Programas impulsionam indústrias de ônibus
A produção nacional de ônibus vai ter um aumento de 22% para atender à demanda de ônibus escolares. De acordo com o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Ônibus (Fabus), José Antônio Martins, a produção deve saltar de 27 mil para 33 mil veículos/ano até o final de 2009.
O crescimento será impulsionado pelos programas Caminhos da Escola e Pró-Escolar que, juntos, destinarão R$ 600 milhões para a compra de ônibus escolares destinados ao transporte de alunos da zona rural. “A Marcopolo, a Comil, a Caio, todas terão que aumentar sua produção para atender a essa nova demanda”, garantiu Martins no lançamento dos programas Caminho da Escola e Pró-Escolar, na manhã desta terça-feira, no Palácio do Planalto em Brasília.
Para o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os novos programas de apoio ao transporte escolar irão trazer uma perspectiva de crescimento para a indústria nacional. “Se pensarmos que todos os prefeitos comprarão os veículos, e a cada sete anos renovarão sua frota, criaremos uma nova linha de produção de ônibus brasileira, especializada em transporte escolar”, ressaltou.
Exportação — No primeiro momento, o aumento da produção servirá apenas para atender a demanda interna, mas a intenção é que os investimentos possam alavancar a exportação de ônibus produzidos por indústrias brasileiras. “Tomara que vocês consigam exportar”, desejou o ministro da Educação, Fernando Haddad, dirigindo-se aos fabricantes de ônibus que fizeram uma exposição na Esplanada dos Ministérios.
O Caminho da Escola e o Pró-Escolar vão garantir R$ 600 milhões para a compra de veículos escolares padronizados e com certificação de segurança garantidos pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). O Caminho da Escola vai oferecer uma linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 300 milhões para estados e municípios adquirirem ônibus e embarcações para o transporte de alunos da zona rural.
Já o Pró-Escolar vai oferecer outros R$ 300 milhões para o setor privado comprar veículos escolares. A proposta do MEC é padronizar o transporte escolar no País, seja ele público ou privado.
Ana Guimarães e Flávia Nery
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