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  • (arte: ACS/MEC)A expressão rato de biblioteca é usada para identificar pessoas que gostam muito de ler e que gostam de estar cercadas dos mais variados exemplares de obras diversas. Essa foi a inspiração que deu origem à organização não governamental Roedores de Livros, criada em 2006, em uma biblioteca da Asa Norte, em Brasília.

    A ideia deu certo. Tanto que a proposta foi expandir a iniciativa. Depois de passar por diferentes locais, ela chegou a um shopping popular em Ceilândia, maior região administrativa do Distrito Federal (cerca de 490 mil habitantes).

    Aos sábados, de manhã, mais de 30 crianças, em grupos bem variados, com idade entre 4 e 14 anos, vão à biblioteca, organizada pelos Roedores, e lá ouvem histórias, participam de oficinas de artes e outras atividades. Tudo é coordenado por um grupo de adultos voluntários, verdadeiros ratos de biblioteca, que se dedicam a atrair outros “roedores” interessados em aprender e a se divertir com a mágica dos livros.

    Segundo a professora Ana Paula Bernardes, a proposta é acolher a todos. “A gente deixa todos juntos. Temos todas as idades no projeto”, diz. “O grande presente é convidar a criança para ler junto, para se divertir, fazer uma coisa mais aconchegante.”

    De acordo com a professora, a leitura tem de ser um ato de carinho, de amor, de estar junto. “E a criança vai levar esse ‘estar junto’ para sempre”, afirma. “E vai sempre associar o livro a uma coisa muito boa. E é isso que aproxima a criança do livro.”

    Para que os estudantes conheçam os Roedores de Livros, os voluntários vão até as escolas e falam sobre o projeto. O local, na Feira de Ceilândia, não só recebe a criançada, como também promove o empréstimo de livros a quem pretende levar o exemplar para ler em casa. “O projeto acontece numa feira, no shopping popular de Ceilândia. Então, a grande maioria do nosso público é da própria feira: são os filhos dos feirantes, pessoas que estão passeando no local, que conhecem o projeto e passam a participar”, destaca Ana Paula.

    A professora revela que são feitas campanhas em escolas mais próximas para convidar os estudantes a conhecer a biblioteca e participar do projeto. “Vários jovens [frequentadores da biblioteca] de escolas próximas fazem empréstimo de livros”, diz.

    Escritores — As atividades, no entanto, não estão limitadas ao espaço da biblioteca nem aos pequenos estudantes. A passagem é livre pela “toca” do projeto.  “Esse ano, promovemos um grande encontro, que chamamos Encontro com Escritores: visitamos dez regionais administrativas levando um escritor e falando do projeto Roedores de Livros”, revela Ana Paula. Isso foi feito para incentivar não só os jovens, mas os professores, a procurar a biblioteca, que tem um grande acervo, segundo a professora. “Temos feito campanhas para que os professores conheçam nosso trabalho no shopping popular de Ceilândia.”

    Hoje, a biblioteca dos Roedores, apesar do bom acervo, considera as doações sempre bem-vindas. Em razão da quantidade de livros disponíveis, tudo o que chega como doação é encaminhado aos demais polos culturais da região. “Encaminhamos as doações a outras instituições em Brasília que estejam se organizando, montando pequenas bibliotecas”, diz a professora. “Oferecemos ainda um apoio a pequenos projetos e a organizações não governamentais.”

    No blogue do Roedores de Livros é possível conhecer o projeto e acompanhar as atividades promovidas pelo grupo.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Há mais de dez anos, o projeto Roedores de Livros utiliza ações integradas para despertar o gosto pela literatura entre crianças e adolescentes do Distrito Federal. O trabalho, que começou no Plano Piloto, atualmente tem uma sede fixa em Ceilândia, que, sendo a maior cidade do Distrito Federal, possibilita a ampliação do atendimento às crianças. A utilização do espaço é gratuita.

    A professora Ana Paula Bernardes, coordenadora do projeto, lembra que tudo teve início com a criação de uma biblioteca na Asa Norte – local que, contemplado com muitas doações, acabou por inspirar o Roedores de Livros. O nome é uma alusão à expressão “ratos de biblioteca”, como costumam ser chamadas as pessoas que passam muito tempo nesses espaços de leitura.

    Na sede atual, todos os fins de semana, os estudantes ouvem histórias e participam de oficinas de artes, entre outras atividades. Professores também podem aproveitar o local, onde são realizadas palestras específicas para a categoria. O acervo é predominantemente infantil e juvenil, mas há obras para todas as idades. “É uma biblioteca comunitária aberta que qualquer pessoa pode frequentar”, ressalta Ana Paula.

    Espaço aberto – A professora destaca a leitura como boa indicação para os momentos que todas as pessoas precisam criar, segundo sua avaliação, para “pensar em coisas boas”. O hábito de ler, avalia, sempre pode trazer mudanças de perspectiva na vida de qualquer um. A maioria das crianças que participam do projeto é formada por filhos de feirantes locais. A tendência natural desse público, observa Ana Paula, era seguir os passos dos pais, algo que foi mudado a partir do contato frequente com a leitura.

    “As crianças querem ser pediatras, professores e seguir outras profissões pelas quais, no início, não manifestavam interesse”, relata a coordenadora. “A partir desse momento em que elas vislumbram outras possibilidades, quando veem que o mundo é muito grande e que tem muitas coisas para serem feitas, a gente vai mudando esse lugarzinho.”

    Além das crianças, seus familiares também acabam sendo envolvidos pelas atividades do projeto. “Os pais ficam super animados e vêm buscar livros com a gente”, conta Ana Paula. “Todo ano, no Dia da Criança, a gente doa um livro para que essa criança também monte sua biblioteca, para que o amor ao livro não fique restrito ao Roedores.”

    Confiança – Os momentos de leitura são intercalados com conversas, que estabelecem um ambiente favorável para conquistar a confiança dos frequentadores. Esses contatos criam uma ligação afetiva que, segundo observa Ana Paula, muitas vezes não ocorre em casa ou na escola.

    “O livro aproxima a gente”, resume a coordenadora do Roedores de Livros. “Então, quando a gente faz uma leitura a partir da qual a criança ou jovem se sente à vontade para conversar, ela tira algumas dúvidas, vai experimentando outras coisas. Quando tem algum problema e quer conversar, às vezes não consegue falar isso em casa, e vem para cá.”

    Atualmente, cinco voluntários trabalham no projeto. A biblioteca fica aberta ao público aos sábados, das 9h30 às 12h. Escolas podem agendar visitas por Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Conheça outros detalhes do projeto

    Assessoria de Comunicação Social 

     

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