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Educação especial

Seminário discute direitos dos portadores de necessidades especiais

  • Segunda-feira, 19 de dezembro de 2005, 14h54
  • Última atualização em Quarta-feira, 30 de maio de 2007, 05h15

O Brasil deve ampliar a acessibilidade de portadores de necessidades especiais. E precisa formar pessoal, como operadores de transporte público, motoristas, cobradores e taxistas, para garantir o direito. O tema, objeto do programa de acessibilidade urbana, foi defendido pelo gerente de Integração de Políticas e da Mobilidade do Ministério das Cidades, Renato Boareto, no seminário Educação, Tecnologia e Profissionalização para Pessoas com Necessidades Especiais (TEC NEP), que terminou sexta-feira, 16, em Brasília. Cem participantes debateram políticas para a educação inclusiva.

O coordenador do programa TEC NEP, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Franclin Nascimento, contou que, nos últimos cinco anos, núcleos criados nas 144 escolas da rede federal têm trabalhado para romper barreiras arquitetônicas, de atitude e educacionais. O representante do Instituto Benjamin Constant, José Fernandes de Souza, disse que os professores têm que ampliar sua atuação: “O aluno chega ao ensino médio com sua consciência crítica formada. Já conhece a língua e a matemática. O professor deve direcionar o conhecimento. O aluno com necessidade especial pode atuar em qualquer ramo do conhecimento”.

A representante do Instituto Nacional de Educação de Surdos, Sandra Alonso de Oliveira, explica que o surdo precisa de escola especial para aprender a língua e compreender o mundo. “A inclusão deve ser dentro do respeito à diferença.” Para o atendimento, ela apontou a capacitação e a formação continuada de professores e profissionais. Os currículos devem ser alterados para atender às necessidades desses alunos. O representante do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), Joelson Dias, falou dos instrumentos legais que podem aprofundar a acessibilidade e que devem nortear o trabalho dos professores. “Não temos uma sociedade justa se ela permite a discriminação e o preconceito”, afirmou.

Experiências – Há 14 anos, a unidade de São José do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Santa Catarina trabalha com alunos com deficiência auditiva nos cursos técnicos. Tudo começou quando três alunos passaram a ir às aulas do curso de refrigeração e ar condicionado, segundo o coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Educação de Surdos, Vilmar Silva. O atendimento foi ampliado e, hoje, a escola mantém curso de ensino médio bilíngüe que conta com professores com deficiência auditiva, ouvintes bilíngües e intérpretes.

Em Castanhal (PA), a Escola Agrotécnica Federal criou, em 2002, um núcleo para atendimento a portadores de necessidades especiais. Integrado por representantes da prefeitura, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e servidores da escola, uma das primeiras ações foi o projeto Formação no Trabalho. A idéia, segundo a gestora do TEC NEP na escola, Mônica Coeli, era criar ambientes inclusivos e despertar a auto-estima. Os estudantes são capacitados e trabalham nos diferentes setores da escola.

O Cefet de Bento Gonçalves (RS), como contou a professora Elisabeth Pitti Gaicomazzi, criou o núcleo de defesa civil para atuar na educação preventiva. São 40 voluntários em várias frentes: doam sangue, adotam ações para facilitar a locomoção dos alunos e prestam serviços. Certa vez, eles contataram o Departamento de Trânsito para que uma sinaleira fosse instalada em frente à escola.

Repórter: Ana Júlia Silva de Souza

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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