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  • Em setembro do ano passado, nas comemorações do Dia da Árvore, professores e estudantes, em mutirão, plantaram mudas de ipê em todo o quarteirão que circunda a escola Padre Ernesto Camilo Barreto (foto: acervo do professor Sérgio Chaves)Desde que participou de um curso de capacitação de professores mediadores em educação ambiental, promovido pela Secretaria de Educação de Mato Grosso, em 2005, Sérgio Chaves não parou mais de idealizar ações. Em todas elas, o objetivo é estimular a preocupação com o meio ambiente entre alunos, professores e pessoas da comunidade.

    Professor de educação física da rede estadual de ensino em Cuiabá, Sérgio começou o trabalho ambiental na Escola Estadual Historiador Rubens de Mendonça, que tinha como maiores problemas o excesso de lixo e a depredação do patrimônio. “Após um ano de projeto efetivo, as depredações acabaram e passou a sobrar dinheiro para investimento, por exemplo, em equipamento de multimídia e ar condicionado”, diz.

    As iniciativas foram aumentando a cada ano. Ao constatar que o projeto era sério e dava visibilidade à escola, os demais professores passaram a se envolver e a ajudar nas atividades. A autoestima ficou visível na comunidade escolar. “Quando verificamos os resultados de um trabalho coletivo que dá certo, o moral fica elevado”, diz Sérgio. “E nos sentimos capazes de realizar.”

    Uma das primeiras atividades foi a coleta de garrafas plásticas e latas de alumínio. Bem-sucedida, a iniciativa passou a ser adotada também na Escola Estadual Padre Ernesto Camilo Barreto, onde Sérgio trabalha atualmente. O trabalho é organizado em forma de gincana, com dias e horas estipulados para a coleta. Os resultados obtidos são descritos em um quadro informativo, após a contagem do material, feita com a ajuda dos professores.

    As turmas que se destacam têm direito a participar de passeios ou aulas de campo. O material coletado é vendido pelos alunos. A verba acumulada é administrada por uma comissão de estudantes e gasta somente pelos alunos. “A escola não tem ingerência sobre o dinheiro”, explica o professor.

    Oficina— Outra atividade é a oficina de reaproveitamento. “Ao fazer artesanato com resíduos sólidos estamos diminuindo o lixo no meio ambiente, transformando-o em objetos úteis e artísticos, de forma criativa e divertida”, assegura Sérgio. Individualmente ou em pequenos grupos, os professores são incentivados a desenvolver oficina com os estudantes, que juntam antecipadamente o material a ser usado. Posteriormente, os trabalhos produzidos são expostos à comunidade e até mesmo comercializados.

    Um exemplo é a oficina de vassouras feitas com garrafas plásticas. Ela foi criada por dois professores da Escola Rubens de Mendonça a partir de informações obtidas na internet. Uma vassoura é feita com 17 garrafas plásticas cortadas em tiras, sem necessidade de máquinas ou equipamentos sofisticados. Após a colocação de um cabo, preso com arames e pregos, a vassoura está pronta. Ela é apreciada pelas mães dos alunos. “São muito úteis e resistentes”, salienta o professor.

    Sérgio também organiza palestras, conferências e campanhas educativas. No ano passado, para as comemorações do Dia da Árvore, em 21 de setembro, ele promoveu o plantio de ipês, espécies nativas da região, em todo o quarteirão que circunda a escola em que leciona. A atividade foi realizada em forma de mutirão, por professores e alunos, durante evento festivo, que teve a apresentação da fanfarra da unidade de ensino.

    Ainda para este ano, está prevista a criação da Comissão pelo Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com-Vida), composta por alunos, professores, e funcionários da escola, além de representantes da comunidade. De acordo com o professor, embora cada pessoa tenha o próprio conceito ou visão sobre determinado assunto, as ações dentro e fora da escola devem ser unificadas, em benefício da sustentabilidade no planeta. “Consequentemente, teremos uma melhor qualidade de vida para nós e para os nossos descendentes.”

    Fátima Schenini


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  • Temas relacionados ao meio ambiente têm inspirado projetos desenvolvidos pelos alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas. Nos laboratórios surgem produtos elaborados com peças descartadas pela população. Um exemplo é o robô montado com placas de computadores, baterias de telefones celulares e tampas de garrafas plásticas.


    O projeto de pesquisa é desenvolvido, na área de robótica, por alunos do curso tecnológico de sistemas elétricos no campus de Palmeira dos Índios. “Os elementos comprados para a montagem do robô foram só as pilhas, que o fazem se movimentar”, explica o aluno Cláudio dos Santos.


    No curso superior de tecnologia de design de interiores, os alunos estudam a possibilidade de lançar, até o fim do ano, uma linha infantil de assentos produzidos com garrafas plásticas. Eles já desenvolveram, com sucesso, sofá, pufe e cadeira. “Começamos fazendo uma campanha de coleta das garrafas e, depois, partimos para o processo de separação, a partir da união da fórmula cilíndrica e o estudo de amarração”, explicou a estudante Clarisse Gomes.


    No campus de Maceió, alunos do curso de eletrônica produziram uma decoração, chamada de jardim mecânico. Mais uma vez, foram usadas garrafas plásticas, transformadas em flores artesanais com sistema de luzes (pisca-pisca) para iluminar jardins de residências ou empresas.


    No mesmo campus, estudantes do curso técnico de química produzem álcool a partir do inhame, tubérculo rico em amido. Segundo os alunos, a fórmula química do inhame possibilita a produção durante o ano inteiro, diferente da cana-de-açúcar, que depende das safras para o escoamento da produção de álcool.

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • Coordenação recebeu 278 propostas por meio do programa Entre Mares


    A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou nesta quinta-feira, 16 de janeiro, o resultado preliminar do Entre Mares. O programa seleciona projetos e vai destinar R$ 1,3 milhão a docentes de pós-graduação que tenham linhas de pesquisa relacionadas ao derramamento de óleo das praias brasileiras.

    O programa recebeu 278 projetos, dos quais 12 foram selecionados. A Capes oferece aos pesquisadores a possibilidade de recorrer da decisão, após a divulgação dos selecionados preliminarmente, em até três dias úteis. O resultado final será publicado depois da análise dos eventuais recursos.

    Os projetos inscritos deveriam seguir uma das áreas temáticas: avaliação dos impactos ambientais e socioeconômicos, biorremediadores, dispersão do óleo, processamento de resíduos, tecnologia aplicada à contenção do óleo e saúde coletiva. As propostas escolhidas serão financiadas em até R$ 100 mil e uma cota de bolsa de mestrado, a ser implementada até junho de 2020.

    O objetivo da iniciativa é contribuir para a contenção, para o processamento do resíduo encontrado e para a redução de danos ao meio ambiente.

    A iniciativa foi desenvolvida para atender o pedido feito pelo Grupo de Acompanhamento e Avaliação formado pela Marinha do Brasil, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis, criado no âmbito do Plano Nacional de Contingência.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Até a próxima terça-feira, 19, 500 alunos de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal estarão reunidos na cidade de Sumaré (SP) para participar da última etapa da 5ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (V CNIJMA), que tem como tema Vamos Cuidar do Brasil Cuidando das Águas. O evento é promovido pelos ministérios da Educação e o do Meio Ambiente, e participam estudantes de 11 a 14 anos do sexto ao nono anos do ensino fundamental, além de professores, especialistas e técnicos dos órgãos envolvidos.

    De acordo com Felipe Felisbino, coordenador geral de educação ambiental e temas transversais da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, os alunos selecionados apresentaram projetos que procuram solucionar problemas relacionados à água, como por exemplo, falta e reúso do produto ou tratamento de esgoto. “Esse projeto é uma importante oportunidade para integrar a escola com a comunidade e a comunidade com a escola”, enfatiza Felisbino. 

    Durante os cinco dias de encontro, os participantes da conferência receberão capacitação para que consigam colocar em prática nas suas cidades os projetos selecionados. “O nosso objetivo nessa etapa final não é escolher um vitorioso. Todos são merecedores. Neste momento, o que queremos é que esses adolescentes consigam melhorar a qualidade de vida das suas cidades solucionando problemas que eles identificaram”, afirma o coordenador.

    A programação baseia-se na aprendizagem por meio de games, ou uma jornada em forma de gincana, que promove práticas pedagógicas de educação ambiental de forma participativa e estimula ações transformadoras que poderão ser replicadas no cotidiano e nas comunidades escolares. Há também uma feira de projetos dos estados onde os participantes podem compartilhar experiências e aprimorar seus projetos.

    A seleção desses projetos começou a ser feita desde o ano passado. O início da quinta edição foi marcado com as conferências escolares, que mobilizaram cerca de 9,7 mil escolas em torno desse processo educativo, elaborando projetos de ação sobre o tema água para transformar a realidade da escola e seu entorno. Logo após essa fase, foram realizadas as etapas municipais, que escolheram os melhores projetos de cada cidade, e em maio deste ano, as etapas estaduais que selecionaram as propostas que participariam da Conferência Nacional.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Os desastres ambientais ganham destaque nesta sexta-feira, 23, na TV Escola. O documentário Águas montantes: o aquecimento global e o destino das ilhas no Pacífico fala sobre o impacto do efeito estufa nas ilhas tropicais do Pacífico e analisa as políticas ambientais da região, que buscam meios para diminuir a poluição.


    O programa aborda a visão de estudiosos que acreditam que as pequenas nações das ilhas do Pacífico estão ameaçadas pelo aquecimento global. Com aproximadamente 53 minutos de duração, o documentário mostra, de uma forma impactante, como o ser humano é vulnerável e pequeno frente à natureza.


    O professor de biologia da Universidade de Brasília (UnB), Juan José Verdesio, afirma que os fenômenos climáticos são completamente imprevisíveis e “o que pode ser dito sobre o futuro dessas populações é apenas suposição”.


    Questionado sobre o futuro da população dessas ilhas, o professor diz que provavelmente elas desapareçam, em parte pelo aquecimento global ou por um fenômeno climático como um tsunami. “Do meu ponto de vista, temeria mais os efeitos de um tsunami do que o aquecimento global, que será gradativo e permitirá deslocar a tempo as populações”, completa.


    O documentário será apresentado sexta-feira, 23 de outubro, ao meio dia, com reprise na segunda-feira, 2 de novembro, às 6h, às 10 h e às 16h. A TV Escola pode ser sintonizada via antena parabólica (digital ou analógica) em todo o país e no Portal do MEC. Seu sinal está disponível também nas tevês por assinatura DirecTV (canal 237), Sky (canal 112) e Telefônica (canal 694).

    Assessoria de Imprensa da Seed

  • A Coordenação-Geral de Educação Ambiental (CGEA) vincula-se à Diretoria de Educação Integral, Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad/MEC). Integra, juntamente com o Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, o Órgão Gestor da PNEA – Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99 e Decreto 4.281/02).


    Atuando junto aos sistemas de ensino e instituições de ensino superior, a Secad/MEC apoia ações e projetos de educação ambiental que fortaleçam a PNEA e o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), em sintonia com os princípios e diretrizes do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, da Carta da Terra, da Carta das Responsabilidades Humanas e da Agenda 21.

    Círculo virtuoso da Educação Ambiental


    Contato:Coordenação-Geral de Educação Ambiental – CGEA/DEIDHUC/SECAD/MEC
    Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Anexo I, 4º andar, sala 419 - CEP 70047-900 - Brasília - DF
    Telefones: (61) 2022-9192/9193/9196/9200
    Fax: (61)2022-9199

    E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.


    Acesse aqui outras ações e atividades

  • O Ministério da Educação, em parceira com o Ministério do Meio Ambiente, pretende lançar em junho próximo a 2ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, no encerramento do programa Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas. Implementado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), o programa, que capacita professores e alunos em educação ambiental, entra agora na última fase, denominada Seminários de Formação III.

    Os seminários de formação continuada de professores e alunos em educação ambiental serão iniciados agora em abril. Em junho, serão concluídos em todos os estados. "É um ciclo que se fecha, pois o programa nasceu com o objetivo de dar continuidade às discussões da primeira conferência infanto-juvenil pelo meio ambiente, em 2003, e de preparar as escolas para a conferência deste ano", afirmou a coordenadora-geral de educação ambiental da Secad, Rachel Trajber. Em dois anos, segundo Rachel, o MEC investiu mais de R$ 2,5 milhões no programa.

    Biodiversidade - A conferência deste ano porá em debate temáticas inéditas, voltadas para a popularização de acordos internacionais sobre biodiversidade, mudanças climáticas, segurança alimentar e raça. "As escolas do ensino fundamental de todo o país serão os espaços para o debate sobre diversidade étnico-racial, cultural, social e biológica", afirmou Rachel. "Jovens, professores e comunidade se apropriam localmente dos compromissos planetários, interligando o local e o global, ampliando e aprofundando os temas debatidos na primeira conferência."

    A importância dos debates está nos seminários de formação de professores e alunos e nas conferências nas escolas, que fazem parte do mesmo processo de educação ambiental. "Em 2003, chegamos a atingir 16 mil escolas com a primeira conferência. Para este ano, a meta é dobrar o número de escolas que realizarão suas conferências entre junho e agosto", disse Rachel.

    Repórter: Cristiano Bastos

  • Estudantes da escola de Catalão distribuem panfletos para mostrar à comunidade o que aprenderam sobre cidadania e conscientizar os moradores sobre atitudes sustentáveis (foto: portal catalão.com.br) O envolvimento da família e da comunidade é considerado de fundamental importância pela Escola Municipal Patotinha, no município de Catalão, sudeste de Goiás. Localizada em bairro distante do centro da cidade, numa comunidade com poucas oportunidades sociais, culturais e econômicas, a escola atende crianças de 5 a 11 anos, originárias, em sua maior parte, de famílias de baixo poder aquisitivo.

    Assim, em um projeto sobre questões ambientais, criado pela professora Kênia Mara da Costa, os familiares e responsáveis pelos alunos, principalmente as mães, aprenderam a fazer receitas culinárias alternativas, refrigerantes caseiros e até sabão ecológico. “A escola é a principal fonte cultural no que diz respeito à educação formal das crianças. E tem uma responsabilidade ainda maior em desenvolver projetos voltados para a comunidade local”, avalia a professora.

    Seu trabalho, Eu Aprendi e Vou Ensinar: Atitudes Cidadãs de Sustentabilidade, foi um dos vencedores da edição de 2012 do Prêmio Professores do Brasil. Nele, a professora enfocou diferentes temas relacionados ao meio ambiente e à busca de alternativas para a redução do consumo exagerado, bem como o destino do lixo e o aquecimento global. Tudo para mostrar que é possível construir um mundo diferente e resgatar valores como responsabilidade e respeito à vida e ao planeta.

    “Os familiares adoram quando os convidamos a vir à escola e participar das atividades, e os alunos ficam mais dispostos a vivenciar, em casa, o que aprenderam nas aulas”, diz Kênia. “É o conhecimento extrapolando os muros da escola.”

    Uma das atividades que tiveram a participação das famílias foi a oficina de aprendizagem de receitas alternativas e aproveitamento de partes de vegetais, como cascas e talos, que costumam ser jogadas fora. “As mães perceberam o quanto podem economizar e agradar as crianças”, ressalta a professora.

    Hábitos— No desenvolvimento do projeto, aplicado em turmas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, foi possível verificar o surgimento de mudanças de hábitos. Na alimentação, por exemplo, houve a tomada de consciência sobre a necessidade de limitar a ingestão de alimentos salgados ou gordurosos, especialmente os industrializados. No lanche, os alunos começaram a substituir o refrigerante pelo suco e o biscoito pela fruta.

    Com relação ao destino do lixo, os estudantes fizeram reflexão sobre os prejuízos ocasionados pelo hábito de jogar detritos no quintal ou em terrenos baldios. Para repassar à comunidade o que aprenderam e conscientizar um maior número de pessoas, eles confeccionaram panfletos com explicações sobre atitudes sustentáveis e saíram às ruas para distribuir o material e conversar com as pessoas.

    “Foi um momento de entusiasmo e valorização da autoestima, numa execução do que foi planejado, um cooperando com o outro”, afirma Kênia. Segundo ela, os estudantes usaram seus conhecimentos em favor do meio ambiente ao explicar o que eram atitudes sustentáveis, como poluir menos, gastar menos água e menos energia elétrica.

    De acordo com a professora, a partir da realização do projeto, os alunos entenderam que todos são responsáveis pela preservação. “Eles ficaram mais dispostos e atentos não só para aprender, mas para divulgar o que aprenderam”, diz Kênia, que atua no magistério há 14 anos. Graduada em letras e com especialização em linguística aplicada e em metodologia do ensino fundamental, ela trabalha na secretaria de Educação do município.

    Fátima Schenini

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  • Na escola de Contagem, por iniciativa dos estudantes, foi desenvolvido sistema de irrigação da horta, com captação de água das chuvas e aspersores feitos de garrafas plásticas (foto: blog da Escola Professora Ana Guedes Vieira)Tão logo assumiu a direção da Escola Municipal Professora Ana Guedes Vieira, no município mineiro de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, Sandra Condé Corgozinho decidiu pôr em prática uma proposta pedagógica que privilegiasse os eixos temáticos mais emergentes na comunidade. Como a escola fica em uma área de preservação ambiental, na região de Vargem das Flores, um dos eixos escolhidos foi meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

    Entre as iniciativas está a implantação dos grupos de estudo, socialização e planejamento (Gesp). Eles proporcionam espaço para o estudo de áreas específicas de interesse de alunos e professores e o desenvolvimento crítico do conteúdo, com o estímulo do saber e o diálogo entre eixos temáticos e componentes curriculares. “Assim, há um grupo de educadores que planejam e executam ações que promovem a sustentabilidade ambiental”, explica Sandra. Ela considera os resultados significativos. “A comunidade escolar está mais informada, conscientizada, engajada e aberta a novas propostas que promovam o desenvolvimento sustentável”, revela. Formada em letras, com cursos de especialização e aperfeiçoamento nas áreas de docência superior, gestão escolar e inclusão, Sandra atua em escolas de ensino fundamental da rede municipal de ensino há 29 anos.

    Assim que ingressou na escola, a professora de artes Marta Trindade Cézar passou a fazer parte do Gesp Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Ela tem interesse no tema desde que era aluna do curso de licenciatura em desenho e artes plásticas. Segundo Marta, quase todas as disciplinas práticas enfatizam a importância de usar materiais recicláveis e respeitar o meio ambiente. Mas ela passou a ler mais e a se interessar efetivamente pelo assunto ao fazer pesquisa para a criação de um cenário, na disciplina de teatro. “Passei a defender a reciclagem, o não desperdício e a preservação da natureza”, revela a professora, que também exerce a função de articuladora comunitária do programa Mais Educação. “Desde então, tento participar de formações e eventos relacionados às questões ambientais.”

    Entre as atividades desenvolvidas na escola, nessa área, Marta destaca a irrigação da horta com aspersores feitos com garrafas plásticas, o minhocário e a captação da água da chuva e seu armazenamento em reservatório, além do monitoramento de nascente de água. A confecção de sacolas ecológicas e embalagens para presentes, de bijuterias e brinquedos feitos com materiais recicláveis, a realização de mutirões de limpeza na escola, trabalhos artísticos com elementos da natureza como matéria-prima estão entre outras iniciativas desenvolvidas na instituição de ensino.

    “Essas ações não são individuais; são o esforço coletivo de uma equipe que está sempre em busca de ideias capazes de contribuir para formar cidadãos engajados na defesa do meio ambiente”, destaca Marta. Entre os principais resultados obtidos ela cita o aumento do interesse dos alunos e a credibilidade que o trabalho da escola encontra por parte de outras instituições. A professora constata que a unidade de ensino está cada dia mais engajada em trabalhos de sustentabilidade.

    Plantio— Outro professor que participa do Gesp sobre meio ambiente é Geraldo Magela Ferreira Campos. Graduado em educação artística, com especialização em arte na educação, ele dá aulas de artes no ensino fundamental e médio. Geraldo participou do plantio de 50 árvores em área da escola na qual as salas ficavam expostas ao sol durante longo período, causando desconforto a alunos e professores. A ação teve a participação de estudantes, pais, professores e membros da comunidade.

    Segundo Geraldo, o cuidado com as árvores fez surgir a ideia de cultivar uma horta. “Isso demandou adubação, pois o solo era pobre”, lembrou. “Surgiu, então, o compostário, que fornece adubo à horta e às árvores.” A compostagem é feita a partir de cascas de frutas e legumes usados no preparo da merenda, restos de podas das árvores, folhas secas e doações de serragem e esterco.

    O professor conta que os estudantes ficaram empolgados ao perceber que três árvores próximas à área adubada tinham crescimento mais vigoroso que as demais. Eles também constataram que parte das árvores crescia em ritmo lento por falta de água. Tiveram então a ideia de captar água da chuva para irrigação da horta. Para isso, criaram um sistema feito com garrafas plásticas. “O resultado é que, a partir de uma iniciativa simples, a escola tem hoje um sistema complexo de plantio, no qual as árvores convivem, em harmonia, com hortaliças e leguminosas”, destaca.

    Na irrigação e na adubação são usados recursos que não geram impacto ou desperdício. “Como uma coisa puxa outra, agora temos também um galinheiro anexo a este espaço e, para um futuro próximo, muitos projetos e sonhos”, afirma o professor.

    Fátima Schenini


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  • Estudantes visitam a reserva Revecom: trabalho de campo para aproximar teoria e prática (foto: rppnrevecom.blogspot.com)Meio Ambiente no Século 21 é o tema central do Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) desenvolvido na Escola Estadual Professor Rodoval Borges Silva, em Santana, município da região metropolitana de Macapá, Amapá. Iniciado em 2010, o programa tem sido bem aceito por professores e alunos.

    “Essa aceitação pode ser constatada pela participação ativa e envolvimento manifestado nos diversos trabalhos”, explica a coordenadora pedagógica Francisca de Moraes Guedes, que atua como articuladora do programa. “Os alunos participam de todas as atividades de maneira exemplar.”

    Oficinas de teatro, música e dança, aulas de futsal, voleibol, informática, momentos para leitura e realização de experiências científicas são algumas das atividades do programa. “Os estudantes aprendem e se divertem”, avalia a coordenadora. De acordo com Francisca, o ProEMI dá oportunidade à escola de elaborar o próprio currículo e trabalhar com os anseios dos alunos e da comunidade. “Considero o ProEMI um crescimento na educação”, ressalta. “Ele busca garantir a formação integral com a inserção de atividades que tornam o currículo mais dinâmico, atendendo às expectativas dos alunos e às demandas da sociedade local.”

    A professora salienta que o programa leva alunos e professores a se tornarem pesquisadores e cria condições para melhorar a qualidade do ensino médio.

    Na visão do pedagogo Romildo Ferreira Holanda Júnior, diretor da escola, o programa visa a garantir uma educação de melhor qualidade. “Percebe-se que o índice de reprovação e abandono está diminuindo gradativamente”, diz Romildo, que está há 20 anos no magistério.

    Campo — Em 2014, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável tiveram destaque no ProEMI, com a realização de trabalho de campo na reserva particular de patrimônio natural Revecom, em Santana. O trabalho teve o sentido de aproximar teoria e prática.

    Na fase inicial, chamada de pré-campo, os professores sugeriram formas interdisciplinares de desenvolvimento do trabalho. Também foram realizadas aulas expositivas para discutir o tema a partir de diferentes abordagens disciplinares — história, sociologia, geografia, química, física e biologia.

    Na etapa denominada de campo ocorreu a aula prática, com participação de alunos, professores e funcionários da reserva Revecom. No pós-campo, foram realizadas palestras, exposição fotográfica e atividades de sensibilização da população no entorno da escola.

    De acordo com a professora Francisca, o ProEMI também desenvolveu projeto sobre a relação entre a migração e o mercado de trabalho no Amapá — o estado tem sido destino de fluxos migratórios —, na tentativa de compor um quadro analítico da realidade das famílias dos alunos, além de tentar entender parte da realidade do estado.

    Há 22 anos no magistério, a professora tem licenciatura em geografia, especialização em supervisão escolar e mestrado em ciências da educação.

    Fátima Schenini

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  • Na escola Cândida Santos de Souza, os estudantes preparam campanhas educativas e participam de oficinas de reciclagem para o manejo adequado dos detritos (foto: arquivo da escola)O projeto Consumo Consciente: Agir e Viver por um Mundo Melhor foi criado para mostrar como deve ser feito o manejo do lixo, não apenas na Escola Municipal de Ensino Fundamental Cândida Santos de Souza, mas também no bairro Distrito Industrial, onde a instituição está situada, em Ananindeua, Pará, na região metropolitana de Belém. Desenvolvido pela pedagoga Alcilene Costa de Magalhães, professora de informática educativa, o projeto busca soluções para diminuir o acúmulo de lixo na cidade.

    O trabalho é feito por meio de campanhas educativas e oficinas de reciclagem para o manejo adequado dos detritos. “As campanhas e oficinas têm o objetivo de sensibilizar a comunidade para a importância de cuidar do lixo e dar a ele um local apropriado, além de praticar ações de consumo consciente, dizendo não ao desperdício”, explica Alcilene. Há 15 anos no magistério, a professora já trabalhou com alunos da educação infantil e do ensino fundamental em instituições de ensino particulares de Belém. Também foi coordenadora pedagógica da educação de jovens e adultos durante dez anos em escola da rede estadual.

    A fim de mostrar à comunidade as boas iniciativas de combate à degradação do meio ambiente, os envolvidos no projeto executaram diferentes atividades. Uma delas, o manejo do lixo no bairro, sob o lema Diga Não ao Desperdício. Outra, a proposta Vamos Cuidar do Nosso Lixo, de prevenção contra os resíduos jogados no chão. Foi feito ainda um apelo por mudanças de comportamento entre as pessoas.

    De acordo com Alcilene, nas ações de combate ao acúmulo do lixo na comunidade os estudantes chamaram a atenção do público para a preservação do meio ambiente. Eles destacaram a importância de conservar a escola como patrimônio público e o lugar no qual vivem. “Com esse trabalho de informação e sensibilização na comunidade, executamos as propostas de cuidar do meio ambiente”, afirma. “E cuidando do meio ambiente estamos cuidando de nós mesmos.”

    Cidadania
    — O projeto abrangeu iniciativas de cidadania voltadas para a informação e a sensibilização da comunidade escolar, executadas no decorrer do ano letivo. No primeiro semestre, foram realizadas ações interdisciplinares para discutir o tema lixo no bairro. Entre elas, reuniões, sessões de vídeo e passeios para visualização dos problemas ocasionados pelo acúmulo de lixo. Professores e alunos executaram tarefas de diversas disciplinas — português, história, geografia, inglês, ciências e educação física. Os alunos da quinta à oitava série do ensino fundamental visitaram a comunidade em torno da escola e conversaram com os moradores para explicar o problema e indicar formas de melhorar o manejo do lixo no bairro.

    No segundo semestre, foram realizadas ações de combate ao acúmulo de detritos. “Os alunos da sexta e da sétima séries informaram à comunidade sobre os prejuízos causados pelo lixo em nossa vida e como podemos colaborar para que todos vivam em paz com o manejo e a coleta seletiva”, ressalta Alcilene.

    O projeto é executado desde 2009. A cada ano, ganha novas ações. Segundo Alcilene, ele se fortaleceu em 2011. “Na ação Plante uma Árvore, realizada no fim deste ano, conseguimos 250 mudas de plantas ornamentais e frutíferas”, destaca. Na gincana ambiental, promovida em setembro, foram recolhidas cinco mil garrafas plásticas. “A coleta ultrapassou nossa expectativa.”

    Na visão da professora, trabalhar com projetos ajuda na evolução do aluno e a alcançar as metas. “Educamos para a cidadania e para a prática do consumo consciente”, diz. “Os resultados estão sendo gratificantes.”

    Fátima Schenini


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  • Entre os projetos de preservação do meio ambiente, saúde e alimentação desenvolvidos pela escola potiguar está o da horta comunitária, com a participação de estudantes e funcionários (foto: arquivo da escola)Estudantes, professores e proprietários de indústrias de fabricação de farinha de mandioca do município de Vera Cruz, Rio Grande do Norte, vão produzir, juntos, um inseticida natural, a ser usado no combate a pragas no viveiro de plantas frutíferas e na horta da Escola Municipal Filomena Cúrcio Cabral. O inseticida é preparado a partir da manipueira, resíduo da mandioca na fabricação da farinha.

    A diretora da instituição, a pedagoga Luciana Gomes da Silva Ferreira, considera a ação sustentável importante para a escola e seu entorno, pelo impacto ambiental positivo e por resultar em vantagens para a economia da comunidade. Além disso, a prática é de baixo custo, fácil aplicação e pode ser adotada em outros locais. A escola está localizada no sítio Santa Cruz, na zona rural de Vera Cruz, a 70 quilômetros de Natal.

    Diretora há seis anos, Luciana tem 18 de magistério. Ela já lecionou a turmas de educação de jovens e adultos em outra instituição de ensino e a turmas da educação infantil na atual escola. Segundo ela, a manipueira é um líquido amarelado, resultante da prensagem da mandioca. O líquido é depositado em reservatórios e, após período de repouso e manipulação, é aplicado nas folhas e na terra para combater as pragas.

    A diretora revela que desde 2005 a escola desenvolve projetos de preservação do meio ambiente, de saúde e de alimentação. Entre eles, a criação e manutenção de horta comunitária, com envolvimento de alunos e funcionários. Os produtos da horta são aproveitados para a merenda escolar.

    No desenvolvimento do projeto, denominado Sustentabilidade, uma Ação Educativa com Práticas Reais, a unidade de ensino mantém ainda um viveiro de plantas frutíferas. As mudas são distribuídas entre os estudantes e demais integrantes da comunidade escolar.

    Ana Júlia Silva de Souza

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  • Os perigos da poluição atmosférica inspiraram a Escola Municipal de Ensino Fundamental Antônio Prevedello a desenvolver projeto para transformar a instituição em escola sustentável. De acordo com a professora Aline Rizzardi, o projeto, criado por alunos do oitavo e do nono anos do ensino fundamental, visa principalmente a conscientizar os agricultores em relação ao uso indevido de agrotóxicos em áreas próximas a escolas rurais.

     

    Localizada na área rural do município de Cruz Alta, noroeste do Rio Grande do Sul, às margens da rodovia BR 377, a escola Antônio Prevedello sofre com a poluição atmosférica e sonora, consequência tanto do uso de defensivos agrícolas nas lavouras quanto do intenso tráfego de carros e veículos pesados. O projeto da instituição de ensino gaúcha foi apresentado na 4ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, promovida pelos ministérios de Educação e do Meio Ambiente, em Luziânia (GO), de 23 a 28 de novembro último.

     

    A sugestão dos estudantes é a substituição dos produtos químicos por defensivos naturais. Além disso, eles pretendem alertar as autoridades sobre a falta de sinalização adequada na rodovia — não há indicações aos motoristas sobre a existência de escolas nas proximidades. O projeto prevê ainda atividades para orientar a população quanto à necessidade de respeitar os níveis de som aceitáveis à saúde humana.

     

    Iniciado em agosto último, o trabalho tem como primeira ação o combate ao uso indevido de agrotóxicos. A escola sugere que os agricultores sejam instruídos sobre cuidados a serem tomados no uso de defensivos e defende a substituição de produtos químicos por defensivos naturais. Para isso, conta com o apoio de universidades locais e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).


    Perigos — Para resolver o problema da poluição sonora, os estudantes confeccionaram maquetes com material reciclado. Com elas, esperam mostrar os problemas resultantes da falta de sinalização. “O objetivo é mostrar a dirigentes municipais e órgãos de trânsito os perigos a que os alunos são submetidos diariamente, além da poluição sonora”, diz Aline, que tem graduação em ciências biológicas, especialização em gestão ambiental em espaços rurais e mestrado em agronomia. Segundo a professora, o ruído provocado por excesso de velocidade, buzinas e freadas, entre outros, chega, algumas vezes, a interromper as aulas.


    Fátima Schenini

     

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  • Temas relativos a preservação e sustentabilidade serão debatidos na 4ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, em novembro (foto: ACS/MEC – 8/8/11) Com 280 escolas públicas cadastradas no sistema da 4º Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, as redes de ensino estadual e municipal do Ceará aparecem em primeiro lugar no quesito participação entre as unidades da Federação. Até 30 de junho, o sistema da conferência recebeu cadastros de projetos de 468 escolas de 22 estados e do Distrito Federal. O prazo para as escolas registrarem projetos vai até 7 de setembro. A conferência nacional será realizada de 25 a 29denovembro.

    Na avaliação da coordenadora de educação ambiental do Ceará, Lindalva Cruz, 280 escolas é um número irrelevante, considerada a trajetória do estado nas três conferências anteriores. “Nosso objetivo, este ano, é ter a participação de mais de mil escolas”, afirmou. Lindalva atribui à mudança de gestão na maioria das redes municipais de educação, após as eleições municipais de 2012, uma das dificuldades para alcançar os números dos anos anteriores. Em 2003, o Ceará teve participação de 1.969 escolas; em 2005, foram 2.196; em 2009, 2.241.

     

    Além das atividades para a conferência, a secretaria de Educação cearense trabalha os temas ambientais todos os anos. Dois eventos estão consolidados — a mostra estadual de meio ambiente e a feira de ciências do ensino médio. A mobilização em torno da mostra e da feira, segundo Auxiliadora Vasconcelos, da coordenação de diversidade e inclusão educacional da Secretaria de Educação, cria um ambiente participativo e motivador de educadores e estudantes.

     

    Para divulgar a conferência, a secretaria reproduziu material disponível na página on-line da 4ª Conferência e promoveu encontros nas 22 regionais de ensino, com a presença de professores, coordenadores pedagógicos e diretores. Nessas reuniões, de acordo com Lindalva, foram apresentados os temas e orientações sobre a elaboração do trabalho na escola, criação do projeto e eleição de delegados para a representação estadual.

     

    Conferência — A 4ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente é dirigida a estudantes do sexto ao nono ano do ensino fundamental, com idade de 11 a 14 anos. É constituída de três etapas:

     

    • Escolar, obrigatória para as fases seguintes — cadastramento de projetos até 7 de setembro

    • Estadual, que reúne os delegados eleitos nas escolas para debater os projetos — deve ocorrer até 25 de outubro

    • Nacional, que deve alcançar 700 delegados, de 25 a 29 de novembro

     

    Promovida pelos ministérios da Educação e do Meio Ambiente, a Conferência Nacional Infantojuvenil teve a primeira edição em 2003, a segunda em 2005 e a terceira em 2009. Cada uma reúne entre 600 e 700 delegados eleitos nas etapas escolares e estaduais.

     

    O calendário e todos os procedimentos da preparação do evento estão na página da 4ª Conferência na internet.

     

    Ionice Lorenzoni

     

     

     

     

  • Estudantes participam da 3ª Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, realizada em Luziânia (GO), em abril de 2009 (Foto: Wanderley Pessoa/Arquivo MEC)Estudantes do sexto ao nono ano do ensino fundamental, público e privado, de escolas urbanas e rurais, devem debater a importância da terra, da água, do ar e do fogo na vida do nosso planeta. Esses são os temas da 4ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente – Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis, que acontecerá de 25a 29de novembro, em Brasília.

    Mas para chegar à etapa nacional, educadores e estudantes devem se preparar nas escolas. O prazo para a realização da conferência escolar, que é uma fase obrigatória, vai até 31deste mês. Para participar do evento, cada escola deve escolher um dos quatro temas, estudar, pesquisar, debater e elaborar um projeto para ser desenvolvido ali na comunidade, além de eleger um estudante na faixa etária de 11 a 14 anos para representá-la na etapa seguinte, que é estadual. Feito isso, o diretor deve cadastrar o projeto na página eletrônica da conferência. A data final de cadastro do projeto é 7 de setembro.

    Dados da coordenação geral de educação ambiental da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC mostram que, até 26 de julho, 600 escolas tinham concluído as conferências, registrado os projetos e eleito os delegados. Com o retorno das férias escolares, a expectativa da coordenação é que as escolas concluam os trabalhos, façam o registro e se habilitem para as próximas fases.

    Etapas– Conferências regionais (opcionais) devem ser realizadas até 6 de outubro; conferências estaduais (obrigatórias), até 25de outubro; conferência nacional, de 25a 29de novembro, em Brasília. A página eletrônica da 4ª Conferência traz o link para a escola fazer o cadastro, um roteiro passo a passo e correio eletrônico para tirar dúvidas.

    Promovida pelos ministérios da Educação e do Meio Ambiente, a 4ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente tem como proposta fortalecer a educação ambiental nos sistemas de ensino com a participação ativa das escolas na construção de políticas públicas. A primeira edição da conferência, em 2003, teve a participação de 15.452 escolas de 3.461 municípios; a segunda, em 2005/2006, foi realizada em 11.475 escolas de 2.865 municípios. Em 2009, o evento mobilizou 3,5 milhões de estudantes, educadores e comunidades.

    Ionice Lorenzoni
  • .Essa história de um Natal feliz, com preocupações ecológicas e sociais, foi vivida por ele mesmo, o próprio Papai Noel. Sentado em uma cadeira, num canto do pátio da escola decorado com enfeites natalinos que nem pareciam ter sido construídos com garrafas plásticas, ele observava a alegria das crianças reunidas em coro para cantar ou encenar o nascimento do Menino Jesus. Outras se lambuzavam com o algodão doce, cor de nuvem, que era distribuído de graça e à vontade. Uma a uma, elas iam até ele. Algumas ressabiadas demais; outras, curiosas e falantes. Mas para todas havia uma boneca, um carrinho, uma bola, um jogo, um abraço e um carinho.

    Pelo terceiro ano, a comunidade rural Barra Mansa, de pequenos agricultores, a 54 quilômetros de Canoinhas, cidade catarinense de 52 mil habitantes, ajuda a realizar o Natal na Escola Básica Municipal Evaldo Dranka. “Recolhemos doações e contribuições para que todas as 85 crianças do pré ao quinto ano, que são carentes, possam ter uma festa de Natal, com lanche especial e um presente”, conta a diretora, Giovana Carliny, encantada com a decoração especial para a festa de 2016.

    Com o tradicional gorro vermelho, Pollyana Bollmann, 5 anos, participou de uma coreografia da música Vem Chegando o Natal. “A festa estava muito bonita; a escola, toda enfeitada. Minha filha ganhou uma boneca e ficou muito feliz”, emocionou-se a mãe da menina, Patrícia Aparecida Bollmann, que ajuda o marido na lavoura. Emocionada também ficou a professora Jocineri Martins Pires, de educação física, que ajudou a ensaiar as crianças para a festa do encerramento do ano letivo de 2016. “São crianças. E sempre, nas apresentações, se envolvem mais do que a gente imagina. Fica tudo muito bonito”, disse.

    Além do tradicional pinheiro, bombons, pirulitos, cupcakes e bolas gigantes preenchiam o pátio e a quadra coberta. “É o nosso Natal mágico com garrafas pet”, comentou a diretora. As 15 peças de enfeites foram doadas pelo Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) de Canoinhas. As peças com motivos natalinos são produzidas ao longo do ano por cerca de cem integrantes do Caps, entre pessoas com transtorno mental e usuários de drogas e álcool. Dois artesãos de Canoinhas ajudam a construir as estruturas metálicas a serem decoradas. ”É um trabalho que começamos em 2013 e ganhou uma dimensão muito grande”, conta a psicóloga Viviana Stanger, responsável pela coordenação do trabalho de assistência social do município.

    Atualmente, o material produzido pelos integrantes do Caps enfeita as praças da cidade no Natal. Os moradores da comunidade ajudam, com a doação de garrafas de plástico. “É um trabalho que também ajuda na preservação do meio ambiente”, diz Viviana. “Por semana, recebemos de 500 a 600 garrafas”, calcula. E, assim, o trabalho que se restringia a uma função social, acabou por se transformar em projeto artístico. Segundo a psicóloga, o reconhecimento do trabalho artístico dos novos artesãos tem elevado o índice de recuperação dos usuários de drogas e de álcool. “Eles se sentem valorizados pelas pessoas da cidade e estão trabalhando numa coisa que gostam de fazer”, explica.

    Ambiente — Os enfeites natalinos produzidos pelo Caps de Canoinhas ajudaram no cenário da festa de encerramento do ano letivo de 2016 de outra escola pública da região. Quinze peças de um presépio gigante foram doadas à Escola Básica Municipal Achiles Pazda, da comunidade rural Rio do Pinho. Os enfeites construídos com garrafas plásticas não são o único exemplo de preocupação com o meio ambiente que chega aos alunos. As 14 escolas rurais do município participam desde 2005 de atividades de preservação ambiental.

    Em 2015, a Escola Básica Municipal Evaldo Dranka, no corredor ecológico do Rio Timbó, ganhou, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), o prêmio Epagri Escola Ecologia por projetos desenvolvidos para a conservação de nascentes. Os alunos plantaram 210 mudas de árvores nativas em nascentes de pequenas propriedades familiares da vizinhança escolar. Nessa mesma atividade, os estudantes foram incentivados pelos professores a pesquisar sobre a importância das árvores para a qualidade do ar. “Os professores trabalham sempre temas ambientais de forma integrada ao currículo das disciplinas básicas”, explica Rosimari de Fátima Cubas Blaka, coordenadora municipal do Programa Interdisciplinar de Educação do Campo de Canoinhas.

    Rovênia Amorim

  • A estudante Ana Carolina Soares Leal tem 11 anos e acabou de passar para o sétimo ano do ensino fundamental. Ela participou da etapa escolar da 5ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), na Escola Municipal Arlindo Cipriano Leal, onde estuda, em Inhuma (PI). A menina conta que, junto com os amigos, passaram a fazer as coisas “mais corretas” desde então.

    As escolas que quiserem participar também devem realizar até 31 de março suas conferências, etapa obrigatória para participar da CNIJMA. O tema escolhido para esta edição é Vamos cuidar do Brasil cuidando das águas. No total, a conferência envolve 73 mil escolas em todo o país. Dessas, 4 mil estão na zona rural, 3 mil em comunidades indígenas e 2 mil em áreas quilombolas. Devem participar quase 400 jovens, com idade entre 11 e 14 anos na etapa final.

    As escolas inscritas precisam elaborar um projeto de ação com o objetivo de transformar sua realidade e escolher representantes que levam adiante as ideias acordadas entre todos. É isso o que já fez a Escola Municipal Arlindo Cipriano Leal. “Estava havendo muito desperdício, principalmente no bebedouro. Nós deixávamos as torneiras ligadas, enchíamos o copo e não bebíamos toda a água e lavávamos as mãos sem precisar”, conta a estudante Ana Carolina.

    A solução, explica, foi propor a colocação de um cano de PVC para levar a água que sobra do bebedouro para regar o canteiro da escola. “Lá tem alimentos para a gente lanchar e ficar mais saudável”, destaca a menina. Ela gostou tanto da experiência que não titubeia em recomendar que outros estudantes façam o mesmo em suas escolas. Sem contar o bem maior que farão ao planeta.  “Seria muito mais legal porque aí nós reutilizaríamos mais água”, prevê.

    A diretora e coordenadora da conferência na escola, professora Rosimar Pacheco de Moura Gonçalves, conta com orgulho as etapas realizadas durante o projeto. Os professores foram reunidos, e em seguida os estudantes, que foram divididos em duas turmas: alunos do quinto e sétimo e, a outra, do sexto e oitavo. Eles deviam observar a escola e propor maneiras de economizar água. Dois projetos foram apresentados. Um que armazenava água da chuva e o que foi escolhido, de reaproveitamento da água do bebedouro. Tudo com a participação das famílias.

    “A conscientização deles foi tamanha, que percebemos na hora de irem tomar água. Pararam até com brincadeiras de jogar água uns nos outros. Eles levaram a consciência para casa. Vai escovar os dentes, fecha a torneira. Vai tomar banho, fecha o chuveiro enquanto se ensaboa”, conta a professora.

    O tema deste ano está em concordância com a implementação da Lei das Águas, dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com o 8º Fórum Mundial da Água, marcado para março de 2018, também em Brasília. A conferência reúne estudantes, professores e comunidade escolar para dialogar e refletir sobre as questões socioambientais.

    Etapas – O coordenador-geral de educação ambiental e temas transversais da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Felipe Felisbino, explica que o dia da conferência na escola é o momento em que os estudantes apresentam à comunidade escolar os projetos que elaboraram.

    “Por isso é importante preparar esse dia e convidar os diversos representantes da comunidade escolar. Nesse dia os estudantes devem escolher um projeto para ser colocado em prática, envolvendo a comunidade escolar. E também escolher um representante da escola e um suplente, para as próximas etapas da conferência, caso o projeto da escola seja escolhido para esses momentos”, detalha.

    O estudante escolhido deve ter idade entre 11 e 14 anos, observando os critérios do Regulamento Nacional e os princípios da CNIJMA – Jovem educa jovem, jovem escolhe jovem e uma geração aprende com a outra –, para representar a escola, caso ela venha a participar das etapas seguintes. Essas escolhas do projeto e dos representantes devem ser realizadas pelos estudantes, como estímulo à prática da cidadania.

    “A conferência na escola é a etapa mais importante de todas”, destaca Felisbino. “O movimento criado por essa ação estimula o protagonismo juvenil, a prática pedagógica interdisciplinar, a interação da comunidade escolar, a pesquisa e o diálogo de saberes, contribui com a inclusão da educação ambiental no projeto político pedagógico de forma integrada, transversal e interdisciplinar, em conformidade com as orientações expressas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental”, conclui.

    Informações – Na página oficial da conferência, além das informações e documentos, existe um espaço que deve ser usado pelas escolas e estados para registrar as etapas das quais participam. Isso serve tanto para as conferências nas escolas quanto para a etapa estadual. As duas devem, obrigatoriamente, ser registradas no site. As escolas ou estados que não fizerem esse registro não poderão participar da etapa nacional.

    Além do site, os interessados poderão ter acesso a informações e interagir com dúvidas ou questionamentos sobre o evento na página da conferência no Facebook.

    Histórico – A primeira CNIJMA, em 2003, envolveu 15.452 escolas em todo o país, mobilizando mais de 5 milhões de pessoas, em 3.461 municípios. Em 2005/2006, a segunda edição do evento teve a participação de 11.475 escolas e comunidades e mais de 3 milhões de pessoas, em 2.865 municípios. A 3ª CNIJMA, em 2009, abrangeu 11.631 escolas, envolvendo mais de 3 milhões de participantes, em 2.828 municípios. Já a última edição do evento, em 2013, teve 16.538 escolas, com mais de 5 milhões de participantes, em 3.519 municípios brasileiros.

    Acesse a página oficial da 5ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA)

    Assessoria de Comunicação Social

     


  • A estudante Esther Tavares, 12 anos, do Centro de Ensino Fundamental 09 de Taguatinga, cidade do Distrito Federal, é uma das participantes da etapa escolar da 5ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA). A realização dessa etapa é pré-requisito para as instituições que desejam participar da etapa nacional. Por isso, o prazo para realização do evento nas escolas foi prorrogada para 14 de abril. E as instituições têm até 17 do mesmo mês para se registrar na página da conferência. O tema escolhido para esta edição é Vamos cuidar do Brasil cuidando das águas.

    O trabalho de Esther foi explicar a importância da água e do cerrado. “Nós que somos jovens sabemos uma forma melhor de ensinar os nossos conhecimentos aprendidos para outros jovens, para que todos saibam a importância do cerrado, da água, da reciclagem, da compostagem, de tudo o que está sendo feito aqui”, afirma a estudante.

    Ela avalia que, com esse aprendizado, cada vez mais os alunos se portam melhor.  “Eu quero levar para dentro da minha casa, ensinar para quem eu puder ensinar, para a gente conseguir viver de uma forma melhor.”

    As escolas inscritas precisam elaborar um projeto de ação com o objetivo de transformar sua realidade e escolher representantes que levam adiante as ideias acordadas entre todos.

    Para Eliana Matos, coordenadora pedagógica da escola, a realização da conferência nas escolas é um incentivo aos estudantes. “Para eles é muito importante saber que a escola não fica só no tradicional, mas que pode ser um agente de transformação”, defende.

    No total, a conferência envolve 73 mil escolas em todo o país. Dessas, 4 mil estão na zona rural, 3 mil em comunidades indígenas e 2 mil em áreas quilombolas. Devem participar da etapa final quase 400 jovens com idade entre 11 e 14 anos.

    O tema deste ano está em concordância com a implementação da Lei das Águas, dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com o 8º Fórum Mundial da Água, que será realizado de 18 a 23 de março de 2018, também em Brasília. A conferência reúne estudantes, professores e comunidade escolar para dialogar e refletir sobre as questões socioambientais.

    Etapas – O coordenador-geral de educação ambiental e temas transversais da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, Felipe Felisbino, explica que o dia da conferência na escola é o momento em que os estudantes apresentam à comunidade escolar os projetos que elaboraram.

    “É uma temática muito importante e que envolve toda a comunidade escolar, que vai envolver o município, a região e o estado, trazendo os seus trabalhos, as suas propostas para a Conferencia Nacional. No evento nacional, os estados e o Distrito Federal vão apresentar os projetos escolhidos nos seus estados e em seguida escolher, entre os 27 que estão sendo apresentados, aquele que mais se destaca”, detalha.

    Informações – Na página oficial da conferência, além de informações e documentos, existe um espaço que deve ser usado pelas escolas e estados para registrar as etapas das quais participam. Isso serve tanto para as conferências nas escolas quanto para a etapa estadual. As duas devem, obrigatoriamente, ser registradas no site. As escolas ou estados que não fizerem esse registro não poderão participar da etapa nacional.

    Os interessados também poderão ter acesso a informações e interagir com dúvidas ou questionamentos sobre o evento na página da conferência no Facebook.

    Histórico – A primeira CNIJMA, em 2003, envolveu 15.452 escolas em todo o país, mobilizando mais de 5 milhões de pessoas, em 3.461 municípios. Em 2005/2006, a segunda edição do evento teve a participação de 11.475 escolas e comunidades e mais de 3 milhões de pessoas, em 2.865 municípios. A 3ª CNIJMA, em 2009, abrangeu 11.631 escolas, envolvendo mais de 3 milhões de participantes, em 2.828 municípios. Já a última edição do evento, em 2013, teve 16.538 escolas, com mais de 5 milhões de participantes, em 3.519 municípios brasileiros.

    Acesse a página oficial da 5ª Conferência

    Assessoria de Comunicação Social

  • No início do ano letivo de 2012, o Ministério da Educação enviará vídeo sobre meio ambiente às escolas públicas do país. A proposta da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC é levar professores e estudantes a discutir as questões que serão abordadas, em junho, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Estarão em pauta temas como economia verde, governança, leis ambientais e a história da luta pela preservação do meio ambiente no planeta.

    “A política do MEC não é propor a criação de uma disciplina nas escolas, mas que a educação ambiental seja um tema transversal; ou seja, não apenas um assunto a ser tratado no Dia da Árvore ou na Semana do Meio Ambiente”, diz o coordenador de educação ambiental da Secadi, José Vicente de Freitas. “O que o MEC propõe, e oferece suporte, por meio de metodologia, material didático e recursos, é que as escolas desenvolvam ações permanentes e continuadas para que os alunos desenvolvam a consciência ambiental.”

    O Programa Dinheiro Direto da Escola (PDDE) do Fundo de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prevê a liberação de R$ 350 milhões, a serem aplicados pelas escolas públicas, em três anos, em projetos ambientais, como hortas escolares, eficiência energética, coleta de água da chuva e até adaptação de espaços físicos em prédios sustentáveis.

    As ações educacionais propostas pela Secadi integram a Política Nacional de Educação Ambiental (Pnea), instituída pela Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, e do Programa Nacional de Educação Ambiental (Pronea). Entre essas ações está a realização, em 2012, da quarta edição da Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. Na última, realizada em 2009, mais de 3 milhões de estudantes de 11,6 mil escolas públicas do Brasil participaram dos debates sobre consciência ambiental.

    O Pronea é o marco central das ações do órgão gestor da política nacional de educação ambiental, formado pela Coordenação-Geral de Educação Ambiental do MEC, pelo Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e por redes e parceiros da sociedade civil.

    Rovênia Amorim

    Ouça na Rede de Comunicadores entrevista com José Vicente de Freitas sobre a Lei nº 9.795/1999, que institui a política nacional de educação ambiental


  • Legenda: O projeto é mais uma iniciativa sustentável visando diminuir o impacto sobre o meio ambiente (Arte: ACS/MEC)Em Barra do Garças, Mato Grosso, a estudante Kemilly Barros Virissimo, de 18 anos, desenvolveu um projeto que transforma o talo do buriti em uma bandeja para substituir os tradicionais suportes de isopor. Muito usado pela indústria alimentícia, o isopor leva centenas de anos para se decompor. Com a descoberta de Kemilly, surge mais uma possibilidade de adoção de embalagens sustentáveis capazes de diminuir o impacto da ação humana sobre o meio ambiente.

    A ideia de Kemilly surgiu a partir de um programa de televisão, onde ela viu uma história de bandejas ecológicas feitas com bagaço de cana. “Eu assisti uma reportagem sobre uma moça que fez a bandeja, só que com o bagaço da cana de açúcar. Como a minha intenção era elaborar um projeto que melhorasse a fabricação e o tempo do produto que estivesse na bandeja, surgiu a ideia de fazer com o talo do buriti, já que ele, quando cortado, se regenera, não prejudicando o meio ambiente”, disse.

    O buriti é utilizado para fabricar diversos produtos, já que possui uma fibra resistente usada em cestos e outros recipientes biodegradáveis. A escolha da planta veio após muitas pesquisas, realizadas em parceria com o seu orientador, o professor Márcio Batista de Andrade. “Nós descobrimos que o buriti é um material leve e poroso que, quando triturado, vira um pó próprio para a bandeja”, explica. A estudante destaca o incentivo recebido pelo docente durante a execução do projeto.

    Márcio de Andrade ressalta a importância do apoio aos projetos dos estudantes. “Se tem um agente que vai promover transformação social, tecnológica e econômica no país é a educação. Enquanto nós não enxergarmos que isso é realmente uma premissa básica para o desenvolvimento, pouca coisa vai acontecer”, defendeu o professor.

    Kemilly já foi finalista em duas premiações, sendo uma delas com o projeto do buriti: o Prêmio Impacto na Comunidade, criado pela Google Science Fair. O outro espaço conquistado pela estudante de Barra do Garças foi no Prêmio Jovem Cientista, em 2014, organizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “A sensação é incrível, ainda mais eu que sou de uma cidade que não é muito reconhecida”, comemora.

    A jovem ressalta outro ganho com o projeto: despertar a curiosidade pela ciência nos colegas da escola. “Muitos colegas me perguntavam como era o projeto, se eu fazia alguma coisa, se ia ter outros trabalhos. Eles se interessavam bastante, ficavam muito empolgados”, lembra. Agora, Kemilly quer levar o projeto de bandejas sustentáveis feitas com o talo de buriti adiante. Ela estuda a possibilidade de buscar um financiamento coletivo para produção em grande escala, já que parte do material usado na fabricação do produto é de alto custo.

    Assessoria de Comunicação Social

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