Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Todas as notícias > MEC discute situação de estudantes no Japão
Início do conteúdo da página
Ações internacionais

MEC discute situação de estudantes no Japão

  • Sexta-feira, 24 de agosto de 2007, 15h17
  • Última atualização em Sexta-feira, 24 de agosto de 2007, 17h21

O governo brasileiro está empenhado em resolver a situação educacional de brasileiros que estudam no Japão. A Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Câmara de Deputados do Japão esteve reunida com o ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta sexta-feira, 24. A conversa reforçou a preocupação do Brasil com os filhos de trabalhadores brasileiros descendentes de japoneses residentes naquele país. Hoje, há 60 mil crianças e jovens brasileiros no Japão.

Em 2006, Haddad esteve no Japão para conhecer a realidade desses estudantes. “O problema deriva da falta de oportunidade educacional. Há interesse das empresas japonesas em manter o fluxo de brasileiros para o país. Por outro lado, os brasileiros querem aproveitar a oportunidade de emprego. Mas, esse interesse mútuo não está sendo acompanhado da preocupação com os filhos dos trabalhadores”, disse o ministro.

Há duas opções de estudo no Japão para brasileiros em idade escolar: o sistema público gratuito japonês e as escolas brasileiras do sistema privado. O acesso e permanência ainda são o problema. No caso do sistema japonês, a questão é de adaptação. O presidente da comissão japonesa, Keigo Masuya, lembrou que “muitas crianças deixam de estudar porque não se adaptam ao modelo pedagógico japonês, especialmente pelas dificuldades impostas pela língua”.

As escolas brasileiras encontram outra barreira, que aos poucos se desfaz: são consideradas meras empresas e não são reconhecidas como escolas pelo sistema japonês, o que dificulta a progressão dos estudos.

A partir de 2005, o MEC começou a validar os certificados dessas escolas e conseguiu que o Japão começasse a flexibilizar o sistema de reconhecimento. Mais de 50 escolas brasileiras receberam a validação do Conselho Nacional de Educação (CNE). A partir daí, o governo japonês reconheceu três escolas como miscellaneous schools: Escola  Brasileira  Professor Kawase, Escola Infantil Cantinho Brasileiro e Escola Fuji. Essa classificação integra a escola ao sistema privado japonês, isenta a instituição de vários impostos nacionais e regionais, habilita a receber subsídios públicos e os alunos têm direito ao passe para transporte escolar.

A mudança deve trazer ganhos de qualidade de ensino e mensalidades mais baixas nas escolas brasileiras, pela redução dos impostos. Mas, a principal vantagem, segundo o assessor internacional do MEC, Alessandro Candeas, é a oportunidade de progredir nos estudos. “A criança pode prosseguir os estudos em escolas japonesas ou voltar para o Brasil com a garantia de que seus créditos no Japão sejam reconhecidos aqui.”

Manoela Frade

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
X
Fim do conteúdo da página