Resultado do Pisa estimula educação básica
Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgados nesta terça-feira, 4, serão fundamentais para que a ajuda técnica e financeira do Ministério da Educação aos estados seja mais efetiva e eleve a qualidade da educação. Pela primeira vez, os resultados foram apresentados por unidade da Federação. “Se o estado está abaixo da média nacional e não tem recursos, ele precisa de ajuda técnica e financeira da União”, explica o ministro Fernando Haddad.
Os dados mostram que alguns estados, mesmo com investimentos maiores que a média nacional por aluno, ficaram abaixo da média do Brasil no Pisa. “Nesses casos, a ajuda técnica é necessária”, diz Haddad. No geral, estados mais ricos se saem melhor do que os mais pobres. Mas há exceções, como Rondônia e Sergipe. A interpretação do ministro é a de que recursos adicionais para a educação são imprescindíveis, mas não suficientes. “É preciso combinar mais recursos com mais gestão para obter o resultado.”
Rondônia e Sergipe surpreenderam positivamente, com resultados acima da média nacional nas três disciplinas avaliadas pelo Pisa — matemática, leitura e ciências. “Isso, provavelmente, significa boa gestão pública dos recursos da educação. É possível, com boa gestão e mais recursos, equalizar as oportunidades educacionais no país.”
Sobre os resultados de estados que ficaram abaixo da média nacional, o ministro entende que cada rede tem sua história e inúmeras variáveis para explicar o resultado negativo. “Ninguém chega a resultados bons ou ruins num curto espaço de tempo. Mas é preciso partir do dado concreto para pensar daqui para frente”, diz.
O Pisa traz os dados obtidos pelos estudantes de cada estado em matemática, leitura e ciências.
Ouça o que disse o ministro Fernando Haddad sobre a importância da divulgação dos dados dos Pisa por estado.
Manoela Frade
Leia mais...
Matemática: desempenho melhor no Pisa
MEC antecipa ações complementares do PDE
Pacto ajuda a melhorar qualidade da educação