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Prêmio da paz

PDE e cotas sociais ajudaram Lula a ganhar prêmio da Unesco

  • Terça-feira, 07 de julho de 2009, 18h38
  • Última atualização em Terça-feira, 07 de julho de 2009, 18h50

Paris – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta terça-feira, 7, o prêmio da paz Felix Houphouët-Boigny de 2008, da Unesco. De acordo com o presidente de Portugal, Mario Soares, que representou no evento o presidente do júri, Henry Kissinger, o presidente Lula foi premiado “por suas ações em busca da paz, do diálogo, da democracia, da justiça social e igualdade de direitos, bem como por sua valiosa contribuição para a erradicação da pobreza e a proteção dos direitos das minorias”.


Para o diretor-geral da Unesco, Koïchiro Matsuura, o prêmio da paz foi agraciado ao presidente brasileiro “por trabalhar para a paz, o diálogo e a integração regional entre os países da América Latina”. Matsuura também fez questão de enfatizar a importância da criação de programas de Estado, como o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em 2007, e a implementação de cotas sociais e mecanismos de continuidade de estudos para afrodescendentes e menos favorecidos, para o reconhecimento do presidente Lula como agente da paz.


Em seu discurso, o presidente Lula descreveu diversos pontos da política internacional que precisam ser trabalhados em busca da paz mundial, mas enfatizou que “não haverá paz completa enquanto não forem combatidos problemas desde a raiz, como a fome, a desigualdade, o desemprego, além da intolerância étnica, racial, cultural e ideológica”. Sobre o cenário econômico mundial, o presidente afirmou que “em meu país, respondemos à crise com políticas sociais”, e completou: “Só é possível uma nação crescer e se desenvolver se educar seus filhos, e estiver em paz”.


O presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, premiado em 2005, deu um recado ao presidente Lula. “Este não é um prêmio para colocar no cartão de visitas. Uma vez premiado, você deve trabalhar pela paz todos os dias.” Wade destacou entre as ações do presidente Lula a criação do programa Fome Zero, e as ações para combater o analfabetismo. Ele também aproveitou a oportunidade para pedir ajuda mundial aos países da África como a Guiné-Bissau, “que não conseguirão resolver seus problemas sem a ajuda internacional”. Ele chamou a atenção também para um possível conflito iminente que esteja se desenhando entre o Chad e o Sudão.


Prêmio – O Felix Houphouët-Boigny foi criado em 1989 e é concedido a pessoas, instituições e organizações que contribuíram significativamente para a promoção, pesquisa, preservação ou manutenção da paz, seguindo os preceitos da Carta das Nações Unidas e da Constituição da Unesco. Já foram premiados nomes como Nelson Mandela, Rei Juan Carlos, da Espanha, o ex-presidente Americano Jimmy Carter, o presidente senegalês Abdoulaye Wade, o ex-presidente da Finlândia, Martti Ahtisaari, Yitzhak Rabin, Shimon Peres e Yasser Arafat. Segundo o secretário executivo do prêmio, Alioune Traoré, um terço dos vencedores do Felix Houphouët-Boigny ganharam também o Nobel da Paz.

Luciana Yonekawa

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