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Educação indígena

Comissão aprova 43 livros produzidos por indígenas

  • Segunda-feira, 30 de abril de 2007, 07h46
  • Última atualização em Sexta-feira, 15 de junho de 2007, 04h55

No segundo semestre deste ano, escolas indígenas das cinco regiões do País, nas quais estudam alunos de 33 povos, receberão livros didáticos e de literatura confeccionados pelos próprios professores. As obras, nas línguas maternas, em português ou bilíngües, atendem dois princípios da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) — valorização da cultura de cada povo e oferta de materiais didáticos específicos e diferenciados.

O Ministério da Educação recebeu 66 projetos de livros indígenas, dos quais a Comissão Nacional de Apoio à Produção de Material Didático Indígena (Capema) selecionou 43 para publicação. Os títulos serão editados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) nos próximos três meses e enviados às escolas a partir de agosto. Para executar a tarefa, o MEC repassou recursos de R$ 700 mil à UFMG. Em 2006, o ministério financiou a produção de 36 livros, sete CDs e um DVD criados por indígenas. As obras selecionadas em 2006 chegaram às escolas na abertura do ano letivo de 2007.

Diversidade — História, geografia, ciências, lendas, relatos e calendário indígena fazem parte das 43 publicações. O povo uapixana, de Roraima, por exemplo, aprovou quatro obras que vão atender professores e alunos desde a pré-escola até o ensino médio. Os povos pancararu e trucá, de Pernambuco, fizeram projetos de literatura. Os  mebengocres (caiapós), de Mato Grosso, receberão livros de alfabetização e de matemática em língua materna.

A maior parte dos livros, segundo Márcia Blanck, coordenadora do processo de seleção, foi elaborada pelos professores nos cursos de formação de nível médio e nas licenciaturas interculturais. As tiragens aprovadas variam de mil a dez mil exemplares, de acordo com o número de alunos registrados no censo escolar.

A Capema, com 16 membros, conta com representantes da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena, de organizações indígenas, universidades e organizações não-govertitle_aliasntais, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

Ionice Lorenzoni

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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