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Educação superior

Livro mostra ocupação da universidade por estudantes de origem popular

  • Terça-feira, 07 de novembro de 2006, 14h11
  • Última atualização em Terça-feira, 22 de maio de 2007, 11h11

As estatísticas sempre revelaram um contingente de jovens que esbarram nas dificuldades econômicas, sociais ou até mesmo nas barreiras físicas, como a distância dos centros de ensino, para chegar à universidade. Muito além dos números há o drama pessoal de cada aluno que, graças a iniciativas da comunidade – e, agora, ao apoio de programas do Ministério da Educação – superaram essas barreiras.

Estes depoimentos estão reunidos na coleção Caminhadas de Universitários de Origem Popular, lançado no 2º Seminário Conexões de Saberes, realizado na primeira semana de novembro, no Rio de Janeiro. Além da trajetória de vida dos bolsistas, os relatos tratam da representação dos espaços populares na universidade, práticas pedagógicas, juventude e políticas públicas.

O ingresso e a permanência de estudantes de origem popular (alunos de baixa renda oriundos de periferias, zonas rurais, comunidades ribeirinhas e líderes comunitários) na universidade pública é um dos desafios atuais da educação brasileira. Universitários de diferentes realidades apontam a defasagem de aprendizado no ensino fundamental e médio como principal obstáculo para o ingresso no ensino superior.

A estudante Marcelly Marques Pereira, 21 anos, estudante do terceiro período de Museologia, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), afirma freqüentar uma universidade pública somente porque recebe apoio do MEC, no valor de R$ 300, dentro do programa Conexões de Saberes. “Para mim, sempre foi complicado estudar”, confessa. Depois de estudar em escolas públicas, Marcelly só percebeu sua defasagem de ensino quando entrou em um pré-vestibular pago por uma ONG. “Descobri que não tive aulas de matemática e química durante todo o ensino médio”, diz.

Desafio – O maior desafio desses estudantes, segundo Marcelly, é a permanência na universidade. “Quando ingressei na universidade, descobri que tinha que escolher entre o almoço, a fotocópia do material e o transporte de casa para a universidade e tive que cursar poucas disciplinas para economizar com as cópias”, afirma.

No livro, a estudante conta que estava quase desistindo de continuar os estudos quando conheceu, há dois meses, o programa Conexões de Saberes, desenvolvido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC).

Karla Nonato

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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