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Educação especial

Educação inclusiva aborda atendimento especializado

  • Quinta-feira, 04 de agosto de 2005, 13h24
  • Última atualização em Segunda-feira, 14 de maio de 2007, 10h21

Os participantes do encontro Educação Inclusiva: Direito à Diversidade - Seminário Nacional de Formação de Gestores e Educadores, promovido, em Brasília, até esta sexta-feira, 5, pela Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), discutiram na manhã desta quinta-feira, 4, o tema Educação Inclusiva e Atendimento Educacional Especializado. O seminário pretende consolidar a política de construção de sistemas educacionais inclusivos.

As apresentações foram feitas pelas professoras Denise de Oliveira Alves (sobre deficiência mental) e Marlene Gotti (sobre deficiência auditiva) - ambas são da Seesp - e pela professora Elizabeth Dias de Sá, do Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP/BH), que apresentou trabalho sobre deficiência visual.

Elizabeth Dias de Sá, cega, é gerente de Coordenação do Centro de Apoio Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual, da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte. “Os apelos visuais ditam comportamentos e as pessoas cegas e de baixa visão precisam ser incluídas nos sistemas educacionais para se incluírem no mundo da visão. Crianças e adultos cegos têm necessidades além das necessidades especiais de aprendizagem”, diz.

Segundo ela, as crianças cegas precisam brincar, se comunicar, agir e interagir com outras crianças e adultos. São direitos que devem ser atendidos na rede escolar. “O MEC e a União Brasileira de Cegos, com estados e municípios, implantou 33 centros de apoio pedagógico no país. Em Belo Horizonte, estamos obtendo resultados rápidos”, afirma Elizabeth.

Libras - Para Marlene Gotti, da Seesp, “além de visual, o mundo é sonoro”. “O surdo interage pela visão e uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Quando falamos, utilizamos 80% de comunicação não-verbal, na gesticulação e posturas corporais”, diz. “A educação deve ser bilíngüe, sem prejuízo do português. Para os surdos, a Libras é a primeira língua e o português, a segunda. O sistema de ensino deve capacitar professores, organizar classes bilíngües e montar salas de recursos pedagógicos que facilitem aos deficientes a absorção dos conteúdos curriculares”, ensina.

Para Maria das Graças Silva Bispo, secretária de Educação de Jequié (BA), “a expectativa de atuação como município-pólo de 29 municípios da região é grande. A chance de participar do seminário, ouvindo educadores, é rica e estimulante. Podemos fazer a diferença no dia-a-dia”. Jequié - a 300 quilômetros de Salvador - tem 150 mil habitantes, 24 mil alunos matriculados em 120 escolas, 850 professores e 500 alunos especiais.

Repórter: José Leitão

 

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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