Universidade Aberta vai sair do papel
Os acordos de cooperação técnica para implantação da Universidade Aberta do Brasil (UAB) serão assinados na 3ª Reunião Plenária do Fórum das Estatais pela Educação. A solenidade será realizada na quinta-feira, dia 27, às 15h, no Palácio do Planalto, com presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do ministro da Educação, Fernando Haddad.
O projeto, que visa ao aumento da oferta de cursos e programas de educação superior a distância, foi criado no âmbito do fórum pelo Ministério da Educação, empresas estatais e Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). A implementação se dará a partir de parcerias com universidades e consórcios públicos.
A criação da UAB faz parte do conjunto de políticas públicas desenvolvidas pelo governo federal para a educação, especialmente no que se refere à expansão universitária de qualidade e à promoção da inclusão social. No Brasil, apenas 11% dos jovens entre 18 e 24 anos têm acesso ao ensino superior.
O projeto-piloto da UAB prevê a implantação, a partir de março de 2006, no Ceará, em Mato Grosso, no Pará, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, com cursos a distância de graduação em administração, cada um com cerca de 16 pólos de atendimento. A primeira parceria será firmada com o Banco do Brasil.
De acordo com titular da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), Ronaldo Mota, o projeto será desenvolvido em parceria com as universidades públicas federais e estaduais. “Os cursos terão duração de quatro anos, os três primeiros estruturados em base comum e o último destinado às diferentes ênfases para o referido curso (a serem definidas pelas instituições)”, afirmou.
Tutoria — O candidato será acompanhado por um processo de tutoria ativa, em pólos regionais. Com auxílio da informática, o processo permitirá o monitoramento direto do desempenho e o fluxo de atividades, o que facilitará a identificação de possíveis dificuldades de aprendizagem.
A idéia é oferecer, inicialmente, três mil vagas no país, 600 por região. O processo seletivo, previsto para janeiro, deve ter provas de português, matemática e conhecimentos gerais, além da análise de títulos. “Trata-se de um marco histórico para a educação brasileira”, disse Mota. (Assessoria de Imprensa da Seed)