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  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, dia 2, que o apoio a itens como moradia, alimentação e transporte dos estudantes universitários deve ser ampliado em razão do aumento das oportunidades de acesso à educação superior. Ele lembrou que em seis anos o número de vagas de ingresso nas universidades federais dobrou — de 113 mil para 227 mil.


    “Com o novo modelo de vestibular que estamos propondo, mais jovens de baixa renda vão ingressar nas universidades. Agora, os brasileiros de qualquer estado vão concorrer a 227 mil vagas”, disse o ministro. Pela proposta de novo vestibular, o aluno deve fazer uma prova que valha para qualquer instituição que tenha aderido ao modelo.


    De acordo com Haddad, a questão da assistência estudantil será discutida na próxima segunda-feira, dia 6, em reunião entre representantes do Ministério da Educação e da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). “Temos de garantir que o aluno ingresse, mas permaneça na universidade”, justificou. A proposta técnica do novo vestibular foi enviada à Andifes em 30 de março para análise dos reitores.


    Novo Enem — Com a substituição do modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o MEC pretende aliar o tipo das questões aplicadas atualmente no exame a uma abrangência maior de conteúdo. Assim, o aluno exercerá melhor a capacidade de raciocínio e de solução de problemas e dependerá menos da memorização.


    “Mesmo a pessoa mais bem preparada teme o vestibular nos moldes de hoje, por causa da pegadinha e do ‘branco’ que dá”, ressaltou o ministro. “A pessoa ficou menos inteligente porque deu branco? Não. Às vezes, a exigência da memorização é tamanha que o estado emocional do aluno acaba prejudicando seu desempenho.”


    Segundo Haddad, o modelo proposto vai melhorar a qualidade da seleção, garantir a mobilidade e a democratização do acesso, já que o exame será unificado, e evitar que o aluno veja o vestibular como um pesadelo. Ele vai poder fazer mais de uma prova ao longo do ano e concorrer à vaga que deseja com a melhor nota obtida.


    O destaque da proposta, para o ministro, é a possibilidade de orientação para a reorganização curricular do ensino médio. “Hoje, alguns colégios se veem obrigados a se transfomar em cursinho de três anos porque a decoreba é muito forte no vestibular”, afirmou. “O aluno tem de memorizar um conhecimento enciclopédico que, na maioria dos casos, não vai utilizar ao longo da vida e não amplia sua capacidade de raciocínio. Faz muita diferença a maneira de perguntar.”

    Letícia Tancredi


    Ouça a entrevista do ministro à Rádio Gaúcha.

    Saiba mais sobre o novo Enem


  • A rotina dos alunos do Centro de Ensino Médio 1 de Brazlândia, no Distrito Federal, é uma verdadeira maratona do conhecimento. São aulas regulares, plantões de dúvidas, oficinas de redação e dedicação integral dos participantes. Toda a comunidade escolar está em torno de um objetivo comum: o acesso à educação superior. A realidade dessa instituição é o tema de Educação no Ar, programa produzido pela TV MEC e exibido às 9h50 pela NBR.

    Para além do conteúdo regular, o Centro de Ensino Médio 1 investe na autoestima dos estudantes. Com esse empenho e os diferenciais, a escola, que é da rede pública, tem contabilizado muitas aprovações na Universidade de Brasília (UnB) – só no início deste ano, foram 60.

    “Muitos alunos vinham conversar comigo, traziam situações, e eu ia respondendo a um por um”, conta o professor Diego Martins. “Eu costumava sempre deixar meu período da tarde, horário de coordenação, para atender aos alunos. Alguns faziam cursinho e vinham aqui perguntar. Então, é sempre trazendo, e sempre incentivando. ”

    Assim como Diego, os demais professores estão sempre se atualizando para oferecer a melhor formação aos jovens. Com isso, a qualidade do ensino se aprimora. “Eu falo com toda a propriedade: a aula que dou para esses meninos aqui vai ser a mesma seu for lecionar num cursinho ou numa escola particular, pois que eles merecem”, afirma a professora Waleska Carvalho.

    Projetos – O diretor da escola, Vinícius Ribeiro, explica que os bons resultados se devem a vários projetos implantados ao mesmo tempo. Os alunos têm aulas semanais de matemática, química, física e biologia e, a cada 15 dias, os professores frequentam aulas experimentais. Também foi implantado o sistema de cadernos por áreas: humanas, exatas e códigos.

    “Quando fazemos esses cadernos, selecionamos as questões similares a provas de vestibulares e ao Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]”, conta Vinícius. “Durante os três anos, o aluno entra no ritmo. Quando vai fazer a prova [do vestibular], já tem certa experiência”.

    O diretor reforça que a escola sempre alcançou bons índices de aprovação em vestibulares, situação que melhorou com instituição de cotas para estudantes de escola pública. Em 2016, foram aprovados 15 alunos em primeira chamada, em um total de 24 ao longo do ano. Em 2017, 23 alunos em primeira chamada e 60, no total, conquistaram uma vaga na universidade.

    “Se tem algum tempo ocioso, a gente está sempre tentando implantar um novo projeto para tentar melhorar a cada vez, porque, além de aprovar no vestibular, a escola tem função social”, ressalta Vinícius. “A gente vai ensinar para o aluno o que é cidadania. É preciso mostrar o dia a dia da sociedade para o aluno.”

    O perfil dos estudantes é bastante diversificado, variando de filhos de comerciantes a servidores públicos e produtores rurais familiares, já que a cidade tem grande parte localizada em área rural. Muitos deles não conseguiam sequer se imaginar no universo do ensino superior, como relata Lamara Gabriela, aprovada em agronomia: “Eu praticamente vivia aqui dentro, vivia na escola. Eu tinha duas casas, a minha e a escola. Foi uma luta que eu achei que não ia conseguir vencer, porque a gente nunca acha que vai passar na UnB. ”

    Assim como Lamara, vários outros estudantes se dedicaram à causa e, com o reforço dos professores, venceram essa limitação. Nada disso seria possível, garante o diretor, sem o apoio da comunidade escolar. “Todo mundo gosta muito da escola e luta por ela”, conclui. O que não falta, enfim, é interação entre estudantes e professores. E isso faz a diferença.

    Confira aqui mais horários para assistir ao programa Educação no Ar.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estratégia de Ângelo Thomaz foi abandonar o celular em troca do sonho de passar no vestibular (Arte: ACS/MEC)Em troca de um sonho, o estudante Ângelo Thomaz Duarte Cavalcante, de Suzano (SP), ficou longe do celular e abandonou as redes sociais por um ano. A estratégia foi usada para se preparar para o vestibular e o resultado superou as expectativas do próprio Ângelo, que, aos 20 anos, foi aprovado em nove universidades, entre elas a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para um dos cursos mais concorrido, o de medicina.

    “Eu via que as pessoas estudavam 10 minutos, paravam e olhavam o celular. Mais 10 minutos e paravam e olhavam o celular. E ficava nisso por horas e acabava não entrando nunca num estado em que ela pudesse aprender realmente conteúdo. Então, acho que isso foi determinante porque me ajudou a ter a concentração muito maior do que todo mundo”, comentou. O caminho escolhido fez com que o tempo rendesse mais; ainda assim, foi necessária muita determinação para dar conta da estratégia.

    Ângelo concluiu o ensino médio na Escola Técnica Estadual Presidente Vargas, de Mogi das Cruzes. Reconhece que nunca foi “muito de estudar”. No entanto, ao decidir por medicina, viu que precisava “correr atrás do prejuízo”. Após nove aprovações, dá a dica de como recuperar o tempo: “Você tem que ter uma estratégia boa de estudo, ter um material bom, enfim, martelar e dar tudo de si, que uma hora vai. Não existe um segredo, é mais uma questão de hábitos que você acaba construindo”, afirmou.

    A escolha de Cavalcante foi pela USP. Além dessa universidade e da Unicamp, o jovem foi aprovado na Universidade Federal de Goiás (UFG), na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, na PUC de Campinas, na Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e na Anhembi Morumbi.

    Estratégia – Para o enfrentamento das provas, Ângelo Cavalcante revela que a outra mudança decisiva diz respeito aos horários. Também aí adotou estratégias mais rígidas. “Eu acordava às 6h30 e ia para o cursinho. Chegava em casa, almoçava, fazia o que tinha que fazer, dava um tempinho de descanso e às 15h começava a estudar até as 11h da noite. Era o dia inteiro, praticamente. Isso de segunda a sábado. No domingo eu estudava umas cinco horas”.

    Feliz com o resultado, ele comemora a nova fase e admite a retomada de velhos hábitos. “Ainda estou estudando bastante porque a faculdade é bem rígida, mas estou num nível bem mais equilibrado. Com o celular de novo, com rede social. A minha vida está muito mais equilibrada.”

    Ângelo Cavalcante pretende ser cirurgião. Para ele, abrir mão das baladas, do celular e das redes sociais valeu muito a pena. Depois desta experiência, ele diz que é possível alcançar todo e qualquer objetivo, desde que haja disciplina e dedicação.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Haddad apresenta novo modelo de ingresso ao ensino superiorUm novo modelo de ingresso às instituições de ensino superior foi apresentado nesta terça-feira, 31, pelo ministro da educação, Fernando Haddad, em entrevista coletiva em Brasília. A proposta, já encaminhada à Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), pretende substituir os atuais vestibulares por uma avaliação única, a partir da reestruturação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a fim de estimular a capacidade crítica dos alunos e a conseqüente reorientação dos currículos do ensino médio.

    “Hoje o vestibular desorienta mais do que orienta a organização curricular do ensino médio”, disse Haddad. Segundo o ministro, os atuais processos seletivos privilegiam a memorização excessiva de conteúdos e tornam a passagem da educação básica para a superior “estressante e traumática”.

    Entre as vantagens do novo modelo, segundo o ministro, estão a possibilidade de descentralizar os exames seletivos, democratizar o acesso a todas as universidades; aumentar a mobilidade estudantil; além de reorientar o currículo do ensino médio para que o aluno passe a compreender e analisar mais profundamente o conteúdo estudado.

    Com a prova única, o candidato poderia usar sua nota para concorrer a vagas em todas as universidades que aderirem ao sistema. A intenção é evitar que apenas os estudantes com mais alto poder aquisitivo possam concorrer a mais vagas e, assim, democratizar o acesso a todas as instituições, além de aumentar a mobilidade acadêmica, permitindo que instituições longe dos grandes centros também recebam alunos com alto grau de proficiência.

    Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelam que apenas 0,04% dos estudantes matriculados no primeiro ano do ensino superior vêm de regiões diferentes de onde estudam. “Em países desenvolvidos, esse número é bem mais expressivo”, afirmou Haddad. Nos Estados Unidos, chega a 20%.

    A nova prova – A proposta do Inep é reformular o Enem para que o exame possa ser comparável no tempo e abranja todo o currículo do ensino médio. O objetivo é aplicar quatro grupos de provas diferentes em cada processo seletivo, além de redação. O novo exame seria composto por testes de cada área do conhecimento, assim estruturadas: linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação); ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; matemáticas e suas tecnologias. Cada grupo de testes seria composto por 50 itens de múltipla escolha aplicados em dois dias: cem itens a cada dia.

    Os estudantes poderão concorrer com a nota de uma única prova em processos seletivos de instituições diferentes, inclusive em anos diferentes porque o teste poderá ser comparado ao longo do tempo.

    O ministro explicou que a adesão de uma universidade ao novo modelo não inibe que a instituição use outros instrumentos de ingresso, como os que levam em conta as políticas afirmativas ou nos moldes do Programa de Avaliação Seriada (PAS) aplicado pela Universidade de Brasília. A proposta também não inviabiliza que as instituições complementem o processo seletivo com provas específicas. “Isso é muito comum em cursos como arquitetura e medicina”, exemplificou Haddad.

    O ministro adiantou que o Inep tem condições de reformular o Enem ainda este ano. “Vamos atender os reitores sob encomenda”, enfatizou. O cronograma de aplicação do novo processo seletivo dependerá da resposta dos reitores à proposta. Na próxima terça-feira, 7, os dirigentes universitários devem se manifestar sobre o assunto. As instituições de ensino superior privadas e estaduais também podem aderir ao sistema.

    Conheça a proposta.

    Assista à entrevista: parte1   parte 2

    Maria Clara Machado
  • Dez cursos de pedagogia que estavam sob supervisão do Ministério da Educação terão de suspender o ingresso de alunos por meio de vestibular ou outros processos seletivos. A decisão consta de medida cautelar administrativa da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, em vigor a partir desta segunda-feira, 14.

    A medida vale para os cursos que já estavam sob supervisão do MEC por terem obtido resultados insatisfatórios no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2005 e que apresentaram resultados 1 ou 2 no conceito preliminar de curso (CPC) e no indicador de diferença entre desempenhos observado e esperado (IDD) de 2008. Além disso, os dez cursos voltaram a obter conceito inferior a 3 no Enade de 2008. Os resultados foram divulgados na última semana pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

    A medida cautelar abrange as Faculdades Integradas Diamantino (MT); Faculdade de Jandaia do Sul (PR); Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Carlos Queiroz e Faculdade de Ilha Solteira (SP); Faculdades Integradas de Naviraí, Faculdades Integradas de Cassilândia e Faculdades Integradas de Paranaíba (MS); Faculdade Jesus, Maria, José e Faculdades Integradas da Terra de Brasília (DF) e Instituto de Ciências Sociais e Humanas (GO).

    A medida cautelar da Sesu foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira 14.
  • Os membros da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o ministro da Educação, Fernando Haddad, definiram nesta sexta-feira, 17, quatro formas de adesão das instituições ao novo Enem. A proposta originaldo Ministério da Educação, encaminhada na semana passada à Andifes, previa duas formas de participação das universidades ao modelo seletivo unificado, em substituição aos atuais vestibulares.


    “Foram definidas possibilidades mais flexíveis de participação, com respeito às tradições de cada instituição”, disse o ministro. Cada uma das 55 universidades federais poderá escolher de que maneira utilizará o novo Enem em seu processo seletivo. Há quatro possibilidades: o Enem como fase única; como primeira fase; como fase única para as vagas ociosas, após o vestibular; ou combinado ao atual vestibular da instituição. Neste último caso, a universidade definirá o percentual da nota do Enem a ser utilizado para a construção de uma média junto com a nota da prova do vestibular.


    MEC e reitores definem quatro formas de adesão ao novo Enem (Foto: Júlio César Paes)Originalmente, o MEC havia apresentado a possibilidade de as instituições utilizarem o Enem como fase única ou como primeira fase de seus processos seletivos. “O que queremos é a participação de todas a alguma das quatro formas, para começar a reestruturar o currículo do ensino médio”, disse Haddad. Qualquer forma de adesão, na visão do ministro, impactará positivamente na reformulação do ensino médio, a fim de despertar a capacidade de raciocínio crítico e analítico dos jovens.


    As instituições poderão mudar a forma de adesão ao novo Enem de um ano para o outro ou usar o modelo de maneira variada por curso. Por exemplo, a mesma universidade poderá usar o Enem como fase única para a oferta de vagas de ingresso à maioria dos cursos e como primeira fase para cursos que exijam provas de aptidão.


    “Percebo claramente o desejo das universidades em participar do processo”, disse o presidente da Andifes, reitor Amaro Lins (UFPE). De acordo com o ministro, nas próximas semanas, o MEC responderá a todas as dúvidas dos reitores sobre detalhes do novo modelo.


    Além da definição das formas de adesão ao novo modelo de ingresso nas universidades, também foi instalado o comitê de governança do novo Enem. “Será um comitê misto com a participação de reitores e de secretários estaduais que tenham ligação com o ensino médio em seus estados”, explicou Haddad. O comitê será responsável por acompanhar a elaboração da prova e seu impacto no currículo do ensino médio.

    Maria Clara Machado
    Reportagem TVMEC: Rodrigo Lins





    Confira a reportagem da TV MEC
    Ouça a entrevista do ministro Fernando Haddad.
  • Em entrevista à rádio BandNews, nesta terça-feira, 17, o ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu mudanças nos processos seletivos de ingresso nas universidades federais. Para Haddad, os vestibulares, como estão propostos hoje, privilegiam a memorização, em detrimento da capacidade de análise crítica dos estudantes.

    Ministro defende novo modelo para vestibular e propõe testá-lo em 2010“O vestibular nos moldes de hoje produz efeitos deletérios sobre o currículo do ensino médio, que está cada vez mais voltado para a decoreba”, enfatizou Haddad. A proposta do ministro é testar um novo modelo de seleção, em 2010, em que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja usado como primeira fase para as instituições federais. “A segunda fase seria mais voltada para áreas específicas, mas com perguntas que julguem a capacidade analítica dos estudantes.”

    O ministro defende um modelo único de exame, válido para as universidades que aderirem ao projeto. Segundo Haddad, a maioria das instituições de ensino superior federais percebe que os atuais vestibulares não avaliam a formação analítica dos candidatos, mas apenas a capacidade de decorar fórmulas.

    A mudança nos processos seletivos, na visão do ministro, refletirá positivamente na qualidade do ensino médio. “Se nós não alterarmos isso, sinalizando para o ensino médio que queremos outro tipo de formação, mais voltada para a solução de problemas, vamos continuar reproduzindo conhecimento que não ajuda o Brasil a se desenvolver”, disse.

    Na entrevista, o ministro ainda tratou da questão do trote violento e dos critérios de seleção do livro didático.

    Maria Clara Machado
  • Um novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode substituir os vestibulares das universidades. Essa é a proposta apresentada nesta quarta-feira, 25, pelo Ministério da Educação à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). A intenção é que a prova ajude a reorganizar o currículo do ensino médio e permita maior mobilidade dos estudantes pelas universidades em todo o território nacional, por causa do modelo unificado de avaliação.

    De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, a prova deverá ser mais voltada para a investigação e não para a memorização, para avaliar a capacidade analítica e o raciocínio do aluno, diferente dos vestibulares atuais. “Hoje, é muito traumática a passagem da educação básica para a educação superior. Se não revermos essa transição, não alcançaremos o padrão de qualidade na educação que queremos”, salientou o ministro.

    A proposta é combinar as virtudes do vestibular clássico – a abrangência de conteúdo, por exemplo – com as do atual Enem, como o modelo de questões. A nova prova poderá substituir, também, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) para ingressantes e o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). O modelo de processo seletivo unificado será por adesão e poderão participar tanto instituições públicas quanto privadas.

    Os benefícios da nova avaliação, segundo Haddad, vão além da eficiência do processo seletivo de ingresso nas universidades. A prova vai permitir a organização o currículo do ensino médio, a desoneração do aluno de ter que fazer várias provas de vestibular e a avaliação do desenvolvimento, tanto das instituições de ensino médio quanto das de ensino superior, já que a prova vai ser comparável ao longo do tempo.

    Para o ministro, a ação faz parte do processo de reforma do ensino médio. Haddad lembrou que outras medidas de reestruturação dessa etapa já foram tomadas ou estão em curso, como a inclusão do ensino médio no Fundeb e nos programas do livro didático, da merenda e do transporte escolar; o programa Brasil Profissionalizado – integração do ensino médio com a educação profissional – e a própria expansão da rede de ensino.

    A formalização da proposta do novo vestibular será encaminhada para a Andifes até a próxima segunda-feira, 30. A partir daí, os reitores poderão debater o assunto e incluir sugestões. “Dependendo da decisão dos reitores, e se ela for rápida, a prova já poderá ser aplicada este ano, para ingresso em 2010. O MEC está tecnicamente preparado para isso”, afirmou Haddad.

    Letícia Tancredi

    Reporter TV Mec: Rodrigo Lins

    Ouça a entrevista do ministro Fernando Haddad

    Confira a entrevista do ministro Fernando Haddad
     
  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, participou do programa de televisão MTV Debate na terça-feira, 14. Haddad explicou sobre a proposta do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que vai substituir o vestibular atual nas universidades que aderirem ao Sistema de Seleção Unificada. O ministro ouviu as opiniões de jovens sobre o tema e tirou dúvidas sobre o novo modelo de processo seletivo. Confira:

    Bloco 1




    Bloco 2



    Bloco 3



    Bloco 4

  • Com provas baseadas mais no raciocínio lógico e menos na memorização, o novo Enem vai democratizar as oportunidades de acesso a vaga na educação superior pública (Foto: Júlio César Paes)Das 55 universidades federais, 42 já decidiram usar o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em seus processos seletivos deste ano e do próximo. O prazo de inscrições para o exame de outubro começou na segunda-feira, dia 15, e vai até 17 de julho. Os institutos federais de educação, ciência e tecnologia também usarão as notas do Enem na seleção de estudantes.


    Ainda em fase de criação, as universidades federais da Integração Latino-Americana (Unila), da Integração Amazônica (Uniam), Luso-Afro-Brasileira (Unilab) e da Fronteira Sul (UFFS) também adotarão o exame para o ingresso dos estudantes, assim que se tornarem realidade — os projetos de lei de instalação tramitam no Congresso Nacional.


    Cada universidade optou por uma entre quatro possibilidades de adoção do novo Enem no processo seletivo — como fase única; como primeira fase; em combinação com o vestibular ou como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.


    Com provas baseadas mais no raciocínio lógico e menos na memorização, o novo processo pretende democratizar as oportunidades de acesso às vagas na educação superior federal, possibilitar a mobilidade acadêmica — intercâmbio de estudantes e professores entre universidades — e estimular a reestruturação dos currículos do ensino médio.


    Os estudantes interessados em participar do exame deste ano devem fazer a inscrição na página eletrônica do Enem. A taxa é de R$ 35, com isenção para alunos de escolas públicas e estudantes que comprovem renda insuficiente.

    Assessoria de Comunicação Social

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    Sistema de acesso recebe 746,5 mil visitas e 500 mil inscrições

  • Proposta do novo formato para exames chegará aos reitores nesta segunda (Foto: Júlio César Paes)O Ministério da Educação entrega nesta segunda-feira, 30, à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília, uma proposta de substituição do vestibular das universidades. O documento é para análise e discussão da entidade, que reúne os 55 reitores das universidades federais.

    Nesta semana, os reitores receberam do ministro da Educação, Fernando Haddad, informações preliminares sobre a mudança sugerida pelo MEC. O objetivo é que a prova, nos moldes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), seja aplicada num único dia em todo o território nacional, atendendo todas as instituições de ensino superior que aderirem ao novo vestibular.

    A iniciativa pretende que a prova ajude a reorganizar o currículo do ensino médio, permita maior mobilidade de estudantes entre as universidades e que o benefício seja estendido a instituições públicas e privadas, mediante adesão. O novo exame deve exigir dos candidatos mais análise e raciocínio, ao contrário da memorização exigida no modelo de vestibular aplicado hoje.

    A proposta do ministério é que a prova combine as virtudes do vestibular clássico, tal como a abrangência de conteúdos, com o modelo de questões do Enem, que privilegia a análise.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Os reitores das 55 universidades federais brasileiras manifestaram apoio à iniciativa do MEC de substituir o atual vestibular por uma nova versão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em longa reunião com o ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta segunda-feira, 6, na sede da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília, os reitores debateram a proposta e tiraram dúvidas quanto aos aspectos técnicos da seleção.


    Na reunião, ficou acertado que um comitê gestor formado por reitores e secretários estaduais de educação de cada região do país irá acompanhar a elaboração da nova prova e o impacto no ensino médio público. “Como a idéia é reestruturar o currículo do ensino médio, se valendo do processo seletivo, o comitê será criado para que o modelo da primeira prova possa ser aperfeiçoado com o tempo”, explicou Haddad.


    Outros temas abordados no encontro foram a mobilidade dos estudantes e seu impacto no desenvolvimento regional – já que farão um único teste para concorrer a qualquer curso de qualquer instituição que aderir ao modelo – e a questão das peculiaridades de cada seleção em relação às cotas ou avaliações seriadas. Segundo o ministro, não há impedimento para que as universidades que apliquem políticas afirmativas ou a avaliação seriada mantenham os modelos.


    Alguns reitores perguntaram sobre os processos seletivos que hoje são feitos em duas fases, principalmente, para os cursos mais concorridos. Haddad explicou que, se a universidade se valer apenas do Enem como processo seletivo, a mudança no vestibular poderá ocorrer ainda este ano. Para os que querem implementar a segunda fase – a ser elaborada pela própria instituição –, provavelmente só no ano que vem.


    O ministro informou que o MEC vai redigir um termo de referência operacional, documento técnico para explicitar detalhes da seleção, e entregar aos reitores até quarta-feira, 8, a fim de que eles debatam e façam suas escolhas.

    Letícia Tancredi

  • Os candidatos inscritos na segunda etapa do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) já podem consultar o resultado. Do total de inscritos, 29.090 candidatos foram selecionados e têm o prazo de 23 a 26 de fevereiro para efetuar a matrícula nas universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Entre os dias 15 e 20 de fevereiro, 550.972 estudantes se inscreveram para as vagas oferecidas na segunda etapa da seleção unificada.


    Resultado– No sítio do Sisu, é possível consultar o resultado pesquisando por unidade federativa, instituição de ensino, campus e curso. Como resultado da busca, será exibida a lista dos classificados com identificação do nome e número de inscrição do candidato no Enem.


    Os candidatos inscritos poderão acessar o sistema, a partir de segunda-feira, 22, informando o número de inscrição no Enem e a senha cadastrada no Sisu, para consultar sua nota final após a ponderação dos pesos atribuídos pelas instituições e saber como foi feito o cálculo. Além disso, o aluno saberá sua classificação no curso escolhido e os documentos exigidos pela instituição para que seja efetuada a matrícula.


    Etapa complementar – A ocupação da vaga só é confirmada após a realização da matrícula na instituição. As vagas não ocupadas serão ofertadas novamente em uma etapa complementar de inscrições, que vai de 1º a 3 de março. Os candidatos não selecionados na primeira e segunda etapas poderão se inscrever novamente na etapa complementar, assim como aqueles que ainda não se inscreveram no Sisu.


    Participam da primeira edição da seleção unificada 23 universidades e 26 institutos federais. Além das instituições federais, a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e a Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE também participam do Sisu.

    Assessoria de Comunicação Social


    Acesse a lista de aprovados.

    Confira o número de aprovados por UF
    Confira o número de aprovados por curso/instituição

  • A Universidade Federal do Paraná (UFPR) abre na segunda-feira, 24, as inscrições para a próxima edição do vestibular. O processo seletivo para 2010 prevê oferta maior de vagas em relação a este ano e dois novos cursos, os de biomedicina e de ciências biológicas, com ênfase em gestão ambiental. O período de inscrições estende-se até 30 de setembro.

    Com as duas novas graduações, a UFPR passa a oferecer 5.334 vagas, em 91 cursos — foram 5.204 no processo seletivo anterior, com 21 opções de cursos. A ampliação do acesso é uma preocupação constante da universidade. Hoje, aproximadamente 40% das vagas são oferecidas em cursos noturnos. A novidade na seleção é a utilização do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que representará 10% do valor final da nota do processo seletivo.

    O edital que regulamenta o vestibular está disponível na página eletrônica da UFPR.

    Assessoria de Imprensa da Sesu
  • As universidades federais têm prazo até 8 de maio para informar ao Ministério da Educação sua forma de participação no novo Enem. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 27, pela secretária de educação superior, Maria Paula Dallari Bucci, durante o seminário Acesso à universidade pública, gratuita e de qualidade, realizado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília.

    O Ministério prevê a aplicação do exame em todo o país no início de outubro. Para isso, espera que todas as instituições federais de ensino superior façam sua opção, caso participem do modelo, até o dia 8. A intenção é construir um mapa das universidades participantes para organizar a aplicação da prova.

    Proposto pelo ministério como forma de acesso ao ensino superior, em substituição aos atuais vestibulares, o novo Enem foi discutido com membros da Andifes e sua forma de utilização, reformulada. Atualmente, as universidades que decidirem usá-lo terão quatro possibilidades: o Enem como fase única; como primeira fase; como fase única para as vagas remanescentes do vestibular; ou combinado ao atual vestibular da instituição. Neste último caso, a universidade definirá o percentual da nota do Enem a ser utilizado para a construção de uma média junto com a nota da prova do vestibular.

    Cada uma das 55 universidades federais poderá escolher de que maneira utilizará o novo Enem em seu processo seletivo. As instituições poderão mudar a forma de utilização do exame de um ano para o outro ou optar por mais de um modo de participação, de acordo com o curso pretendido pelo candidato. Por exemplo, a mesma universidade poderá usar o Enem como única possibilidade de ingresso à maioria dos cursos e como primeira fase para cursos que exijam provas de aptidão.

    O seminário Acesso à universidade pública, gratuita e de qualidade reúne até terça-feira, 28, no Hotel Nacional, em Brasília, dirigentes universitários, pró-reitores de graduação e membros de comissões permanentes de vestibular.

    Maria Clara Machado

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    Fundação Universidade Federal de Viçosa 

    Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

    Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

    Universidade Federal de Itajubá

    Universidade Federal de Alfenas

    Universidade Federal do Triângulo Mineiro

    Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

    Fundação Universidade Federal de São João Del Rei

     

    Sul

     

    Fundação Universidade Federal do Rio Grande 

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    Universidade Federal de Santa Catarina

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    Fundação Universidade Federal de Pelotas

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    Fundação Universidade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre

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