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  • A conferência tem como proposta fortalecer a educação ambiental nos sistemas de ensino e levar as escolas a participar ativamente na construção de políticas públicas (foto: arquivo MEC– 8/8/11)Começa no sábado, 23, a etapa nacional da 4ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. Mais de mil pessoas, entre estudantes e educadores, estarão reunidas no Centro de Treinamento Educacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria, em Luziânia (GO), para participar da abertura. Nesta edição, 673 estudantes de 11 a 14 anos, que representam 18 mil escolas, além de 250 educadores de todas as unidades da Federação, debaterão o tema Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis.

     

    A quarta edição da conferência conta com a maior adesão de escolas nos dez anos de realização do encontro. Durante seis dias, os participantes vão discutir possíveis formas de transformar as unidades de ensino em espaços sustentáveis. A dinâmica do evento envolve a realização de atividades em grupo — os estudantes vão os projetos desenvolvidos nas escolas durante as etapas regionais.

     

    Promovida pelos ministérios da Educação e do Meio Ambiente, a conferência tem como proposta fortalecer a educação ambiental nos sistemas de ensino e levar as escolas a participar ativamente na construção de políticas públicas. A primeira edição, em 2003, reuniu 15.452 escolas; a segunda, em 2005–2006, 11.475; a terceira, em 2008–2009, 11.630.


    Assessoria de Comunicação Social

  • Com os projetos denominados Árvore dos Sonhos, a rede de ensino de Joinville pretende preparar os estudantes para uma relação mais consciente com os recursos naturais e discutir o consumismo e a geração de resíduos (foto: Secretaria de Educação de Joinville)Árvore dos Sonhos é a denominação da principal estratégia de educação ambiental adotada em 52 escolas públicas da rede municipal de Joinville (SC) na preparação da 4ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis. O evento é promovido pelo Ministério da Educação.

     

    Os projetos desenvolvidos em cada escola contêm os sonhos dos estudantes da unidade de ensino. Os autores são os 20 mil alunos de turmas do sexto ao nono ano do ensino fundamental e seus professores.

     

    Além dos estudantes dos anos finais, que constituem o público da conferência, todos os alunos de turmas do primeiro ao quinto ano das unidades da rede participaram do desenho e da criação da Árvore dos Sonhos, segundo a supervisora de educação ambiental da Secretaria de Educação de Joinville, Lesani Zerwes Becker. Com as séries iniciais no debate, o número de estudantes envolvidos chegou a aproximadamente 40 mil.

     

    A Árvore dos Sonhos tem como base os quatro subtemas da quarta edição da conferência — terra, água, ar e fogo —, que se transformaram em projetos. A professora Lesani explica que a elaboração dos trabalhos começou com dois desafios aos estudantes. O primeiro, andar pela escola e descrever como ela é e o que tem. Eles anotaram salas, refeitório, biblioteca, laboratório, pátio, banheiros, calçadas, muros, corredores e quadra de esportes. O segundo, dizer o que queriam da escola. Eles enumeraram tudo o que gostariam: brinquedos, gramado, sombra, árvores, flores, pomar, horta e lago com peixes.

     

    O sonho dos estudantes na faixa de 6 a 14 anos é ocupar o lado de fora das paredes da escola. “E é ali que começa a escola sustentável, do ponto de vista pedagógico e prático”, diz Lesani. A parte prática tem inspiração na experiência de 58 centros de educação infantil, que começaram a desenvolver projetos em 2010 e hoje são referência no município e no país.

     

    O projeto contará, logo após a conferência, em novembro próximo, com o reforço dos recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE–Escolas Sustentáveis). Joinville teve 40 escolas de ensino fundamental e 38 centros de educação infantil selecionados pelo Ministério da Educação. Até o fim do ano, dez mil escolas de 310 municípios das cinco regiões do país terão recebido verbas do programa.

     

    A rede municipal de Joinville está empenhada em preparar os estudantes para uma relação mais consciente com os recursos naturais e discutir o consumismo e a geração de resíduos. “Mostrar que ter o suficiente é o principal, e dizer não ao excesso também é educar”, diz Lesani.


    Experiências — Hoje, de acordo com a professora Marlene Malschitzky, da equipe de supervisão e gestão da educação infantil de Joinville, quase todos os centros de educação infantil têm espaços sustentáveis de aprendizagem fora da sala de aula. Crianças, professores e pais transformaram áreas antes abandonadas em jardins, gramados, hortas pedagógicas e camping. Também criaram brinquedos e construíram barracas cobertas com tecidos.

     

    Na horta pedagógica, segundo Marlene, quem escolhe o que plantar, e plantam, são as crianças, com os professores. Elas também decidem, na horta, os legumes e as hortaliças a serem consumidos e os colhem. Quando plantam milho, por exemplo, observam o crescimento, a transformação, as flores, o desenvolvimento das espigas e a formação dos grãos. Aprendem ainda a hora certa de colher. Marlene revela que a participação é total também na preparação do que será transformado em alimento para consumo na escola.

     

    A supervisora salienta que os centros de educação infantil da cidade sempre desenvolvem os projetos de sustentabilidade em parceria com a comunidade e as famílias dos alunos. “Nos centros de educação infantil, temos uma parceria forte com as famílias”, diz Marlene, ex-diretora do Centro de Educação Infantil Raio de Sol, escola modelo em sustentabilidade no município.


    Desempenho — O índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da rede de educação de Joinville é destaque no estado e no país. Em 2011, o Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental do município foi de 6,3 pontos. O da rede pública de Santa Catarina, 5,1. A média das redes municipais do país, 4,2. Nos anos finais, Joinville alcançou 5,4 pontos. O estado, 4,6. A média nacional, 3,5.

     

    Maior município de Santa Catarina em população, Joinville tem 526,3 mil habitantes, segundo o Censo Demográfico de 2010. É também a cidade mais industrializada do estado. A rede municipal de ensino conta com 60 mil estudantes, matriculados em 83 escolas de ensino fundamental e em 58 centros de educação infantil.


    Conferência — A 4ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente será realizada de 23 a 28 de novembro, em Luziânia, cidade goiana do Entorno do Distrito Federal. Participam da fase nacional 604 estudantes, eleitos entre alunos de 16,9 mil escolas do ensino fundamental que apresentaram projetos de educação sustentável.


    Ionice Lorenzoni

     

    Matéria republicada com correção de informações

  • Um aplicativo para celular desenvolvido por alunos do ensino médio do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) vai possibilitar à comunidade de Cedro (CE) fiscalizar e denunciar ameaças ao ecossistema local. Chamado de Aquameaça, o dispositivo permite que o usuário registre situações como acúmulo de lixo nas margens de rios e queimadas próximas a açudes e nascentes. Essa história você escuta no programa Trilhas da Educação desta semana, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    Coordenados pelo professor orientador Humberto Beltrão, os alunos do curso técnico-integrado em desenvolvimento de dispositivos móveis, do campus Cedro, criaram uma ferramenta de interface simples para que qualquer pessoa possa identificar, fotografar e relatar em poucas palavras possíveis ameaças ao meio ambiente.

    O sistema armazena informações e cria um mapa revelando a amplitude do problema. A intenção é que os dados sejam usados por gestores na criação de medidas assertivas de proteção e sustentabilidade em diferentes regiões.

    “As ameaças seriam qualquer fator que pudesse representar algum perigo ou colocar em risco a manutenção desses ambientes. Como, por exemplo, a pesca de forma indiscriminada, a agricultura, que dependendo da maneira como é feita pode provocar o assoreamento e, consequentemente, prejudicar a qualidade da água”, explica o professor.

    De acordo com ele, o aplicativo desperta a consciência ambiental dos moradores da comunidade e demonstra que o cuidado e a responsabilidade não devem ficar a cargo apenas da administração pública.

    “Na grande maioria das vezes esse monitoramento é feito por agentes gestores. O objetivo do aplicativo é que possamos dar à população que reside próxima a esses ecossistemas o poder de monitorar esses ambientes, de uma forma simples”, disse.

    Na prática, o aplicativo – disponível inicialmente para celulares com sistema Android – apresenta, pelo menos, oito definições e exemplos de ameaças ao ecossistema. O projeto segue em fase de testes.

    “No dia que fizemos o primeiro experimento, das oito ameaças que o aplicativo consegue hoje englobar, encontramos quatro apenas em uma manhã de caminhada no açude. E podemos ter a noção de, se com pouco tempo já encontramos essa quantidade de ameaças, imagina se isso agora tomar uma proporção maior, a quantidade de registros que vamos ter para, consequentemente, traçar ações mais proativas”, prevê.

    Um dos alunos do professor Humberto, Leonardo de Oliveira, de 18 anos, está no último ano do ensino médio e ajudou a desenvolver o aplicativo. Ele espera que, quando finalizada, a ferramenta ajude a comunidade de Cedro a superar problemas relacionados ao assunto.  

    “Em uma cidade pequena que muitas vezes não tem saneamento básico, não tem tratamento, as pessoas jogam lixo em todo lugar. Então eu acho importante que tenha um aplicativo desses para monitorar. É importante que as pessoas usem quando ele estiver finalizado e distribuído ao público”, acredita o estudante.

    Reconhecimento – Apesar de ainda não estar disponível para o público, o aplicativo já tem sido reconhecido. Leonardo foi um dos estudantes contemplados pelo prêmio jovem cientista de 2018, na categoria ensino médio. Para o professor Humberto, esta é só uma das respostas positivas de todo o trabalho, fruto da aproximação dos estudantes com a pesquisa acadêmica.

    “Temos alunos no ensino médio com mente de pesquisador, tentando resolver um problema que é global, não apenas local”, comemora o professor.     

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estudantes do curso técnico em meio ambiente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano promovem o concurso O Mundo não é um Saco. No campus de Ceres, será escolhido o logotipo da sacola ecológica desenvolvida pelos próprios alunos para reduzir o uso de embalagens plásticas e contribuir para a saúde ambiental do planeta.

    O vencedor ganhará prêmio de R$ 100, a serem arrecadados pelos próprios alunos na comunidade escolar. Após o concurso, a sacola ecológica será exposta na 25ª Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), de 19 a 22 de outubro, em Novo Hamburgo (RS). O excedente de produção de sacolas será comercializado nos municípios goianos de Ceres e Rialma.

    Com a iniciativa dos estudantes, segundo Maria do Socorro Nascimento, professora de educação ambiental e coordenadora do concurso, o uso de sacos plásticos nas duas cidades deve ser reduzido em 20% em um ano. “Seria uma média de 40 milhões de sacolas a menos no meio ambiente”, avaliou.

    Participam da seleção alunos regularmente matriculados na instituição. O regulamento está na página eletrônica do instituto e no blog criado pelos estudantes.

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • Comprometidos com a preservação do meio ambiente, os estudantes da escola gaúcha desenvolvem atividades como coleta e separação do lixo para reciclagem (foto: arquivo da escola Rafael Pinto Bandeira)Com o projeto As Pequenas Ações Transformam Vidas, alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Rafael Pinto Bandeira, de Vila Lângaro, município a 327 quilômetros de Porto Alegre, estão cada vez mais comprometidos com a preservação do meio ambiente. Eles desenvolvem várias atividades, como coletar e vender plástico e papel. Com os recursos obtidos, compram livros para a biblioteca da escola.

    “O objetivo é tornar o meio ambiente cada vez melhor e os alunos, comprometidos com a vida, a natureza e a melhoria dos ambientes com os quais convivem”, explica a diretora da escola, Ana Cristina Bassegio. Criado em 2009, o projeto é resultado de parceria com a secretaria de Educação do Rio Grande do Sul. Interdisciplinar, tem a participação de estudantes desde a educação infantil até o nono ano (oitava série) do ensino fundamental.

    Durante as aulas de matemática, os estudantes aprendem a resolver problemas a partir dos dados obtidos com a pesagem do material coletado. Nas de ciências, a separar o lixo orgânico do seco, pilhas e vidros. E nas de português, produzem textos sobre a importância da preservação do meio ambiente.

    Segundo Ana Cristina, a principal finalidade do projeto é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir e a atuar na realidade socioambiental, comprometidos com a vida e o bem-estar de cada um e da sociedade. “A consciência da preservação ambiental traz para a vida dos alunos interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis para um desenvolvimento de valores, atitudes e posturas éticas”, diz a diretora, que está no cargo há dois anos. Formada em letras, ela tem especialização em interdisciplinaridade.

    Conscientização — A escola também promove campanhas de conscientização sobre a necessidade de se preservar o meio ambiente. São propostos temas sobre a questão ambiental em palestras e gincanas culturais, nas quais os estudantes criam brinquedos e jogos pedagógicos com material reciclado. Em 31 de maio último, foi realizado o Dia do Desafio. Professores e estudantes participaram de uma caminhada para recolhimento do lixo no trajeto que dá acesso a escola, na área rural do município.

    Ana Júlia Silva de Souza

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  • Dilma destacou a importância de políticas públicas de preservação: “O país tem compromisso com o meio ambiente” (foto: Marconi Henrique/MEC)A presidenta da República, Dilma Rousseff, recebeu nesta terça-feira, 26, em cerimônia no Palácio do Planalto, estudantes de 11 a 14 anos que participam como delegados da 4ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, iniciada no sábado, 23. O tema deste ano é Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis. O ministro da Educação interino, Henrique Paim, e a secretária de educação continuada, alfabetização, diversidade e inclusão do Ministério da Educação, Macaé Evaristo, estiveram presentes.

     

    Dois delegados entregaram a Dilma um documento, identificado como presente sustentável, com 108 propostas para a implementação de escolas sustentáveis. Dois representantes dos delegados leram carta endereçada à presidenta com pedido de esforços conjuntos para a construção de um futuro sustentável para o país. Ao todo, mais de três municípios participam da quarta edição da conferência, que envolve quase nove milhões de pessoas na organização e realização. O evento será encerrado na quinta-feira, 28.

    A estudante Maria Gabriela disse ter aprendido muito com a conferência e fez apelo pela preservação:  “Somos o futuro da nação, muita coisa depende da gente” (foto: Marconi Henrique/MEC)

    Em sua fala, Dilma destacou a importância de políticas públicas voltadas para a preservação e conservação do meio ambiente. Segundo ela, é preciso que haja respeito. “Essa preocupação deve ser de todos. O país tem compromisso com o meio ambiente”, afirmou. A presidenta elogiou a iniciativa da conferência e ressaltou a participação dos jovens. “O futuro está aqui”, disse.


    Mudanças — Aos 13 anos, Maria Gabriela Lopes Alves já ajudou a desenvolver projeto que pode mudar a realidade da sua escola, em Manaus. Ela integrou o grupo de 673 estudantes que participaram da conferência, que se realiza em Luziânia, Goiás. “Foi um aprendizado muito grande. Tive o privilégio de aprender muitas coisas”, vibrou a jovem.

     

    O projeto desenvolvido por Maria Gabriela e seus colegas, apresentado na conferência, é voltado para a preservação de um lago próximo à escola na qual estuda. A ideia é organizar passeatas e campanhas de mobilização para a limpeza do lago e de conscientização da população local. “Somos o futuro da nação. Muita coisa depende da gente”, afirmou.


    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação deu início às reuniões para traçar as estratégias de mobilização de 68 mil escolas públicas em torno da 4ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. Lançada pelo ministro Aloizio Mercadante durante a Rio+20, a conferência traz o tema Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis.

    A conferência passa por três etapas até o encontro nacional, previsto para outubro de 2013. A primeira etapa ocorre nas escolas, em trabalhos desenvolvidos por alunos e professores do sexto ao nono ano. Em seguida são realizadas conferências regionais ou municipais e as estaduais. A primeira reunião do Conselho Consultivo Nacional, composto por membros de outros ministérios e órgãos do governo federal, foi realizada nesta terça-feira, 21.

    “A nossa expectativa é atingir de 15 a 20 mil escolas, chegando a 5 milhões de alunos”, comenta José Vicente de Freitas, coordenador geral de educação ambiental no MEC.

    Segundo ele, um conjunto para orientação (composto de um manual para o professor, um livro sobre escolas sustentáveis e quatro cadernos sobre mudanças climáticas) será enviado até novembro a todas as escolas públicas que tenham turmas de anos finais do ensino fundamental – o público que participa da conferência.

    Na primeira etapa, a escola define a temática com a qual pretende trabalhar e elege os delegados para representá-la nas conferências municipais ou regionais e, depois, nas estaduais. “A conferência é uma ação que vem sendo executada desde 2003 e é uma forma que o MEC tem para que as escolas trabalhem o tema da sustentabilidade”, diz o coordenador.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça o coordenador José Vicente de Freitas

  • Iniciativa dos ministérios da Educação e do Meio Ambiente vai reunir em Luziânia (GO), a 50 quilômetros de Brasília, 400 adolescentes, provenientes de 52 países, entre os dias 5 e 10 de junho. Reunidos na Conferência Internacional Infantojuvenil – Vamos cuidar do planeta, os jovens, com idades entre 12 e 15 anos, vão assumir responsabilidades e pedir a seus governantes que adotem políticas em defesa do clima e do planeta.

    O evento tem por base a experiência bem-sucedida das três conferências nacionais infanto-juvenis pelo meio ambiente, que aconteceram no Brasil em 2003, 2006 e 2009, e envolveram 13 milhões de pessoas, em 20 mil escolas de todo o país. Agora o governo brasileiro está replicando a iniciativa em âmbito internacional.

    Durante a conferência, os jovens delegados vão aprender a produzir peças de comunicação para divulgar sua mensagem e participarão de atividades culturais e oficinas relacionadas à temática das mudanças socioambientais globais.

    Os adolescentes também visitarão o Parque Nacional de Brasília e o Jardim Botânico, para conhecer um dos principais biomas brasileiros, o cerrado. O produto final da conferência será a Carta das responsabilidades – Vamos cuidar do planeta, na qual todos os jovens participantes se comprometem a adotar ações em suas comunidades e divulgar a carta para seus governos locais e nacionais.

    Assessoria de Imprensa da Secad 

    Mais informações sobre a conferência.

  • A 4ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente será aberta no sábado, 23, e se estende até 28 de novembro. O evento reúne em Luziânia (GO), 1.077 participantes, sendo 673 estudantes de 11 a 14 anos de idade, que representam as 18 mil escolas que aderiram à conferência, e cerca de 250 educadores de todas as unidades da Federação. Participam também técnicos dos ministérios da Educação e do Meio Ambiente e oficineiros.

    Durante seis dias, os alunos vão discutir o tema da 4ª Conferência – Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis – e os subtemas – terra, água, fogo e ar –, além de participar de oficinas e de atividades culturais. Esta quarta edição do evento conta com a maior adesão de escolas, nos dez anos de realização de conferências infantojuvenis, informa Clélia Brandão, diretora de políticas em Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi).

     

    A dinâmica da conferência nacional, explica Clélia Brandão, é de atividades em grupos, em que os estudantes vão apresentar e discutir os projetos de ação das escolas que foram trabalhados durante o ano de 2013 e debater formas de agir para transformar as escolas em espaços educadores sustentáveis. São 13 tipos de oficinas que vão abordar como usar técnicas de rádio, publicidade, fotografia, teatro, entre outras, para tratar temas ambientais dentro e fora da escola.

     

    Na tarde da segunda-feira, 25, os participantes da conferência terão um encontro, no Palácio do Planalto, com a presidenta da República, Dilma Rousseff, e com os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

     

    Escolas sustentáveis- Os educadores que participam da conferência, cerca de 250, têm uma série de atividades específicas para que as ações tenham continuidade. No domingo, 24, por exemplo, eles vão conhecer o Programa Nacional Escolas Sustentáveis. O programa selecionou 10 mil escolas situadas em 310 municípios com vulnerabilidade ambiental - áreas de risco (deslizamentos, enchentes), que participaram de edições anteriores da Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que têm professores com formação na área e que têm estruturada a Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com Vida). Elas receberão verbas do Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE Escolas Sustentáveis, para concretizar projetos.

     

    Trajetória - Promovida pelos ministérios da Educação e do Meio Ambiente, a 4ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente – vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis, tem como proposta fortalecer a educação ambiental nos sistemas de ensino com a participação ativa das escolas na construção de políticas públicas. A primeira edição da conferência, em 2003, contou 15.452 escolas; a segunda, em 2005/2006, foi realizada em 11.475 escolas. Em 2008/2009, o evento mobilizou 11.630 escolas.


    Ionice Lorenzoni

     

    Acesse o guia da 4ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente

     

     

  • A escola de Portão (RS) promove atividades com os alunos que envolvem estudantes do curso de magistério e usam como tema personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo (foto: blog da escola)No pequeno município de Portão, na região metropolitana de Porto Alegre, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Vila Aparecida destaca-se na área de preservação do meio ambiente. Fundada há 27 anos, a instituição promove aulas de educação ambiental há 13 anos. Com 150 alunos, da educação infantil ao quinto ano, a escola conta com grande participação dos pais.

    “Na comunidade está a força e o apoio da escola, em todos os momentos”, destaca a diretora, Elza Aparecida Pereira. A presença da família também é muito valorizada na instituição. Um grupo formado por avós e amigas da escola — De Mãos Dadas com a Vida — reúne-se quinzenalmente. Com material utilizado para forro de calçados, que teria como destino o lixo, recolhido nas indústrias da região, as participantes do grupo confeccionam capas de caderno, sacolas, bonecos e até guirlandas.

     

    A escola também promove a coleta de óleo usado e o repassa a uma empresa de produtos de limpeza. Como contrapartida, recebe detergente para lavagem de louça. “Fizemos uma ação na comunidade, de confecção de sabão com óleo de cozinha usado, que foi um sucesso entre as donas de casa”, revela a diretora. “Elas levaram a receita para casa e também uma amostra do sabão.”

     

    Formada em pedagogia, com habilitação em séries iniciais e educação infantil, Elza faz curso de pós-graduação em gestão escolar.

     

    A leitura é outro ponto fundamental na Escola Vila Aparecida. Por meio do Projeto de Leitura, os estudantes maiores leem para os menores e para pessoas da comunidade. Este ano, têm ênfase a leitura oral e apresentações dos estudantes para melhorar a dicção e a oratória e reduzir a inibição.

     

    A escola promove atividades de integração com alunos de municípios vizinhos. Em maio último, foi realizado encontro com estudantes do curso de magistério do Instituto de Educação de Sapiranga. As atividades interativas tiveram como tema os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo. “Nossos alunos estão estudando sobre Monteiro Lobato, e o gosto pela leitura vem se acentuando a cada dia”, ressalta a diretora.


    Fátima Schenini


     

    Confira o blog da escola


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  • A Unidade Municipal de Ensino Fundamental José Siqueira Santa Clara, em Vila Velha, Espírito Santo, desenvolve projetos sociais e de conscientização ambiental desde 2009. Com as iniciativas, conseguiu reduzir o consumo de água e energia e a quantidade de lixo produzida na escola, que tem 410 alunos do primeiro ao quinto ano.

    “Com pequenos gestos na escola e em casa podemos fazer muito para ter um ambiente escolar e familiar mais agradável”, diz a diretora, Letícia Araújo Schmid. Entre as iniciativas, ela cita o aproveitamento de cascas e talos de alimentos em novas receitas e a coleta de óleo usado para a produção de sabão. Além disso, foram feitas visitas ao bairro de Ataíde, onde a escola está localizada, para observar a quantidade e a área de despejo do lixo.

     

    “Aproveitamos para sensibilizar os moradores sobre o consumo excessivo e a produção desnecessária de lixo”, destaca a diretora. Segundo ela, o objetivo das ações é chamar a atenção de estudantes, pais e comunidade para os problemas sociais e ambientais do dia a dia. Pedagoga com habilitação em gestão escolar e pós-graduação em psicopedagogia, 24 anos de magistério, Letícia está na direção da unidade desde 2006.

     

    Nos turnos matutino e vespertino, a professora Rogéria Araújo Rodrigues inclui ações sustentáveis nas atividades diárias em sala de aula. Ela passa orientações sobre separação do lixo e reaproveitamento de alimentos e materiais descartáveis. As atividades são implantadas de forma a atrair o interesse dos estudantes, que confeccionam enfeites, mandalas, pufes e brinquedos com diferentes materiais, como garrafas plásticas e CDs usados.

     

    “Os resultados são sempre satisfatórios”, avalia Rogéria. Ela constata que a consciência obtida pelos alunos em relação à preservação ambiental produz mudanças positivas também nos próprios lares. “Eles fazem em casa o que aprendem na escola, e os pais ficam satisfeitos com a redução nas contas de água e de energia”, salienta.

     

    Segundo a professora, para reduzir o consumo de copos descartáveis, os estudantes são orientados a usar garrafinhas. “Para reforçar, a escola fornece aos alunos garrafinhas personalizadas, com o nome da instituição.”

     

    Com 24 anos de magistério, Rogéria é pedagoga, com pós-graduação em psicopedagogia e especialização em educação especial.


    Fátima Schenini

     

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  • Alunos da Escola Municipal Gabriella Persico, em Santa Maria de Boa Vista (PE) se preparam para a Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (Foto: Divulgação)“O nosso objetivo é trabalhar para plantar uma semente que transforme a realidade das escolas locais”. A afirmação é de Samuel Soares da Costa, 19 anos, um dos coordenadores da quarta edição da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA). O evento reunirá estudantes, professores e gestores educacionais nos dias 23 a 28 de novembro, no Centro de Treinamento Educacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria, na cidade goiana de Luziânia, no entorno de Brasília, para debater a sustentabilidade nas escolas.

     

    Jovens de 11 a 14 anos, do sexto ao nono ano, de 18 mil escolas públicas, participarão de oficinas e debates sobre o tema escolas sustentáveis. Serão 15 oficinas abordando assuntos como permacultura, riscos e desastres socioambientais, animais silvestres, consumo consciente e geração de resíduo.

     

    Estudante do quarto período de ciências biológicas, Samuel foi um dos delegados de Rondônia na edição 2009 da conferência. Desde então, ele desenvolve projetos e ações em escolas locais para difundir a educação ambiental como forma de melhorar a qualidade de vida da região.

     

    Na quarta edição, Samuel será um dos coordenadores de Rondônia na conferência. São dois coordenadores por estado, que auxiliam na realização dos processos metodológicos, ministrando oficinas e interagindo com as delegações de estudantes. Segundo Samuel, o interessante é que é feito um trabalho anterior à realização da conferência, nas etapas escolares municipais, bem como um trabalho posterior de acompanhamento dos projetos nas escolas.

     

    O coordenador geral de Educação Ambientaldo Ministério da Educação, José Vicente de Freitas, afirma que o objetivo central da conferência é promover o desenvolvimento da cidadania socioambiental. “É uma estratégia pedagógica voltada às escolas, estimulando o processo de articulação em torno do tema da sustentabilidade”, destacou José Vicente. 


    Assessoria de Comunicação Social


    Ouça o coordenador geral José Vicente de Freitas

  • Na escola de Ji-Paraná, o projeto sobre a Copa do Mundo e o meio ambiente colabora para estimular a criatividade e incentivar a leitura, além de melhorar a ortografia e a produção de textos (foto: arquivo da Escola Lauro Prediger)Habituados a desenvolver, todos os anos, projetos relacionados ao meio ambiente, os professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Lauro Benno Prediger, no município de Ji-Paraná, Rondônia, incluíram, este ano, atividades relacionadas à Copa do Mundo no Brasil. Assim, foi criado o projeto Torcendo e Protegendo o Meio Ambiente, relacionado, de maneira interdisciplinar, ao Mundial de futebol e à Semana do Meio do Meio Ambiente.

    “Aproveitamos para dar um enfoque diferente. O principal objetivo foi mostrar que a Copa pode ser melhor com menos lixo e poluição”, diz a professora de geografia Matilde Ramilho, que tem pós-graduação em educação ambiental. Segundo Matilde, o projeto foi realizado em equipe, com troca de ideias e opiniões. “Alguns se responsabilizaram pela criação de frases para divulgação no Facebook; outros, pelas bandeiras de cada país e confecção de cartazes e faixas para decorar a escola”, explica.

    Entre as atividades desenvolvidas com os alunos, Matilde cita a confecção, com garrafas plásticas, de bonecos que representam Fuleco, a mascote da Copa, e de bolas, com copos reciclados. Os estudantes também fizeram cartazes e bandeiras. Eles tiveram a oportunidade de aprender a localizar os continentes dos países participantes do Mundial, bem como conteúdos relacionados às diferentes culturas e populações.

    De acordo com Matilde, há 15 anos no magistério, a exposição, na escola, dos trabalhos feitos pelos estudantes contribuiu para elevar a autoestima de todos. “Eles se sentiram valorizados”, avalia.

    Estímulo — Para a professora Creunice Pereira de Souza, que leciona língua portuguesa no ensino fundamental e arte no ensino médio, além de elevar a autoestima dos estudantes, o projeto tem colaborado para estimular a criatividade, incentivar a leitura, provocar uma preocupação maior com a ortografia e a produção de textos. Ela diz que tem incentivado a criatividade e a socialização entre os alunos, além de desenvolver o gosto pela pesquisa.

    Entre as atividades realizadas, ela cita a produção de frases, cartazes e pinturas. Com graduação em letras e pós-graduação em gestão escolar, Creunice atua no magistério há 23 anos.

    Na visão do diretor da escola, Valmir Pereira da Silva, o projeto ajudou a ampliar a conscientização dos alunos sobre a importância da natureza e da necessidade de cuidar do meio ambiente. Há 30 anos no magistério, 15 dos quais na direção, Valmir é professor de geografia.

    Com 1.330 alunos matriculados nos ensinos fundamental e médio e na modalidade de educação de jovens e adultos, a escola conta com a participação atuante das famílias nos eventos que promove.

    Fátima Schenini

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  • O programa da TV Escola, Salto Para o Futuro, exibe nesta semana uma série de cinco episódios sobre mudanças ambientais no planeta. A série destaca a importância da educação ambiental na relação dos seres humanos entre si e com o meio ambiente.

     

    Os programas, que serão exibidos até sexta-feira, têm a duração de uma hora cada e vão ao ar às 19h. Os quatro primeiros episódios serão reprisados no dia seguinte à exibição às 8h e 15h. Já o quinto, exibido na sexta-feira, será reprisado na segunda-feira, 9, no mesmo horário dos demais.

     

    Hoje será exibido o episódio A Conferência, que mostra a participação do homem nas mudanças ambientais do planeta e indaga se irão suportar as conseqüências. O programa também mostra a Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente. Terça-feira, 3, vai ao ar o programa O Ar, que destaca o ar como a razão da vida na terra e o risco do aquecimento global para a atmosfera terrestre. O programa também coloca em questão como podemos abordar este tema na escola.

     

    Na quarta-feira, 4, é a vez do episódio A Água, destacando os problemas relacionados à água, como poluição, desmatamento e o aquecimento global. O programa também tem como proposta subsidiar debates e ações práticas na escola e na comunidade. Quinta-feira, 5, a série conta com o episódio O Fogo, que retrata o fogo como a energia que move as sociedades humanas, além de explicações sobre fontes, geração e uso da energia. Também serão debatidas formas de trabalhar o tema na escola e na comunidade.

     

    Na sexta-feira, 6, a série chega ao fim com o programa A Terra. O episódio destaca milhões de espécies que vivem conosco no planeta e as ameaças que pairam sobre elas, como extinção e o aquecimento global.

     

    A TV Escola pode ser sintonizada via antena parabólica (digital ou analógica) em todo o país. Seu sinal está disponível também nas tevês por assinatura DirecTV (canal 237) e Sky (canal 27).

     

    Veja a grade de programação da TV Escola.

     

    Assessoria de Imprensa da Seed

  • Mercadante, sobre a Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente: “São mais de 4 milhões de estudantes discutindo e aprendendo questões ambientais” (foto: João Neto)No programa de rádio Hora da Educação desta terça-feira, 12, o ministro Aloizio Mercadante destacou os avanços relacionados à temática ambiental no ensino público nas últimas duas décadas. Em sua participação na conferência Rio+20, que começa nesta quarta-feira, 13, no Rio de Janeiro, o ministro vai anunciar a realização, de 10 a 14 de outubro de 2013, da 4ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que terá o tema Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis.

    A conferência nacional será antecedida pelas etapas escolares (até 30 de março de 2013), municipais, estaduais e regionais (até 17 de agosto de 2013). “É um processo pedagógico que envolve mais de 13 mil escolas da educação básica e começa um ano antes do encontro nacional”, disse Mercadante. “São mais de 4 milhões de estudantes discutindo e aprendendo questões ambientais.”

     

    A partir de agosto próximo, professores e alunos definem a temática a ser estudada até o encontro nacional. Os melhores trabalhos serão selecionados nas conferências municipais, estaduais e regionais e, depois, apresentados na nacional. A ideia é que os projetos dos alunos transformem a escola em um ambiente sustentável. Um espaço com horta escolar, separação seletiva de lixo, coleta de água de chuva e eficiência energética.

     

    Em cada unidade de ensino pode ser criada uma comissão de meio ambiente e qualidade de vida na escola (Com-Vida), que terá a participação de estudantes, professores, gestores, pais e membros da comunidade. “É pela Com-Vida que se cria a Agenda 21 da escola e se define uma série de temas que ela considera importantes para se aliar à sustentabilidade”, disse o ministro. De acordo com a Agenda 21, definida na Eco-92, realizada há 20 anos, também no Rio de Janeiro, cada país se compromete a refletir, global e internamente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não governamentais e setores da sociedade podem atuar em busca de soluções para os problemas socioambientais.

     

    Até agora, cinco mil escolas públicas criaram a Com-Vida. “Essa comissão coloca a meninada para atuar, de forma protagonista, nas questões da escola” disse Mercadante. “É um berçário de lideranças juvenis e da sustentabilidade.” Segundo o ministro, essa tecnologia social já é copiada por outros países. Um vídeo com exemplos de intervenções sociais a partir dessas comissões, em diferentes regiões do Brasil, será enviado às escolas públicas ainda em 2012.

     

    Recursos — Mercadante adiantou ainda a criação do Programa Dinheiro Direto na Escola – Escola Sustentável (PDDE – Escola Sustentável). Mais de R$ 100 milhões devem ser aplicados nas escolas públicas, em três anos, para o desenvolvimento de projetos ambientais, como hortas, eficiência energética, coleta de água da chuva, separação de lixo e até adaptação do espaço físico da escola em um prédio sustentável. Este ano, duas mil escolas receberão recursos do PDDE – Escola Sustentável.

     

    Assessoria de Comunicação Social

     

    Ouça a íntegra da participação do ministro no programa

     

     

  • Cidade Arborizada, Saúde Preservada é o tema do projeto apresentado pela Escola Municipal de Educação Básica Professora Laura de Sousa Oliveira, de Pedra Branca, no sertão da Paraíba, durante a 4ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. Desenvolvido inicialmente pelas professoras Rafaela Teotônio, de geografia, e Joana Fortunato, de ciências, com alunos do sexto ano do ensino fundamental, o projeto teve sucesso tão grande que acabou envolvendo toda a escola e também a comunidade.

    O que começara apenas para melhorar a qualidade do ar nas proximidades da escola passou a incluir áreas urbanas do município. Segundo Rafaela, o plantio de mudas começou na própria escola, com a doação de mudas de árvores por pais de alunos e agricultores. Entretanto, constatada a necessidade de arborização em algumas ruas, a partir do plantio de mudas ou da substituição de árvores, a escola firmou parceria com a prefeitura e entidades locais para a execução das tarefas.

    A professora lembra que as árvores contribuem para atenuar o calor do Sol e renovam o oxigênio do ar, além de estabilizar a temperatura ambiente. “Estamos planejando plantar vários tipos de árvores frutíferas e ornamentais, que se adaptem ao clima local, muito quente”, afirma. De acordo com Rafaela, as árvores são o ambiente dos pássaros e contribuem para melhorar o microclima.

    O projeto, que terá continuidade em 2014, inclui atividades como debates, apresentação de vídeos e de músicas, produção de textos e de maquetes, além do plantio de árvores. “Esperamos conscientizar os alunos sobre a importância das plantas na conservação do ar”, diz Rafaela, que está no magistério há quatro anos.

    Reflorestamento — Em Baía da Traição, no litoral norte paraibano, a Escola Estadual Indígena Pedro Poti, da aldeia São Francisco, de etnia potiguara, apresentou o projeto Reflorestamento nas Margens do Rio Sinimbu. De acordo com a professora Sônia Barbalho de Macedo, o rio, que banha grande parte das aldeias do município, sofre com o assoreamento, consequência do desmatamento em suas margens. “Houve uma sensibilização dos alunos no sentido de evitar esse problema”, diz Sônia, que leciona história nos anos finais do ensino fundamental.

    Para a professora, a disciplina de história é importante na educação ambiental por fazer uma retrospectiva. “Começa pela pergunta: como era esse rio antigamente?”, salienta. “Nós trabalhamos o ano todo com esse problema do rio. Precisamos ter um conhecimento amplo de tudo, nos dedicar.”

    Sônia está no magistério há 25 anos. Graduada em história e em pedagogia, ela faz pós-graduação em gestão e supervisão.

    Fátima Schenini

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  • Além dos telhados verdes, o IFB adota várias estratégias ecológicas (Foto: Arquivo/IFB)O Instituto Federal de Brasília (IFB), criado há oito anos, implantou os chamados telhados verdes em seu campus do Plano Piloto (área tombada da capital federal). Os prédios são cobertos com módulos de concreto leve, preparados para receber plantas resistentes à seca e para reter a água da chuva. É uma das medidas adotadas nos 10 campi do instituto, construídos como modelo de sustentabilidade.

    Os telhados verdes permitem uma economia no consumo de água correspondente a dois meses de irrigação na área externa, segundo cálculos da diretoria de engenharia da escola. E a quantidade retida pode ser usada na limpeza em geral, em descargas sanitárias e no cultivo de jardins.

    A iniciativa tem um efeito cascata ainda mais benéfico, contribuindo para um clima mais agradável, menos quente, já que o telhado verde funciona como um isolante térmico. O uso do ar condicionado acaba sendo menor e o dispêndio de energia elétrica também.

    A coleta da água da chuva não ocorre somente nos blocos com telhado verde. O sistema está presente nos 10 campi e há, ainda, outras medidas ecológicas, como o tratamento de esgoto, iluminação por energia solar e estacionamentos com revestimento especial contra acúmulo de poças.

    “Enfim, são atitudes que beneficiam não só o IFB, mas igualmente as comunidades próximas”, declarou o reitor Wilson Conciani. “Estamos dando a nossa contribuição a uma cidade que nasceu com essa característica de ser sustentável, aumentando a área verde e diminuindo a poluição, com a troca de carbono.” O reitor arrisca que a economia de energia nos campi gira em torno de 12%, embora não existam parâmetros para o cálculo, já que sempre funcionaram dessa forma.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O professor Menezes com os alunos: “O projeto inclui o desenvolvimento de filtros destinados ao tratamento da água, de forma a torná-la própria para o consumo e já é realidade (foto: arquivo pessoal)Na zona rural de Parintins, Amazonas, o professor Valter Menezes desenvolve o projeto Água Limpa para os Curumins do Tracajá, que atende à comunidade ribeirinha. Menezes já conquistou o prêmio Educador Nota 10 pelo trabalho e está entre os 50 finalistas do Global Teacher Prize, considerado o Nobel da educação.

    Nascido em uma família de 11 irmãos, com pai pescador e mãe agricultora, Menezes, ainda na infância, deixou a família na zona rural de Parintins, município de 112,7 mil habitantes, em busca de oportunidade de estudo. Os pais não eram alfabetizados e viviam de forma modesta, mas sempre deram valor à educação.

    “Meu pai dizia que a única herança que poderia deixar era a educação. Quem não quisesse seguir uma profissão, teria que seguir a dele, de pescador”, diz o professor. “O que eu via, o sofrimento dele ao chegar da pescaria, do seu trabalho, me comovia.”

    Menezes lembra que aos sete anos de idade foi estudar longe da comunidade rural. “Lá não tinha o ensino fundamental; a partir dali, então, comecei a buscar o ideal para mim: eu queria ser professor por achar, e continuo achando, que a profissão de educador é uma das mais belas que existe.”

    Assim começou a trajetória do professor, que leciona há 22 anos na Escola Municipal Luiz Gonzaga, na comunidade do Santo Antônio do Rio Tracajá, zona rural de Parintins. O município fica a 370 quilômetros de Manaus. Menezes foi diretor da escola por nove anos e em outros três atuou como coordenador pedagógico de dez outras. Hoje, dá aulas de ciências a 120 alunos dos quatro últimos anos do ensino fundamental. O trabalho vai além da escola e beneficia a comunidade ribeirinha.

    “Trabalhamos um projeto voltado para o meio ambiente e a questão da saúde”, afirma. Como professor de ciências, ele procurou dar resposta ao questionamento de um aluno, em uma aula sobre meio ambiente e água. O estudante queria saber porque as crianças e demais moradores da região sofriam com diarreia. “A partir desse questionamento, buscamos alternativa. Adotamos a prática pedagógica do espaço não formal para trabalhar a questão da água, que é um problema mundial.”

    Prêmio — O projeto que leva água limpa às famílias ribeirinhas, que não tinham acesso às redes de esgoto e de água potável, começou em 2014. No ano passado, Menezes foi reconhecido nacionalmente pelo empenho e ganhou o prêmio Educador Nota 10, oferecido por uma parceria de fundações voltadas para a área educacional. Em dezembro último, ficou entre os 50 finalistas do Global Teacher Prize, considerado o Nobel da educação.

    O trabalho, coordenado pelo professor, com o apoio de estudantes do nono ano, consiste na construção de fossas biológicas para evitar o despejo de dejetos no rio. O projeto inclui o desenvolvimento de filtros destinados ao tratamento da água, de forma a torná-la própria para o consumo. “É um projeto, não um experimento, e já é realidade; o povo está vivendo isso aqui”, diz Menezes. “São 70 famílias beneficiadas com o projeto das fossas biológicas, abertas para impedir a contaminação do lençol freático da nossa comunidade, de onde o povo tira a água para o consumo.”

    De acordo com o professor, 180 famílias que não contam com água encanada receberam o filtro bioativo. “Todas as dez comunidades da região do polo Tracajá foram beneficiadas com o projeto, e os alunos, de modo geral, estiveram envolvidos, assim como os professores. Foi um projeto inovador, e todos participaram.”

    Construção — Segundo Menezes, as fossas biológicas podem ser usadas por até 30 ou 50 anos. Cavadas na terra, eles são revestidas de tijolos e reboco para evitar a infiltração no lençol freático. “Fazemos um corredor, que chamamos de pirâmide; essa pirâmide recebe todo o dejeto humano”, explica. “Esse corredor é coberto com bueiros; em seguida, são jogadas três camadas de cacos de pedra, e o corredor é preenchido com seixo ou brita acima da pirâmide e, por fim, com terra queimada e esterco de animal. No local, é plantado um pé de bananeira.”

    A fossa, vista de cima, parece um canteiro. A raiz da bananeira absorve o líquido — podem ser usadas outras plantas, como a taioba ou tajá.

    Além das fossas, a comunidade usa os filtros bioativos, preparados em recipientes de plástico ou vidro. Para funcionar, basta inserir camadas de brita ou seixo, areia grossa e fina. Ao passar pelas camadas, a água sai filtrada.

    Bem-estar — Segundo o professor, com o projeto, os alunos se tornaram cidadãos mais conscientes e capazes de resolver problemas, especialmente na área ambiental. Mas ele garante que o maior impacto é o bem-estar da comunidade. “Não vemos mais surtos de diarreia, as crianças mostram aparência de uma vida mais tranquila e de bem-estar social, nossa comunidade não sente mais odor de banheiro nas ruas”, destaca Menezes. Hoje, nosso povo é mais consciente na questão da união para lutar pelo que é melhor para a comunidade.”

    Em março, o professor Valter Menezes vai a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para a cerimônia de premiação do Global Teacher Prize.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Trabalho interdisciplinar destinado a evitar o desperdício de água e de alimentos proporcionou a duas professoras de São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo, a inclusão entre os vencedores da oitava edição do Prêmio Professores do Brasil. Rosângela Torres Giampietro e Maria Amélia Lucena desenvolveram com duas turmas de primeiro ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Anacleto Campanella o projeto 2013 – Ano Internacional para a Cooperação pela Água: Consumismo = Desperdício; Por que Desperdiçar se Podemos Economizar?

    O trabalho, premiado na categoria Temas Específicos, subcategoria Alfabetização nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, foi feito ao longo de cinco meses para mostrar aos estudantes a importância da preservação da água e de seus ciclos para o equilíbrio e o futuro da Terra. E também de fazê-los entender que a redução do desperdício de alimentos contribui com o meio ambiente. “Um estudo do Reino Unido mostra que o desperdício de comida implica o gasto de um volume de água duas vezes maior que o usado para o consumo das famílias”, explica Rosângela.

    As duas professoras trabalharam com a ideia de redução no consumo de alimentos e de reaproveitamento integral de folhas, talos e cascas, que geralmente vão para o lixo. Nas aulas, as crianças aprenderam receitas de alimentos com cascas e folhas. Foram também orientadas sobre a conservação do meio ambiente e dos alimentos. “Todas as atividades estiveram direcionadas para a alfabetização”, diz Rosângela. Os alunos usaram os conhecimentos adquiridos para montar um mural de curiosidades e elaborar um caderno de receitas, apresentados em mostra cultural, no encerramento do projeto. De acordo com a professora, o trabalho foi bem recebido pelos alunos, que passaram a verificar o lixo de casa diariamente.

    Conscientização — Segundo Rosângela, as mães entenderam e passaram a reduzir a quantidade de dejetos orgânicos. “O envolvimento foi total, de pais e alunos. E o mais importante foi notar a conscientização de todos, tanto nas avaliações escritas quanto nos relatos pessoais.”

    Rosângela espera que a iniciativa sirva de estímulo para que outros professores participem das próximas edições do prêmio. “Eles devem acreditar em seus projetos e em seu potencial”, afirma. Com graduação em letras e em pedagogia e pós-graduação em psicopedagogia, Rosângela atua no magistério há quatro anos, sempre com turmas de alfabetização. “Alfabetizar é um trabalho de doação”, resume.

    Para a professora, alfabetizar significa não só ensinar a ler e a escrever, mas oferecer liberdade. “O indivíduo que lê e escreve está conectado às pessoas e ao mundo”, diz. “É o que eu procuro ensinar todos os dias.”

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), o programa Salto para o Futuro desta quarta-feira, 6, vai debater como a educação pode influenciar na sustentabilidade. O programa vai ao ar às 20h, pela TV Escola. Bárbara Pereira e Murilo Ribeiro conduzem uma conversa com as convidadas Mônica Borba, gerente do Projeto Ecoativos, e Lívia Cattaruzzi, do programa Criança e Consumo, ambas do Instituto Alana.

    As entrevistadas mostrarão como executar projetos que visem a preservação do meio ambiente, com a participação de crianças, adolescentes e jovens nas escolas. Na pauta, descarte de resíduos, proteção de ecossistemas, alimentação saudável, redução do consumo, adoção de hábitos e atitudes saudáveis.

    De acordo com Lívia Cattaruzzi, esses são alguns dos temas que contribuem para a construção de uma cultura de sustentabilidade. “Precisamos pensar em consumo responsável, em educação para preservação do meio ambiente. E temos que trabalhar esses conceitos todos os dias”, afirma. Mônica Borba destaca que pais e educadores devem assumir o papel de agentes da construção de um pensamento e comportamento sustentáveis.

    No programa, as convidadas interagem com perguntas do público e debatem as ações cotidianas que podem melhorar a qualidade de vida e a saúde do planeta. O Salto para o Futuro também discute e propõe estratégias da formação de crianças e jovens nos espaços escolares para as questões que impactam o meio ambiente e, como consequência, a vida de todos.

    Salto para o Futuro é exibido todas as quartas, na TV Escola, às 20h. Os episódios estão disponíveis no portal da emissora e no canal do Youtube da TV Escola.

    Assessoria de Comunicação Social

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