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Educação especial

Cursos formarão professores para ensinar superdotados

  • Sexta-feira, 26 de janeiro de 2007, 14h12
  • Última atualização em Sexta-feira, 11 de maio de 2007, 09h57

Alunos com dificuldade no aprendizado, desinteressados ou hiperativos em sala de aula podem não ser nada disso. Muitos podem ser, ao contrário, alunos com altas habilidades ou superdotação, que não se encaixam nos padrões convencionais de ensino. Para ensinar professores a conhecer esse tipo de aluno e a saber lidar com eles, a Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC) oferecerá dois cursos de capacitação para professores do ensino básico da rede pública. Um em Recife, de 26 de fevereiro a 2 de março, e outro em Macapá, de 12 a 16 de março.

“Resolvemos priorizar as regiões Norte e Nordeste porque verificamos uma deficiência de professores e especialistas com formação específica para atender os superdotados”, explica a coordenadora-geral de Desenvolvimento da Seesp, Kátia Marangon Barbosa.

Em cada capital, 40 professores da rede pública receberão a formação, estruturada em três eixos — atendimento ao aluno, atendimento às famílias e formação de professores. O conteúdo das aulas envolve coleção de livros, com quatro volumes, criada para a formação de professores. O primeiro livro destaca em que aspectos os alunos com altas habilidades ou superdotação se diferenciam dos demais. “O livro mostra que o aluno não é hiperativo ou necessariamente bom em todas as áreas escolares. O superdotado é aquele que se destaca em uma ou mais habilidades. Pode ser música e matemática ou apenas pintura”, diz Kátia Marangon.

A publicação revela como a superdotação pode se manifestar e dá exemplos de pessoas com altas habilidades, como o físico Albert Einstein e o jogador de futebol Pelé. Outros dois livros abordam o atendimento ao aluno (com sugestões de atividades em sala) e orientação à família, cujo objetivo é fazer com que os pais entendam e estimulem o potencial dos filhos. O último livro, com conteúdo teórico, abrange as discussões acerca da superdotação. “A idéia é formar professores de forma que se sintam capazes para ensinar a qualquer aluno e orientar os pais. E pretende criar bases nas escolas e nas famílias para que o superdotado seja compreendido e estimulado”, afirma Kátia.

Atendimento especializado — Os cursos contarão com professores da Universidade de Brasília (UnB) e do Núcleo de Atividade de Altas Habilidades/Superdotação (Naahs) de cada estado. Criados em 2005, os núcleos foram equipados para atendimento educacional especializado aos superdotados, após o horário de aulas na escola regular. O MEC pretende distribuir a coleção de livros dos cursos de formação de professores às escolas públicas. A intenção é que o professor, mesmo que não tenha passado pela formação, construa atividades em sala de aula, suplementares às regulares, para integrar os superdotados, além de encaminhá-los aos núcleos de atividade.

Os professores em capacitação ajudarão a compor os quadros dos núcleos e de escolas da rede pública. Outro curso de capacitação, voltado para 81 professores já atuantes nos núcleos de cada estado, deve ocorrer ainda esse semestre em Brasília.

Maria Clara Machado

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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