Oficinas preparam tutores de educação inclusiva
Na última terça-feira, 27, 147 educadores participaram de oficinas de educação inclusiva em Brasília. Eles fazem parte do primeiro módulo presencial do curso de formação de tutores para atendimento educacional especializado. Os temas trabalhados foram deficiência mental, visual, auditiva e física, além de laboratório de educação a distância. O evento será encerrado na sexta-feira, 30.
O curso completo tem duração de cinco meses. Com carga horária presencial e a distância, atenderá cerca de 1,5 mil educadores de todos os estados e do Distrito Federal. Em cada um dos 147 municípios-pólo inscritos no programa Educação Inclusiva: direito à diversidade, da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), será realizado o mesmo curso, sob orientação do tutor e coordenação do MEC. Cada tutor repassará os componentes curriculares administrados neste primeiro módulo para dez professores de seu município.
Segundo Maria Teresa Mantoan, que coordena o curso e é uma das ministrantes da oficina sobre deficiência mental, “o que se quer é oferecer aos tutores e professores condições para que eles se emancipem em relação ao conhecimento”.
As diferentes formas de lidar com o saber são enfocadas na oficina de deficiência mental. Para alguns especialistas, a importância disso é que os portadores desse tipo de deficiência têm outras maneiras de atuar com o conhecimento e o formador precisa estar preparado para acompanhá-los.
Na oficina sobre deficiência visual, os tutores convivem de perto com um caso de inclusão. Uma das ministrantes da oficina, Elizabete Dias de Sá, é cega. Para ela, o importante na formação de professores que atenderão alunos cegos é começar a entender o que significa não ver e como o mundo pode ser percebido sem a visão. “Hoje, os recursos tecnológicos criam a igualdade de oportunidades”, concluiu a consultora em educação inclusiva.
Maria Pereira