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  • Brasil e China assinaram nesta quinta-feira, 21, no Rio de Janeiro, acordo para intercâmbio de estudantes no âmbito do Programa Ciência sem Fronteiras, com a participação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães. O documento, que envolve a Capes e o China Scholarship Council, beneficiará até 5 mil estudantes brasileiros de 2012 a 2015.

    A parte chinesa oferecerá, anualmente, 250 bolsas de estudos. O governo chinês isentará mensalidade e taxa de matrícula de 600 vagas. Essas ações compõem parceria estratégica mais ampla, articulada pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e pelo primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, em encontro bilateral entre os dois chefes de Estado na tarde desta quinta-feira.

    Pelo acordo, serão oferecidas bolsas de estudos nas áreas prioritárias do Ciência sem Fronteiras – como engenharias, ciências da natureza e energia renováveis – para cursos de graduação, graduação-sanduíche e pós-graduação. As vagas estarão disponíveis em instituições que ofereçam aulas em inglês.

    Os dois países também firmaram parceria para a criação de um centro de cultura brasileira na China e um centro de cultura chinesa no Brasil – o primeiro na América Latina. “Com isso, pretendemos estimular a difusão tanto da cultura dos dois países, quanto da língua”, ressaltou Mercadante. Além disso, outro acordo garante o desenvolvimento da pesquisa nas áreas de nanotecnologia, biotecnologia, telecomunicações, oceanografia e proteção ambiental. Também está previsto, no âmbito da ciência, tecnologia e inovação, acordo no setor aeroespacial para lançamento de dois satélites até o ano que vem.

    Assessoria de Comunicação Social

    Leiaum resumo do acordo (em inglês)
    Leia o texto do acordo (em inglês)
  •  Protótipo da embarcação, exposto na Rio+20, para transporte de estudantes: comunidade ribeirinha do Pará será a primeira beneficiada (foto: Roberto Narazaki)Rio de Janeiro — Um barco movido a energia solar levará crianças ribeirinhas do Pará à escola. O protótipo, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está em exposição no Pier Mauá, no Rio de Janeiro, como parte das amostras de projetos de desenvolvimento sustentável da conferência Rio+20.

    A embarcação atenderá a comunidade ribeirinha de Santa Rosa, nas proximidades de Belém, com o transporte de estudantes do primeiro ao nono ano do ensino fundamental, turnos matutino e vespertino. Hoje, o trajeto dos alunos até a escola e de volta para casa é feito por cerca de 40 pequenas embarcações contratadas pela prefeitura local.

    Alexandre Montenegro, pesquisador da UFSC, participante do grupo que concebeu o projeto, afirma que na escolha da unidade de ensino a ser beneficiada foi considerada a demanda regional e a localização, próxima a um câmpus da Universidade Federal do Pará, que pode servir de apoio. Segundo Montenegro, o barco solar permitirá a redução da poluição por parte das embarcações movidas a diesel nos leitos dos rios. Ajudará também a reduzir o estresse dos animais da região. “Os motores elétricos são silenciosos, ao contrário dos movidos a combustão”, explica.

    O barco solar, em fase de finalização, terá módulos solares instalados no teto, com potência de 4kWp (quilowatt-pico); capacidade para 22 pessoas sentadas; conjunto de baterias com autonomia para cinco horas de navegação à noite; dois conversores de corrente contínua (das baterias) para corrente alternada (dos motores elétricos) e dois motores elétricos, responsáveis pelo sistema de propulsão, com sistema de refrigeração a água — 30% mais leves do que os similares com refrigeração a ar.

    Oficina — No atracadouro, junto à escola, será construída uma oficina solar, com potência de 16kWp e banco de baterias. Quando o barco atracar, as baterias serão carregadas por meio de conexão com tomada especial a um terminal elétrico. Assim, contará com armazenagem extra de energia, necessária em dias de muita chuva, comuns na região.  

    Na oficina também haverá refrigeradores para permitir à comunidade acondicionar de forma apropriada alimentos perecíveis, como peixes e frutas. Ali será instalado também um sistema de purificação de água por luz UV (ultravioleta).

    O projeto, concebido pelo grupo Fotovoltaica, da UFSC, é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação(MCTI) e tem o apoio da Eletrobras.

    Letícia Tancredi
  • Ao abrir oficialmente a Conferência Rio+20, Dilma Rousseff falou sobre a importância do acesso à educação (foto: Roberto Stuckert Filho/PR) “Desenvolvimento sustentável implica crescimento da economia, para que se possa distribuir riqueza. Significa assegurar acesso à educação, à saúde, à segurança pública e a todos os serviços necessários ao bem-estar da cidadania plena da população”, afirmou a presidenta da República, Dilma Rousseff, ao abrir oficialmente, nesta quarta-feira, 20, a Conferência da ONU sobre o desenvolvimento sustentável – Rio+20.

    Sustentabilidade e meio ambiente são temas presentes nos currículos das escolas públicas brasileiras. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tem defendido os avanços do ensino das temáticas ligadas ao meio ambiente nas escolas públicas nas últimas duas décadas. “O meio ambiente não é lembrado apenas na semana do meio ambiente ou no dia da árvore. O meio ambiente é assunto para todo o ano letivo. É um assunto amplo tratado em várias disciplinas do currículo da educação básica”, disse o ministro no programa de rádio Hora da Educação, no dia 12 de junho.

    Nesta quarta, também foi lançado o livro Contribuição da Pós-Graduação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, uma ação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na Rio+20, com a presença do presidente da instituição, Jorge Guimarães, no Píer Mauá. O livro aborda a síntese das ações do órgão, no âmbito do sistema nacional de pós-graduação, voltadas para o desenvolvimento sustentável.

    A publicação faz referência aos temas da conferência, aliados aos desafios da pós-graduação: água, energia sustentável, oceanos, segurança alimentar e agricultura sustentável, cidades sustentáveis, emprego, economia verde e inclusão social, mudanças climáticas e desastres naturais, Amazônia e biodiversidade.

    A Rio+20 também foi o palco para o lançamento da 4ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que terá o tema Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis, e acontecerá de 10a 14 de outubro de 2013. A conferência nacional será antecedida pelas etapas escolares (até 30 de março de 2013), municipais, estaduais e regionais (até 17 de agosto de 2013).

    Durante sua participação na Conferência da ONU, Mercadante homologou as diretrizes curriculares nacionais para a educação ambiental e para a educação indígena. A assinatura dos documentos ocorreu na abertura oficial do Encontro de Juventude e Educação para a Sustentabilidade Socioambiental, uma das participações do Ministério da Educação na Conferência Rio+20.

    As diretrizes foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), após diálogo com os sistemas de ensino, sociedade civil e diferentes instâncias governamentais. No caso da educação indígena, por exemplo, foi definido que os projetos educativos devem afirmar as identidades étnicas e valorizar as línguas e conhecimentos dos povos indígenas.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Atividades do Pavilhão Brasil tiveram início após abertura oficial, com discurso da presidenta Dilma Rousseff (foto: Roberto Stuckert Filho/PR) Rio de Janeiro – A presidenta da República, Dilma Rousseff, fez a abertura oficial do Pavilhão Brasil na Conferência Rio+20. Ela considerou o espaço uma oportunidade de mostrar um pouco do que o país tem feito pelo desenvolvimento sustentável ao longo dos anos. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participou da cerimônia no Pavilhão dos Atletas.  

    A presidenta afirmou que a sustentabilidade é um dos eixos centrais da concepção de desenvolvimento brasileira. “Somos a favor de uma transformação que combine três critérios: incluir, conservar e crescer”, enfatizou. O Pavilhão Brasil tem área de 4 mil m2 e abriga exposição multimídia sobre programas e projetos de ministérios e órgãos de governo. Nele, também haverá atividades como palestras e debates.

    O ambiente foi construído com contêineres reaproveitáveis, reunidos em torno de uma arena central com quatro arquibancadas, para um total de 120 pessoas. Nessa estrutura, haverá mostra multimídia, com vídeos e instalações interativas. Em volta do pavilhão, há quatro áreas de exposição de programas de inovação, tecnologia sustentável e inclusão social, como o Minha Casa Minha Vida, e produtos como o algodão colorido, produzido pela Embrapa.

    Entre as atividades previstas na programação da Rio+20, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, lança nesta quarta-feira, às 16h30, a 4ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, cujo tema será Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis. Prevista para o período de 10 a 14 de outubro de 2013, a conferência, iniciativa do MEC e do Ministério do Meio Ambiente (MMA), é um processo pedagógico que envolve mais de 13 mil escolas da educação básica, a ser iniciado em agosto, em encontros municipais, estaduais e regionais. Mais de 4 milhões de estudantes discutirão e aprenderão sobre questões ambientais. Nesse processo, a escola define a temática com a qual pretende trabalhar e elege os delegados para representá-la nas conferências municipais ou regionais e, depois, nas estaduais.

    A Conferência Rio+20 marca os 20 anos de realização da Eco92 e é realizada entre 13 e 22 de junho, com a proposta de definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.

    Letícia Tancredi
  • Rio de Janeiro — A Amazônia é uma das regiões mais famosas do mundo e, no entanto, uma das menos conhecidas. Sob essa premissa, foi apresentado na noite de terça-feira, 12, no Rio, o documentário Amazônia Desconhecida, de Daniel Augusto e Eduardo Rajabally, como parte da programação que antecede a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20. O vídeo tem a proposta de mostrar verdades e mitos relativos à Amazônia nos dias atuais, sob a ótica de ribeirinhos, trabalhadores da Zona Franca de Manaus, garimpeiros, pecuaristas, madeireiros, indígenas, escritores, empresários, cientistas e agentes do governo.

    A exibição do filme foi a primeira atividade do Encontro de Juventude e Educação para a Sustentabilidade Socioambiental, um dos eventos a serem promovidos pelo Ministério da Educação na Rio+20. O encontro, que terá abertura oficial nesta quarta-feira, 13, vai até sexta, 15, e deve reunir cerca de 400 jovens de todo o país.

    Na opinião da secretária de educação continuada, alfabetização, diversidade e inclusão do MEC, Cláudia Dutra, a apresentação do documentário Amazônia Desconhecida é apropriada para o encontro da juventude, que tem o propósito de estimular a participação ativa dos jovens nas questões socioambientais. “Em um momento de discussão sobre sociedade e meio ambiente, levar os estudantes a pensarem sobre si mesmos e suas atitudes é o objetivo mais amplo”, disse a secretária.

    De acordo com Eduardo Rajabally, um dos diretores do filme, a intenção é, de fato, levar o espectador à reflexão. “No início da produção do documentário, eu tinha a certeza de que a Amazônia precisava de uma solução”, disse. “Hoje, acredito que a Amazônia é a solução para nossa sociedade.”

    Tanto é assim, segundo o diretor, que o vídeo termina com uma adaptação de citação do físico e filósofo francês Blaise Pascal: “O silêncio dos espaços infinitos ainda vai nos fazer calar a boca”.

    A pecuária extensiva, a grilagem de terras, o garimpo e a miséria na região são alguns dos pontos abordados pelo documentário. Os diretores fazem, também, um contraponto com a questão da urbanização na Amazônia, das produções da Zona Franca de Manaus e dos trabalhos de arqueologia.

    Daniel Augusto é diretor da série de TV Lutas.doc; Rajabally, diretor do filme Europa Paulistana, sobre a imigração em São Paulo. Ambos já dirigiram documentários e programas para canais como GNT, Multishow, Futura, Sony, AXN, Band, MTV, TV Cultura e TVE.  

    Letícia Tancredi

  • Estudantes, religiosos e pesquisadores de vários países debatem a educação como caminho para um mundo mais justo (foto: Letícia Tancredi)Rio de Janeiro – Sentados em roda em uma tenda montada no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, 18, um grupo de estudantes, representantes de organizações não governamentais, religiosos e pesquisadores de diversos países debateram a educação como chave para um mundo mais justo e sustentável. A atividade fez parte da Cúpula dos Povos, na conferência Rio+20.

    Programas do governo brasileiro como o Mais Educação, de educação integral, e o Ciência sem Fronteiras, de intercâmbio de estudantes, foram citados como experiências exitosas de como levar o ensino além das formalidades da escola. “Conhecer e compartilhar experiências é o que podemos tirar de mais proveitoso nesta conferência”, afirmou o belga Tobias Troll, representante da ONG europeia Concord e mediador do debate.

    Rilli Lappalainen, secretário-geral da Kehys Ry, uma entidade que agrega ONGs da Finlândia, citou algumas ações na área educacional de seu país que o levaram ao topo do ranking no Pisa, programa de avaliação internacional de estudantes. Entre elas, universalização do ensino público e um bom sistema de formação de professores.

    “No que se refere à condução de políticas públicas em educação, é preciso ser flexível e radical ao mesmo tempo: radical para manter um alto nível de qualidade educacional e flexível na adaptação do ensino à realidade de cada país ou comunidade”, opinou o espanhol Javier Collado, da associação Educar para Vivir.

    Na opinião do japonês Katsuji Imata, do instituto Civicus, a educação tem que chegar aonde as pessoas estão, por mais difícil que seja o acesso. “E esse é um papel que cabe aos governos, com controle social”, disse. “Além disso, é preciso fazer uma ponte entre a educação formal e a não formal, que tem maior poder de alcance, lançando mão de diversas ferramentas, como a televisão e a internet, por exemplo”.

    O debate teve, ainda, a presença de participantes de Bangladesh, Portugal, Eslováquia e França.

    Cúpula dos Povos - A Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental é um evento organizado pela sociedade civil global que ocorre até o dia 23 de junho. A proposta é promover debates sobre vários temas de cunho social e discutir paradigmas novos e alternativos criados por diferentes povos, apontados para a agenda política futura.

    Letícia Tancredi
  • No início do ano letivo de 2012, o Ministério da Educação enviará vídeo sobre meio ambiente às escolas públicas do país. A proposta da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC é levar professores e estudantes a discutir as questões que serão abordadas, em junho, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Estarão em pauta temas como economia verde, governança, leis ambientais e a história da luta pela preservação do meio ambiente no planeta.

    “A política do MEC não é propor a criação de uma disciplina nas escolas, mas que a educação ambiental seja um tema transversal; ou seja, não apenas um assunto a ser tratado no Dia da Árvore ou na Semana do Meio Ambiente”, diz o coordenador de educação ambiental da Secadi, José Vicente de Freitas. “O que o MEC propõe, e oferece suporte, por meio de metodologia, material didático e recursos, é que as escolas desenvolvam ações permanentes e continuadas para que os alunos desenvolvam a consciência ambiental.”

    O Programa Dinheiro Direto da Escola (PDDE) do Fundo de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prevê a liberação de R$ 350 milhões, a serem aplicados pelas escolas públicas, em três anos, em projetos ambientais, como hortas escolares, eficiência energética, coleta de água da chuva e até adaptação de espaços físicos em prédios sustentáveis.

    As ações educacionais propostas pela Secadi integram a Política Nacional de Educação Ambiental (Pnea), instituída pela Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, e do Programa Nacional de Educação Ambiental (Pronea). Entre essas ações está a realização, em 2012, da quarta edição da Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. Na última, realizada em 2009, mais de 3 milhões de estudantes de 11,6 mil escolas públicas do Brasil participaram dos debates sobre consciência ambiental.

    O Pronea é o marco central das ações do órgão gestor da política nacional de educação ambiental, formado pela Coordenação-Geral de Educação Ambiental do MEC, pelo Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e por redes e parceiros da sociedade civil.

    Rovênia Amorim

    Ouça na Rede de Comunicadores entrevista com José Vicente de Freitas sobre a Lei nº 9.795/1999, que institui a política nacional de educação ambiental

  • Ian e Daniel procuram atuar junto a suas comunidades para promover a conscientização ambiental (foto: Roberto Narazaki )Rio de Janeiro – A característica comum que une os jovens participantes do Encontro de Juventude e Educação para a Sustentabilidade Socioambiental é o engajamento em movimentos sociais. Alguns deles manifestaram interesse pelas questões socioambientais quando crianças ou no início da adolescência, e acabaram indo a fundo e se tornando gestores de políticas públicas na área.

    É o caso do baiano Ian Aguzzoli, 23 anos, que começou como beneficiário de um projeto de arte e educação em Salvador aos 13 anos e, hoje, faz parte da equipe técnica da coordenação de educação ambiental da Secretaria de Educação da Bahia. “Quando eu tinha uns 15 anos, tomei conhecimento das conferências infantojuvenis de meio ambiente e dos coletivos jovens e resolvi fazer parte”, conta. A partir daí, com o fortalecimento do movimento em seu estado, ele e outros jovens foram convidados para trabalhar com gestão.

     

    Para Ian, o controle social das políticas públicas de meio ambiente e de educação ambiental é da maior importância. Em sua opinião, a participação ativa dos cidadãos deve começar desde cedo, como por exemplo, junto às Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola (Com-Vida). Assim, segundo Ian, os estudantes desenvolvem visão crítica e transformadora em relação ao lugar onde vivem.

     

    Daniel Alves, 19 anos, é aluno do terceiro ano do ensino médio de uma das escolas públicas em que Ian atua, na Vila de Abrantes, em Camaçari (BA). O rapaz também participa do encontro de juventude no Rio de Janeiro e conta que, por meio do Com-Vida de sua escola, ele e outros colegas têm transformado a realidade de sua comunidade nas questões socioambientais.

     

    Nas proximidades da escola estão as Dunas de Abrantes, que fazem parte de uma Área de Proteção Ambiental (APA) e, no entanto, têm sofrido o impacto de construções desordenadas em seu entorno. Daniel e os colegas começaram a fazer um trabalho de conscientização com a comunidade, como palestras e oficinas, no sentido de proteger o patrimônio ambiental.

     

    “Acredito que a comunidade tem sido impactada com essas e outras ações promovidas pelo Com-Vida”, diz Daniel. “Também incentivamos a coleta seletiva de lixo, o reaproveitamento de óleo de cozinha usado para fazer sabão, a colocação de minhocário para decompor restos de frutas e fazer adubo e a construção de brinquedos com garrafas pet.”

     

    O estudante e seus colegas estão trabalhando, agora, com educomunicação. Montaram um blog e compartilham ações socioambientais com outros grupos. “Vou sair da escola, mas quero continuar conscientizando outras pessoas a favor do meio ambiente e mostrar que não precisamos ficar só nas palavras, mas podemos agir para impactar nossa escola, nosso bairro e nosso estado”, destaca.

     

    O Encontro de Juventude e Educação para a Sustentabilidade Socioambiental, uma das participações do Ministério da Educação na Conferência Rio+20, terminou nesta sexta-feira, 15. Desde quarta-feira, 13, cerca de 400 jovens debateram o papel da juventude na construção de espaços educadores sustentáveis e a agenda da juventude para um projeto de desenvolvimento sustentável, por meio de grupos de trabalho, painéis e apresentação de propostas em plenário.


    Letícia Tancredi

     

     

     

  • Mercadante, sobre a Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente: “São mais de 4 milhões de estudantes discutindo e aprendendo questões ambientais” (foto: João Neto)No programa de rádio Hora da Educação desta terça-feira, 12, o ministro Aloizio Mercadante destacou os avanços relacionados à temática ambiental no ensino público nas últimas duas décadas. Em sua participação na conferência Rio+20, que começa nesta quarta-feira, 13, no Rio de Janeiro, o ministro vai anunciar a realização, de 10 a 14 de outubro de 2013, da 4ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que terá o tema Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis.

    A conferência nacional será antecedida pelas etapas escolares (até 30 de março de 2013), municipais, estaduais e regionais (até 17 de agosto de 2013). “É um processo pedagógico que envolve mais de 13 mil escolas da educação básica e começa um ano antes do encontro nacional”, disse Mercadante. “São mais de 4 milhões de estudantes discutindo e aprendendo questões ambientais.”

     

    A partir de agosto próximo, professores e alunos definem a temática a ser estudada até o encontro nacional. Os melhores trabalhos serão selecionados nas conferências municipais, estaduais e regionais e, depois, apresentados na nacional. A ideia é que os projetos dos alunos transformem a escola em um ambiente sustentável. Um espaço com horta escolar, separação seletiva de lixo, coleta de água de chuva e eficiência energética.

     

    Em cada unidade de ensino pode ser criada uma comissão de meio ambiente e qualidade de vida na escola (Com-Vida), que terá a participação de estudantes, professores, gestores, pais e membros da comunidade. “É pela Com-Vida que se cria a Agenda 21 da escola e se define uma série de temas que ela considera importantes para se aliar à sustentabilidade”, disse o ministro. De acordo com a Agenda 21, definida na Eco-92, realizada há 20 anos, também no Rio de Janeiro, cada país se compromete a refletir, global e internamente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não governamentais e setores da sociedade podem atuar em busca de soluções para os problemas socioambientais.

     

    Até agora, cinco mil escolas públicas criaram a Com-Vida. “Essa comissão coloca a meninada para atuar, de forma protagonista, nas questões da escola” disse Mercadante. “É um berçário de lideranças juvenis e da sustentabilidade.” Segundo o ministro, essa tecnologia social já é copiada por outros países. Um vídeo com exemplos de intervenções sociais a partir dessas comissões, em diferentes regiões do Brasil, será enviado às escolas públicas ainda em 2012.

     

    Recursos — Mercadante adiantou ainda a criação do Programa Dinheiro Direto na Escola – Escola Sustentável (PDDE – Escola Sustentável). Mais de R$ 100 milhões devem ser aplicados nas escolas públicas, em três anos, para o desenvolvimento de projetos ambientais, como hortas, eficiência energética, coleta de água da chuva, separação de lixo e até adaptação do espaço físico da escola em um prédio sustentável. Este ano, duas mil escolas receberão recursos do PDDE – Escola Sustentável.

     

    Assessoria de Comunicação Social

     

    Ouça a íntegra da participação do ministro no programa

     

     

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