Área de saneamento terá programa de educação ambiental
O Ministério das Cidades pretende criar um programa de educação ambiental para o saneamento, destinado a estimular a participação da sociedade na gestão da infra-estrutura de esgoto, água, lixo e drenagem urbana. A idéia é conscientizar a população sobre a importância dos investimentos em saneamento básico.
Segundo Jane Fontana, técnica da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, a comunidade de uma região desconhece os benefícios sociais de uma obra de saneamento. “Com o programa, pretendemos criar uma espécie de educação ambiental para o saneamento”, explicou. Um exemplo prático citado por Jane é a situação de moradores do Lago Sul e do Lago Norte, em Brasília. Segundo ela, muitas casas utilizam poços artesianos, em vez da rede de água mantida pelo Governo do Distrito Federal. Isso pode prejudicar os lençóis freáticos da região. “Os moradores preferem não pagar pelo serviço de água fornecido pelo governo e continuam usando os poços artesianos, o que pode danificar o meio ambiente”, alertou.
Sistematização — Para elaborar o programa, o Ministério das Cidades selecionou 25 experiências bem-sucedidas em educação ambiental — cinco em cada região. Os projetos serão apresentados e debatidos numa série de cinco oficinas regionais. “A idéia é construir o programa a partir de experiências concretas e bem-sucedidas”, disse Jane.
Na primeira oficina, nesta quinta-feira, dia 3, e na sexta, 4, em Brasília, estarão reunidos os estados da região Centro-Oeste. Nos dias 10 e 11 próximos, o encontro será realizado em Belém, com os representantes da Região Norte. O Nordeste terá a oficina nos dias 18 e 19, em Teresina. A Região Sul, em 24 e 25 próximos, em Porto Alegre. O Sudeste, nos dias 30 e 31 de agosto e 1º de setembro, no Rio de Janeiro.
Um dos projetos em debate é o Ecovídeo Biblioteca, de Goiás. O trabalho foi elaborado em 2003, para desenvolver ações de educação ambiental junto às redes de ensino pública e privada, além de acompanhar os eventos do governo local. O projeto é composto por vídeos, livros, cartilhas, circo mambembe e palestras sobre ecologia e meio ambiente. Durante três anos e meio de atuação, atendeu mais de 150 mil estudantes e foi mostrado em seminários, feiras e congressos.
Flavia Nery