Preocupação ambiental chega às escolas
Dados do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) colocam o Brasil como recordista em desmatamento no mundo. A devastação da floresta amazônica gerou, de acordo com estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP), 855 milhões de toneladas de gás carbônico em 2006. Com a emissão de poluentes causada pelas queimadas das florestas, o Brasil ocupa a quinta colocação entre os países que mais poluem.
Instruir a nova geração sobre a importância de se preservar o meio ambiente é uma tarefa difícil e urgente. Para isso, o Ministério da Educação mobilizou representantes das secretarias estaduais e municipais de Educação das capitais, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), das 27 unidades da Federação e das entidades estaduais de assistência técnica e extensão rural. Eles estiveram reunidos até terça-feira, 13, no 1º Seminário de Nivelamento e Divulgação da 3ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente.
A principal resolução do encontro envolve 60 mil escolas públicas e particulares do segundo ciclo de ensino fundamental — da quinta à oitava série. A partir de 2008, as instituições de ensino receberão material específico para conscientizar os alunos sobre as mudanças ambientais globais. A intenção é que cada uma delas promova uma conferência sobre o tema a partir do material que será distribuído.
As escolas receberão o documento Passo a Passo para a Conferência de Meio Ambiente, elegerão delegados e suplentes (entre 11 e 14 anos), definirão ações com base nas temáticas abordadas no texto e criarão cartazes que traduzam o compromisso coletivo. Depois, virão as conferências estaduais e regionais e, em novembro de 2008, a 3ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil.
A reunião nacional tem como proposta apresentar soluções para dois desafios. Um deles, enfrentado por todo o planeta, diz respeito à adaptação às mudanças climáticas globais sem causar mais prejuízos ao meio ambiente. O outro é dirigido às escolas brasileiras e envolve o debate, na rede educacional, sobre novas maneiras de preservar os recursos naturais e de levar a discussão para o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
Ana Guimarães