Olimpíada incentiva ensino de matemática
Estimular a criação de um ambiente criativo e interessante para o estudo da matemática. Esta é a principal proposta da 2ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), dirigida aos alunos do ensino fundamental e médio das escolas públicas municipais, estaduais e federais. Neste ano, 14,2 milhões de estudantes, distribuídos por 32.655 escolas em todo o País, se inscreveram para participar do evento. Deste total, 5% dos alunos - aproximadamente 630 mil – participarão da segunda fase da competição, a ser realizada no dia 18 de novembro.
A Obmep – uma promoção do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em parceria com o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) – aprimora o ensino da matemática na educação básica ao incitar o aperfeiçoamento dos professores e o interesse dos estudantes por meio de exercícios desafiadores disponibilizados em seu site. A olimpíada ainda contribui para o desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas no País ao identificar e fomentar o ingresso de jovens talentos da rede pública nestas áreas.
Inclusão - Além de incentivar e aperfeiçoar o estudo da matemática, a competição também serve para incluir nas escolas alunos com necessidades especiais. Segundo Mônica Souza, coordenadora geral da Obmep, estes terão toda a estrutura necessária para a realização da prova do próximo dia 18, assim como na primeira fase do projeto. “Nosso público-alvo são todos os alunos da rede pública de ensino. Criamos condições para que todos os estudantes participem da mesma forma”, garante Mônica.
O estudante Paulo Santos Ramos, 17 anos, é um exemplo de como a inserção desses alunos nessas competições é viável e necessária. Paulo estuda na Escola-Classe da 405 Sul, em Brasília, é deficiente visual, usa cadeira de rodas e possui apenas 30% de audição no ouvido direito devido a uma artrite reumatóide. No entanto, nada disto o impediu de participar da Obmep 2005 e ser o único aluno com deficiência a ganhar uma medalha de ouro. Para Patrícia Marangon, professora de Paulo, tomar parte em um evento deste porte é essencial. “A empolgação por competir de igual para igual em uma disputa nacional melhora a auto-estima dos alunos”, explica.
César Augusto