Com 14 mil alunos, 1.330 professores e multicampi em sete cidades, o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Paraná é o primeiro centro do país a se transformar em universidade tecnológica. A Lei nº 11.184, que cria a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 10.
O Cefet-PR tem origem na Escola de Aprendizes e Artífices, criada em 1909. Em 1978, junto com as escolas de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, transformou-se em Cefet. Nesses 27 anos, especializou-se nas áreas de mecânica, eletrônica, construção civil, informática e química industrial para atender às demandas do setor produtivo local e regional.
Hoje, explica o diretor Édem Januário Neto, atua junto às empresas, transferindo tecnologia e treinando pessoal em diferentes áreas. Para Édem, entre as conquistas que a transformação em universidade traz, destacam-se a autonomia, que fortalece os conselhos universitário e de ensino, a possibilidade de planejamento de médio e longo prazo, e a busca de novas parcerias nacionais e internacionais que fortaleçam a universidade. Um dos fatores decisivos para a mudança de patamar é a estrutura dos programas de pós-graduação: um doutorado em engenharia elétrica e quatro mestrados na área tecnológica.
Perfil – Pela lei que criou a UFTPR, a instituição deve oferecer cursos de graduação e pós-graduação e formar profissionais para as áreas da educação tecnológica; cursos de licenciatura e programas especiais de formação pedagógica de professores; a partir de demandas local e regional, oferecer cursos técnicos integrados ao ensino médio; educação continuada para a capacitação, aperfeiçoamento, especialização e atualização de profissionais, em todos os níveis de ensino e realizar pesquisa e extensão.
Estrutura – A nova universidade tem sede em Curitiba e campi em Pato Branco, Dois Vizinhos, Medianeira, Cornélio Procópio, Ponta Grossa e Campo Mourão. Como Cefet, oferece 41 cursos de graduação, quatro programas de mestrado, um doutorado, 10 cursos técnicos de nível médio e cerca de 50 cursos de especialização. Todos esses cursos, explica Édem Januário Neto, terão os próximos certificados expedidos pela pessoa jurídica universidade e não mais pelo Cefet. O mesmo vai acontecer com os vestibulares.
Rede – A rede federal, sob responsabilidade do Ministério da Educação, compreende 144 instituições: 34 centros federais de educação tecnológica (Cefet), 43 unidades descentralizadas (Uned), 36 escolas agrotécnicas federais (EAF), 31 escolas técnicas vinculadas às universidades federais, e a Escola técnica Federal de Palmas, em Tocantins.
Repórter: Ionice Lorenzoni