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  • Estudantes que concorrem no gênero literário poema na quarta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro participam, em Belo Horizonte, da etapa regional, que definirá 38 finalistas. O encontro, que reúne também os 125 professores desses estudantes, do quinto e do sexto anos do ensino fundamental, será encerrado nesta sexta-feira, 31.

    A olimpíada terá, até 20 de novembro próximo, outras três etapas regionais para a seleção dos finalistas:

    • De 3 a 6 de novembro, em Maceió, dos alunos do sétimo e oitavo anos do ensino fundamental, gênero memória.
    • De 10 a 13 de novembro, em Porto Alegre, dos alunos do nono ano do ensino fundamental e primeiro ano do ensino médio, gênero crônica.
    • De 17 a 20 de novembro, dos estudantes do segundo e do terceiro anos do ensino médio, gênero artigos de opinião.

    A seleção final, de 24 a 28 de novembro, caberá a uma comissão nacional. A premiação será entregue em 1º de dezembro, em Brasília. As quatro etapas regionais reúnem, no conjunto, 500 estudantes semifinalistas e seus professores. Em cada gênero literário serão selecionados 38 finalistas, que terão os textos avaliados pela comissão nacional, coordenada pelo Ministério da Educação. A comissão apontará os 20 melhores textos.

    Atividades— Conforme o regulamento da olimpíada, os encontros regionais visam a ampliar as habilidades de leitura e escrita e o universo cultural dos alunos, além de desenvolver, com os professores, atividades que contribuam para melhorar a qualidade do trabalho docente.

    Nos quatro dias de duração de cada etapa regional, a equipe técnica da olimpíada analisa, com os semifinalistas, os textos desenvolvidos e os ajuda a produzir novos trabalhos. Esse material, também de acordo com o regulamento, vai subsidiar a análise e a seleção finais.

    As comissões julgadoras regionais são organizadas e coordenadas pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e constituídas por representantes do Ministério da Educação, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), da Fundação Itaú Social e de universidades e por professores de língua portuguesa. Cada comissão tem o mínimo de sete integrantes.

    Mobilização— A quarta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro mobiliza 46.902 escolas públicas. Nos 26 estados e no Distrito Federal, 5,1 milhões de alunos concorrem com poemas, memórias literárias, crônicas e artigos de opinião. O tema de todos os gêneros é O Lugar onde Vivo.

    Dos 5.565 municípios do país, 5.041 estão representados na competição, o que representa 90,1% do total. Em 12 estados, 100% dos municípios aderiram.

    Ionice Lorenzoni

  • Se em tempos atrás a Matemática era o conteúdo mais temido por alunos das redes de ensino, hoje a língua portuguesa pode ser o mais novo líder do ranking. E isso já impacta nas grandes provas nacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Salto para o Futuro desta quarta-feira, 20h, aborda os desafios do aprendizado do idioma brasileiro e os motivos pelos quais ele se tornou um bicho de sete cabeças para os estudantes.

    De acordo com dados do Enem 2017, dos seis milhões de candidatos, 300 mil tiraram nota zero na redação e somente 53 conquistaram a nota máxima na prova. Para um dos convidados do programa e professor de Língua Portuguesa da rede pública e privada Felipe Moraes, a habilidade de construir um bom texto não está atrelada apenas a interpretação de textos, mas também a outros problemas. “A ausência de leitura e o ensino descontextualizado tem dificultado a aquisição da língua. Quando o aluno aprende o conteúdo e vai para o texto, ele não consegue fazer a relação da regra com a estrutura textual”, analisa o especialista.

    Outro convidado do debate é Romulo Bolivar, também professor de Língua Portuguesa e apresentador do programa Como se Escreve, da TV Escola. O especialista acredita que a tecnologia não atrapalha o aprendizado do aluno. “É um mito que a rede social emburrece o aluno”. Para ele, é preciso que os estudantes saibam separar os ambientes linguísticos e a escola tem um papel fundamental nisso. “Essa é a reflexão que a escola tem que fazer o aluno entender: que a linguagem da escola é mais formal e ela não existe para substituir a da internet”.

    Comandado por Bárbara Pereira e Murilo Ribeiro, o Salto para o Futuro vai ao ar todas as quartas-feiras, na TV Escola, às 20h. É possível assistir também pelo canal no YouTube da emissora, pelo portal oficial ou pelo aplicativo disponível nas lojas virtuais.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Voltado a professores de língua portuguesa de escolas públicas de todo país, o curso Leitura vai, escrita vem: práticas em sala de aula está com inscrições abertas. Educadores de outras disciplinas interessados em trabalhar a leitura em sala de aula também podem se candidatar. As aulas vão de 18 de setembro a 13 de outubro.

    O curso é totalmente gratuito e oferece duas mil vagas na modalidade on-line, com foco nos ensinos fundamental e médio. A iniciativa é parte da Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro, promovida pela Fundação Itaú em parceria com o MEC. Os participantes receberão certificado.

    Entre os objetivos do curso, destacam-se oferecer reflexões teóricas e sugestões práticas para os professores que queiram aprimorar dinâmicas de sala de aula para o ensino de leitura na escola; promover a autonomia e a desenvoltura do professor para criar e adaptar suas aulas, levando em conta os conhecimentos prévios de seus alunos; e aguçar a percepção para diferentes maneiras de ler um texto. Serão estudados modos de trabalhar com o texto em sala, efeitos de sentido de recursos expressivos e a variação nos gêneros do discurso.

    As inscrições podem ser feitas aqui.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • A Escola Estadual Raimundo Gomes de Oliveira, em Rio Branco, Acre, desenvolve, desde 2009, o projeto Leitura de Mundo, com a participação de aproximadamente mil alunos em turmas do quinto ao nono ano do ensino fundamental e da educação de jovens e adultos. Uma biblioteca e um laboratório de informática auxiliam os estudantes nas pesquisas e leituras.

     

    A cada edição, um novo tema é abordado — a escolha é feita por toda a comunidade escolar no início do ano letivo. Como o projeto é interdisciplinar, cada professor desenvolve, dentro de sua área de conhecimento, um miniprojeto, orientado pelo principal. As atividades são realizadas no decorrer do primeiro semestre letivo. O primeiro tema tratado foi Uma Chuva de Ideias. Em 2010, Uma Visão Afro; em 2011, Viajando pelo Acre; em 2012, Meu Brasil Brasileiro; este ano, Tour pela América do Sul.

     

    “Temos como objetivo compreender a ‘leitura de mundo’, não como ferramenta de decodificação de palavras, mas como processo de interpretação do ambiente social que permeia a raça humana, aprendendo novos conceitos através da pesquisa, análise e socialização das informações”, explica o diretor da escola, Osleno Freitas da Silva. Segundo ele, conhecer os diversos países que formam a América da Sul por meio de pesquisa, na perspectiva de todas as disciplinas que compõem o currículo escolar, e valorizar a cultura latino-americana são alguns dos objetivos específicos do projeto deste ano. Levar a família à escola para compartilhar os resultados das pesquisas e divulgar entra as unidades de ensino próximas os trabalhos confeccionados ao longo do projeto são outros objetivos.

     

    “Os pais dos alunos são parceiros e apoiam os filhos na execução das atividades”, destaca o diretor. “Contamos também com a participação efetiva de todos os funcionários de apoio, como zelador, porteiro e merendeira.”

     

    Para a finalização do projeto, durante feira interdisciplinar, a escola conta com o apoio de uma igreja, que fornece os equipamentos de som. “Grandes mudanças no aprendizado têm influenciado a autoestima e o comportamento dos alunos, principalmente os de educação de jovens e adultos e aqueles com necessidades educacionais especiais”, salienta Osleno, que tem graduação em educação física e pós- graduação em psicopedagogia. “Esses estudantes fazem questão de participar efetivamente de todas as atividades e da apresentação nos estandes.”


    Unidade — Na visão da professora de língua portuguesa Christia Monteiro da Rocha, que está há 19 anos no magistério, é incrível a unidade do corpo escolar nos preparativos e na finalização do projeto. Formada em letras, com especialização em psicopedagogia, Christia leciona a uma turma do sétimo ano e a quatro do nono. “Toda a escola trabalha em equipe, sempre auxiliando, dentro das possibilidades, uns aos outros para que os objetivos sejam alcançados com êxito”, afirma.

     

    A professora Carla Eliane, que leciona língua portuguesa a turmas do sexto ano, revela que suas principais atividades estão voltadas para a leitura, compreensão, interpretação e produção de textos, bem como para a pesquisa. “A construção do conhecimento acontece, gradativamente, com a orientação do professor, dentro e fora da sala de aula”, diz a professora, formada em letras e há 15 anos no magistério.

     

    As atividades incluem visitas pedagógicas a museus, parques ecológicos e pontos turísticos na própria cidade e em municípios vizinhos, como Bujari, Sena Madureira e Plácido de Castro. Encontros com escritores e personalidades que de alguma forma contribuem para o processo também fazem parte dos trabalhos.

     

    A finalização do projeto é aguardada com expectativa pela comunidade escolar. O evento envolve exposição de material produzido, apresentações de danças típicas, peças teatrais e declamação de poemas, entre outras atividades. “Com a realização do projeto Leitura de Mundo, conseguimos interação total, com muito respeito e unidade entre os estudantes e, principalmente, a participação efetiva dos nossos alunos com necessidades educacionais especiais”, destaca Carla Eliane.


    Fátima Schenini

     

    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue da EE Raimundo Gomes de Oliveira

  • Na escola de Boa Vista, todas as disciplinas devem colaborar, nas séries iniciais, para que o estudante desenvolva a capacidade de ler e entender o que está lendo (foto: arquivo da EM Vovô Dandãe – 15/4/10)Ao assumir uma turma do quarto ano do ensino fundamental, o professor Arthur Cândido de Magalhães percebeu que os alunos apresentavam dificuldades para ler e produzir textos. A constatação de que a escola não tinha propostas de leitura nem biblioteca o levou a desenvolver o projeto Leitura e Produção de Textos na Escola – Entre Nessa Você Também! O trabalho acabou premiado na sexta edição do Prêmio Professores do Brasil.

    “Considero a leitura como atividade fundamental para a formação dos alunos”, ressalta o professor, que leciona na Escola Municipal Vovô Dandãe, de Boa Vista, Roraima. Segundo ele, a prática da leitura melhora o vocabulário e a capacidade de escrever um bom texto, aguça a criatividade e facilita a compreensão do que é lido. “A aprendizagem da leitura favorece todas as áreas do conhecimento”, destaca.

     

    Para Arthur, que é pedagogo com especialização em educação especial e inclusiva e professor de todas as disciplinas do currículo do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, é um equívoco achar que só se aprende a ler nas aulas de língua portuguesa. “Todas as disciplinas, nas séries iniciais, devem colaborar para que o indivíduo desenvolva a capacidade de ler e entender o que está lendo”, afirma.

     

    Arthur defende a formação do aluno, pela escola, de forma que este perceba e conheça a diversidade textual existente no mundo que o cerca. “A partir daí, é necessário aliar o trabalho de leitura e produção”, salienta. “Um necessita do outro no processo de aprendizagem e não há como separá-los.”

     

    Os estudantes, de acordo com o professor, aprendem a escrever, escrevendo, mas precisam de suporte de leitura que os oriente a respeito da funcionalidade e da estrutura que compõem o gênero textual. “Ler e entender bem um texto facilitará ao aluno também produzir de forma adequada.”

     

    Biblioteca — O projeto, iniciado em 2011, em turma do quarto ano, teve continuidade em 2012, com a mesma turma, então no quinto. Entre as atividades desenvolvidas, Arthur destaca duas visitas à biblioteca pública. Na primeira, os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer o local; na segunda, fizeram doação de livros que produziram nas aulas. Um de contos, um de poesias e outro de frases sobre leitura (coletânea).

     

    Na visão do professor, no entanto, o aspecto mais importante observado no desenvolvimento do projeto foi a melhora na aprendizagem. “Os alunos passaram a ler mais e a ter uma postura de leitores”, salienta. Também ampliaram a capacidade de concentração no momento da leitura e de atenção ao ouvir uma história. Conseguiram ainda produzir textos melhores. O mais interessante, de acordo com Arthur, é que os estudantes começaram a perceber as diferenças entre os diversos gêneros de texto, bem como a finalidade.

     

    Para sanar a falta de livros, o professor obteve o empréstimo de 30 obras em outra instituição de ensino da rede estadual na qual também trabalha. A cessão foi feita pelo período de um ano, em 2011. A estratégia foi repetida em 2012, quando ele devolveu as obras e pegou outras 30.

     

    Há 10 anos no magistério, Arthur faz curso de graduação em história pelo programa de Segunda Licenciatura do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), oferecido pelo Ministério da Educação.


    Fátima Schenini

     

    Saiba mais no Jornal do Professor

     

     

  • Coletânea dos 152 textos vencedores tem edição exclusiva e limitada (Foto: Isabelle Araújo/MEC)O velho Chico, o assentamento Oito de Abril, a poeira e a chuva, a casa da loucura são temas da produção literária de estudantes vencedores da quarta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa, que integram a coletânea de 152 textos finalistas. Com edição exclusiva e limitada, a coletânea foi a surpresa que os promotores do evento reservaram aos alunos que vieram a Brasília para receber os prêmios, na quarta-feira, 17.

    Na apresentação de Textos Finalistas, edição 2014, o Ministério da Educação e os parceiros da olimpíada parabenizam os novos escritores e agradecem o apoio dos professores que ajudaram os estudantes a descobrir o poder da palavra escrita. A obra, com 287 páginas, traz os textos dos 38 finalistas de cada gênero – poesias, memórias literárias, crônicas e artigos de opinião – criados por alunos do quinto ao nono ano do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio das redes públicas.

    Lá vem... lá vem é o título do poema de Jullyo Cesar Ferreira da Silva, de Petrolina (PE), que conta como o rio São Francisco aparece na paisagem da cidade e como suas águas influem na vida das pessoas e da economia regional. Não só isso, o velho Chico é poesia. Esse poema está na página 48 da coletânea.

    Um segredo revelado é o relato de Valdirene Prestes Santos, de Jardim Alegre (PR), premiada no gênero memórias literárias. Valdirene relata a saga da ocupação de uma área rural no interior do Paraná, hoje o assentamento Oito de Abril. A estudante entrevistou a trabalhadora rural Elena Vieira, de 56 anos, que conta como foi sua trajetória na conquista do pedaço de terra, no período de 1997 a 2014. O texto está na página 80 do livro da olimpíada.

    O mundo de uma cor só é o texto de Isabella Kétlin Silva Barros, de Alta Floresta (RO), vencedora do gênero crônica. Isabella diz que a vida vista da sua janela não é poética, porque o ‘poeirão’ da rua domina a paisagem por meses. “Como uma engolidora das cores, ela vem como uma nuvem e cobre as flores, as folhas, os telhados...”. Mas a chegada da chuva muda o humor da estudante, que escreve “é indescritivelmente esplêndido o cheiro da chuva molhando e lavando o chão...”. A crônica está na página 172 da coletânea.

    Passado que não passou é o texto de Gabriel Schincariol Cavalcante, de Barbacena (MG), premiado em artigo de opinião. “Virou museu, livro, festival. Só não virou passado.” É assim que o estudante conta um capítulo da história de Barbacena, que foi abrigo de vários hospitais psiquiátricos, e da indiferença humana com os classificados como loucos e indigentes. “Morriam numa época em que ser triste era ser louco.” Depois, o estudante também olha a cidade hoje e escreve: “tem rosas, um povo acolhedor, é uma cidade de subidas intermináveis”. O artigo de Gabriel está na página 276 do livro de textos da olimpíada.

    O tema anual da Olimpíada de Língua Portuguesa é O lugar onde vivo. O objetivo do Ministério da Educação é estimular os estudantes a escrever sobre fatos, histórias, vivências, belezas, problemas que eles observam. Em 2014, a olimpíada mobilizou 5,1 milhões de estudantes em 46.902 escolas públicas da educação básica. Desse conjunto de alunos, 152 chegaram à etapa final, dos quais 20 foram premiados com medalha, notebook e impressora.

    A coletânea de textos pode ser lida no portal da Olimpíada de Língua Portuguesa.

    Ionice Lorenzoni

    Leia mais:

    Ministro elogia professores ao premiar vencedores de olimpíada

  • A estudante brasileira Marcela Magalhães de Paula ministrou conferência, como representante da língua portuguesa, na Jornada Europeia das Línguas, na Universidade La Tuscia, em Viterbo, Itália, em setembro de 2015. Bolsista de pós-doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Marcela foi indicada pelo Departamento de Promoção da Língua Portuguesa (DPLP) do Ministério das Relações Exteriores.

    O evento é realizado desde 2001, quando a União Europeia declarou a data de 26 de setembro como Dia Europeu das Línguas. “Trata-se de um dia para celebrar a diversidade linguística, o multilinguismo e a aprendizagem de línguas ao longo da vida dos estudantes e cidadãos europeus”, diz Marcela. “É uma iniciativa do Conselho Europeu e da União Europeia destinada a jovens e idosos, que são convidados a descobrir uma nova língua ou a aprender as competências linguísticas já adquiridas, como também para os professores e educadores, que são, assim, estimulados a elaborar estratégias para facilitar a aprendizagem de línguas e apoiar programas destinados a promover a língua.”

    O tema proposto na conferência foi o Tropicalismo e o Modernismo Brasileiro. “Fui chamada para representar a língua portuguesa, vertente brasileira, por meio de uma conferência, A Língua Portuguesa, o Modernismo Brasileiro e o Tropicalismo”, afirma. “A participação foi muito importante, pois rendeu um convite formal de intercâmbio direto entre os professores, alunos do mestrado na Unilab e o Departamento de Letras da Universidade La Tuscia.”

    A partir da conferência, surgiu convite da Embaixada do Brasil em Roma para Marcela desenvolver projeto-piloto, para o Departamento de Promoção da Língua Portuguesa (DPLP) do Ministério das Relações Exteriores, de elaboração e desenvolvimento de cursos on-line de português como língua estrangeira. “Em futuro próximo, pode beneficiar quem pretende aprender ou aperfeiçoar o idioma português em todas as partes do mundo”, diz a bolsista. “Inclusive alunos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).”

    Marcela foi convidada também a compor equipe de investigadores do projeto A Nona Ilha, em Portugal. “A proposta tem como objetivo coletar histórias de vida de imigrantes de Portugal e descendentes para a constituição de um corpus oral e publicação de obras teóricas em ciências sociais e humanas relacionadas ao tema”, diz a bolsista.

    Fórum — A Unilab integrará a comissão para a organização do próximo Fórum Internacional Interdisciplinar sobre As Novas Formas de Escravidão, a ser realizado em Bolonha, Itália, em 13 de maio próximo. “Vale lembrar que Redenção, uma das sedes da Unilab, foi a primeira cidade brasileira a libertar os escravos”, diz Marcela. “Coincidentemente, em 1256, Bolonha foi a primeira cidade do mundo a abolir a escravidão, ao promulgar o Liber Paradisus, texto legislativo que libertou então todos os servos.”

    A bolsista acredita que o trabalho realizado pode ter repercussão na realidade brasileira. “Minha pesquisa ajuda a pensar de que forma a violência racial se manifesta nos indivíduos, em dois aspectos ligados à linguística: cognitivo e social”, afirma. “É um tema atual e sempre em debate, principalmente na Unilab.”

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Os resultados do exame para obtenção do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) estão disponíveis para consulta pela internet. As provas foram aplicadas no período de 21 a 23 de outubro último, em 22 postos credenciados no Brasil e em 58 no exterior.

    Ao todo, 5.117 inscritos fizeram o exame em busca da certificação. O Celpe-Bras é o único documento brasileiro de proficiência em português como língua estrangeira reconhecido e aceito oficialmente por empresas e instituições de ensino. De acordo com a pontuação obtida no exame, o participante é classificado em quatro níveis de proficiência. Aqueles que obtêm pontuação entre 2 e 2,75 são classificados no intermediário. Entre 2,76 e 3,5, no intermediário superior. Entre 3,51 e 4,25, no avançado. Entre 4,26 e 5, no avançado superior. Com menos de 2 pontos não é possível obter a certificação.

    No Brasil, o certificado é exigido pelas universidades para ingresso em cursos de graduação e em programas de pós-graduação.

    Os resultados do exame devem ser conferidos na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) na internet.

    Assessoria de Comunicação Social do Inep

  • Os participantes da segunda edição de 2014 do exame para obtenção do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) podem conferir a relação dos aprovados, publicada nesta quarta-feira, 28. As provas foram realizadas no período de 21 a 23 de outubro do ano passado, em 22 postos aplicadores credenciados no Brasil e em 58 no exterior. Foram homologadas 5.117 inscrições.

    O Celpe-Bras é o único documento brasileiro de proficiência em português como língua estrangeira reconhecido e aceito oficialmente por empresas e instituições de ensino. No Brasil, o certificado é exigido pelas instituições de educação superior para ingresso em cursos de graduação e em programas de pós-graduação.

    De acordo com a pontuação obtida no exame, o participante é classificado em quatro níveis de proficiência. Aqueles que obtêm pontuação entre 2 e 2,75 são classificados no intermediário. Entre 2,76 e 3,5, no intermediário superior. Entre 3,51 e 4,25, no avançado. Entre 4,26 e 5, no avançado superior. Com menos de 2 pontos não é possível obter a certificação.

    A Portaria nº 19/2015, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), com a relação dos aprovados na segunda edição de 2014 do Celpe-Bras, foi publicada no Diário Oficial de União desta quarta-feira, 28.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • Termina nesta sexta-feira, 13 de julho, às 23h59 (horário de Brasília), o prazo para inscrições no exame do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) 2018. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet. O Celpe-Bras é destinado a estrangeiros e brasileiros, residentes no Brasil ou no exterior, cuja língua materna não seja o português. Este ano o Celpe-Bras terá ampliação do prazo de aplicação de três para cinco dias, com provas entre 1º e 5 de outubro.

    Para fazer a inscrição, o participante deverá informar o número de passaporte ou documento de identificação válido no país de realização do exame, além de criar uma senha. Após o preenchimento dos dados solicitados, deverá pagar a taxa de inscrição de acordo com as orientações do posto aplicador escolhido na inscrição. O comprovante deve ser entregue ao mesmo posto aplicador, conforme suas orientações, até 18 de julho. O valor da taxa de inscrição é estabelecido pelo posto aplicador, sendo de, no máximo, R$ 200 para postos aplicadores credenciados no Brasil; e de 100 dólares norte-americanos para os postos aplicadores credenciados no exterior.

    As inscrições só serão confirmadas a partir do comprovante de pagamento, exceto nos postos que oferecem o exame gratuitamente. O período de homologação das inscrições será de 18 de junho a 23 de julho de 2018, sendo de total responsabilidade do posto aplicador. Para verificar a situação da sua inscrição, o participante deverá acompanhá-la na página do Celpe-Bras na internet. Após a homologação, o posto aplicador realizará o agendamento do dia e horário para a realização da parte oral do exame.

    Os postos aplicadores credenciados no Brasil e no exterior vão assegurar atendimento especializado e específico ao participante que solicitar e comprovar necessidade durante a inscrição. Também nesta etapa, deve ser solicitado o auxílio ou o recurso necessário.

    Celpe-Bras – O exame é aplicado no Brasil e em outros países pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com apoio do Ministério da Educação e em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, com o objetivo de fornecer o certificado brasileiro oficial de proficiência em português como língua estrangeira. As provas são realizadas nos postos aplicadores: instituições de ensino superior no Brasil e no exterior, representações diplomáticas e missões consulares do Brasil no exterior, centros e institutos culturais brasileiros e estrangeiros e instituições congêneres interessadas na promoção e na difusão da Língua Portuguesa.

    O exame é dividido em parte escrita e parte oral. A proficiência é avaliada a partir do desempenho do participante em tarefas e em uma interação face a face que exigem compreensão escrita ou oral, além de produção escrita. Isso inclui práticas de uso da língua portuguesa que possam ocorrer no cotidiano de um estrangeiro que pretende interagir em português.

    Acesse a página do Celpe-bras

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Termina na próxima sexta-feira, 19, o prazo para que as escolas que participam da quinta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro encaminhem os textos escolhidos de seus alunos para a comissão julgadora municipal. O envio deve ser feito em dois formatos, em versão digital e via correios. As comissões municipais terão prazo até o início de setembro para selecionar os trabalhos que vão participar da etapa estadual, prevista para outubro.

    A iniciativa é do Ministério da Educação e da Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). A experiência de produzir textos possibilita aos alunos praticar os diferentes tipos de linguagem, oral, verbal e escrita, e os professores recebem farto material de apoio para orientar os alunos.

    O tema da Olimpíada, como acontece todos os anos, é O lugar onde vivo. O objetivo é aproximar o aprendizado da realidade local e social de cada comunidade escolar.

    Participam do concurso professores e alunos da rede pública, nas categorias: poesia, para quinto e sexto anos do ensino fundamental; memórias literárias, para sétimo e oitavo anos do ensino fundamental; crônicas, para nono ano do ensino fundamental e primeiro ano do ensino médio, e artigo de opinião, para segundo e terceiro anos do ensino médio.

    Premiação– Os 500 semifinalistas e seus professores ganharão medalhas e livros. Já os 152 finalistas, que serão selecionados pela etapa nacional em novembro, receberão uma medalha e um tablet. E as escolas desses alunos, uma placa de homenagem.

    Já os vinte vencedores e seus professores serão premiados com uma medalha, um notebook e uma impressora. Além dos mesmos prêmios as suas escolas ganharão livros, um telão e um projetor. O evento de premiação e a festa final está prevista para acontecer no dia 6 de dezembro.

    Assista ao vídeo e veja o passo a passo para enviar o material

    Acompanhe as próximas etapas pela página da Olimpíada

    Assessoria de Comunicação Social

     

     

  • Exame foi realizado entre 16 e 19 de outubro por 5.250 inscritos em 107 postos, no Brasil e no exterior


    Os participantes do segundo exame do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa (Celpe-Bras) podem conferir os resultados na edição desta sexta-feira, 13 de dezembro, do Diário Oficial da União (DOU). As notas individuais estão disponíveis para consulta no Sistema Celpe-Bras.

    Para emitir o certificado de proficiência em língua portuguesa, o participante deve alcançar, no mínimo, o nível intermediário nas duas partes do exame (oral e escrito):

    • Nível avançado superior (4,26 a 5,00 pontos)
    • Nível avançado (3,51 a 4,25 pontos)
    • Nível intermediário superior (2,76 a 3,50 pontos)
    • Nível intermediário (2,00 a 2,75 pontos)
    • Sem certificação (0,00 a 1,99 pontos)

    O exame foi realizado entre os dias 16 e 19 de outubro por 5.250 inscritos em 107 postos, sendo 42 no Brasil e 65 no exterior. A aplicação é semestral e feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com apoio do Ministério da Educação (MEC) e em parceria com o Ministério das Relações Exteriores.

    O certificado digital, com o respectivo nível de proficiência, pode ser emitido e ter sua autenticidade verificada eletronicamente no Sistema Celpe-Bras, que fica dentro do portal do Inep.

    Celpe-Bras – O Celpe-Bras é o exame brasileiro oficial para certificar proficiência em português como língua estrangeira. As provas são realizadas em postos aplicadores, como instituições de educação superior, representações diplomáticas, missões consulares, centros e institutos culturais, e outras instituições interessadas na promoção e na difusão da língua portuguesa.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • No desenvolvimento do projeto, os estudantes puderam entender que as pessoas são induzidas a comprar, consumir e doar, e que isso contribui com a expansão de uma ideia (foto: arquivo da EE Wilson de Almeida)O consumismo foi o ponto de partida para o desenvolvimento de trabalho na área de língua portuguesa em escola do município mato-grossense de Nova Olímpia. O projeto Os Múltiplos Sentidos de Consumismo nas Práticas de Leitura de Alunos do 8º Ano foi criado pela professora Kelsse Boffulin, da Escola Estadual Wilson de Almeida, a partir do tema, sugerido pelos próprios alunos.

    “O tema é pertinente, dada a realidade das últimas décadas, em que o acesso à informação e as facilidades de compra alargaram o cinturão consumista em todo o mundo”, avalia Kelsse. Professora de língua portuguesa em turmas do ensino fundamental e médio regular, ela leciona na escola há oito anos.

    Kelsse baseou o trabalho na teoria da análise de discurso, campo da linguística e da comunicação voltado para a análise da elaboração ideológica de um texto. “Isso nos permitiu construir com os alunos um conhecimento diferente sobre a leitura, compreendendo que esta é produzida no cruzamento de determinações histórico-ideológicas e na relação do sujeito leitor com o texto”, ressalta. “Dessa forma, o texto não deve ser tomado como uma unidade fechada de sentidos.”

    De acordo com a professora, as atividades propostas possibilitaram um estudo sobre o funcionamento da linguagem, sobre o que o texto diz, como diz, e os objetivos que o levaram a dizer. “Notamos que o trabalho com a leitura nessa perspectiva abriu novos olhares para o texto”, afirma. “Os alunos tomaram posicionamento diferente em relação à temática explorada — o consumismo —, compreendendo que o discurso é produzido a fim de provocar no interlocutor efeitos de sentido determinados.”

    Para Kelsse, os estudantes puderam compreender que o texto ou discurso é regido por condições de produção. Entenderam, por exemplo, que a mídia trabalha para induzir o sujeito a algo, seja comprar, consumir, doar. E que isso contribui com a expansão de uma ideia, uma ideologia, “que muitas vezes não é declarada, mas é percebida quando feitos os questionamentos à materialidade do discurso”.

    Atividades — Com atividades variadas, que incluíam leitura, debates, conversa, quadro comparativo de textos diversos, como artigos, poemas, tirinhas, músicas e propagandas, o projeto foi desenvolvido em 2014, em um bimestre. Uma das atividades foi a confecção de um boneco de papel-machê, de modo a textualizar, na escultura, a relação sujeito versus consumismo. Isso, na visão de Kelsse, serviu para dar corporeidade ao poema Eu, Etiqueta, de Carlos Drummond de Andrade. Segundo ela, os estudantes foram protagonistas das atividades e participaram com entusiasmo ao manifestar opiniões, pontos de vista e posições em relação à temática.

    Outra atividade que despertou o interesse dos estudantes foi a produção de um jornal impresso, o Notícias WA, destinado a divulgar fotos de atividades realizadas no decorrer do projeto, registradas tanto na sala de aula quanto em ocasiões extraclasse. Da edição constam comentários de alunos sobre o processo que experimentaram durante a realização do projeto. “Esses relatos foram coletados por meio de texto escrito, em atividade proposta à turma, na qual fizeram uma avaliação do trabalho que realizamos”, diz a professora. Os estudantes comentaram os textos, as tirinhas, os filmes, as propagandas, a música, a construção e a exposição na escola do boneco Eu-Etiqueta. Eles falaram ainda sobre como esse trabalho contribuiu para que considerassem a língua portuguesa sob perspectivas diferentes daquela a que estavam condicionados a fazer.

    Fátima Schenini

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  • Estão abertas as inscrições para o concurso Ideias Inovadoras em Educação e Trabalho, que tem como foco o estímulo à criatividade, à geração de ideias e à inovação na educação profissional. Estudantes e professores do ensino técnico de nível médio dos países falantes da língua portuguesa poderão se inscrever até 22 de dezembro.

    A competição tem o objetivo de fortalecer a integração de estudantes e professores de instituições de ensino profissional dos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). É a forma pela qual os participantes poderão dar visibilidade ao seu trabalho.

    Os estudantes inscritos, após a escolha de um dos temas propostos, devem desenvolver um produto inédito no formato de protótipo, software, jogos e outros similares, que atendam aos critérios de classificação e pontuação descritos no edital. Já os professores devem apresentar um artigo.

    Serão premiados seis trabalhos – três artigos e três produtos, um por tema – com placas honoríficas e diplomas de reconhecimento. O concurso é organizado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, com apoio do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e da CPLP.

    Confira aqui mais informações da Chamada Pública nº/2017, publicada na página da Setec/MEC.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Mendonça Filho reuniu-se com o governador da Flórida, Rick Scott, para falar sobre um possível acordo para a difusão da língua portuguesa (foto: Emmanuel Macedo)O ministro da educação, Mendonça Filho, em missão oficial aos Estados Unidos, reuniu-se com o governador da Flórida, Rick Scott, e com a comissária de Educação do estado, Pam Stewart, para iniciar tratativas sobre um possível acordo para a difusão da língua portuguesa no estado da Flórida.

    Estudos revelam que a comunidade brasileira naquele estado norte-americano é estimada em cerca de 300 mil pessoas e que dezenas de milhares de crianças brasileiras não recebem educação de língua portuguesa. A proposta, que está em fase inicial de negociação entre o MEC e o governo da Florida, prevê que seja feita a abertura de um programa bilíngue em escolas de ensino fundamental da região.

    “É uma demanda importante para a nossa comunidade aqui na Flórida – preservar a nossa língua. Muitas crianças têm a oportunidade de falar português em casa, mas precisam aperfeiçoar o português na escola. Há também a demanda dos norte-americanos e da comunidade latino-americana, pelo menos no sul da Flórida”, afirma Mendonça Filho.

    Além disso, o Consulado-Geral do Brasil em Miami vai tentar firmar um memorando de entendimento com o governo da Flórida com o objetivo de facilitar a certificação de professores de língua portuguesa.

    O governador da Flórida se mostrou interessado em estreitar as relações com o Brasil, onde esteve em 2011, e disse que pretende voltar este ano para intensificar as relações de negócio.

    Assessoria de Comunicação Social

  • As práticas didáticas de formação dos docentes no âmbito do ensino da língua portuguesa são o tema do seminário A escrita sob foco: uma reflexão em várias vozes. Cerca de 400 educadores estão reunidos, em Brasília, para debater, até a próxima quarta-feira, 31 de agosto, as possibilidades do ensino da língua com enfoque na escrita.

    Na abertura do seminário, nesta segunda-feira, 29, a secretária de educação básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, disse que o seminário é momento de diálogo entre os educadores que mudaram a sua prática pedagógica a partir da participação na Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. Para Pilar, os professores devem registrar a sua prática para fortalecer a troca de experiências. “É importante pedir para vocês registrarem o que fizeram de transformador na sala de aula, para que outros professores tenham acesso”, afirmou.

    A professora Ana Maria de Carvalho Leite, que leciona no ensino fundamental e médio de Manhumirim (MG), entende a olimpíada como um concurso que estimula tanto os alunos quanto os professores. “A equipe pedagógica se une pela olimpíada e a escola fica toda envolvida na competição”, observou. Para Ana Maria, o seminário servirá para enriquecer e aperfeiçoar a sua experiência pedagógica durante o seminário. “Novas ideias a respeito da metodologia aplicada serão apresentadas”, disse.

    Durante o seminário, a técnica educacional Roberta Fachetti Horta, da Secretaria Municipal de Colatina (ES), espera aprofundar as temáticas da língua portuguesa para o trabalho com os alunos e professores de sua rede. Ela lembrou que os professores de língua portuguesa têm o desafio de “mostrar para o aluno o quanto ler é prazeroso”.

    Para Geraldo Grossi Junior, representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de Cuiabá (MT), o seminário servirá como subsídio “para o fortalecimento do exercício profissional dos professores de língua portuguesa no ensino fundamental e médio”.

    Os educadores participarão, até a próxima quarta-feira, 31, de conferências, grupos de trabalho sobre a prática docente e do lançamento da publicação “O que nos dizem os textos dos alunos”. Após o seminário, um documento com indicações para políticas públicas na área do ensino de língua portuguesa será formulado.

    Assessoria de imprensa da SEB
  • Estudantes do ensino fundamental e médio participam da segunda edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro (foto: João Bittar)Os 500 estudantes semifinalistas da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro vão participar, de 3a 18 de novembro, de quatro encontros regionais. Neles serão selecionados os 152 finalistas da competição. Cada aluno estará acompanhado do seu professor de língua portuguesa.

    De acordo com Maria Tereza Cárdia, do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), entidade que coordena a segunda edição da olimpíada, os encontros regionais vão reunir 125 semifinalistas por gênero literário. Durante três dias, estudantes do ensino fundamental e médio produzirão textos sob a orientação de especialistas e participarão de atividades culturais e de formação. Ao mesmo tempo, comissões designadas pelos organizadores avaliarão os textos elaborados tanto nas escolas quanto de forma presencial.

    Dessa avaliação, explica Maria Tereza, sairão os 152 textos — 38 por categoria — que irão à etapa nacional, prevista para 29 de novembro, em Brasília. Na capital federal serão anunciados os 20 vencedores, cinco por gênero literário.

    Os 500 professores que acompanham os alunos na etapa regional devem apresentar ao Cenpec um relato das práticas desenvolvidas na fase escolar da olimpíada. Eles terão de explicar como trabalharam com os estudantes, a receptividade, as dificuldades e as soluções encontradas. Os autores das 28 melhores experiências — sete por categoria — receberão aparelhos de DVD.

    Prêmios— Os concorrentes da fase regional — 500 alunos e 500 professores semifinalistas — receberão medalhas e cupons para a retirada de obras literárias na livraria montada no local do encontro. Os 152 estudantes e seus professores que passarem à fase final serão premiados com medalhas e aparelhos de som portáteis. As escolas receberão placas de participação.

    Concluída a olimpíada, cada vencedor — 20 alunos e 20 professores — receberá medalha, um microcomputador e uma impressora. Cada escola, dez microcomputadores, uma impressora e cupom para escolha de livros destinados a ampliar o acervo da biblioteca.

    A Olimpíada de Língua Portuguesa teve este ano a participação de 141.332 professores e 59.803 escolas públicas de educação básica. Educadores e unidades de ensino representam as 27 unidades da Federação e 5.488 dos 5.565 municípios brasileiros. O Lugar Onde Vivo é o tema que orienta os trabalhos de alunos e professores. A competição é promovida pelo Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social e coordenada pelo Cenpec.

    Confira as datas e cidades que sediarão os encontros regionais.

    Ionice Lorenzoni
  • Na escola carioca, há livros à disposição em todas as salas de aula; os professores leem para os alunos ou algum aluno lê para os demais (foto: arquivo da EM Portugal)Inserir os estudantes no mundo da leitura é o marco do projeto político-pedagógico da Escola Municipal Portugal para os 514 alunos, da educação infantil ao sexto ano do ensino fundamental. Todos os dias, os professores promovem o Momento da Leitura, quando leem para os alunos ou algum aluno lê para os demais. As turmas também fazem momentos de leitura individual. Cada estudante pode escolher o livro. A instituição está localizada no bairro de São Cristóvão, Zona Norte do Rio de Janeiro.

    “A escola mantém livros à disposição em todas as salas de aulas”, explica o coordenador pedagógico da instituição, Alexandre Roque de Araújo. “O acervo é atualizado periodicamente, com rodízio de obras entre as turmas ou trocas feitas diretamente na biblioteca.”

    A biblioteca, também conhecida como sala de leitura, conta com um professor regente, que desenvolve projetos para estimular o hábito de ler entre os alunos. Além de participar de atividades dirigidas, as crianças podem escolher livros para ler em casa e partilhar com os familiares, semanalmente.

    Segundo Alexandre, uma prática que contribui para o desenvolvimento do hábito de ler e de escrever é o uso de um diário por alunos das turmas do quarto ao sexto ano. “Eles usam o diário para escrever livremente sobre o que querem e têm a liberdade de partilhar ou não os registros para a turma”, revela. Há 12 anos no magistério, Alexandre é habilitado para o magistério das séries iniciais e graduado em história.

    A Escola Portugal também participa de trabalho voltado especificamente para os estudantes do primeiro ano do ensino fundamental. É o projeto Trilhas, composto por diferentes materiais para uso de professores e alunos, desenvolvido em parceria do Ministério da Educação com o Instituto Natura. “É um projeto de alfabetização e formação de leitores”, diz Alexandre.

    Um dos resultados já verificados com a aplicação do projeto foi o despertar da curiosidade das crianças para diversos tipos de textos, como parlendas — rimas infantis, usadas em brincadeiras ou como técnica de memorização —, poesias e contos. “Também auxiliou no processo de aquisição da escrita”, analisa o coordenador. De acordo com Alexandre, o momento dedicado às atividades do projeto tornou-se o preferido na sala de aula. “As crianças podem viajar no mundo do faz de conta e liberar a imaginação.”

    Professora responsável pela implementação do projeto Trilhas em duas turmas do primeiro ano, Daysi dos Santos Fonseca destaca como maior contribuição do trabalho o resgate cultural, para despertar nas crianças a vontade e a curiosidade de participar das rodas de leitura e tornar o ato de ler um momento descontraído e lúdico.

    Outro ponto que Daysi, com 30 anos de magistério, considera relevante é a riqueza cultural do projeto, até mesmo para os professores que não vivenciaram na infância as cantigas e brincadeiras de roda, agora resgatadas.

    Fátima Schenini

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    Confira o blog da EM Portugal
  • Em espaço próprio para leitura, as crianças da escola de Porto Alegre têm a oportunidade de escutar histórias e manusear livros e são orientadas a tratar as obras com cuidado (foto: Victor de Freitas/Secretaria Municipal de Educação)Desde que foi criada, há 17 anos, a Escola Municipal Valneri Antunes, de Porto Alegre, incentiva o gosto pela leitura entre os alunos, todos da educação infantil. Localizada no Parque Chico Mendes, no bairro Mário Quintana, a escola tem 204 alunos com idades de um ano a 5 anos e 11 meses. Eles ficam na instituição das 7 às 19 horas.

    O interesse pelas obras de literatura infantil é estimulado constantemente. Em um espaço de leitura usado pelas 11 turmas, os estudantes têm a oportunidade de escutar histórias e manusear livros e são orientados a tratar as obras com cuidado. “Achamos que a literatura seria uma ajuda à comunidade, que enfrenta muitos problemas com drogadição e violência”, explica a pedagoga Lia Fernanda Fadini, diretora da escola há seis anos. Especializada em educação infantil, ela está há 19 anos no magistério.

    A preocupação da escola em incentivar a leitura levou à participação no Concurso Escola de Leitores – Programa Prazer em Ler. O projeto Pipoletras (carrinho de pipoca com livros), criado pela professora Sigrid Fraga Moreira, ficou entre os vencedores da segunda edição (2011-2012). “A premiação provocou uma verdadeira revolução literária”, diz Nara de Freitas, vice-diretora da instituição. As mudanças ocorreram não só no espaço de leitura, revitalizado, com paredes coloridas, pufes, mesinhas e cadeiras coloridas adequadas à faixa etária, mas em todas as salas de aula, que dispõem agora de um cantinho de leitura.

    Nara considera como principal mudança a postura de educadores e funcionários. Eles aprenderam, em cursos de formação, que os livros não têm de ficar fechados e começaram a incentivar e a valorizar a literatura entre os próprios colegas. Segundo a professora, o grupo tinha grande dificuldade em abrir o armário e liberar o acervo à comunidade. Houve compra de novos livros, tanto de literatura infantil quanto para adultos e até os funcionários começaram a ler mais, nos períodos de intervalo ou retirando obras para ler em casa. “Hoje, os armários foram substituídos por prateleiras ao alcance das crianças”, ressalta a pedagoga, com especialização em educação infantil e 21 anos de magistério.

    Orgulho— Os alunos com mais de cinco anos podem levar livros para casa todas as semanas. “Eles fazem isso com muito orgulho, levam para casa um tesouro que dividirão com a família”, diz Nara.

    A cada período de 15 dias, o carrinho de pipocas com livros percorre locais da comunidade a fim de aproximar os livros das pessoas. O Pipoletras visita instituições como creches comunitárias e entidades que apoiam menores de 6 a 14 anos em situação de vulnerabilidade econômica e social por meio do Serviço de Apoio Socioeducativo (Sase), da prefeitura. De acordo com Lia, é possível perceber o interesse e o cuidado com os livros demonstrados pelos adolescentes atendidos.

    As visitas do carrinho, que obedecem a um cronograma, são acompanhadas, geralmente, pela professora Sigrid. Durante a visita, cada instituição recebe uma caixa com diversas obras para empréstimos aos interessados. Elas devem ser devolvidas à escola depois de 15 dias. Lia destaca o comprometimento observado no momento do retorno dos livros à biblioteca. “Mães envolvidas com drogadição têm demonstrado interesse e cuidado em devolver os livros”, ressalta. O Pipoletras sempre está presente em atividades da escola que têm a participação das famílias, como as festas juninas.

    Uma experiência vivida em visita à Colômbia, em 2012 — uma área especial de leitura para mães e bebês na escola, a bebeteca —, despertou em Nara a disposição de implantar algo semelhante. Assim, no berçário da Escola Valneri Antunes foi organizado um espaço que permite aos bebês interagir com livros específicos para a faixa etária — de pano e de plástico, com sons e imagens, que despertam a curiosidade.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e sobre o Concurso Escola de Leitores – Programa Prazer em Ler
  • Na escola gaúcha, a alfabetização e o incentivo à leitura têm prioridade nas aulas de língua portuguesa (foto: arquivo do CE Padre Colbachini)A Feira do Livro na Escola, realizada desde 2004 pelo Colégio Estadual Padre Colbachini, de Nova Bassano, no nordeste do Rio Grande do Sul, já teve a participação de 55 escritores. O evento é a atividade principal do projeto Aluno Leitor, criado para estimular a formação de leitores entre os mais de 800 estudantes matriculados na instituição. A escola atende turmas da educação infantil, do ensino fundamental e médio e da educação profissional e de jovens e adultos.

     

    Na visão da professora Giovane Bassani Deconto, que dá aulas de língua portuguesa a turmas do sétimo e nono anos, os contatos com os escritores têm levado a um aumento no interesse dos alunos pela leitura. Além de participar das atividades da Feira do Livro, Giovane adota projetos nas aulas. Folclore na Escola é um deles. “Por meio da música, do teatro e das lendas, o aluno se transforma em um verdadeiro cidadão, conhecedor de sua cultura, participativo e atuante”, diz a professora, formada em letras. Ela atua no magistério há mais de 15 anos.

     

    “Por meio da leitura, os alunos conseguem desenvolver melhor as ideias nos textos que produzem, e a ortografia é favorecida”, relata a professora Alessandra Lopes de Oliveira, que dá aulas de português no ensino fundamental, no médio e em turmas de educação de jovens e adultos. Ela aproveita o interesse dos estudantes pelo teatro para estimular o aprendizado. “Os estudantes conseguem captar a alma das obras e fazem excelente releitura dos livros”, revela Alessandra, há 15 anos no magistério, com licenciatura em letras. “Eles também gostam de participar de peças teatrais, pois perdem o medo de falar em público e se divertem.”

     

    Já a professora Marli Dagnese Fiorentin desenvolveu vários projetos durante os 32 anos de atuação no magistério para estimular a leitura e a escrita e integrar tecnologias. Com graduação em letras e especialização em tecnologias em educação, ela trabalha com alunos da educação infantil.

     

    Blogue — A ferramenta tecnológica mais utilizada por Marli é o blogue. Ela participa de cinco pessoais, três colaborativos e 14 sobre projetos educativos. A professora leva as atividades de literatura para o espaço virtual, com projetos de intercâmbio escolar e também com escritores de obras apresentadas em sala de aula.

     

    No blogue Livrolândia, os alunos trocam impressões sobre obras que leram. No Ficção versus Realidade, textos literários são o ponto de partida para o desenvolvimento de temas do cotidiano. Os blogues Debaixo de Mau Tempo e Verdade ou Consequência partem de obras lidas pelos alunos na Feira do Livro. Segundo Marli, na educação infantil, o foco das aulas de língua portuguesa está na alfabetização e no incentivo à leitura. Nesse caso, os blogues são usados para criar uma ponte com as famílias e também como um espaço para as crianças publicarem suas produções e participarem de jogos interativos, nos quais desenvolvem habilidades de letramento.

     

    Em 2011, Marli desenvolveu o blogue Pintando o Sete, classificado como semifinalista no concurso internacional Fundação Telefônica. Este ano, ela criou o Diário da Galerinha, que contém o projeto Eu e Você, Aqui e Lá, que parte do livro, do mesmo nome, da escritora Letícia Möller. As crianças redesenharam o livro, que trata da vida de um menino brasileiro e de outro, marroquino. Confeccionaram objetos, tiraram fotografias de momentos do cotidiano para desenvolver a identidade e também apresentaram uma peça de teatro, durante visita da escritora à escola e em seminário que reuniu professores da região.

     

    “Estamos trabalhando na releitura da lenda Negrinho do Pastoreio e desenvolvendo diversas atividades que vão culminar com a apresentação de uma peça teatral”, adianta Marli. “Com isso, reforçamos o conceito do respeito à diversidade, discutimos as questões do preconceito racial, da história da escravidão e da religiosidade de nosso povo.”

     

    Na etapa de releitura da lenda são realizadas várias atividades, além da narração da história e da representação da mesma em desenhos. Dentre essas atividades está o estudo de aspectos que despertam o interesse das crianças, como a vida das formigas e raças de cavalos. “A cada ano, as atividades tornam-se cada vez mais significativas, pois o processo de leitura e releitura é contínuo”, diz a pedagoga Salete Cestonaro Bongiovanni, diretora da instituição desde 2007. Há 31 anos no magistério, Salete tem habilitação em séries iniciais, com pós-graduação em gestão, supervisão e orientação escolar.

     

    Fátima Schenini


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    Confira o blogue do CE Padre Colbachini

     

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