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  • O dia da Consciência Negra no Brasil, comemorado em 20 de novembro, lembra lutas ainda travadas nos tempos de hoje e valoriza iniciativas que colaboram para o fortalecimento da identidade negra no país. Na educação, muitos projetos são elaborados nesse contexto, como o Pérola Negra, criado por duas professoras de Primavera do Leste, no Mato Grosso. Josileide Medeiros e Kélcia Patrícia Batemarque contam que a iniciativa contempla atualmente cerca de 150 alunos do sexto ao oitavo ano da Escola Municipal Mauro Weis.

    A professora Kélcia explica que uma das propostas é aprofundar o conteúdo visto em sala de aula, passando por períodos importantes da história e contextualizando-os com questões debatidas pela sociedade no dia a dia, por meio de atividades desenvolvidas a partir da leitura de jornais, revistas e livros.

    “A gente quis abrir um leque, trazendo escritores negros e mostrando países do continente [africano], que são belíssimos”, conta. “E, ao contrário do que muitos livros trazem – só fome e miséria –, o primeiro objetivo foi mostrar uma África diferente para os alunos, apresentando sua cultura e religião, fazendo com que eles conheçam primeiro antes de criticar”.

    As origens e história da África aparecem como um dos braços do projeto, segundo Josileide Medeiros. A meta é que os alunos construam uma nova visão do povo africano refletindo sobre a superação das diferenças e a igualdade de oportunidade para todos. “Com essa releitura apresentando escritoras, atores, atrizes e pessoas que ocupam espaço de destaque na sociedade, amplia-se a visão e os alunos participam de um processo de valorização”, explica. “E aquilo que estava excluído, eles passam a perceber com encantamento, e estão admirados. ”

    A lei que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira” é lembrada pela professora Josileide como uma das motivações para o projeto. “Esse resgate é uma questão de autoestima para a população que estava excluída de todo o processo da construção do conhecimento”, avalia.   

    Data histórica – O Dia da Consciência Negra no Brasil é uma referência a Zumbi dos Palmares, morto em 1695. Ele é um dos ícones da resistência negra à escravidão e liderou o Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas no Brasil Colonial.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A professora Sandra Modesto, com os alunos-autores:  'O aluno deve enxergar objetivo no que faz. Deve perceber que está se desenvolvendo e enxergar utilidade no seu ensino' (Foto: arquivo pessoal da professora Sandra)O Segredo dos Amuletos é o título de uma série de livros escrita em conjunto por estudantes do ensino fundamental da Escola Estadual Professor Sérgio da Costa, em São Paulo. O primeiro de um total de dez volumes, O Começo, foi lançado este mês. Criado pela professora Sandra Martins Modesto, o projeto envolve os alunos Luan Cardoso de Carvalho, Thais Mariano de Sousa, Matheus Mendes da Silva e Paulo Giordan Oliveira.


    “Reunir quatro mentes, pessoas distintas, com idéias e formas de escrever diferentes. Pareceria difícil conseguir uma história única e coerente. No entanto, essa façanha rendeu um livro com 180 páginas”, conta Sandra. Segundo ela, o processo de confecção do livro compreendeu discussões, desenhos (story board) e encenação. “A partir disso, era construída uma sequência para a história, antes que ela fosse para o papel”, explica a professora. “Então, dividíamos quem ia escrever o quê. Assim eram produzidos mais de dez capítulos de uma vez.”


    Os alunos escreviam os capítulos a mão ou no computador e, depois, supervisionados pela professora, reuniam-se para costurar e revisar a história.


    Graduada em letras (português e inglês), Sandra atua no magistério desde 2005, após ser aprovada em concurso público para a rede pública de ensino do estado de São Paulo. Desde aquela época, trabalha na mesma instituição, em uma comunidade carente do bairro Sobradinho, na capital. “Tenho alunos excelentes e projetos que lá funcionam muito bem, como o jornal mural Construindo o Futuro e esse projeto de escrita”, ressalta.


    O projeto do jornal envolve mais de 300 alunos. “É um trabalho árduo, mas compensador. E foi por meio do jornal que surgiu a série O Segredo dos Amuletos”, explica Sandra, que dá aulas para turmas de sexta e de sétima séries (sétimo e oitavo anos).


    Para ela, o primeiro de todos os resultados obtidos com o projeto é o imediato resgate da fé e da auto-estima das crianças. “Esse é um bem já conquistado e algo que, admiravelmente, podemos dizer que só em ter o livro nas mãos eles já conquistaram”, enfatiza.


    Sandra acredita que a educação não pode ficar restrita às aulas semanais, mas deve ser direcionada a todos os momentos do dia para atender os anseios do educando e possibilitar que ele desenvolva suas principais habilidades. “O aluno deve enxergar objetivo no que faz. Deve perceber que está se desenvolvendo e enxergar utilidade no seu ensino.”

    Fátima Schenini

    Saiba mais sobre ensino-aprendizagem no Jornal do Professor


  • A partir de ações desenvolvidas na biblioteca da escola, leitura e escrita dos alunos melhorou sensivelmente (Arte: ACS/MEC)

    Mais que uma aprendizagem derivada do processo de alfabetização, a leitura pode ajudar a promover qualidade de vida. É o que mostra o trabalho desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Médio Ronaldo Caminha Barbosa, em Cascavel, na região metropolitana de Fortaleza (Ceará). À frente dessa ação estão o professor Sérgio Furtado Neo e seus alunos, que, a partir de uma série de ações implantadas na biblioteca da escola, têm estimulado a leitura e despertado a consciência da comunidade local. Este é o tema da semana de Trilhas da Educação, programa produzido pela Rádio MEC e transmitido nesta sexta, 10, a partir das 10h.

    Sérgio, de 42 anos, conta que os estudantes mal frequentavam a biblioteca. Para piorar, o espaço parecia mais um depósito. Além disso, o professor percebia o aumento da violência e do uso de drogas na cidade. Como a maior parte dos alunos é formada por meninos de famílias simples e vulneráveis àquela realidade, ele não pensou duas vezes: “Eu me reuni com alguns alunos para mudar aquilo. Então, nós modificamos a biblioteca, arrumamos o local e catalogamos os livros. Concluída essa parte, começamos a arranjar voluntários e sair da escola”.

    As ações, conta ele, passaram a ser desenvolvidas nas ruas da cidade. “Colamos cartazes com frases de incentivo à leitura pelos muros da comunidade e pelos postes. Nós contamos histórias para crianças de escolas municipais e casos populares para os pescadores da região. ”

    Resultados – A iniciativa não demorou a dar frutos. “Fomos desenvolvendo mais ações com os alunos, incentivo à leitura, café literário, sarau de poesia”, ilustra o professor. “Aí, no ano passado, ganhamos um prêmio da Fundação Itaú. Ficamos em segundo lugar no prêmio Escola Voluntária e, de quebra, um dinheiro para investir no projeto. ”

    O trabalho recebeu R$ 15 mil como prêmio. “Ainda não aplicamos essa quantia, mas já começamos as ações”, relata Sérgio. “Fizemos o primeiro concurso literário das escolas de Cascavel e mobilizamos umas 15 escolas públicas. ”  A meta é investir esses recursos em melhorias na biblioteca, para que mais alunos possam ter acesso ao universo do conhecimento. “Vamos comprar mesas e estantes para a biblioteca e queremos aumentar o acervo de livros também”, anuncia o professor.

    O projeto conta com sete alunos fixos e aproximadamente 30 voluntários. A iniciativa foi bem recebida pela comunidade, principalmente por conta da mudança de comportamento dos alunos. “Somos muito bem vistos tanto na escola quanto fora dela”, valoriza Sérgio Neo.

    A aceitação da comunidade tem sido a melhor possível, destaca ele:  “Temos vários relatos de moradores que deram força, incentivaram, se mobilizaram em questões de leitura. Observamos que os empréstimos de livros da biblioteca haviam aumentado. E, muito mais do que isso, vimos uma mudança de atitude do jovem em relação à percepção que ele tinha da leitura. A leitura está diretamente associada ao conhecimento. Então, vemos a mudança principalmente em língua portuguesa. Pelos relatos de professores, os alunos estão escrevendo mais e melhor, participam de conversas sobre livros, pedem mais livros emprestados na biblioteca. Isso mostra a contribuição do projeto”.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O ministro Mendonça Filho interage com os alunos do projeto, durante uma oficina de arte realizada na Fundação Joaquim Nabuco (Foto: André Nery/MEC)
    Recife, 23/2/2018 - Dentro da meta de propiciar a estudantes de escolas públicas, além do público em geral, a vivência de atividades que marcam a cultura pernambucana, o Ministério da Educação e a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) lançaram nesta sexta-feira, 23, o projeto Mestres dos Saberes. Esse é o tema do programa da série Trilhas da Educação transmitido nesta sexta pela Rádio MEC.

    Com um investimento R$ 311 mil, esse projeto prevê 20 oficinas de artesanato e cinema a serem realizadas no Museu do Homem do Nordeste (Muhne), no Recife, ao longo dos próximos três meses. A expectativa é de que 400 alunos da rede pública recifense sejam beneficiados.

    Presente ao evento, o ministro da Educação, Mendonça Filho, destacou a importância da iniciativa, relevante na área da cultura: “É um belo projeto que une educação e arte popular em um mesmo ambiente, para uma troca rica de sabedoria entre artesãos e alunos da rede pública. Os objetivos maiores dessa instituição [Fundaj] são difundir os valores da cultura, da pesquisa vinculada à educação e, naturalmente, ser um braço do MEC na integração entre educação e cultura. A Fundaj é uma instituição respeitada nacionalmente e que tem uma representatividade muito grande na área da cultura, da educação e da pesquisa”.

    Oficinas – Cada oficina será ministrada por um mestre da cultura pernambucana, que vai ensinar aos participantes, na prática, diversas técnicas artísticas utilizadas no processo de produção. Participam artistas conceituados, como o cineasta Lula Gonzaga, pioneiro no estado ao fazer cinema unindo audiovisual e desenho animado; as mestras Mazé e Cosminha, de Vicência, que produzem sandálias, bolsas e vários outros itens tendo como matéria prima a fibra de bananeira; o mestre Zuza de Tracunhaém, artista que trabalha com o barro desde a adolescência; Josa de Olinda, mestre na arte da madeira; o carnavalesco Lula Vassoureiro e o xilogravurista Bacaro Borges, de Bezerros.

    O Museu do Homem do Nordeste (Muhne), órgão federal vinculado à Fundaj e ao MEC, funcionará como intermediário. A coordenadora de Exposições e Difusão Cultural do museu, Simone Luizines, observa que “o projeto tem tudo a ver com o Muhne, por unir a parte educativa com a exposição, além de realizar essa aproximação entre a escola e os mestres da arte popular”.

    Tradições – O Mestres dos Saberes, segundo seu coordenador geral, Afonso Oliveira, se caracteriza por disseminar as tradições culturais do estado e a sabedoria popular, conseguindo abordar todas essas tradições do estado por região. “O primeiro recorte que demos foi o regional”, enumera. “Tem sertão, Agreste, tem Zona da Mata Norte, Zona da Mata Sul e Região Metropolitana, e escolhemos a linguagem dentro de cada área. Do sertão trazemos a madeira; do Agreste, o trabalho do barro; e estamos trazendo o Mestre Lula Gonzaga do cinema de animação, por exemplo. ”

    De uma família de artesãos, mestre Zuza de Tracunhaém, destaca: “O projeto é uma oportunidade que nos foi dada para repassar o nosso conhecimento para alunos das escolas públicas, estaduais e municipais do Recife. Unir cultura e educação e muito importante. Creio que nós, mestres artesãos, vamos dar a nossa parcela de colaboração para que esse projeto seja grandioso”.

    Entre os alunos da escola municipal Professor Nilo Pereira que participaram do lançamento do projeto, a pequena Júlia não escondia a felicidade de poder participar dessa iniciativa: “O projeto é muito bom e maravilhoso. Estou orgulhosa de ver todas essas peças. É uma oportunidade muito grande que a escola e o mestre Zuza está nos dando de poder vivenciar isso”.

    Ao encerramento das oficinas, serão realizadas uma exposição, uma feira de artesanato e um seminário de empreendedorismo, com foco na produção artesanal. Todos que concluírem a formação vão receber certificado. Estudantes de Pernambuco interessados em participar do projeto devem enviar Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. para os organizadores, solicitando a ficha de inscrição. Outras informações poderão ser obtidas pelo telefone (81) 3073-6331.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Alunos do curso de engenharia civil da Universidade Federal do Cariri (UFCA) desenvolveram um projeto que oferece orientações técnicas e gratuitas para a construção segura de casas populares em comunidades de baixa renda de Juazeiro do Norte e cidades vizinhas, no Ceará. O projeto Habitar segue os moldes de uma proposta que chegou a ser implantada na universidade, mas que teve de ser desativada ao ser desvinculada do Escritório de Tecnologia Social (ETCS).

    O novo projeto funciona há cerca de dois meses e já beneficia seis famílias. A meta é atender pelo menos 20 famílias diretamente apenas este ano. Mas esse número pode aumentar, à medida que forem preenchidos os cadastros disponíveis no site do Escritório Habitar. É o que garante Mateus Nogueira, um dos 20 jovens que recebem bolsa de estudo para se dedicar ao programa e que atua sob a coordenação e supervisão de três professores e arquitetos da Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN).

    "A intenção é dar assistência aos autoconstrutores, que são aquelas pessoas que não contam com o auxílio técnico adequado, justificado pela limitação de recursos, resultando em uma falsa sensação de economia ", informa Mateus. “Muita gente faz isso, e é aí que nós entramos: acompanhando a obra desde o início, até a sua regulamentação pela prefeitura, com a assinatura de um profissional competente, no caso, professores que nos auxiliam.” O estudante está no penúltimo ano do curso de engenharia civil.

    Iniciativas como o Habitar são soluções apontadas para o crescimento urbano sustentável e à contenção do avanço demográfico descontrolado de construções irregulares e em locais de risco. A contratação de especialistas costuma ser cara, tornando-se inacessível à população mais carente. De acordo com levantamento do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-CE), somente em 2016 foram contabilizadas 1.332 obras desse tipo no Ceará.

    Além da assessoria técnica, o projeto também busca ajudar na procura por alternativas de habitação que sigam uma linha de produção de pequeno custo e pouco impacto ambiental, valorizando matérias primas regionais e levando em conta as questões humanísticas. Também visa a prestar serviços de consultoria para edificações já existentes, a fim de possibilitar a legalização dos imóveis aos proprietários.

    Para Mateus Nogueira, o retorno desse trabalho ao estudante é duplamente gratificante. “Primeiro, porque temos a oportunidade de colocar em prática o que aprendemos na teoria em sala de aula”, enfatiza. “Além disso, é uma forma de devolver à sociedade aquilo que é investido em todos nós, enquanto universitários, uma vez que é ela quem banca os nossos estudos, mesmo que estejamos em instituições públicas de ensino superior.”

    O candidato interessado em se tornar beneficiário do Habitar deve possuir renda familiar mensal de até três salários mínimos e solicitar a construção de residências unifamiliares – térreo e área máxima construída de até 80 m². O cadastro está disponível na página da universidade na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estudantes da escola baiana participam de apresentação no Recital de Poesia: resgate da cidadania e retomada da autoestima (foto: arquivo da escola)Aprovada em concurso público na Bahia e nomeada, em 2004, para o Colégio Estadual José Bonifácio, no município de Governador Mangabeira, Patrícia Costa de Santana sentia-se incomodada com os comentários que ouvia sobre a escola. “Diziam que eu era maluca em trabalhar lá”, conta a professora, formada em letras vernáculas, com especialização em psicopedagogia. “Os alunos eram vistos de forma muito negativa.”

    Para desmistificar a imagem do colégio e mostrar que os alunos tinham capacidade e criatividade, a professora decidiu lançar o Recital de Poesias, projeto tão bem-sucedido que já está na quinta edição. A cada ano é apresentando um tema diferente. Em 2010, o tema foi Álvares de Azevedo: o Poeta Maldito. “As poesias encantam e, a partir desse encanto, os estudantes conseguem ver a língua portuguesa e a literatura com outros olhos”, diz Patrícia. Ela dá aulas de português nas turmas de sétimo e nono anos do ensino fundamental e de segunda e terceira séries do ensino médio.

    O projeto é desenvolvido com estudantes da segunda série do ensino médio, nos períodos matutino e vespertino. Além de declamação de poesias, os alunos, divididos em equipes, cuidam de diversas atividades relativas à apresentação de espetáculos, como cenário, figurino, som e fotografia. Também ficam responsáveis pela divulgação das apresentações em outras escolas do município, com entrega de folhetos e cartazes. Os estudantes da terceira série do ensino médio estão envolvidos no projeto com participações especiais.

    Expectativa— O recital é realizado no Clube Municipal de Governador Mangabeira e em uma escola vizinha. “Já se tornou um evento esperado por todos”, destaca Patrícia. “Quando acabo de realizar um, os alunos já estão me procurando para saber o tema do próximo.”

    Segundo a professora, o projeto mexe com os estudantes. “Eles me pedem nomes de autores para começarem a ler”, destaca. “Eu os pego lendo livros pela escola.”

    De acordo com Patrícia, a partir do momento em que os alunos começam a descobrir a leitura e percebem, por meio dos textos, outros horizontes em suas vidas, sentem mais vontade de ir em busca dos sonhos e de transformar a realidade em que vivem. Muitos ex-alunos já estão na universidade, passaram em concursos ou exercem outras funções. Eles não deixam de expressar o quanto o projeto foi importante na vida de cada um.

    A diretora da escola, Ioná Aragão, tem percebido maior interesse dos estudantes pela leitura e pela produção textual. “Há um entusiasmo na busca de conhecer novos autores, de saber novas histórias, de produzir contos, tanto por parte dos estudantes quanto dos colegas de trabalho, em especial os professores de língua portuguesa”, ressalta.

    Importância— Para Ioná, que chegou à escola em 2001, como professora de ciências, o trabalho realizado por Patrícia é importante para toda a comunidade escolar. “Ela tem um dinamismo que contagia estudantes e colegas e até pessoas que não fazem parte do universo escolar”, salienta. De acordo com a diretora, todos acabam estimulados pela coragem e amor à educação demonstrados por Patrícia.

    O uso de poesias na sala de aula tem contribuído, segundo Ioná, não só para estimular o entusiasmo pela leitura e pela escrita entre os jovens, mas também para o resgate da cidadania. Outro ponto que ela destaca é a retomada da autoestima dos alunos. “Eles passam a ser mais críticos, a se posicionar diante das situações e se tornam capazes e confiantes para resolução de situações-problema”, observa.

    Além do Recital de Poesias, Patrícia desenvolve o projeto O Prazer da Leitura com Pedro Bandeira, nas turmas do sexto ao nono anos, com os demais professores de língua portuguesa da escola. O projeto tem o apoio do escritor paulista, autor de literatura juvenil mais vendido no Brasil. Como reconhecimento ao trabalho de Patrícia, ele enviou um vídeo à professora.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • O 2º Simpósio de Frutos Nativos e Exóticos (Sinatex) acontece de 27 a 29 de setembro na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), e está com prazo aberto até 30 de agosto para submissão de trabalhos. O simpósio integra o projeto de extensão e valorização de plantas alimentícias do cerrado e pantanal, parte do Programa de Extensão Universitária (ProExt) do Ministério da Educação. Participam do Sinatex 31 bolsistas vinculados ao ProExt.

    “Tem bolsistas de várias áreas”, explica a professora Raquel Pires Campos, secretária geral do 2º Sinatex. “Os da biologia estão com a parte de meio ambiente e áreas degradadas, os de alimentos auxiliando com a parte de processamento, desenvolvimento de produtos, analises físico-químicas e microbiológicas, boas práticas de fabricação e até de plano de negócio, já os de nutrição estão na parte de coleta dos frutos e análise.”

    Durante os três dias de evento serão abordados temas como biodiversidade e segurança alimentar, cadeias produtivas sustentáveis, processamento de frutos nativos e funcionalidades de frutos nativos e exóticos. A programação inclui as tradicionais palestras e mesas-redondas, mas também estão previstas outras atividades que permitam a interação com a comunidade local.

    “Queremos apoiar a agricultura familiar, porque a partir do momento em que eles usarem esses frutos, desenvolvendo produtos que agreguem valor, vão preservar a área onde estão. São produtos muito valorizados”, acrescentou a professora.

    Neste sentido, está prevista a realização de uma feira agroecológica que vai permitir a integração com agricultores de cidades da região e a exposição de relatos de experiências de campo. “Temos vários expositores de assentamentos como os de Anastácio, Bonito e Itaporã. Grupos de slow food (comida lenta, em inglês) também participarão do simpósio, abordando a filosofia do movimento que preza a busca de formas de alimentação mais saudáveis. Paralelamente será armada uma exposição de fotografias sobre o tema frutos nativos e exóticos, não convencionais, cujo período para inscrição de imagens também segue aberto.

    Mais informações, bem como as regras para submissão de trabalhos, inscrição no evento e envio de imagens para a exposição fotográfica, podem ser obtidos na página do Sinatex na internet.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Técnicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao MEC, iniciam nesta terça, 27, uma visita à região oeste do Amazonas para implantar a Universidade Aberta do Brasil (UAB) em 60 comunidades ribeirinhas do Rio Juruá. Inédita e desenvolvida em parceria com a Universidade Estadual da Amazônia (UEA) e o Instituto Federal da Amazônia (Ifam), a iniciativa da Capes proporciona aos professores da localidade o acesso a cursos a distância de formação inicial e continuada.

    O projeto será implantado no município de Carauari, onde existem duas unidades de conservação: a Reserva Extrativista Médio Juruá, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Uacari, ligada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas.

    A equipe visitará a comunidade Bauana para conhecer o Núcleo da Fundação Amazônia Sustentável, onde serão ofertados os cursos de pedagogia. No dia seguinte, os técnicos se reunirão com os professores da rede municipal de ensino para tratar da oferta do curso de ciências. Na oportunidade, os participantes da visita também vão conhecer o futuro polo da UAB em Carauari.

    O projeto é uma contribuição da Capes ao Programa Federal Amazônia Conectada, idealizado pelo Ministério do Exército, com o objetivo de integrar áreas isoladas da região por meio de fibra óptica subfluvial. A estruturação dos cursos vem sendo realizada há dois anos.

    O trabalho da Capes atua em duas frentes: uma voltada à formação inicial de futuros professores e a outra, à formação continuada daqueles que já atuam nas escolas da área rural. O público-alvo são 68 professores de 36 escolas ribeirinhas, que lecionam para aproximadamente mil alunos. O objetivo é tornar a iniciativa uma referência para outras localidades da Amazônia e demais biomas brasileiros que apresentem o desafio de levar educação a populações extremamente isoladas.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Belo Horizonte — Um carro autônomo, desenvolvido por alunos e professores da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi apresentado na quinta-feira, 17, em Belo Horizonte. Com tecnologia inédita, que dispensa motorista — é controlado apenas por um joystick, como em videogames —, o carro desempenhou todas as funções de um automóvel comum.


    Durante a demonstração, ações básicas, como acelerar, frear e virar o volante, foram executadas por softwares de automação também desenvolvidos pela UFMG. Criado pelo grupo de pesquisa em desenvolvimento de veículos autônomos, vinculado à Escola de Engenharia, o carro locomove-se a partir de comandos acionados por computador. Basta o motorista programar a rota desejada, com base no sistema de posicionamento global (GPS), e aguardar a execução do comando. Outra novidade é a instalação de câmera, na parte superior do automóvel, capaz de substituir a visão humana.


    O professor Guilherme Augusto Silva Pereira, do Departamento de Engenharia Elétrica e coordenador do projeto, explica que a câmera detecta buracos, quebra-molas e outros obstáculos das pistas. O veículo consegue, ainda, programar soluções, como desviar, frear ou mudar a rota inicial.


    Para os pesquisadores, muito além de um modelo inovador, o projeto pretende atender pessoas com deficiência. Apesar de o automóvel ainda estar em fase de desenvolvimento, Pereira confia no aprimoramento das câmeras que simulam os olhos. “O veículo autônomo será capaz de fazer com que uma pessoa cega possa dirigir”, prevê.

    Assessoria de Imprensa da UFMG

  •  11/08/2009 - Webconferência/Secad/Projeto Olhar Brasil no âmbito do Programa Brasil Alfabetizado

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