Presidente Lula destaca a educação em entrevista a emissoras de rádio
Os programas Universidade para Todos (ProUni), Brasil Alfabetizado, Escola de Fábrica e de Inclusão de Jovens (ProJovem) do Ministério da Educação foram destacados na última quinta-feira, 24, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista às rádios do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Na conversa com os jornalistas, o presidente lembrou que o ProUni abriu as portas da universidade, em 2004, para 112 mil alunos, dos quais mais de 47 mil afrodescendentes que ingressaram na educação superior pela política de cotas. Como as universidades federais não tinham vagas disponíveis, explicou, o governo federal fez um convênio com instituições privadas que, em troca da dedução de alguns impostos, ofereceram bolsas de estudo integrais e parciais, no valor de 50%, para mais de 100 mil alunos. O presidente Lula informou que no Rio de Janeiro o ProUni beneficiou 9.449 estudantes e que em São Paulo foram 35 mil.
O Programa Escola de Fábrica, que tem este ano 11 mil jovens na faixa de 16 a 24 anos estudando e aprendendo uma profissão dentro das empresas, também mereceu a atenção do presidente. Na parceria governo-empresas, o governo paga aos alunos uma bolsa mensal de R$ 150,00 e as empresas oferecem cursos e aprendizado profissional. São centenas de modalidades profissionais oferecidas no Escola de Fábrica, entre elas, informática, corte e costura, marcenaria, serralheria, conservação e preparo de alimentos, turismo, hotelaria e agricultura familiar.
A abrangência do Brasil Alfabetizado, que este ano está investindo R$ 216,8 milhões na alfabetização de jovens acima de 15 anos e de adultos, foi outro destaque da entrevista. O presidente disse que o programa não fica apenas no ensino da escrita e leitura do nome da pessoa, mas que sua atenção está na continuidade do aprendizado. Concluir, no mínimo, o ensino fundamental é a meta do governo, explicou.
O ProJovem, destinado a jovens na faixa etária de 18 a 24 anos que não concluíram a 4ª série do ensino fundamental e que não trabalham com carteira assinada, é outra ação educacional que visa à promoção da cidadania. De acordo com o presidente, o governo está recolocando esses jovens nas salas de aula, oferecendo uma ajuda de custo de R$ 100,00 mensais e pedindo em troca um trabalho na sua comunidade. O programa, que tem duração de 12 meses, abriu este ano 200 mil vagas nas 27 capitais. O objetivo é qualificar adolescentes em situação de risco social.
Repórter: Ionice Lorenzoni