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  • “Hoje eu tenho um norte na vida. Ficou para trás aquele menino que foi gerado numa cela de penitenciária, que foi criado sem pai nem mãe, que parecia não ter futuro. Também ficou para trás aquele cara cheio de dúvidas, de incertezas. Elas já não existem mais. Os estudos me ajudaram muito. Percebo mudanças em mim e creio que essas mudanças são visíveis por todos que me conhecem.”


    Este é um trecho do epílogo do livro Proeja – O aluno, de Sidney Dias de Oliveira, 36 anos. Na publicação, ele descreve como um curso do Programa de integração profissional técnica de nível médio na modalidade de jovens e adultos (Proeja) modificou completamente a sua vida.


    Sidney faz o curso na área de eletrônica no campus Florianópolis, do Instituto Federal de Santa Catarina. Nos primeiros semestres, ele foi aluno da professora de português Esterzinha Pereira Gevaerd, que o apoiou no seu projeto de escrever o livro, lançado este ano dentro das comemorações do centenário do Instituto.


    No livro, Sidney conta a sua sofrida trajetória de vida. Ele foi concebido numa cela de penitenciária, numa das visitas íntimas a que seu pai tinha direito. A mãe morreu prematuramente, quando ele tinha dois anos de idade.


    “Sinto-me como uma pedra bruta, que durante esses três semestres foi lapidada pelas mãos de mestres, doutores da arte do saber. Sinto-me como ouro bruto que, ao ser jogado ao fogo, purifica-se, queima todas as impurezas e sai jóia rara. Todos percebem a diferença antes e depois do IFSC”, conclui Sidney, que trabalha como autônomo em cinco empresas da capital catarinense.


    Esterzinha vê no fato de um curso do Proeja ter transformado a vida de um aluno o reconhecimento do trabalho desenvolvido desde 2006. “São fatos como esse que nos impulsionam a continuar lutando por essa modalidade de educação: jovens e adultos afastados do processo educacional ou com escolarização incompleta, marginalizados social e economicamente”, disse Esterzinha.


    “Quando transformamos a vida das pessoas pela educação ficamos cada vez mais convencidos de que estamos fazendo a coisa certa”, resumiu Maria Cláudia de Almeida Castro, coordenadora de pós-graduação do Instituto.

    Ana Júlia Silva de Souza

  • Ministério da Educação
    Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
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  • Uma iniciativa do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) em conjunto com a prefeitura de Itapema (SC), governo federal e a Universidade Aberta do Brasil (UAB) criou o curso de habilidades básicas em panificação, o que permitiu a formação de 28 alunos de uma escola municipal. Organizados, os alunos estão abrindo uma cooperativa para comercializar seus produtos.

    O curso tem duração de dois anos e atende 28 alunos jovens e adultos com idades entre 17 e 60 anos. O currículo foi construído em conjunto com as prefeituras de Itapema e de São José. As prefeituras garantiram aos alunos o ensino fundamental e ao Instituto Federal a formação inicial e continuada em panificação.

    Os alunos atendidos pelo Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) aprendem também economia solidária, ética, respeito, cidadania, meio ambiente, legislação, cooperativismo e coletividade.

    “O meu sonho não é só fazer pão e doces. Nós podemos fazer muito mais. Somos um grupo de pessoas simples, humildes, mas com garra e inteligência. Nós podemos organizar eventos, festas, vendendo e servindo nossos produtos. Estou muito feliz com esse ideal. Só peço a Deus que nos dê a graça de sermos unidos, perseverantes para vencermos todas as dificuldades que possam vir ao longo da caminhada. O sucesso vem do esforço e persistência, sem ele nada somos”, conta Agostina Maceieski Brancher, de 52 anos. Ela é uma das alunas que faz o curso profissionalizante em Panificação em Florianópolis e ao mesmo tempo cursa o ensino fundamental em Itapema, distante 60 quilômetros.

    “Meu sonho é ser um bom vendedor dos produtos que aprendemos a fazer no curso. Por isso me esforço para aprender a fazer todas as receitas, porque sei que um bom vendedor tem que conhecer muito bem o produto que vende”, disse Francisco Bertin, de 64 anos. Ele estava fora da escola há 45 anos.

    Cooperativa -  ­A professora Maria Bernadete Segalla, da UAB, constatou que dos 30 alunos inscritos no Programa, 16 estavam desempregados e apenas quatro trabalhavam de forma regular. A professora incentivou os alunos a formarem uma cooperativa de panificação. A ideia foi logo abraçada por todos. Os alunos passaram a assistir palestras sobre cooperativismo. Com o apoio do Sebrae estão organizando o plano de trabalho e o estatuto da cooperativa.

    A aluna Maria Claudete Costa acredita que juntos poderão transformar a realidade, e dá uma receita ao grupo: uma dose de fé, outra de amor e uma pitada de perseverança. “Nossa cooperativa vai ser o nosso orgulho, nosso trabalho, nossa dedicação e nossa alegria”, finaliza.

    Ana Júlia Silva de Souza
  • Detentos de Porto Velho, Rondônia, terão acesso à educação básica e ao ensino profissionalizante por meio do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – Formação Inicial e Continuada (Proeja-FIC). Na primeira turma, o projeto Educação para Prisões do Proeja-FIC atenderá 26 internos. Além de aprender uma profissão e aumentar a escolaridade, eles terão um dia de abatimento na pena a cada 12 horas de aula.

    As aulas, ministradas por 60 profissionais, tiveram início em 21 de outubro, na Penitenciária Federal de Porto Velho. Professores da rede pública estadual são os responsáveis pelas aulas nas disciplinas do ensino fundamental. A educação profissional, com cursos de vendas e de auxiliar administrativo, cabe a professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia. A formação inicial e continuada, integrada ao ensino fundamental, tem carga de 1,4 mil horas, em 17 meses. As aulas são ministradas três vezes por semana.

    Na aula inaugural, realizada na penitenciária, o reitor do instituto, Raimundo Vicente Jimenez, elogiou a decisão dos internos de retomar os estudos. “Espero que aproveitem ao máximo esse momento, que se envolvam, leiam bastante e redescubram o mundo”, disse. “A melhor forma de se libertar é a educação.”

    Para a pró-reitora de extensão do instituto, Marilise Esteves, é necessário promover o acesso ao conhecimento e levar a educação a todos os cidadãos, mesmo que estes estejam privados de liberdade.

    A iniciativa resulta de parceria entre a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação e o Departamento Penitenciário (Depen) do Ministério da Justiça. A execução cabe ao Instituto Federal de Rondônia e ao governo do estado.

    Ana Júlia Souza
  • (Foto: Divulgação/ Setec)Pesos de porta em forma de bonecas e cestinhas estão fazendo sucesso nos pontos de comércio de Bento Gonçalves (RS). São fabricados por estudantes do curso técnico em comércio na modalidade Proeja do Instituto Federal do Rio Grande do Sul.

    O Programa de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) atende alunos que tentam terminar o ensino médio e obter um curso profissionalizante. Alguns estão desempregados. Outros trabalham em empregos insatisfatórios. E outros já são empreendedores.

    Antes do sucesso alcançado com os produtos, os estudantes, do campus Bento Gonçalves, dominaram as etapas que vão desde a confecção do produto até a sua venda. Ao longo de três semestres, 24 alunos tiveram noções de empreendedorismo, economia solidária e cooperativismo. Os estudantes fizeram também um estágio de 360 horas.

    Segundo  Leane Fiilipetto, coordenadora pedagógica  de ensino médio técnico e profissional do Proeja em Bento Gonçalves, o estágio é uma forma de os alunos vivenciarem na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula e criarem uma cooperativa de forma experimental. “Por detrás dessas simples bonequinhas se escondem análises de mercado, estimativas de financiamento inicial e de vendagem”, ressaltou.

    Os estudantes tiveram que analisar as vantagens e desvantagens de montar o seu próprio negócio. Depois, foram estimulados a construir um plano. Divididos em grupos, debateram idéias e fizeram uma previsão das situações que poderiam enfrentar. Na segunda etapa de formação, receberam noções de economia solidária e de gestão participativa.

    Por fim, os estudantes se aprofundaram no conceito de cooperativismo. Foi então que surgiu um produto montado a partir dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso.  E o êxito do produto foi tamanho que os alunos tiveram que providenciar novas peças.

    Ana Julia Silva de Souza
  • 16/03/2009 -O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia dá início, nesta segunda-feira, 16, às inscrições para o processo seletivo de pós-graduação lato sensu – especialização em educação profissional integrada à educação básica na modalidade de educação de jovens e adultos, em atendimento ao Programa de Capacitação de Profissionais do Ensino Público, para atuar no Proeja.

    Podem se inscrever os profissionais com curso de graduação nas diversas áreas de conhecimento pertencentes ao quadro de pessoal permanente das instituições públicas de ensino das redes federal de educação profissional, científica e tecnológica, estadual de ensino e municipal de ensino que não se encontrem em processo de aposentadoria, e docentes temporários substitutos da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica.

    Serão ofertadas 140 vagas, divididas igualmente entre os campi de Salvador, Barreiras, Eunápolis e Vitória da Conquista do instituto federal. O período de inscrições vai de 16 a 27 de março, no campus do instituto federal da Bahia de escolha do candidato. O processo de seleção é composto por uma prova escrita de caráter eliminatório (mínimo de 60% de acertos), análise do anteprojeto de monografia, entrevista e avaliação do currículo. “Daremos atenção especial à análise do anteprojeto de pesquisa do candidato para nos certificarmos de que ele realmente tem o intuito de fazer uma pesquisa dentro da linha do programa”, explicou a coordenadora-geral do curso, Cléa Queiroz.

    As aulas possuem carga horária de 360 horas, a ser desenvolvida no prazo de 12 meses. O início das aulas será no dia 4 de maio de 2009. Mais informações no edital do concurso.

    Coordenação de Comunicação Social do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
  • A partir do segundo semestre letivo deste ano, o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (Ifnmg) vai contar com um laboratório móvel de informática que vai circular pelos sete campus da instituição e reforçar o trabalho já desenvolvido.

    Para criar o laboratório itinerante, o instituto transformou uma carreta em sala, com mesas, computadores, internet. O laboratório tem capacidade para atender turmas de até 30 alunos.

    A unidade móvel está disponível para levar cursos de formação inicial continuada para as cidades da área de abrangência do instituto nas regiões norte e noroeste de Minas Gerais e no Vale do Jequitinhonha.

    Inicialmente, serão atendidos os municípios de Varzelândia, Ibiracatu, Manga, Bocaiúva, Almenara, Brasília de Minas, São Francisco e São João das Missões, que são parceiros do programa nacional de integração da educação profissional com a educação básica na modalidade de jovens e adultos (Proeja). Nessas localidades será oferecido o curso de operador de microcomputador.

    A estréia do laboratório móvel foi durante a 37ª Exposição Agropecuária de Montes Claros (Expomontes), no início deste mês. Crianças e adolescentes participaram de cursos básicos de informática ministrados por monitores do curso técnico em informática do campus Montes Claros do Ifnmg.

    Assessoria de imprensa do Ifnmg
  • Cursos como o de auxiliar de cozinha são oferecidos em Goiânia a jovens e adultos, que simultaneamente buscam a conclusão do ensino fundamental (foto: www.ifg.edu.br)Estudantes a partir de 15 anos de idade, moradores de Goiânia e região metropolitana, cursam o ensino fundamental e aprendem uma profissão graças a parceria formalizada entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) e a prefeitura. Cursos como operador de computador, auxiliar de cozinha, eletricista industrial e modelista são ministrados no turno da noite em dez escolas da capital de Goiás.

     

    Segundo a coordenadora adjunta do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) no câmpus de Goiânia do instituto, Sigreice de Souza Almeida, jovens e adultos cursam o ensino fundamental simultaneamente ao aprendizado profissional como alunos do Programa Nacional de Integração da Educação Básica com a Educação Profissional na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).

     

    O currículo integrado foi elaborado pela Secretaria de Educação municipal e o instituto federal. A integração, de acordo com Jullyana Borges de Freitas, do Pronatec, compreende desde o planejamento das aulas teóricas e práticas até a avaliação dos estudantes. Uma aula de língua portuguesa, por exemplo, pode ser dada durante o aprendizado de operação de computadores.

     

    Os cursos do Proeja preveem 1,4 mil horas de aula — 1,2 mil na educação de jovens e adultos e 200 na formação inicial e continuada profissionalizante. A duração é de 2,5 anos.

     

    Na parceria entre o IFG e a Secretaria de Educação de Goiânia, as aulas são ministradas em dez escolas da rede. A parte profissional é ministrada nas escolas por professores do instituto. O curso de auxiliar de cozinha, por exemplo, é ministrado na Escola Municipal em Tempo Integral Jardim Novo Mundo, no bairro do mesmo nome. A escola, citada por Jullyana de Freitas como modelo no município, dispõe de cozinha com espaço para receber os alunos, forno e bancada para todas as atividades necessárias ao aprendizado profissional. Cada escola dispõe de equipamentos para determinado tipo de curso. O de informática é ministrado no laboratório do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo).


    Procura — Este ano, na abertura dos cursos, 1.029 estudantes fizeram a matrícula, a maioria do sexo masculino. No fechamento do primeiro semestre, foram registradas 391 desistências.

     

    Como a maioria trabalha durante o dia, entre as causas da evasão constatadas pelo instituto estão o cansaço físico, especialmente entre os alunos que trabalham na construção civil, e o período do início do pagamento da bolsa mensal a que os alunos do Proeja têm direito — por dia de aula, o estudante recebe R$ 5, mas o pagamento é feito no fim do mês. A bolsa é um subsidio para pequenas despesas, como transporte.


    Ionice Lorenzoni

     

    Saiba mais sobre o Proeja e o Pronatec

  • Conheça as respostas das dúvidas mais frequentes sobre o Proeja

  • Um grupo de professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo produziu material didático de matemática que pode ser empregado em vários cursos. O conteúdo foi idealizado para permitir a integração curricular de disciplinas de conhecimentos gerais e de disciplinas profissionalizantes.

    O material contém fichas temáticas que propõem problemas com base na experiência de vida e profissional dos alunos — pessoas com mais de 18 anos de idade que completaram o ensino fundamental e agora cursam o ensino médio integrado ao ensino profissionalizante. O campus de Vitória do instituto capixaba oferece cursos do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) em edificações, metalurgia e segurança do trabalho.

    Segundo o professor Rony Cláudio de Oliveira Freitas, coordenador de especialização do Proeja, o material serve de estímulo a outras instituições na criação do próprio material didático de matemática, com base nas especificidades de cada uma.

    Ana Júlia Silva de Souza
  • Capacitar profissionalmente e oferecer educação básica a brasileiros maiores de 18 anos é a proposta do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação Jovens e Adultos (Proeja). O programa será debatido do segundo encontro do Simpósio dos Institutos Federais, nesta quinta-feira, 27, com o tema Proeja: Diferentes Olhares, um Mesmo Objetivo.

    A implantação do programa em uma das unidades do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, a elaboração de material pedagógico e o projeto de estágio curricular estarão entre os assuntos abordados. Está previsto ainda depoimento da estudante Cecília Alves dos Santos, 55 anos, que cursa qualificação em manutenção e suporte de microcomputadores no instituto federal do Piauí.

    Até novembro, gestores e estudiosos da educação profissional vão se reunir na última quinta-feira de cada mês, em Brasília, para debater o modelo pedagógico dos institutos.

    O debate terá transmissão ao vivo da TV MEC. O público pode fazer perguntas pelo endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Assessoria de Imprensa da Setec
  • Conheça a história e as ações do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja)

  • Proeja - Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - Educação Profissional Técnica de Nível Médio / Ensino Médio

     

    Proeja - Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - Formação Inicial e Continuada / Ensino Fundamental

     

    Proeja - Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - Educação Profissional e Tecnológica Integrada à Educação Escolar Indígena

     

    Fórum Proeja - Carta de Santa Maria

    Fórum Proeja - Carta de Belo Horizonte

     

    Documento final Proeja 2007

     

    Encontro Proeja FIC 2010

     

    Folder do Programa (versão Português, Inglês e Espanhol)

     

  • Conheça as publicações do Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade Educação de Jovens e Adultos

  • Cáceres (MT) – Martinho, Silvano, Maria, Anicácio, Marinalva, Donício, Sebastião, Idalina, José, Bárbara, Leci e João são brasileiros que desde cedo tiveram suas vidas distanciadas da escola devido à necessidade do trabalho. Agora, encontraram uma oportunidade de retornar à educação formal, beneficiados pelo Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja). Eles são pescadores e agricultores da região de Cáceres, no Pantanal Matogrossense, e estudam no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso.

    “Sempre quis saber mais. Fiz um esforço pros meus filhos estudarem. Hoje tenho uma filha que está na faculdade”, conta orgulhoso Martinho Neri do Nascimento, 57 anos. Pescador profissional em Cáceres, Martinho parou de estudar aos 10 anos de idade. Hoje integra um grupo de 150 alunos do curso de Aproveitamento e Industrialização de Pescados Regionais do Proeja.

    Assim como Martinho, o aluno Donício Ferreira Lemes, 48 anos, comemora a valorização do estudo e alegria de ver uma filha na universidade. Ele conta que trabalhava em fazendas, virou pescador e mudou para beira do rio próximo a cidade para facilitar o acesso dos filhos à escola.

    “Eu nunca tinha tive oportunidade de concluir um ano na escola; estudava um tempinho e tinha que parar para trabalhar, mas fiz esforço pros meus filhos frequentarem as aulas. Agora estou fazendo um esforço também para eu aprender um pouquinho mais”, conta.

    Parceria– Desenvolvido em parceira com a Prefeitura Municipal de Cáceres, o curso, iniciado em janeiro deste ano, tem o objetivo de oferecer o ensino profissional e alfabetização à população ribeirinha, em especial ao trabalhador que vive da pesca. Para atender essa demanda, o projeto desenvolve escola diferenciada, com calendário próprio e metodologia aplicada à realidade do curso.

    O trabalho, que envolve professores da rede municipal, conta com aulas intensificadas no período da piracema e, nos demais meses do ano, ministradas em fins de semana nos acampamentos dos pescadores. Também são organizadas em plantões semanais para atender o aluno que vier à cidade.

    “Faço força e questão de estudar. Vou ao rio no sábado e volto na sexta para vir à escola à noite. No período da piracema venho todos os dias. As pessoas de todas as profissões precisam sempre aprender”, afirma Sebastião Rodrigues, com a sabedoria de seus 59 anos.

    Pescador há 22 anos, Sebastião já trabalhou como motorista, borracheiro, operador de máquina de cinema. Aprendeu a ler aos 19 anos, com o objetivo de tirar a carteira de motorista. O seu retorno à escola foi apoiado pela companheira de longa data, a esposa Cândida, também pescadora e aluna do Proeja.

    Diferenças– Personagens dessa história, Silvano Luiz Vieira, 36 anos, e Anicácio da Silva Pedro, 47 anos, desenham caminhos e expectativas diferentes com relação ao curso. “Quero dar continuidade aos estudos, quem sabe me profissionalizar na área de informática”, conta Anicácio. Filho de pescador, Silvano quer permanecer na profissão herdada do pai e avalia o estudo como ferramenta para o exercício da cidadania.

    “Eu vou ser sempre pescador. E o estudo faz falta para gente ter melhor entendimento do que é direito nosso. Ter mais liberdade, até para tirar uma carteira de habilitação”, exemplifica Silvano.

    Também filha de pescador, Marinalva Teixeira, 35 anos, foi criada pelo pai. Ela lembra que sua historia quase não existe sem o rio, pois desde os dois anos de idade seguia seu pai na atividade cotidiana da pesca. “Eu nasci na beira de uma baía, no rio Paraguai. Aqui passei quase toda minha vida, depois de jovem saí algumas vezes para tentar trabalhar na cidade, mas sempre voltei”, conta. Pescadora profissional há três anos, Marinalva sai de casa às três horas da manhã e volta no final da tarde para partilhar seu tempo no rio com a nova experiência de estudar. “É gostoso estar no colégio, aprendemos muitas coisas. Ainda tenho dificuldade de leitura, mas já consigo escrever”, comemora.

    Assessoria de Comunicação do Instituto Federal de Mato Grosso

  • Inserção Contributiva


    O projeto de Inserção Contributiva foi criado pela Coordenação Geral de Políticas de Educação Profissional e Tecnológica no intuito de diagnosticar a situação dos cursos PROEJA em algumas  instituições federais, procurando identificar as causas do alto índice de abandono dos cursos e estabelecer estratégias de monitoramento e avaliação para superação da evasão, com a assessoria da SETEC e demais parceiros.


    Ao longo dos anos de 2007 e 2008 foram realizadas visitas em instituições que apresentaram um alto índice de desistência dos cursistas. Nessas visitas foram feitos apontamentos com sugestão de melhoria para todas as instituições e atualmente estão sendo feitas visitas para avaliar se os encaminhamentos foram atendidos bem como se houve uma redução significativa da evasão nos cursos PROEJA.


    Para conhecer melhor as etapas de implantação do projeto de inserção contribuitiva clique aqui 


    Diálogos PROEJA


    Os Diálogos PROEJA são encontros micro-regionais, realizados pelas instituições federais, voltados para equipe técnica, docentes e estudantes dos cursos PROEJA.  Esses encontros foram pensados a partir da análise de dados levantados no projeto de Inserção Contributiva e têm como objetivos:


    1. Facilitar, motivar e estimular a troca de experiências;
    2. Discutir e encaminhar propostas para superação dos desafios pedagógicos do PROEJA na micro-região;
    3.  Apresentar e expor os trabalhos da especialização PROEJA;
    4. Apresentar e expor os trabalhos desenvolvidos no projeto PROEJA CAPES/SETEC;
    5. Integrar várias ações PROEJA realizadas nas instituições federais;
    6. Divulgar o PROEJA para estados, municípios e entidades interessadas;
    7. Viabilizar o encontro dos estudantes PROEJA da micro-região.

    Até o presente momento foram realizados 14 Diálogos PROEJA, totalizando um repasse de R$ 427.944,71. Essa ação foi muito bem recebida pelos institutos federais e, diante disso, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica ampliará o número de encontros para o ano de 2010.


    Especialização PROEJA


    Desde 2006 a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica - SETEC, no intuito de  apoiar a promoção e a implementação de políticas sistemáticas de formação de docentes e gestores, de produção de conhecimento e de infra-estrutura técnica para os campos educacionais envolvidos no Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - PROEJA,  convida instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica para apresentar projetos de cursos de Pós-Graduação lato sensu em Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - Especialização PROEJA.
     

    Com o aumento da demanda, ao longo dos anos, os pólos de oferta da Especialização PROEJA foram ampliados. Confira quais os pólos que atenderam a esse convite:


    Especialização PROEJA 2006


    Especialização PROEJA 2007 
     

    Especialização PROEJA 2008


    Especialização PROEJA 2009

     

    Os objetivos da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) ao instituir a Especialização PROEJA podem ser sintetizados em três grandes linha: (a) formar profissionais especialistas da educação por meio do desenvolvimento de conhecimentos, métodos, atitudes e valores pertinentes à atividade da docência no PROEJA; (b) contribuir para implementação democrática, participativa e socialmente responsável de programas e projetos educacionais, bem como identificar na gestão democrática ferramentas que possibilitem o desenvolvimento de estratégias, controle e organização do PROEJA; (c) colaborar no desenvolvimento de currículos integrados de Educação Profissional com a Educação Básica na modalidade EJA, reconhecendo a avaliação como dinâmica, contínua, dialógica e participativa e, ainda, como importante instrumento para compreensão do processo de ensino aprendizagem.


    Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Educação Profissional Integrada à Educação de Jovens e Adultos - PROEJA­CAPES/SETEC


    O PROEJA-CAPES/SETEC tem por objetivo estimular no País a realização de projetos conjuntos de pesquisa utilizando-se de recursos humanos e de infra-estrutura disponíveis em diferentes IES e/ou demais instituições enquadráveis nos termos deste Edital, possibilitando a produção de pesquisas científicas e tecnológicas e a formação de recursos humanos pós-graduados em educação profissional integrada à educação de jovens e adultos, contribuindo, assim, para desenvolver e consolidar o pensamento brasileiro na área.
     

    Para obter maiores informações sobre esse programa clique aqui e acesse o edital. 

    Assistência ao Estudante PROEJA


    Desde 2007, com o objetivo de acompanhar e monitorar os cursos PROEJA em andamento a SETEC elaborou um projeto denominado: Projeto de Inserção Contributiva que foi realizado em mais de 21 instituições da Rede Federal que apresentaram um índice de evasão/desistência superior a 30% no período de 2006/2007. A consolidação dos dados revelou que, dentre as causas da evasão naquelas escolas, a ausência de transporte e alimentação adequados para o estudante.
     

    Nesse sentido é que se insere a proposta deste Ministério, iniciada em 2008, com a criação da Assistência ao Estudante PROEJA, por meio da qual, até o momento, foram descentralizados R$ 4.815.700,00 (R$ 100,00 por estudante), com 9.120 estudantes atendidos em 2008. No intuito de obter informações que possam orientar futuras adequações e melhorias da Assistência, em 18 de novembro de 2008, foi enviado um questionário avaliativo a todas as instituições que foram contempladas com a assistência estudantil.
     

    Segundo os dados da avaliação levantados em 2008, o recurso de R$ 100,00 destinado ao estudante PROEJA contribuiu para a permanência no curso. Dos 2678 estudantes PROEJA que responderam ao item do questionário “A Assistência Estudantil ajuda a resolver algum problema financeiro que limita a ida a escola” 2508 estudantes responderam que concordam com essa afirmativa.
     

    Constatando que as avaliações dessa ação foram em sua maioria positivas, a SETEC segue fomentando a assistência ao estudante, mediante envio de plano de trabalho justificado, planilha com os dados (nome, matrícula,  número de documentos e identificação do curso)  dos estudantes freqüentes dos cursos PROEJA, a partir dos recursos do Programa 1062, Ação 6380 - Fomento ao Desenvolvimento da Educação Profissional.
     

    Para saber quais as instituições foram beneficiadas com a assistência estudantil em 2009 clique aqui


    PROEJA FIC
     

    No dia 08 de abril de 2009 a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica - SETEC do Ministério da Educação - MEC lançou  o Ofício Circular nº 40 GAB/SETEC/MEC  convidando às Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica para que, em parceria com os municípios brasileiros, elaborassem propostas para implantação do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos,  Formação Inicial e Continuada com o Ensino Fundamental (PROEJA FIC).
     

    Buscando contribuir para melhoria e ampliação da oferta de formação para trabalhadores, a SETEC/MEC ao lançar esse convite considerou que a implantação dos cursos PROEJA FIC envolveriam as seguintes ações:
     

    A - Formação continuada de profissionais para implantação dos cursos PROEJA FIC:


    1)  Docentes, profissionais da educação, técnicos e gestores que estarão envolvidos na implantação e desenvolvimento dos cursos nas escolas municipais.


    2)  Docentes, profissionais da segurança pública, técnicos e gestores que estarão envolvidos na implantação e desenvolvimento dos cursos nos estabelecimentos penais.
     

    B - Implantação dos cursos PROEJA FIC.
     

    C - Produção de material pedagógico para os cursos PROEJA FIC.
     

    D - Monitoramento, estudo e pesquisa com vista a contribuir para a implantação e consolidação de espaços de integração das ações desenvolvidas, bem como de investigação das questões atinentes ao PROEJA, considerando a realidade das escolas municipais ou, conforme o caso, da educação em estabelecimentos penais .
      

    Em relação ao Financiamento, conforme disposto no Ofício Convite, o valor máximo a ser descentralizado por turma de trinta (30) alunos prevista no projeto: sessenta e cinco mil  reais (R$65.000). Esse valor deverá ser investido em: 
      
    - Material de Consumo
     
    - Laboratório de formação básica
     
    - Aquisição, modernização ou adaptação de laboratórios de educação profissional, exceto obras. 
     
    - Material Bibliográfico
     
    - Pagamento de pessoa física para execução do curso de Formação do PROEJA FIC
     
    - Diárias e Passagens para profissionais que ministrarão o curso Formação do PROEJA FIC e farão o monitoramento dos cursos ofertados. 
     
    - Pagamento de pessoa física e jurídica para design, diagramação e impressão.


    Para obter maiores informações acessem os links abaixo:


    Ofícios Circular nº 40/2009
     

    Resultado Proeja Fic
     

    Cursos PROEJA FIC nos municípios

  • Gestores, docentes, discentes e técnicos administrativos envolvidos com o programa que une educação de jovens e adultos à qualificação profissional, o Proeja, estarão reunidos, de 21 a 23 de setembro, no Instituto Federal de Santa Catarina, para o Fórum Regional de Pesquisa e Experiências em Proeja da Região Sul.

    Estão inscritos 400 participantes, todos da região Sul do país. Outros fóruns regionais semelhantes serão promovidos em Brasília, Manaus (AM), Teresina (PI), Santa Maria (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA).

    O Proeja é um programa que possibilita a jovens e adultos uma formação profissional articulada com escolarização. A estratégia oferece cursos técnicos de nível médio, cursos de formação inicial e continuada com o ensino médio e de formação inicial e continuada com o ensino fundamental.

    No encontro de Santa Catarina serão divulgadas pesquisas desenvolvidas em cursos de pós-graduação lato e stricto sensu, além de serem difundidas experiências do Proeja na área de gestão, seleção, recepção e permanência de alunos. Além de palestras e oficinas, estão previstas apresentações de relatos de experiências de professores e alunos.

    Carta – O encontro também pretende levantar questões como a concepção do programa, os cursos dessa modalidade de ensino, o perfil dos estudantes, e a construção de currículos do Proeja. Um dos grandes desafios, por exemplo, é investir na formação continuada de professores dessa área. Ao final da discussão, será encaminhada uma carta contendo as principais deliberações ao MEC.

    Desde 2003, o Instituto Federal de Santa Catarina oferece cursos que atendem ao público jovem e adulto. O fórum é resultado de parceria entre o Instituto Federal de Santa Catarina, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, a Secretaria de Estado de Educação do Mato Grosso de Sul e o Instituto Federal do Mato Grosso do Sul.

    Ana Júlia Silva de Souza

  • O Colégio Técnico Industrial de Santa Maria (RS) apresenta a menor taxa de evasão do país nos cursos de educação profissional com educação básica na modalidade de jovens e adultos (Proeja). O feito é resultado da adoção de estratégias de permanência, como acompanhamento psicopedagógico individualizado, assistência estudantil, orientações pedagógicas aos professores e alunos e a discussão sobre os processos de avaliação.

    Para a coordenadora de políticas de educação profissional do MEC, Caetana Juracy Rezende Silva, o colégio deve ser referência para as outras escolas de rede federal por causa dessa boa política de permanência e êxito dos alunos. Esta semana, ela ministrou palestra sobre os desafios e perspectivas do Proeja no contexto educacional brasileiro. “Há um desafio pedagógico que se revela na hora de formular os currículos e de escolher os conteúdos que serão mais significativos tanto para os jovens quanto para os adultos”.

    O colégio Técnico Industrial de Santa Maria tem duas turmas do curso técnico integrado em eletrônica. São 67 alunos. Na primeira turma, iniciada no ano passado, um aluno trancou o curso, um foi reprovado e somente quatro desistiram. Em 2009, a segunda turma teve apenas uma desistência.

    Estratégias- Durante todo o ano, após cada conselho de classe, são entregues pelos professores os pareceres sobre o desempenho escolar de cada aluno. A segunda estratégia é dar aulas de reforço em todas as disciplinas. Além disso, há o serviço de assistência ao estudante, onde o aluno passa a ter acesso ao restaurante estudantil da Universidade Federal de Santa Maria por apenas R$ 0,50. O estudante também recebe auxílio transporte, com o qual tem direito a passagens pela metade do preço.

    “As orientações pedagógicas são repassadas tanto nas reuniões bimestrais dos conselhos quanto em reuniões de professores, para que troquem experiências de suas práticas em sala de aula”, conta a assessora pedagógica do Colégio Industrial, Suzette Benites. O colégio também mantém um cadastro de ex-alunos que contribuem nas ações de permanência dos atuais alunos, além de dar dicas sobre oferta de estágios e oportunidades de emprego.

    Os cursos do Proeja têm três anos de duração e mais um período para o estágio. Não há um processo seletivo. Os alunos são escolhidos com base em critérios como tempo de exclusão da escola, idade e condição sócio-econômica.

    Ana Júlia Silva de Souza
  • A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) é responsável por formular, planejar, coordenar, implementar, monitorar e avaliar políticas públicas de Educação Profissional e Tecnológica (EPT), desenvolvidas em regime de colaboração com os sistemas de ensino e os agentes sociais parceiros. Entre as suas atribuições, deve promover o fomento à inovação, à expansão e à melhoria da qualidade da educação profissional e tecnológica, especialmente quanto à integração com o ensino médio, à oferta em tempo integral e na modalidade a distância, à certificação profissional de trabalhadores e ao diálogo com os setores produtivos e sociais. Também deve estimular pesquisas e estudos voltados ao desenvolvimento da educação profissional e tecnológica, bem como ampliar a sua atratividade e o seu reconhecimento social junto aos jovens, aos trabalhadores e à sociedade em geral. Nesse sentido, ações de internacionalização devem ser implementadas na rede federal para estimular parcerias com instituições científicas e educacionais. Além de coordenar nacionalmente a política de EPT, a Setec responde pela manutenção, supervisão e fortalecimento das instituições que compõem a Rede Profissional, Científica e Tecnológica.

  • Detentos de cinco unidades prisionais do Espírito Santo concluíram nesta quinta-feira, 2, a primeira etapa de retorno ao convívio social. Eles estão na primeira turma de formandos, no estado, do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – Formação Inicial e Continuada para Pessoas em Privação de Liberdade (Proeja–FIC–Apenado).

    Participaram da formação 95 detentos das penitenciárias de segurança média II e de segurança máxima I do município de Viana; da penitenciária regional de Cachoeiro de Itapemirim; da penitenciária de segurança média de Colatina e da penitenciária de Linhares. O curso teve início no ano passado, com duração de 12 meses, e ofereceu quatro formações iniciais na área de construção civil. Alguns dos formandos, beneficiados pelo regime semi-aberto, já estão empregados.

    O Proeja–FIC–Apenado resulta de parceria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo com as secretarias estaduais de Educação e de Justiça. O programa se propõe a facilitar a inserção do detento no mercado de trabalho e contribuir para a ressocialização depois do cumprimento da pena.

    Orador da turma, o formando Hélio Carlos Vieira, ao falar da importância do programa para a valorização dos alunos, citou um poema de sua autoria: “Nas grades que nos cercam, educação é um tesouro; cheguei valendo ferro e irei embora valendo ouro”.

    Escolarização— O reitor do instituto, Denio Rebello Arantes, enalteceu a iniciativa do programa. “Esse tipo de ação, assim como a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos presídios, é de absoluta importância para dar significado maior, mais humano, à supressão de liberdade dos apenados”, ressaltou. No ano passado, de acordo com pesquisa do Ministério da Educação, o Espírito Santo obteve o maior percentual do país em escolarização de detentos — 21,76%, contra 17,3% da média nacional.

    A Secretaria de Educação é responsável pela melhoria escolar dos alunos, com a conclusão do ensino fundamental. Ao instituto federal cabe a formação profissional e a preparação dos professores que atuam nos presídios.

    Assessoria de Imprensa do instituto federal do Espírito Santo

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