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Ações internacionais

Líbano e Brasil: intercâmbio acadêmico

  • Segunda-feira, 27 de agosto de 2007, 10h31
  • Última atualização em Quarta-feira, 29 de agosto de 2007, 08h56

inistro da educação abre seminário sobre intercâmbio acadêmico entre Brasil e Líbano (Foto: Júlio César Paes)O Brasil é o país que mais recebe emigrantes libaneses no mundo. De acordo com a Confederação Nacional das Entidades Líbano-Brasileiras (Confelibra), o número de libaneses que saíram de seu país e vieram para o Brasil é estimado em sete milhões. “Os números são controversos, mas há historiadores que colocam o total de libaneses no Brasil como o dobro dos que estão no Líbano”, ressaltou Paulo Sarquis, presidente da Confelibra.

Apesar de a relação entre Líbano e Brasil ter mais de dois séculos, o intercâmbio acadêmico ainda está no início. Para consolidar a troca de experiências educacionais entre os países, foi iniciado nesta segunda-feira, 27, e vai até terça, 28, na Reitoria da Universidade de Brasília (UnB), o Seminário Acadêmico Brasil–Líbano. “Estamos construindo aqui uma plataforma de diálogo entre a educação brasileira e libanesa” , explicou a encarregada de negócios da Embaixada do Líbano, Joumane Khaddage.

De acordo com o embaixador Roberto Jaguaribe, subsecretário de assuntos políticos do Ministério das Relações Exteriores, o evento é histórico e transcende as esferas política e econômica. “O aporte da educação faz com que esse evento seja um marco da compreensão entre as nações do Líbano e do Brasil”, explicou.

Antropofagia — A capacidade da cultura brasileira digerir conteúdos de outras culturas, também chamada de antropofagia, esteve presente em todos os discursos que abriram o seminário. “A capacidade de digestão cultural do Brasil faz com que muitas vezes não reconheçamos os traços de outras culturas que carregamos”, afirmou Jaguaribe. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a interação entre as nações é tanta que já existe uma dificuldade em distinguir as culturas. “É difícil convencer um brasileiro de que a esfirra é libanesa e muitas vezes é difícil também convencê-lo que um libanês não é brasileiro”, destacou o ministro.

Segundo os participantes, é preciso estabelecer um contato direto entre as culturas e combater a intermediação estrangeira — quando, por exemplo, um brasileiro conhece sobre o Líbano por meio de um livro francês. “O que temos entre Brasil e Líbano é uma terceirização das compreensões e isso precisa ser quebrado”, disse Jaguaribe. Haddad também defendeu um intercâmbio maior entre as universidades. “Temos casos de brasileiros e libaneses que são pesquisadores de ponta e se encontram em universidades européias. Esse contato deve ser direto”, ressaltou.

Ana Guimarães

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