Curso superior facilita entrada no mercado de trabalho
O desafio de entrar na universidade tira o sono de milhares de jovens em todo o país. Depois de cursar o ensino médio, muitos estudantes têm planos de ser aprovados no vestibular para conseguir o diploma universitário. “Com um curso superior, fica mais fácil disputar uma vaga no mercado de trabalho”, acredita a jovem Liliane Alves do Nascimento, que foi aprovada na Universidade Estadual do Ceará (UEC).
Aos 21 anos, Liliane concluiu o ensino médio em 2002 e termina este semestre o curso técnico de turismo no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), em Fortaleza. Ela aguarda o início das aulas na universidade como estagiária do Cefet, ganhando bolsa de R$ 130,00. A escolha de prestar vestibular para geografia foi conseqüência do curso técnico. “O mercado turístico vem crescendo no Nordeste e é uma área que me atrai. Pretendo trabalhar como guia ou agente de turismo”, revela.
Os dois anos do curso técnico no Cefet ajudaram a estudante a entrar na universidade. “Lá, estudei muito história e geografia”, confessa. Segundo ela, que sempre estudou em escola particular, ter feito um curso profissionalizante público foi uma experiência gratificante: “Aqui no Cefet, os professores primam pela qualidade do ensino.” Existem no Brasil 144 Cefets com 230 mil matrículas em cursos iniciais, de educação continuada, técnicos e tecnológicos, de acordo com o último Censo da Educação, de 2003.
Universidade - Já para Leandro do Monte, 22 anos, que estuda economia na Universidade de Brasília (UnB), o diploma de uma universidade pública é melhor avaliado no mercado. “Há a questão do curso ser gratuito e dar chance de desenvolver pesquisa”, diz. Aluno do 4º semestre, Leandro cursou disciplinas diferentes da economia, conheceu outras áreas e pretende mudar para o curso de administração. “É mais uma vantagem da universidade pública. Fazer outras disciplinas numa faculdade privada ficaria muito caro”, diz. Segundo o Censo da Educação, há 3.887.771 matrículas no ensino superior.
Leandro e Liliane vão comemorar o Dia do Estudante, no próximo dia 11. “Apesar da data passar em branco em muitas escolas, acho legal o estudante ter uma data comemorativa”, considera Leandro. O Dia do Estudante é comemorado em 11 de agosto, data em que, em 1827, foram criados os dois primeiros cursos de Direito no Brasil: um em São Paulo e o outro em Olinda (PE).
Repórter: Flavia Nery