Povo Guarani avalia educação indígena no Sul e Sudeste
Começou nesta terça-feira, 9, em Brasília, a reunião de avaliação e planejamento dos coordenadores indígenas e não-indígenas do Protocolo de Intenções para ações de interesse do povo Guarani do Sul e Sudeste do Brasil. Durante o encontro que acontece até esta quarta-feira, 10, serão revistos os avanços e impasses no desenvolvimento das ações no período de 2004 e 2005.
Segundo os educadores indígenas há uma grande dificuldade de articulação e integração, por parte dos órgãos competentes, com a área de educação indígena. Eles reclamam da falta de acompanhamento pelas secretarias estaduais de educação dos trabalhos realizados pelos educadores nas aldeias.
O coordenador de Educação Indígena do Ministério da Educação, Kleber Gesteira, explica que são realizados encontros de formação de professores indígenas duas vezes por ano e que existe a necessidade de um acompanhamento dos trabalhos nas aldeias para avaliar o dia-a-dia. “Este encontro servirá para avaliar e fazer um balanço de como as coisas estão funcionando, se o protocolo está sendo seguido ou não”, diz Gesteira.
Estratégias - O Protocolo de Intenções é uma espécie de plano nacional de educação indígena. O coordenador lembra que há uma dificuldade de trabalho articulado devido às diferentes concepções dos governos estaduais. “São estados diferentes, com estratégias políticas diferentes, mas temos de superar isso para que as ações tenham continuidade”, avalia.
O povo Guarani habita o litoral dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul com cerca de oito mil índios. Destes, 2,5 mil são jovens com idade para cursar a educação fundamental.
Repórter: Sandro Santos