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  • A nova edição do programa vai levar 540 professores brasileiros a mais de 20 universidades norte-americanas (foto: Guilherme Feijó/Capes)Professores de língua inglesa da rede pública de ensino farão treinamento nos Estados Unidos por seis semanas. É o que prevê a nova edição do Programa de Aperfeiçoamento para Professores de Língua Inglesa, lançado na segunda-feira, 10, para levar àquele país 540 professores, de todas as unidades da Federação. As inscrições estarão abertas até 15 de outubro.

    Esta edição do programa vai levar os professores a mais de 20 universidades norte-americanas. Podem participar profissionais brasileiros concursados, com estágio probatório concluído, que ministrem aula de língua inglesa na rede pública da educação básica. Os selecionados receberão ajuda de custo de U$ 500, alojamento no câmpus universitário, alimentação, seguro-saúde e passagens aéreas.

    “O programa faz parte de um conjunto de ações para internacionalizar o ensino e a universidade brasileira”, afirma o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação, Jorge Almeida Guimarães. “Precisamos realizar essa revolução na educação, tornando nossos estudantes fluentes em mais de uma língua, e essa mudança deve começar nas escolas.”

    O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, destacou a experiência positiva de edições anteriores. “Tenho certeza de que não estamos realizando algo apenas pelos professores e seus alunos, mas por toda uma geração e nosso futuro”, salienta.

    A parceria para a implementação das ações foi firmada por Guimarães e Shannon, pelo presidente do Conselho Diretor da Comissão para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos da América e o Brasil (Fulbright), John A. Matel, e pela diretora da Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Distrito Federal, Olga Cristina Rocha de Freitas, representante do Conselho Nacional dos Secretários da Educação (Consed).

    Estímulo — O professor Tiago Spíndula Ferreira, 27 anos, participou da última edição do programa e, este ano, passou oito semanas na Universidade de Oregon, nos Estados Unidos. “Meu inglês voltou melhor, aprendi novas métodos para lecionar e estou muito mais estimulado a dar aulas”, diz o professor, que sempre estudou em escola pública. Ele viajou ao exterior pela primeira vez. Há cinco anos, Ferreira leciona inglês a alunos do ensino médio do Centro de Ensino 1 de Planaltina, sexta região administrativa do Distrito Federal.  

    O Programa de Aperfeiçoamento para Professores de Língua Inglesa é coordenado pela Capes, em parceria que envolve a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e a Comissão Fulbright, com o apoio do Consed. Fortalecer a fluência oral e escrita em inglês, compartilhar metodologias de ensino e avaliação que estimulem a participação do aluno em sala de aula, incentivar o uso de recursos on-line e outras ferramentas na formação continuada de professores e na preparação de planos de aula são alguns dos objetivos do programa.

    Mais informações sobre o encaminhamento das inscrições estão descritas no edital do programa.

    Assessoria de Imprensa da Capes


    Ouça o professor Tiago Spíndula

  • O Ministério da Educação, em parceria com uma rede de 18 universidades públicas, oferece este ano, pelo programa Pró-Letramento, 114.857 vagas para professores em cursos de formação continuada em matemática, alfabetização e linguagem. As vagas serão distribuídas em 1.547 municípios, em todas as unidades da Federação.

    O Pró-Letramento funciona como um curso de atualização específico para professores que lecionam do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Os educadores podem fazer um curso de alfabetização e linguagem e outro de matemática, com carga de 120 horas cada um.

    A formação combina encontros presenciais e atividades individuais durante oito meses. Ao fazer os dois cursos, o professor permanece em formação por um ano e meio, segundo Adriane Vieira Santana, da Coordenação-Geral de Formação de Professores da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação. O início dos cursos está previsto para abril.

    A formação dos educadores no Pró-Letramento conta com a parceria de uma rede de universidades públicas, que produzem os materiais didáticos, formam e orientam os tutores e dirigem os seminários, e das secretarias de educação, que autorizam os professores a fazer os cursos, coordenam e acompanham o programa. O MEC elabora as diretrizes, define os critérios para organização dos cursos e custeia as bolsas dos tutores.

    Podem exercer o papel de tutores os professores das redes públicas com graduação (pedagogia, letras ou matemática) ou curso normal (magistério de nível médio). Para desenvolver a atividade eles recebem treinamento e bolsas mensais de R$ 400, em valores de hoje.

    Em 2009, segundo dados da Coordenação-Geral de Formação de Professores, 169.754 professores ingressaram nos cursos do Pró-Letramento. Desde 2005, quando o programa foi criado, 254 mil foram qualificados. Levantamento do Censo Escolar de 2007 indica que 615 mil lecionam nos cinco anos iniciais do ensino fundamental nas redes públicas municipais, estaduais e do Distrito Federal.

    Mais informações sobre o programa, manuais e material de estudos são encontrados na página eletrônica da SEB.

    Ionice Lorenzoni
  • Com o fim da greve, admitido pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), no domingo, 16, o Ministério da Educação aguarda a definição e o encaminhamento, pelas instituições federais de educação superior, do plano de recuperação dos dias parados. Nesta terça-feira, 18, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tem encontro com representantes dos reitores para definir a aplicação do novo calendário.

    O MEC acompanha a volta das atividades acadêmicas e vai fiscalizar a reposição das aulas.

    O governo federal encerrou as negociações com os sindicatos dos docentes e com todas as demais categorias em 31 de agosto, quando a Lei Orçamentária Anual (LOA) foi encaminhada ao Congresso Nacional. Após o envio, o Legislativo rejeita a inclusão de novos valores para questões salariais.

    Valorização — Na proposta de carreira dos professores das universidades federais e dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, apresentada previamente às entidades representativas dos professores e enviada ao Congresso, o governo busca a valorização da dedicação exclusiva e da titulação dos docentes.

    A proposta prevê aumento mínimo de 25% e máximo de 40%, a ser aplicado nos meses de março de 2013 (50%), de 2014 (30%) e de 2015 (20%). Fica assegurado, portanto, reajuste de 16%, em média, a partir de março do próximo ano. Para a concessão do reajuste, o governo liberou, no orçamento, recursos de R$ 4,2 bilhões.

    Assessoria de Comunicação Social

    Matéria republicada com correções
  • O Portal do Professor é um espaço para troca de experiências entre professores do ensino fundamental e médio. É um ambiente virtual com recursos educacionais que facilitam e dinamizam o trabalho dos professores.

    O conteúdo do portal inclui sugestões de aulas de acordo com o currículo de cada disciplina e recursos como vídeos, fotos, mapas, áudio e textos. Nele, o professor poderá preparar a aula, ficará informado sobre os cursos de capacitação oferecidos em municípios e estados e na área federal e sobre a legislação específica.

    Acesse aqui

     

  • Aulas mais atrativas, que procuram integrar atividades lúdicas com o conteúdo proposto pela disciplina, são as propostas do projeto Brincando de Matemática, idealizado pela professora Amanda Oliveira de Souza Araújo. Bem aceito pelos estudantes, o trabalho foi um dos vencedores da sétima edição do prêmio Professores do Brasil, na categoria Temas Livres, subcategoria Séries ou Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

    O método de ensino desperta a curiosidade dos estudantes por meio de jogos que estimulam a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Além disso, com atividades desenvolvidas em grupo, os alunos podem trocar ideias e compartilhar o conhecimento. A professora buscou inspiração ao constatar a falta de conhecimentos básicos de matemática e o desinteresse dos alunos nas aulas tradicionais. Alguns estudantes chegavam a apresentar reações de antipatia pela matéria e até de medo.

    “O objetivo geral do projeto é dinamizar as aulas de matemática, de modo que os alunos participem ativamente e construam conhecimentos de forma lúdica e prazerosa”, explica Amanda, professora da Escola Estadual de Ensino Fundamental Alexandre de Gusmão, em Nova Brasilândia d’Oeste, Rondônia.

    Na visão da professora, os jogos e as brincadeiras são importantes no desenvolvimento das atividades de matemática. Entre as razões, ela cita a possibilidade de se criar um ambiente alegre e descontraído, “essencial a uma proposta de aprendizagem significativa”, os estímulos à interação, o desenvolvimento de atitudes éticas e de respeito, de criar e seguir as regras dos jogos e de colaboração.

    De acordo com Amanda, os estudantes devem se tornar agentes ativos no processo de aprendizagem e vivenciar a construção do conhecimento. Ela salienta que cabe ao professor, como orientador dos alunos, oferecer a oportunidade para que eles formem o hábito de pensar e criar as próprias estratégias, desenvolver o raciocínio, adquirir mais segurança e fazer redescobertas. As aulas devem ser práticas e interessantes para que o aluno possa se sentir motivado e desafiado a construir o conhecimento de maneira agradável. “As aulas precisam ter sabor, despertar a curiosidade e ter significado para o educando”, ressalta.

    Recursos — Durante a execução do projeto foram usados recursos como ábaco, quebra-cabeça Tangram, bloco lógico, fita métrica, balança, computadores, jogos fabricados pelos alunos, palitos de picolé, embalagens de produtos e outros materiais reciclados. Esse material ajudou os estudantes a apreender conteúdo relativo a medidas de tempo, massa, comprimento e capacidade, área e perímetro, sólidos geométricos, adição, multiplicação e subtração e frações equivalentes, próprias e impróprias. “O projeto proporcionou notável desenvolvimento dos alunos na aprendizagem e também no interesse pelas aulas”, destaca a professora.

    Graduada em pedagogia (séries iniciais), pós-graduada em psicopedagogia e com 15 anos de experiência em sala de aula, Amanda diz que o prêmio representa um marco em sua vida, pois permitiu que levasse a sala de aula para todo o Brasil. “Conquistei a confiança da comunidade escolar e a valorização da escola”, destaca.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor



  • O  MEC realiza, desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos. O programa é uma porta de acesso à cidadania  e o despertar do interesse pela elevação da escolaridade. O Brasil Alfabetizado  é desenvolvido em todo o território nacional, com o atendimento prioritário a 1.928 municípios  que apresentam taxa de analfabetismo igual ou superior a 25%. Desse total,  90%  localizam-se na região Nordeste. Esses municípios recebem apoio técnico na implementação das ações do programa, visando garantir a continuidade dos estudos aos alfabetizandos. Podem aderir ao programa, por meio das resoluções específicas publicadas no Diário Oficial da União, estados, municípios e o Distrito Federal. Saiba mais

     

    Resolução nº 32 de 01 de Julho de 2011

    Procedimentos para adesão ao Brasil Alfabetizado 2011

     

    Orientações sobre o Programa Brasil Alfabetizado


    Sistema Brasil Alfabetizado



    Acesse o MAPA Brasil Alfabetizado


    Metas de alfabetização dos municípios até 2010

     

    Resoluções anteriores

     

    Brasil Alfabetizado – Acesso ao SBA - anos 2003 a 2007

     

    Outras informações pelo telefone 0800616161 ou através do Fale Conosco
  • Todos os meses, o portal Britannica Escola oferece cursos de formação on-line e gratuitos para os professores brasileiros. Em abril, será a vez de falar sobre o uso de conteúdo digital na sala de aula. Os docentes podem escolher entre cinco horários diferentes, de 9h às 17h30, entre os dias 23 e 26.

    O Britannica Escola é uma parceria entre a Encyclopedia Britannica e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao Ministério da Educação. A parceria se dá por meio de um portal educacional, que reúne conteúdos digitais para o uso dos professores, pais e alunos. São artigos, fotos, jogos, mapas, entre outros.

    “O importante é que o portal Britannica Escola é um ambiente seguro e confiável”, explica Magela Lindner, consultora de projetos para o Brasil da Encyclopedia Britannica. “Pais, professores e alunos podem usar gratuitamente todo o material. Tudo isso já poupa um tempo enorme, pois uma busca na internet aberta carece de um filtro para separar aquilo que serve e aquilo que não serve. No portal do Britannica, não. Lá todas as buscas relacionadas a conteúdo digital vão direcionar a resultados seguros e adequados ao ensino fundamental, tudo organizado e de acordo com as normas da ABNT.”

    Enquanto todo o material do portal está disponível aos pais e alunos, as capacitações on-line são direcionadas apenas aos professores e divulgadas mensalmente pela Capes. Agora em abril, o objetivo é ressaltar a importância dos recursos digitais no desenvolvimento das competências de um aluno pesquisador. “Nós vamos fazer toda uma abordagem em torno do uso desse conteúdo digital e mostrar para o professor as muitas possibilidades que ele tem de aplicação desse conteúdo na sala de aula e também para as pesquisas escolares”, ressalta Magela. “A capacitação também foca como o tema pode atender aquilo que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) preconiza com relação a uma postura de aluno pesquisador, que usa conteúdo confiável. A BNCC fala no uso de múltiplas linguagens, e dentre elas está a digital.”

    Pais e alunos podem acessar o portal gratuitamente para usar todo o conteúdo em atividades escolares, como as lições de casa, por exemplo. Há mais de três mil artigos, imagens, vídeos, além de uma série de recursos lúdicos.

    Acesse o portal Britannica Escola  

    Professor, faça aqui sua inscrição  

    Assessoria de Comunicação Social

  • O comando de greve da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) sinalizou o retorno ao trabalho após a última rodada de negociações com o governo. A entidade é uma das representantes dos servidores técnico-administrativos das universidades federais e dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Além da Fasubra, os servidores são representados pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

    As propostas de reajuste e de carreira serão discutidas em assembleias da categoria durante a semana. A expectativa é de assinatura formal do acordo até quarta-feira, 22.

    A proposta do governo federal contempla reajuste de 15,8%, em três parcelas (2013, 2014 e 2015). Foi elevada a proposta inicial, cujo impacto orçamentário seria de R$ 1,7 bilhão, e passou a contemplar, além do reajuste salarial, a progressão na carreira. Os servidores obtiveram elevação do degrau entre um nível e outro de 3,6% para 3,8% em três anos, com aumento dos percentuais de qualificação para incentivo àqueles com graduação e mestrado.

    O acordo implica impacto orçamentário de R$ 2,9 bilhões. Somado ao acordo assinado no dia 3 de último com a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que prevê reajustes de 20% a 45% aos professores, a negociação com os docentes e servidores das instituições federais de ensino resulta em impacto de R$ 7,1 bilhões, aproximadamente.

    O secretário de educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação, Marco Antônio Oliveira, que participa das negociações, está otimista. “Com a disposição manifestada pelos dirigentes da Fasubra, estamos confiantes de que vamos celebrar o acordo até a próxima quarta-feira, quando voltaremos a nos reunir com os representantes dos servidores”, disse. “Também esperamos que o Sinasefe aprove o acordo e que as atividades nas universidades e nos institutos federais sejam normalizadas o mais rapidamente possível, tendo início a reposição das aulas.”

    Retomada— O retorno dos técnicos administrativos ao trabalho significa a normalidade gradativa nas instituições federais de ensino. Assembleias vêm definindo o retorno às aulas, como nas universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS); de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); de São Carlos (Ufscar), no câmpus de Sorocaba; de São Paulo (Unifesp), no câmpus de Guarulhos; de Santa Catarina (UFSC); no Instituto Federal do Paraná, em doze câmpus, e no Instituto Federal do Acre, em três câmpus. O calendário de recuperação das atividades deve ser definido pelos conselhos universitários de cada instituição, e será acompanhado diretamente pelo Ministério da Educação.

    O MEC reafirma que as negociações com os sindicatos dos docentes estão encerradas e que não há hipótese de revisão do critério da titulação na progressão da carreira. As tabelas apresentadas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão deixam claro que o governo federal buscou, principalmente, valorizar a titulação e a dedicação exclusiva.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Em sete estados, os professores da rede pública que concorrem a vagas no curso de especialização em educação infantil têm prazo até 7 de maio para apresentar currículo e documentação nos polos das universidades federais nas quais farão o curso. Estão convocados 5.125 educadores que tiveram as inscrições validadas pelos sistemas municipais de ensino a que pertencem no Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Piauí, Rondônia e Sergipe.

    Os convocados concorrem a 1.820 vagas, conforme a tabela:


    Estado

    Instituição

    Concorrentes

    Polos

    Vagas

    Amazonas

    Ufam

    793

    5

    250

    Bahia

    UFBA

    970

    7

    290

    Ceará

    UFCE

    440

    3

    120

    Mato Grosso

    UFMT

    676

    3

    320

    Piauí

    UFPI

    999

    5

    240

    Rondônia

    Unir

    546

    5

    250

    Sergipe

    UFSE

    701

    6

    350

    Total


    5.125

    34

    1.820



    Documentos— Além do currículo, o professor deve comprovar que atua na educação infantil há pelo menos dois anos. Para isso, deve anexar declaração da escola ou da secretaria municipal de educação. É necessário especificar a função que exerce na escola e comprovar que pertence ao quadro de professores efetivos. Outras exigências são a apresentação de cópia do diploma de graduação em pedagogia; do termo de compromisso de que vai atuar na educação infantil durante o curso de especialização e permanecer na área pelo mesmo período de realização do curso e do termo de compromisso de que dispõe de pelo menos dez horas semanais para estudos complementares durante a especialização.

    Calendário— A análise de currículos e da documentação será feita no período de 10a 28 de maio — os resultados dessa etapa serão divulgados em 4 de junho. A prova escrita (um memorial sobre as atividades que o professor desenvolve na educação infantil) está marcada para 12 de junho e o resultado final da seleção, para 16 de julho. O curso começa em agosto deste ano e se estenderá até janeiro de 2012.

    O curso — A especialização em educação infantil, com 360 horas e duração de 18 meses, é presencial e gratuita. Destina-se a professores, coordenadores e diretores de creches e pré-escolas da rede pública, da rede privada (filantrópica, comunitária ou confessional) que mantenha convênio com o Poder Público e a equipes de educação infantil dos sistemas de ensino.

    As pré-inscrições do curso foram abertas em 2009, na Plataforma Freire, para professores de 17 estados. Eles serão atendidos por 17 instituições federais de educação superior. Além dos educadores que participam da primeira chamada, nesses sete estados, para apresentar os documentos e passar pela seleção, o Ministério da Educação vai chamar os demais nas próximas semanas.

    O objetivo da formação, que une o MEC, 17 universidades federais e mais de 70 prefeituras, é qualificar quadros da rede pública de educação básica e, a partir daí, criar uma rede nacional de formação nos municípios.

    Ionice Lorenzoni


    Confira:

    Amazonas
    Relação dos educadores convocados
    Locais de apresentação dos documentos

    Rondônia
    Relação dos educadores convocados
    Locais de apresentação dos documentos

    Bahia
    Relação dos educadores convocados
    Locais de apresentação dos documentos

    Ceará
    Relação dos educadores convocados
    Locais de apresentação dos documentos

    Piauí

    Relação dos educadores convocados
    Locais de apresentação dos documentos

    Sergipe
    Relação dos educadores convocados
    Locais de apresentação dos documentos

    Mato Grosso
    Relação dos educadores convocados
    Locais de apresentação dos documentos



  • A oficina de culinária é uma opção entre aquelas oferecidas pela escola gaúcha, como parte da educação integral (foto: arquivo da Emef 25 de Julho)Um livro digital, com as melhores receitas: bolo de cenoura, pé-de-moleque, pudim de sorvete, bolinho de chuva, milk shake, sonho, pastelão de mandioca, biscoito integral de goiaba. Ele foi escrito por crianças do quarto ao sexto ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental 25 de Julho, no município gaúcho de Picada Café.

    Em 2012, os alunos descobriram que uma cozinha improvisada na escola pode ser uma sala de aula rica em conhecimento e iguarias. Eles aprenderam que o mundo das receitas contém ingredientes para várias disciplinas. O projeto Aprendendo na Cozinha, desenvolvido ao longo de todo o ano letivo, conquistou alunos, professores, pais e comunidade. Acabou premiado pelo Ministério da Educação na sexta edição do Prêmio Professores do Brasil.

     

    A oficina de culinária é uma opção entre todas as oferecidas pela escola, que há seis anos trabalha com a educação integral. Os alunos que se inscreveram são apaixonados pela atividade de cozinhar. Outros preferiram judô, capoeira, balé, teatro, patinação e ginástica.

     

    Para as aulas práticas, foi montada uma cozinha na sala de artes. “Não poderíamos ter acesso à cozinha da escola porque é usada o dia inteiro pelas merendeiras”, explica a professora Silvania Linck, 49 anos, coordenadora do projeto, que não se restringiu ao cozinhar, mas se tornou um laboratório de aprendizagem de assuntos em diferentes áreas do conhecimento.

     

    Em matemática, por exemplo, as crianças visitaram o supermercado, anotaram preços de ingredientes, fizeram cálculos e aprenderam medidas de peso e capacidade, como gramas e mililitros. Em língua portuguesa, descobriram que as receitas são um tipo de texto. Daí, publicaram o livro digital, com as receitas, que ainda foram vertidas para o inglês e o alemão, idiomas oferecidos na grade curricular da escola.

     

    “Também trabalhamos com história e geografia, através da origem, cultura e região de onde é originária a receita”, diz Silvania. “Falamos ainda de imigração, pois temos uma colonização alemã forte na nossa região. Muitas receitas são típicas da Alemanha.”

     

    Evolução — Os estudantes fizeram pesquisas na internet, no laboratório de informática e montaram uma maquete para representar o progresso da cozinha, desde o homem das cavernas. “Assim, puderam aprender sobre a evolução da humanidade”, afirma a professora.

     

    As receitas foram obtidas pelos alunos em casa ou na internet. Um dos critérios para a seleção foi o resgate de receitas antigas, de família. Nessa atividade, eles descobriram a importância dos nutrientes, da alimentação saudável e da higiene — usaram luvas e toucas. Aprenderam ainda sobre a profissão dos chefes de cozinha, a formação superior em gastronomia e sobre pessoas que partem da cozinha da própria casa para abrir restaurantes.

     

    Os estudantes também deixaram a sala de aula para plantar hortaliças, aproveitadas como ingredientes, e conhecer mais sobre sustentabilidade ambiental. “Nossa escola não tinha horta, mas fizemos uma por causa do projeto” conta Silvania. “Plantamos temperinhos verdes, agrião e alface, tudo sem agrotóxico.”

     

    As aulas foram enriquecidas com palestras de especialistas. As famílias, também envolvidas, produziram receitas em casa, com as crianças. “Os alunos foram trazendo receitas e ideias”, lembra a professora. “Essa participação desperta o interesse.”

     

    A oficina Aprendendo na Cozinha era realizada duas vezes por semana, às terças e quintas-feiras, no turno da tarde. “Valeu muito a pena. A cozinha foi um espaço de aprendizagem e de socialização, amizade e afetividade entre todos”, comemora a professora. Em 2013, o projeto terá continuidade.

     

    Rovênia Amorim

     

    Saiba mais no Jornal do Professor

     

  • O curso de pedagogia forma professores para trabalhar em creches, na educação infantil e com turmas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, entre outras etapas do ensino (foto: Wanderley Pessoa)O número de professores formados em pedagogia praticamente dobrou em sete anos, segundo dados do Censo do Ensino Superior realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Em 2002, o levantamento registrou a formatura de 65 mil educadores em pedagogia; em 2009, esse número subiu para 118 mil.

    No mesmo período, o censo mostra que aumentaram em mais de 60% as matrículas nessa área de ensino — de 357 mil em 2002 para 555 mil em 2009. Também o ingresso aumentou no intervalo analisado — de 163 mil novos estudantes para 190 mil, o que representa evolução de 20%.

    Estratégicos para a política de formação de professores de educação básica, os cursos de pedagogia recebem atenção especial do Ministério da Educação. Em 2008, o MEC iniciou atividades de supervisão em 49 cursos de pedagogia e em 11 de normal superior que obtiveram conceitos inferiores a 3 no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2005.

    Uma comissão de especialistas visitou os cursos. As instituições que os ofertavam foram convidadas a firmar termo de saneamento de deficiências com a Secretaria de Educação Superior (Sesu), pelo qual se comprometiam a promover melhorias em 12 meses. Durante esse prazo, os cursos que repetiram maus resultados no Enade de 2008 foram impedidos de abrir vagas. A medida, cautelar, deu às instituições a oportunidade de sanear os problemas.

    Como resultado do processo de supervisão, 17 cursos de pedagogia foram desativados, 14 dos quais a pedido das próprias instituições e três determinados pelo MEC. Em outros seis cursos que não cumpriram as medidas de saneamento pactuadas, o MEC instaurou processo administrativo para encerrar a oferta. Os demais seguem sob verificação da Sesu.

    O curso de pedagogia forma professores para trabalhar em creches, na educação infantil, no ensino fundamental regular (com turmas do primeiro ao quinto ano) e na educação de jovens e adultos correspondente ao ensino fundamental.

    Assessoria de Comunicação Social

    Veja aqui a tabela completa
  • Universidades federais de oito estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste concluem este mês o processo de seleção de 1.970 professores do ensino básico público para o curso de especialização em educação infantil. Nas oito instituições, o início das aulas está programado para agosto.

    Os professores, que já trabalham com educação infantil e pertencem aos quadros das redes municipais, farão a especialização em 36 polos das universidades federais do Amazonas, Roraima, Rondônia, Ceará, Bahia, Piauí, Sergipe e Mato Grosso. Presencial e gratuito, o curso de pós-graduação tem 360 horas e duração de 18 meses.

    O objetivo da iniciativa do Ministério da Educação, em parceria com instituições federais de educação superior e prefeituras, é qualificar quadros das redes públicas da educação básica e, a partir daí, criar uma rede nacional de formação nos municípios.

    As pré-inscrições do curso foram abertas em 2009, na Plataforma Freire, para professores de 17 estados e mais de 70 municípios a serem atendidos por 17 instituições federais de educação superior. No conjunto, 13.068 educadores fizeram pré-inscrição na plataforma e concorrem a 3.925 vagas.

    Ionice Lorenzoni

  • Os cursos de licenciatura em educação no campo do programa Procampo têm um modelo básico, definido pelo Ministério da Educação. Tempo de duração, currículo e regime de alternância são pontos a serem seguidos pelas instituições de educação superior que oferecem os cursos. O modelo prevê cursos de quatro anos, com etapas presenciais (tempo-escola), em regime de internato, num período de 40 a 60 dias por semestre, e fases em que os estudantes combinam teoria e prática, desenvolvem pesquisas ou mobilizam a comunidade onde residem ou trabalham (tempo-comunidade).

    O MEC repassa às instituições de ensino recursos de R$ 4 mil por aluno ao ano, durante quatro anos. Elas têm autonomia para organizar o formato dos cursos.

    Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com 25 educadores, a primeira turma do Procampo, aberta em agosto de 2009, reúne professores de educação básica de dez municípios do litoral e do interior. Segundo a coordenadora do curso, Beatriz Hanff, a licenciatura em educação no campo integra os cursos de graduação da universidade.

    Regulares e oferecidos todos os anos, os cursos têm, na UFSC, dinâmica diferente das demais licenciaturas do Procampo. A parte presencial é feita na sede da universidade, em Florianópolis — quatro semanas na universidade, quatro no local de trabalho do educador, mais quatro na universidade e oito na escola. Ao fim de cada ciclo, os professores retornam à universidade para participar de seminários e encontros de orientação das atividades de pesquisa e supervisão.

    Para desenvolver essa rotina, sete professores efetivos da universidade trabalham com dedicação exclusiva. Eles ministram aulas, orientam os alunos e supervisionam as atividades dentro e fora da instituição. Com a abertura da segunda turma, em agosto, com 50 vagas, o número de professores efetivos subirá para dez.

    No primeiro ano do curso, cada aluno faz um diagnóstico da comunidade onde vive; no segundo, a referência da pesquisa é a escola na qual leciona; no terceiro, o espaço de estudo é a sala de aula, onde o aluno também faz o estágio supervisionado; no quarto ano, ele volta à comunidade para desenvolver projeto social.

    Multidisciplinar, o curso prepara o educador para trabalhar com alunos dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio nas escolas rurais. A diversidade é a característica da primeira turma do Procampo na UFSC. A idade, por exemplo, vai de 19 a 50 anos. O curso atrai tanto pessoas com ensino médio quanto com mestrado; professores com carreira no magistério rural e profissionais que trabalham em projetos de educação no campo, mas vivem nas cidades.

    Em agosto, será aberta a segunda turma. As inscrições podem ser feitas até o dia 2. As aulas começam em 30 de agosto. São 50 vagas.

    Piauí — Nos municípios de Jaicós e Oeiras, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) abriu dois cursos de licenciatura para professores da rede pública municipal que lecionam em escolas rurais. Nas duas cidades, 120 educadores fazem a formação em serviço.

    De acordo com a professora Antônia Dalva França, que coordena a formação, o curso tem 3.290 horas e duração de quatro anos. Dividido em oito blocos, dois por ano, prevê aulas presenciais nos meses de julho e janeiro, até 2014. Nos demais períodos do ano letivo, serão desenvolvidas atividades de pesquisa nas escolas e nas comunidades rurais.

    Nos encontros presenciais de julho e janeiro, segundo o modelo pedagógico da UFPI, os professores estudam uma disciplina a cada semana. Depois, complementam o conteúdo com pesquisas e atividades na região em que trabalham. Os professores da UFPI que ministram as aulas também orientam as atividades práticas.

    Em Jaicós, os professores frequentam as aulas presenciais em uma escola municipal. Em Oeiras, no campus da universidade.

    Ionice Lorenzoni
  • A formação de professores nos institutos federais de educação, ciência e tecnologia estará em debate nesta quinta-feira, 28, no encerramento do 2º Simpósio dos Institutos Federais, promovido pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação. O encontro terá transmissão da TV MEC, às 14h.

    O debate reunirá os professores Ana Lúcia Sarmento, do instituto federal do Rio Grande do Norte; Carlos Márcio Viana Lima, do instituto federal Fluminense, e Luiz Kawall de Vasconcellos, do instituto federal Sul-Rio-Grandense. As reuniões do simpósio começaram em abril, com gestores e educadores, que discutiram temas relacionados aos institutos.

    De acordo com a Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que criou os institutos federais, um dos objetivos dessas instituições é, em nível de educação superior, oferecer cursos de licenciatura (20% das vagas) e ministrar programas especiais de formação pedagógica para a qualificação de professores da educação básica — principalmente nas áreas de ciências e matemática — e da educação profissional.

    Hoje, as 341 unidades de ensino da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica oferecem 23 mil matrículas em cursos de licenciatura.

    O debate será transmitido pela TV MEC

    Durante a transmissão poderão ser feitas perguntas pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.



    Assessoria de Imprensa da Setec



  • O movimento grevista dos professores chegou ao fim em 35 de 57 universidades federais como um todo ou apenas em alguns câmpus. Das 59 instituições federais de educação superior, duas não aderiram às paralisações. Na manhã desta quarta-feira, 12, a Universidade Federal de Lavras (Ufla) decidiu, em assembleia, retomar as atividades. Na noite de terça-feira, 11, o retorno foi decidido nas universidades federais  de Goiás (UFG) e Rural do Semiárido (Ufersa).

    Segundo acordo firmado em assembleia, os professores da Ufersa devem voltar às salas de aula no dia 24. Os da Ufla, na segunda-feira, 17.

    Em síntese, 20 instituições saíram da greve, 13 apresentaram indicativo de sair e duas nunca participaram das paralisações — as federais do Rio Grande do Norte (UFRN) e de Itajubá (Unifei). Outras 15 mantêm a greve e nove realizam assembleias ao longo da semana.

    Quanto aos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, 34 decidiram encerrar o movimento por completo. Entre eles, o do Rio Grande do Norte, o único em que houve greve geral. Apenas sete mantêm paralisação parcial.

    Professores de 11 universidades federais e de dez câmpus isolados de outras instituições já voltaram às atividades acadêmicas. Em outras 18 universidades e cinco câmpus isolados há previsão de retorno às aulas no máximo até segunda-feira, 17. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) deve retornar às atividades ainda nesta quarta-feira, 12, mas isso depende da definição do calendário acadêmico para os próximos meses, no que se refere à reposição das aulas.

    Reposição — O Ministério da Educação tem acompanhado a volta das atividades acadêmicas ao receber e analisar o planejamento das instituições para a reposição dos dias parados. De acordo com o secretário de educação superior do MEC, Amaro Lins, instituições que oficialmente ainda não definiram, em assembleia, o fim da greve já estão retomando as aulas, segundo as próprias reitorias. “Independentemente de uma decisão formal dos sindicatos, temos percebido que a greve está em processo de encerramento e há ampla retomada das atividades em diversos cursos”, afirmou.

    O governo federal encerrou as negociações com os sindicatos dos docentes e com todas as outras categorias, pois a Lei Orçamentária Anual (LOA) foi encaminhada ao Congresso Nacional em 31 de agosto. Após o envio, o Congresso Nacional rejeita a inclusão de novos valores para questões salariais.

    Valorização — Na proposta de carreira dos professores das universidades e dos institutos federais, apresentada previamente às entidades representativas dos professores e enviada ao Legislativo, o governo busca a valorização da dedicação exclusiva e da titulação dos docentes. O aumento prevê o mínimo de 25% e o máximo de 40%, a serem aplicados nos meses de março de 2013 (50%), de 2014 (30%) e de 2015 (20%). Fica assegurado, portanto, reajuste mínimo de 13% a partir de março do próximo ano. Para a concessão do reajuste, o governo liberou, no orçamento, recursos de R$ 4,2 bilhões.

    Assessoria de Comunicação Social

    Leia o histórico da negociação
  • Diretores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em nota divulgada nesta sexta-feira, 27, dizem esperar um acordo entre o governo federal e representantes das entidades sindicais dos professores na reunião de negociação marcada para a próxima semana. Na nota, os representantes da entidade admitem que houve avanços na nova proposta apresentada pelo governo.

    “Reconhecemos a expressiva melhora na proposta para atendimento das reivindicações dos docentes, como também deve ter registro positivo a constituição dos grupos de trabalho para resolver questões ainda pendentes”, dizem.

    A nota destaca ainda que a entidade tem vivenciado e discutido a greve dos docentes das instituições federais de ensino, desde 17 de maio, com o intuito de colaborar com as negociações. Segundo os diretores da Andifes, a nova proposta tem avanços significativos no plano de carreira e também atende solicitações feitas pelos reitores em reunião com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, no dia 17 último, em Brasília. Entre elas, a manutenção do diálogo para que se possa avançar na proposta, a partir da consideração das entidades sindicais; a manutenção dos princípios apresentados pela Andifes como base para a construção da proposta, como a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, com ênfase no regime de dedicação exclusiva.

    Os reitores também pediram sensibilidade do governo federal para as negociações com o movimento dos servidores técnico-administrativos.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira a íntegra da nota dos diretores da Andifes
  • Velhas brincadeiras de roda fazem parte da proposta pedagógica implantada na escola do interior baiano (foto: arquivo da professora Vânia Dourado)Brincadeiras antigas podem ser mais fascinantes para as crianças do que as atuais. Afinal, são novidade para a geração dos brinquedos industrializados e dos jogos eletrônicos. A professora Vânia Emília Dourado, 36 anos, da Escola Anísio de Souza Marques, na zona rural de Iraquara, cidade baiana de 25 mil habitantes, encravada na Chapada Diamantina, conseguiu envolver alunos da educação infantil e seus avós numa proposta pedagógica para ensinar a brincar como antigamente.

    Cantigas de roda, como Seu Juquinha e Mulher Rendeira foram selecionadas entre as muitas enviadas pelas famílias das crianças de quatro e cinco anos. O projeto pedagógico Meus Avós Brincavam de Quê? foi um dos distinguidos este ano no 6º Prêmio Professores do Brasil, promovido pelo Ministério da Educação. “É preciso valorizar aquilo que está perdido. Tirar o aluno da sala para brincar, resgatar brincadeiras antigas que a maioria das crianças de hoje não conhece”, comenta a professora.

     

    Foram selecionadas para o projeto pedagógico dez brincadeiras vinculadas a vivências culturais da região. Assim, avós e pais puderam lembrar a infância e brincar com filhos e netos.

     

    Jaime Francisco Dourado, 78 anos, avô de Jaiane, de cinco, mostrou à neta como ele e os amigos construíam os próprios carrinhos, com rodas de sabugo de milho e casca de cabaça. “Nem me lembrava mais; há quanto tempo não fazia um”, diz Dourado. “Ela gostou demais e as crianças da escola, também. Voltei a brincar, a me divertir.”

     

    Zulmira Emília, 68 anos, mulher de Dourado, também entrou na roda das brincadeiras antigas. Além das cantigas cantadas em roda nos tempos de menina, ela criava as próprias bonecas. “A gente brincava com bonecas de espiga de milho”, lembra. “Os cabelos eram feitos de palha desfiada, que a gente amarrava; os olhos, com carvão. Depois, era só enrolar nuns paninhos e fazer de conta que era um nenê”, conta, feliz com as lembranças da infância. “Minha neta nunca tinha visto esse tipo de boneca. Ela achou engraçada e brincou.”

     

    O projeto ainda resgatou frutos típicos da caatinga que as crianças de antigamente usavam para criar brinquedos, como o quiabento, arbusto coberto de espinhos que pode chegar a cinco metros de altura. Com os frutos, eram simulados animais em fazendinhas. Gravetos viravam pernas, rabos e chifres. “As crianças de Iraquara, que é uma cidade pequena, ainda têm o hábito de brincar na rua, mas com bola”, diz a professora. “As brincadeiras antigas, elas não conhecem.”

     

    Resgate — Autores como o historiador Câmara Cascudo [1898-1986] e a professora Tizuko Kishimoto explicam que o resgate de jogos tradicionais infantis é importante porque esses jogos partem da cultura popular e expressam a produção espiritual de um povo em uma determinada época histórica. Como são transmitidos pela oralidade, estão sempre em transformação, incorporando criações anônimas das sucessivas gerações.

     

    Pesquisas mostram a importância de resgatar os jogos tradicionais na educação e socialização da infância, a exemplo do projeto da professora Vânia Emília. Ao brincar e jogar, a criança cria vínculos sociais, ajusta-se ao grupo, obedece a regras e aprende a ganhar e a perder. Valores que seguirão com ela na vida futura.

     

    Na experiência lúdica de brincar juntos, promovida pela Escola Anísio de Souza Marques, netos e avós puderam cultivar a fantasia, vivenciar a amizade e a solidariedade, traços fundamentais para o desenvolvimento de uma cultura solidária na sociedade brasileira atual, como afirma a professora Elizabeth Lannes Bernardes, da Universidade Federal de Uberlândia, no artigo Jogos e Brincadeiras Tradicionais: um Passeio pela História.

     

    Assim, durante os quatros meses do projeto da escola baiana, as crianças e seus avós uniram-se para brincar como antigamente. “O projeto foi uma troca, um resgate cultural e uma forma de aproximar e de integrar a comunidade escolar”, comemora Vânia, que vai investir parte do dinheiro do prêmio em livros. “Fui premiada, mas todos ganharam.”

     

    Vânia começou a dar aulas antes mesmo de concluir o magistério. Já são 19 anos de sala de aula. “A formação continuada para mim é tudo”, afirma. Ela já pensa em um novo projeto para 2013. Agora, com a cultura escrita inserida em cantinhos temáticos de brincar para crianças da educação infantil.

     

    Rovênia Amorim

     

     

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  • Objetivo:Promover a melhoria das condições de acesso, permanência e aprendizagem dos estudantes do campo e quilombolas em suas comunidades, por meio do apoio à formação de professores que atuam nas turmas dos anos iniciais do ensino fundamental compostas por estudantes de variadas idades, e em escolas de comunidades quilombolas, fortalecendo a escola como espaço de vivência social e cultural.

    Ação:
    Caracteriza-se por promover a formação continuada de professores para que atendam às necessidades específicas de funcionamento das escolas do campo e daquelas localizadas em comunidades quilombolas, oferecer recursos: livros do PNLD Campo e Kit pedagógico que atendam às especificidades formativas das populações do campo e quilombolas,  apoiar técnica e financeiramente aos estados, Distrito Federal e municípios para a ampliação e a qualificação da oferta de educação básica às populações do campo e quilombolas em seus respectivos sistemas de ensino.

    Como Acessar:
    A adesão à proposta de formação da Escola da Terra será feita pela secretaria estadual, distrital ou municipal de educação por meio do SIMEC, em módulo específico Escola da Terra, onde o gestor indicará as escolas e o número de professores cursistas a serem atendidos, assumindo como contrapartida o apoio necessário ao desenvolvimento da ação, conforme termo de compromisso.

    Contatos:

    Coordenação Geral de Políticas de Educação do Campo
    Diretoria de Politicas de Educação do Campo, Indígena para as Relações Étnico-Raciais
    Esplanada dos Ministérios – Bloco L Anexo I Sala 402
    CEP: 70.047-900  - Brasília/DF
    Telefones: 55 61 2022 9319/9011
    Fax: 55 61 2022 9009
    E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Porto Alegre — O ministro da Educação, Fernando Haddad, declarou nesta quarta-feira, 17, em Porto Alegre, que considera justa a greve dos professores da educação básica. “Não há mais o que discutir, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional o piso salarial de R$1.187,14. Estados e municípios devem agora se adaptar e cumprir a Constituição Federal”, afirmou Haddad.  

    O ministro esteve pela manhã em Curitiba, onde participou do evento Sala Mundo Curitiba 2011 – Encontro Internacional de Educação. Ele lembrou aos participantes que há uma linha de crédito, por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que permite à União complementar os recursos daqueles estados e municípios que comprovem carência de recursos para pagar o piso salarial nacional para professores da educação básica.

    “Infelizmente, até o momento, nenhum dos municípios conseguiu atestar que precisa de mais recursos para pagar o salário devido aos professores de suas redes”, disse.

    Pesquisa– Haddad e o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, assinaram na tarde desta quarta-feira um acordo para criação de dez núcleos de pesquisa, localizados em diversos locais do estado. Com investimento de R$ 102 milhões da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação e R$ 51 milhões da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), o acordo permitirá a oferta de bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado.

    “A missão da Capes é fortalecer as fundações de amparo à pesquisa”, lembrou Haddad. “Agora, temos um pacto renovado com universidades, não só a federal do estado, e institutos federais.”

    Assessoria de Comunicação Social

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  • O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e a implantação do banco de professor equivalente, previstos no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), serão debatidos na 61ª reunião ordinária do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

     

    O encontro ocorre nesta sexta-feira, 18, e no sábado, 19, na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), com a presença do secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Ronaldo Mota. Além dos programas do PDE, estarão em discussão o plano de carreira dos técnicos administrativos e a eleição da nova Diretoria Executiva da Andifes.

     

    Andifes — Criada em maio de 1989, a associação é a representante oficial das instituições federais de ensino superior na interlocução com o governo federal, associação de professores, estudantes e a sociedade.

     

    Mais informações na página eletrônica da Andifes. (Assessoria de Imprensa da SESu)

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