possam acessar programas como o Jovem Embaixador e tenham a chance de viver as experiências proporcionadas pelo intercâmbio.

    Ela e os colegas viram neve em Lake Tahoe, na Califórnia, no dia do seu aniversário, em 18 de janeiro. “Foi um presente!”, lembra. De lá, o grupo seguiu por diversas cidades, conheceu lugares famosos, como a ponte Golden Gate, e depois se dividiu – foram para cinco cidades diferentes. O objetivo é que os jovens façam uma imersão na cultura local, interajam com estudantes norte-americanos da mesma idade e estudem.

     A jovem concluiu o ensino médio no final do ano passado, agora trabalha em uma loja e acabou de prestar vestibular para a Universidade de Brasília (UnB). Faz ainda um curso de francês e continua com o trabalho voluntário realizado no grupo Movimento Cultural Super Nova, de São Sebastião, que realiza mensalmente o Domingo no Parque.  O evento incentiva a produção artística local e promove apresentações culturais das mais diversas áreas para os moradores da cidade.

    Programa – De acordo com a Embaixada dos Estados Unidos, o objetivo do Jovens Embaixadores é promover o desenvolvimento pessoal e acadêmico para alunos do ensino médio da rede pública que se destacam em suas comunidades – por sua excelência acadêmica, perfil de liderança, atividades de voluntariado e com fluência em língua inglesa.

    Para participar, o estudante deve ter nacionalidade brasileira; ter entre 15 e 18 anos em 9 de janeiro de 2018;  pouca ou nenhuma experiência anterior no exterior (caso o candidato já tenha participado de outro intercâmbio, este não pode ter excedido 20 dias); jamais ter viajado para os Estados Unidos; ter boa fluência oral e escrita em inglês; ser aluno do ensino médio na rede pública; pertencer à camada socioeconômica menos favorecida; ter excelente desempenho escolar; ter perfil de liderança e iniciativa; ser comunicativo; possuir boa relação em casa, na escola e na comunidade; estar atualmente engajado em atividades de responsabilidade social ou voluntariado, além de comprovar já ter realizado ao menos 12 meses – contínuos ou não – de voluntariado.

    Inscrições – Para concorrer a uma das vagas, o candidato deve preencher um pré-cadastro e, se aprovado, preencher o formulário de inscrição e incluir os documentos que comprovem as informações prestadas sobre os requisitos. O programa conta, na implementação do processo seletivo, com a parceria das secretarias de educação de todos os estados brasileiros e da rede composta por 35 centros binacionais Brasil-Estados Unidos espalhados pelo país.

     O programa consiste em um intercâmbio de três semanas nos EUA. Podem participar estudantes da rede pública entre 15 e 18 anos, que são exemplos de liderança e voluntariado em suas comunidades e que tenham conhecimento da língua inglesa (arte: ACS/MEC)

    Toda a documentação é enviada para as instituições parceiras, que vão analisar se o candidato passará para a etapa seguinte, que consiste em exames orais e escritos. Se aprovado nesta etapa, será feita uma visita à residência do estudante, seguida de uma competição entre todos os finalistas para definir quem serão os 50 escolhidos. Cartas de recomendação da escola e do trabalho voluntário ajudam bastante na escolha dos jovens.

    O Jovens Embaixadores é realizado em todos os países da América e também promove o intercâmbio inverso para que jovens dos Estados Unidos possam ter a experiência de representar os Estados Unidos em vários países da América Latina, incluindo o Brasil.  Em maio, um grupo de nove jovens embaixadores norte-americanos estiveram em Brasília, Belém e Recife.

    Acesse a página do programa Jovens Embaixadores     

    Assessoria de Comunicação Social

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia do Ministério da Educação, divulga nesta quarta-feira, 7, o resultado final do Programa Capes/JSPS. A iniciativa, fruto de acordo de cooperação entre a Capes e a Sociedade Japonesa de Promoção da Ciência (JSPS), selecionou dois projetos conjuntos de pesquisa, com vistas ao intercâmbio científico entre instituições de ensino superior do Brasil e do Japão para formação de recursos humanos de alto nível nos dois países.

    O edital nº 22/2017 selecionou o projeto Creating the international joint research basis for the identification of molecular targets for the development of a new tick control method, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) com a Hokkaido University, na área de medicina veterinária. Também foi escolhido um projeto da Universidade de São Paulo (USP) com a University of Tokyo, na área de engenharias, com o título Development of a new solution of floating offshore wind turbine for Brazilian waters - Jappaku FOWT.

    Cada projeto terá um custo máximo de R$ 355.718,00 (durante sua vigência máxima de até 2 anos, considerando tanto os recursos pagos ao coordenador (recursos de manutenção do projeto e missões de trabalho) quanto os pagos diretamente aos bolsistas das missões de estudo (mensalidade e demais auxílios). A Capes será responsável pelo repasse de recursos, incluindo bolsas de estudos e pesquisa, auxílios e verba de custeio, somente para a equipe brasileira do projeto.

    O início das atividades dos projetos está previsto para abril de 2018.

    Conheça o Programa Capes/JSPS

    Confira o resultado final do Programa

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes  

  • A proposta de oferecer ensino de excelência, com valorização da criatividade e iniciativas inovadoras, levou a Escola Estadual Manoel de Matos, em Santana do Mundaú, no interior de Alagoas, a uma autoavaliação. A partir dos resultados, a instituição planejou e implementou projetos, com a participação da comunidade, para solucionar os problemas.

    Um exemplo é a proposta de intercâmbio com universidades. A ideia é que estudantes de educação ministrem oficinas e palestras a alunos da escola. Há também o pré-vestibular solidário, mais uma vez com a participação de estudantes universitários. O projeto Nordeste Feito à Mão, que envolve professores e alunos, obteve resultados tão bons que levou à realização de outro, o Lendo a Comunidade Quilombola Jussarinha, uma das três comunidades de remanescentes existentes no município.

    “Essas e outras iniciativas fizeram a escola incorporar um movimento extraordinário, colocando dezenas de jovens nas universidades públicas e particulares de Alagoas, principalmente em 2012 e 2013”, relata a professora Quitéria Alves Calado de Melo, diretora da escola, que tem mais de 700 alunos matriculados no ensino fundamental e no médio. Para Quitéria, essa movimentação levou a escola Manuel de Matos a ser a vencedora de Alagoas na edição de 2013 do Prêmio Gestão Escolar, promovido pelo Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), com apoio do Ministério da Educação. “A autoavaliação fortaleceu nosso trabalho com gestão democrática e vivificou o desejo de participar do Prêmio Gestão”, diz. “E nos fez um grupo gestor com possibilidade de acreditar numa educação transformadora, experiência única, talvez, na minha vida e na vida da minha comunidade.”

    De acordo com a professora, o prêmio tem despertado na escola a determinação de cumprir seu papel social, de desenvolver um trabalho que garanta qualidade de vida e promova uma formação cultural e científica que possibilite o contato dos alunos e demais segmentos da comunidade escolar com as diversidades e diferenças.

    Os planos para 2015 incluem o fortalecimento da formação continuada de funcionários e professores e do conselho escolar, além da formação de lideranças estudantis e do desenvolvimento do projeto Gestor–Professor: Elos que Fortalecem a Aprendizagem dos Alunos, Inspirado em Experiências Inglesas. Outra meta é o desenvolvimento do projeto Connecting Classrooms – Identidade e Pertencimento: Diálogos entre Culturas, com o apoio do Consulado Britânico. Essa iniciativa será realizada entre a escola Manuel de Matos e uma instituição de ensino da Inglaterra.

    Com graduação em letras e em pedagogia, Quitéria tem especialização em docência, em direitos humanos e em língua portuguesa e suas literaturas. Ela também cursa especialização em escola de gestores pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Professora municipal aposentada, integra a rede estadual de ensino desde 2001 e exerce a função de diretora desde 2010.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Os institutos federais de educação, ciência e tecnologia de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Santa Catarina e Sul-Rio-Grandense foram selecionados para desenvolvimento de projetos de cooperação bilateral entre Brasil e França. Entre as iniciativas previstas estão o intercâmbio na formação de professores de educação profissional e tecnológica ou de educação a distância, promoção do acesso, permanência e bom desempenho dos estudantes e certificação profissional.

    A chamada pública para a seleção das instituições de ensino resultou de protocolo assinado em 2008 pelos ministérios da Educação do Brasil e da França. O resultado, divulgado pela Portaria nº 113, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, foi publicado no Diário Oficialda União, seção 1, página 17, desta quarta-feira, 4. “A cooperação bilateral permitirá não só o compartilhamento de experiência, mas um ganho futuro para os institutos participantes”, disse o coordenador da assessoria internacional da Setec, Rodrigo Torres.

    O instituto federal Sul-Rio-Grandense, em parceria com os institutos de Minas Gerais e Rio Grande do Norte, apresentou projeto na área de indústria eletrônica; o do Rio de Janeiro, em parceria com os de Tocantins e do Paraná, na área de saúde pública e assistência social; o de Santa Catarina, em parceria com os de Brasília, Fluminense e Tocantins, na área de turismo, hotelaria e gastronomia.

    O instituto de São Paulo tem projeto na área de indústria aeronáutica. Um dos objetivos da instituição é capacitar professores de educação profissional tanto nas tecnologias existentes na área quanto nas questões didático-pedagógicas em modelos usados por parceiros franceses. Segundo o pró-reitor de pesquisa e inovação do instituto, João Sinohara Souza, o Brasil deve contar com pessoal técnico qualificado para fazer avaliações da fuselagem de aeronaves. “A França já tem essa especialidade. Por isso, vamos enviar professores brasileiros para receberem capacitação na área, de modo a implantar essa formação aqui”, disse.

    Ana Júlia Silva de Souza
  • A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) abriram nesta quarta-feira, 8, em Brasília, o seminário Os Institutos Federais e sua Atuação nos Territórios.

    O encontro, que se encerra nesta quinta-feira, 9, no auditório do MEC, tem o objetivo de celebrar resultados e definir novas ações. Os debates iniciais abordaram a atuação dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, além de relatos de experiências de cooperação entre a rede federal e os colleges and institutes do Canadá.

    O coordenador do Núcleo Estruturante das Políticas de Inovação (Nepi) da Setec, Luciano Toledo, considerou um sucesso a parceria entre Setec e Conif, com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), na experiência que levou 43 professores brasileiros a um intercâmbio de três meses no Canadá. Os profissionais fizeram estágios em 19 instituições daquele país para ampliar os conhecimentos em gestão e organização na área de pesquisa aplicada, articulada com o setor produtivo. “Tive a oportunidade de acompanhar o grupo no Canadá e vi de perto a excelência do seu desempenho nos colleges”, disse Toledo. “Essa experiência serviu de exemplo para o agendamento final da política de inovação.”

    O presidente do Conif, Luiz Augusto Caldas Pereira, fez retrospectiva sobre a expansão da rede federal, com apresentação de vários indicadores. “O maior desafio que temos é fazer com que os institutos federais aproveitem sua pluralidade para que tenhamos um projeto educacional com características muito próprias, sem nos distanciar do papel de contribuir para a construção de indicadores relevantes para o país”, afirmou.

    O titular da Setec, Aléssio Barros, ressaltou a importância da discussão dos resultados da experiência no Canadá. “Essa experiência já nos abriu oportunidades de expansão para outros países, como a Finlândia e a Alemanha”, disse.

    Experiência
    — O pesquisador Mauro André Barbosa Cunha, do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, participante do intercâmbio, relatou a experiência vivida no Canadá. “Foi possível verificar a relação próxima que eles têm com a comunidade, com a indústria e com o meio produtivo”, destacou. “Também percebemos o quanto os professores são voltados para as aulas práticas. O povo canadense, hospitaleiro e gentil, torna a experiência totalmente agradável.”

    A direção de parcerias internacionais dos colleges canadenses, que participou do evento por videoconferência, relatou o valor da experiência para aquele país e externou a disposição de receber mais professores brasileiros. Os 43 participantes da cooperação internacional receberam certificado do programa de intercâmbio profissional e tecnológico do Brasil com os colleges and institutes do Canadá.

    Assessoria de Comunicação Social


  • Jerrany Pereira da Silva, aluno de engenharia do Instituto Federal Goiano, voltou entusiasmado de um estágio na França (Arte: ACS/MEC)Experiências vividas fora do lugar de origem podem, muitas vezes, aprimorar a compreensão do cotidiano do qual temporariamente alguém se distancia. Assim aconteceu com Jerrany Pereira da Silva, de 23 anos, estudante de engenharia do campus Urutaí do Instituto Federal Goiano (IFG). Ele conta sua história na edição desta sexta, 20, do programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC. 

    Há três anos, ao observar a movimentação de estudantes estrangeiros no campus, Jerrany se interessou pela possibilidade de fazer um intercâmbio. A convivência com os colegas franceses lhe deu mais estímulo para escolher seu destino. Dedicou-se, então, ao aprendizado da língua francesa, o primeiro passo para alcançar seu objetivo. Ao ser aprovado para um estágio na França, ele talvez nem imaginasse o quanto essa experiência viria a enriquecer seu aprendizado profissional e pessoal.

    Selecionado para um intercâmbio de três meses em Saint-Etiénne-de-Fougères, um vilarejo no interior da França localizado em uma região de fazendas, ele escolheu a área de horticultura orgânica. “Fiquei muito feliz com essa oportunidade porque, além de ser uma realização profissional, era um sonho pessoal”, conta o jovem, que, durante o estágio, entre outras atividades, trabalhou na construção de estufas, aprendeu técnicas de irrigação locais e ampliou seus horizontes.

    Interação – “Para mim, foi tudo enriquecedor e bem amplo”, resume. O estágio o aproximou de questões locais e provocou reflexões em torno de algumas diferenças existentes entre a França e o Brasil. A primeira percepção foi nítida: “A França está sempre um pouco à frente de nós, não só em de tecnologia, mas em saúde”.  Estava dada a largada para Jerrany juntar à bagagem conhecimentos para aplicar em sua área.

    A convivência com a cultura de outro povo, para ele, também tem teve lugar de importância nesse aprendizado. “Em questão de costumes, de religião, foi tudo bem enriquecedor”, afirma. “Pude ter uma experiência incrível vivendo na fazenda, podendo ver os costumes, como é o dia a dia de uma família francesa. Pude fazer novas amizades, adquirir novos conhecimentos. Pude agradecer pessoalmente às professoras que me ajudaram. ”

    Durante o período vivido em Saint-Etienne-de-Fougères, o estudante goiano aproveitou para aprimorar o nível de aprendizado da língua e viajar pelo país, nos fins de semana de folga. Visitou universidades, fez novos amigos e estreitou seus laços com a cultura francesa – o suficiente para incluir em seus projetos a meta de voltar àquele país. “Para um futuro próximo, penso em fazer uma pós-graduação, um mestrado, até um doutorado”, afirma.

    Oportunidades de intercâmbio, conforme Jerrany pôde avaliar, vêm sendo ampliadas. “Creio que estão abrindo novas portas para outros estudantes com interesse em um estágio internacional”, observa ele, que, a partir dessa experiência, reforçou a convicção de apostar no ensino como fator de desenvolvimento. “Somente a educação pode mudar muitos problemas que a gente vem enfrentando em nosso país”, conclui.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • O ministro Aloizio Mercadante, ao lado do vice-ministro de Comércio dos Estados Unidos, Francisco Sanches, e do embaixador norte-americano no Brasil, Thomas Shannon (foto: João Neto)O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, recebeu nesta sexta-feira, 31, comitiva composta por representantes de 66 universidades norte-americanas, que estão no Brasil para participar da feira Education USA, que vai ser realizada em São Paulo na próxima semana. Liderada pelo vice-ministro de comércio dos Estados Unidos, Francisco Sánchez, e acompanhada pelo embaixador daquele país no Brasil, Thomas Shannon, a delegação conversou com o ministro sobre o programa Ciência sem Fronteiras, que deverá enviar 101 mil bolsistas para o exterior em quatro anos.

    Com forte tradição universitária e destaque em ciência, tecnologia e inovação, os Estados Unidos são uma das principais opções dos estudantes brasileiros que buscam bolsas de estudos no exterior pelo Ciência sem Fronteiras. “Os Estados Unidos são líderes no que diz respeito à educação de qualidade, principalmente nas áreas prioritárias do Ciência sem Fronteiras, como as engenharias, tecnologias e ciência da computação”, afirmou o ministro.

    De acordo com Mercadante, a falta de domínio da língua inglesa é um obstáculo para muitos jovens que pretendem estudar fora do país. Para ultrapassar a barreira da língua, o Ministério da Educação vai aplicar cerca de 150 mil exames de proficiência em inglês para estudantes que podem pleitear as bolsas do programa. “A partir desse exame, vamos identificar os alunos que estão próximos de obter a aprovação e vamos dar prioridade a esses alunos, montando uma estrutura de oferta de cursos de inglês nas universidades federais”, disse. A iniciativa beneficiará entre sete e dez mil estudantes ainda neste segundo semestre.

    O ministro reafirmou o interesse do Brasil de apoiar o programa educacional dos Estados Unidos, que vai enviar à América Latina e Caribe 100 mil estudantes norte-americanos nos próximos 10 anos e com isso intensificar o intercâmbio educacional e científico entre os dois países. “Esses estudantes poderiam contribuir com o grande esforço que estamos fazendo para melhorar a proficiência dos nossos estudantes”, afirmou.

    Impacto— Para Francisco Sánchez, o Ciência sem Fronteiras apresenta uma visão clara dos objetivos do governo brasileiro em relação ao futuro da sociedade do conhecimento do país. “Os Estados Unidos recebem, atualmente, 9 mil estudantes brasileiros, e esse número ainda é pequeno”, disse. Segundo ele, além do impacto imediato, o intercâmbio facilita a formação de jovens em boas universidades e, a longo prazo, estabelece vínculos, o que permite um conhecimento mais profundo entre os dois países.

    O Ciência sem Fronteiras promove a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras, por meio do intercâmbio e da mobilidade internacionais de estudantes, professores e pesquisadores. A oferta de bolsas prevê as modalidades graduação-sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação — doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado.

    O programa estabelece a oferta de bolsas para estudantes de graduação e pós-graduação, que poderão fazer estágio no exterior para manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, tenta atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar, por tempo determinado, no Brasil.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça o que disse o ministro Aloizio Mercadante à comitiva norte-americana

    Republicada com correção de informações
  • 18/03/2009 - Caracas, na Venezuela, será a sede da 2ª Jornada Científica de Educação Profissional e Tecnológica do Mercosul, que será realizada de 18 a 21 de março. O evento divulga a produção científica de instituições envolvidas com educação profissional e tecnológica, estimula o intercâmbio entre pesquisadores e consolida cooperações.

    O Ministério da Educação estará representado nas conferências e mesas pelo coordenador de certificação e legislação da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), Moisés Domingos Sobrinho, e pela coordenadora de políticas de educação profissional e tecnológica, Caetana Juracy Rezende. Também integram a delegação, professores e alunos de institutos federais de educação, ciência e tecnologia que tiveram seus projetos selecionados.

    O aluno Domiciano Correa Marques da Silva, do instituto federal de Goiás, campus Jataí, apresentará uma proposta para o ensino de física nas salas de aula. Já Luana Rocha Fleming, do instituto federal do Rio de Janeiro, mostrará projeto sobre coliformes isolados de alimentos: produção de substâncias antimicrobianas e resistências a antibióticos.

    Outro projeto será o de Guilherme Musse Moreira, do instituto federal do sudeste de Minas, campus Rio Pomba, que observou o impacto de adubos verdes sobre o manejo de ervas e nutrição nitrogenada de cafeeiros. Everton Edrey Liberal Lopes, do instituto federal de Pernambuco, campus Vitória de Santo Antão, mostrará projeto sobre agricultura familiar.

    A iniciativa de promover jornadas científicas de educação profissional no Mercosul partiu do Brasil. O país sediou a primeira delas, em 2006, em Belo Horizonte.

    Ana Júlia de Souza
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