MEC reedita e distribui Referencial Curricular para Escolas Indígenas
As secretarias estaduais de educação das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste começam a receber na próxima semana a publicação Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (Rcnei), reeditada pelo Ministério da Educação. A obra, que teve sua primeira edição em 1998, é um documento de consulta dirigido aos professores indígenas, técnicos dos sistemas de ensino, pesquisadores e assessores que desenvolvem atividades com as escolas indígenas em todo o país.
Seu conteúdo aborda a base legal e a história da educação escolar indígena no Brasil, além de trazer orientações curriculares para o trabalho nas séries iniciais do ensino fundamental.
De acordo com o coordenador da educação escolar indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Kleber Gesteira, a tiragem desta edição é de 5.600 exemplares, dos quais 60% vão para as escolas indígenas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os 40% restantes serão enviados para as secretarias estaduais de educação do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, além de organizações não-governamentais que trabalham com educação indígena.
Importância - Na avaliação de Gesteira, com quase oito anos de existência, o Rcnei provou sua importância em diferentes momentos: na implantação de escolas indígenas, no fortalecimento da formação de professores do ensino médio e ao expressar uma série de significados transmitidos pelos povos indígenas sobre, por exemplo, o que é a escola e o currículo.
O Referencial foi construído pelo comitê de educação escolar indígena formado por educadores, antropólogos, pesquisadores, Ministério da Educação e com a participação de lideranças e professores indígenas de diferentes povos em 1998.
Repórter: Ionice Lorenzoni