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Educação profissional e tecnológica

Escola agrotécnica federal oferece terapia com cavalos

  • Sexta-feira, 07 de abril de 2006, 14h28
  • Última atualização em Quinta-feira, 17 de maio de 2007, 11h42

Desde que criou o centro de equoterapia, há quatro meses, a Escola Agrotécnica Federal de Ceres (GO) mudou a vida de 30 alunos portadores de necessidades especiais. São pacientes com paralisia cerebral, deficiência mental, visual ou seqüelas de AVC (acidente vascular cerebral). Com dois cavalos, os alunos têm aulas individualizadas, de 30 a 40 minutos. Foi montada uma equipe com fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, veterinário, professor de educação física, psicólogo e técnico equitador.

As aulas foram incrementadas com recursos alternativos criados pelo professor de educação física André Luiz de Melo, o que permitiu aos alunos um desenvolvimento cognitivo, motor e biopsicossocial. A experiência foi retratada pelo professor na 1ª Jornada Nacional da Educação Profissional e Tecnológica, realizada em março, em Brasília.

A contribuição do professor André Luiz foi a introdução de recursos alternativos para reabilitação motora e desenvolvimento cognitivo dos alunos. Um deles é a gaiola pedagógica, que fica cheia de bolas coloridas e animais de plástico. Os alunos devem abri-la para que as bolas caiam em uma bacia e depois colocá-las de volta.

Coordenação motora – A gaiola leva os portadores de necessidades especiais a execução de várias operações. Ao abri-la girando a maçaneta, o praticante trabalha a coordenação motora e exercita a musculatura das mãos. Aberta a gaiola, as bolas caem em uma bacia. O aluno as recoloca na gaiola. Ao pegá-las, exercita a capacidade de apreensão e distingue as diferentes texturas das bolas. Há bolas de tênis, plástico e borracha. O aluno também aprende a diferenciar cores e, ao abrir a gaiola, liberta os animais, de modo imaginário. Ele desenvolve noções de preservação das espécies.

O trabalho traz benefícios aos praticantes. Os deficientes visuais têm aumentado a auto-estima e o equilíbrio e os portadores de seqüelas de AVC exercitam a capacidade de fortalecer a musculatura das mãos.

Repórter: Ana Júlia Silva de Souza

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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