Criadas nove escolas técnicas
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou nesta quinta-feira, 25, projeto de lei que cria seis escolas técnicas federais e três agrotécnicas, integrantes da primeira fase do plano de expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. O ato teve a participação do ministro da Educação, Fernando Haddad. Parlamentares também estiveram presentes à cerimônia.
“O Brasil encontrou um caminho na educação procurado durante décadas”, disse Lula. Ele lembrou que a educação é uma bandeira que todos estendem, independente de partido político. “Não mediremos esforços para recuperar o que o país perdeu em 30 ou 40 anos”, ressaltou.
Segundo o ministro Fernando Haddad, até o ano de 2010 o país terá 354 escolas técnicas. Até 2002, existiam apenas 140. “Nesse processo de ampliação da rede federal tecnológica, nenhum arranjo produtivo local foi desconsiderado. Nenhuma mesorregião será desassistida”, destacou Haddad.
As novas unidades de ensino serão construídas em Rio Branco (AC), Macapá (AP), em Campo Grande e Nova Andradina (MS), e no Distrito Federal. São lugares onde ainda não havia autarquias, às quais as escolas federais ficam subordinadas. Também serão construídas escolas em Marabá (PA), em Canoas (RS), em São Raimundo das Mangabeiras (MA) e em Porto Velho (RO).
Recursos — Os recursos para a construção das escolas, aquisição de mobiliário e equipamentos para laboratórios, de R$ 23,8 milhões, estão previstos no orçamento de 2007 do Ministério da Educação. Para custeio e pessoal, serão R$ 27,1 milhões por ano. A admissão de professores e funcionários será feita mediante concurso público. No fim das duas fases do plano de expansão, haverá 274 mil vagas. A meta é chegar a 2010 com cerca de 500 mil.
De acordo com Haddad, o processo de expansão da rede federal tecnológica dá origem a outro: a reestruturação das redes estaduais de ensino médio, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). A proposta é dar ênfase à educação científica e à educação profissional. “O jovem deve dominar os fundamentos de sua profissão, para se adequar a quaisquer mudanças que venham a surgir no mercado de trabalho”, explicou.
Letícia Tancredi