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Educação indígena

Curso de licenciatura pretende preservar cultura mundurucu

  • Sexta-feira, 04 de março de 2011, 17h11
  • Última atualização em Sexta-feira, 04 de março de 2011, 17h14
A licenciatura indígena é um dos instrumentos de preservação da língua e da cultura. (Foto: Fabiana Carvalho)A etnia mundurucu conta com 11.630 mil indivíduos distribuídos em territórios do Pará, Amazonas e Mato Grosso, segundo dados da Fundação Nacional da Saúde (Funasa). Pela primeira vez, um curso específico, desenvolvido pela Universidade Federal do Amazonas, terá a função de formar educadores mundurucu. A intenção é garantir a preservação da língua e da cultura desse povo.

No caso específico da licenciatura para professores mundurucu, os estudantes, indígenas da aldeia Kwatá-Laranjal, na região do município de Borba (a 150 quilômetros de Manaus), entrarão em contato com outros mundurucus, da região do rio Cururu, no Pará.

“No Pará, a língua está totalmente preservada, enquanto no Amazonas houve uma perseguição linguística no processo de colonização. Eles praticamente perderam a língua”, explicou Gersem Baniwa, coordenador-geral de educação escolar indígena do Ministério da Educação no âmbito da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad).

As aulas começam na próxima semana. A maior parte dos calouros da graduação em licenciatura para professores de educação indígena já dá aulas em suas comunidades. O curso de licenciatura específica para formação de professores mundurucu faz parte do Programa de Licenciatura Indígena do Ministério da Educação (Prolind).

Pelo Prolind, as universidades entram com a infraestrutura e o MEC é responsável, entre outras coisas, por levar os estudantes até as salas de aula.  O Brasil tem, hoje, 3 mil professores indígenas em formação em 21 instituições públicas de educação superior. A meta do programa é formar 7 mil professores nos próximos seis anos.

Ana Guimarães
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