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Avaliação internacional

Resultado do Pisa de 2015 é tragédia para o futuro dos jovens brasileiros, afirma ministro

  • Terça-feira, 06 de dezembro de 2016, 17h42

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), com base nos resultados da avaliação de 2015, divulgados nesta terça-feira, 6, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), constatou que o Brasil está estacionado há dez anos entre os países com pior desempenho. O Pisa mediu o conhecimento dos estudantes de 72 países em leitura, ciências e matemática. Nas três áreas, a média dos estudantes brasileiros ficou abaixo da obtida pelos demais países.

Em matemática, o país apresentou a primeira queda desde 2003, início da série histórica da avaliação, e constatou que sete em cada dez alunos brasileiros, com idade entre 15 e 16 anos, estão abaixo do nível básico de conhecimento.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, lamentou os números. “Esse resultado é uma tragédia”, afirmou. “E confirma exatamente o diagnóstico que fizemos, desde o início da nossa gestão, de que, apesar de termos multiplicado por três o orçamento do Ministério da Educação, em termos reais, o desempenho ficou estagnado ou até retrocedeu, como é o caso específico de matemática.”

O ministro apontou quatro pontos que precisam ter prioridade para reverter esse quadro no país: alfabetização, formação de professor, Base Nacional Comum Curricular e reforma do ensino médio.

Os números foram apresentados na manhã desta terça-feira, 6, no Seminário do Pisa 2015, no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), em Brasília. O ministro anunciou medidas urgentes para reverter o quadro, especialmente dos alunos da educação básica que, segundo ele, sofrem com a má formação ainda na alfabetização e vão acumulando desempenho ruim ao longo da trajetória escolar. Mendonça Filho espera contar, já no início do ano que vem, com a nova Base Nacional Comum Curricular, que deve contemplar desde a educação infantil até o nono ano do ensino fundamental. “Queremos concluir essa base, pois ela vai possibilitar aos estados e, especialmente aos municípios, ter um foco do ponto de vista de conteúdo homogêneo, e ser mais efetivo no aprendizado das crianças do país”, afirmou.

Outra medida apontada por Mendonça Filho é a reforma do ensino médio, que corresponde exatamente à segunda parte da Base Nacional Comum Curricular. O ministro afirma que a prova do Pisa reforça a necessidade de mudança. “O novo desenho do ensino médio vai dialogar com as mudanças que estamos propondo e que, de certo modo, casam com o diagnóstico que está sendo feito”, disse o ministro. “E como boa parte da pesquisa feita pelo Pisa parte do ensino médio (quase 80%), significa que um número considerável de jovens foi avaliado e que, claramente, o desempenho do ensino médio em matemática, ciências e leitura foi muito baixo.”

Resultados — Os instrumentos do Pisa (testes e questionários) propiciaram três principais tipos de resultados: um perfil básico de conhecimentos e habilidades dos estudantes, como tais habilidades são relacionadas a variáveis demográficas, sociais, econômicas e educacionais, além das tendências que acompanham o desempenho dos estudantes e monitoram os sistemas educacionais ao longo do tempo.

No Brasil, a avaliação trienal de estudantes com idade entre 15 anos e três meses (completos) e 16 anos e dois meses (completos) no início do período de aplicação é responsabilidade do Inep.

Para a edição de 2015 foram selecionados estudantes das 27 unidades da Federação. Participaram 23.141 alunos de 841 escolas do Brasil que, pela primeira vez, fizeram uma aplicação totalmente computadorizada. O perfil típico do estudante brasileiro participante foi do sexo feminino (51,5%), matriculado no ensino médio (77,7%) de uma rede de ensino estadual (73,8%), localizada em área urbana (95,4%) e no interior (76,7%).

Cingapura foi o país que obteve as maiores notas e liderou o ranking nas três matérias. 

Assessoria de Comunicação Social

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