Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
  • Cerca de 20 especialistas de vários países estão reunidos desde esta quarta-feira, 27, até a próxima sexta, 29, para discutir o conteúdo do nono volume da coleção História Geral da África, cujo tema será a diáspora africana. A coleção foi editada em português pela Unesco e financiada pelo Ministério da Educação, com a coordenação técnica da Universidade de São Carlos (UFSCar), de São Paulo, que está sediando o encontro.

    O nono volume da História Geral da África tem por objetivo atualizar a coleção, já que os oito volumes anteriores abrangeram os períodos da pré-história até a década de 1980. A nova publicação contemplará as recentes descobertas científicas, teorias, dados e conceitos sobre o passado e o presente da África e de sua diáspora.

    A coleção, com quase 10 mil páginas, foi construída ao longo de 30 anos por 350 pesquisadores, coordenados por um comitê científico composto por 39 especialistas, dois terços deles africanos. A obra serviu de subsídio à produção de material didático para as escolas de ensino fundamental e médio brasileiras, integrando uma série de iniciativas do MEC para enriquecer a formação de professores e o currículo dos estudantes, conforme estabelecido pela Lei 10.639/2003, que prevê o ensino da história e da cultura afro-brasileira nas instituições de educação básica.

    Assessoria de Comunicação Social

    Faça o download gratuito da Coleção História Geral da África em português

  • A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) conclui neste sábado, dia 14, no campus do município de Jequié, a seleção dos candidatos ao curso de pós-graduação em relações étnico-raciais, história da África e cultura afro-brasileira. Dos 75 inscritos, a instituição vai escolher 50, com base no currículo, no projeto de pesquisa do candidato e na entrevista com a equipe de seleção. As aulas começam em 21 de março.

     

    A formação atende os requisitos e as diretrizes da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro 2003, que incluiu o estudo étnico-racial no currículo da educação básica. O curso da Uesb é uma especialização de 360 horas em antropologia, com ênfase na cultura afro-brasileira.

     

    De acordo com a coordenadora do projeto, Marise de Santana, professores e policiais do município, de cidades próximas e de outros estados concorrem às vagas. Segundo Marise, o aumento da procura de policiais pelo curso significa mudança de postura e abertura de oportunidades de trabalho na corporação. Com pós-graduação, eles também podem ensinar nos cursos internos de formação.

     

    No caso dos professores, têm prioridade na seleção os que lecionam nas redes públicas de estados e municípios que pediram a formação em história da África e cultura afro-brasileira nos planos de ações articuladas (PAR). A pós-graduação da Uesb é financiada pelo Ministério da Educação e gratuita para os alunos.

     

    Com quatro módulos presenciais e duração de 12 meses, o curso será ministrado uma vez por mês, de quinta-feira a domingo, em Jequié. No restante da semana, professores pesquisadores da universidade acompanharão os alunos na elaboração da monografia, que será apresentada ao fim da formação. O currículo compreende disciplinas como antropologia das populações de origem africana, história e cultura africana e afro-brasileira e diversidade lingüística.

     

    Os selecionados assumem o compromisso de prestar oito horas de trabalho mensais no Odeere, órgão de educação e relações étnicas da Uesb. A atividade, segundo Marise, será desenvolvida na comunidade de Pau Ferro, na periferia do município, ou no projeto Erê, que atende e orienta estudantes e comunidades sobre questões étnicas e história da África.

     

    Formação— Em 2008, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) selecionou, por edital, 25 instituições públicas de educação superior para a formação, com aperfeiçoamento ou especialização, em história da África e relações étnico-raciais. Outras duas universidades foram escolhidas para a produção de materiais didático-pedagógicos. O investimento nos cursos de formação é de R$ 3,6 milhões, distribuídos entre as instituições, em valores que vão de R$ 100 mil a R$ 150 mil, repassados pelo Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro).

     

    Ionice Lorenzoni

  • O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) concluiu a tradução e atualização ortográfica dos oito volumes da coleção História Geral da África. As obras constituem material de referência que serão usados nos cursos de formação de professores em História da África e relações etnicorraciais e em cursos de graduação, especialmente nas licenciaturas e pedagogia.

    A coleção é reconhecida como a principal obra de referência internacional sobre o continente africano, informa o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFSCar, Valter Silvério. Foi publicada pela primeira vez no final da década de 1980, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

    Agora, explica Silvério, a coleção será publicada pelo MEC e distribuída para os centros de formação de professores da educação básica das universidades e para pesquisa em bibliotecas. A expectativa de Silvério é que o MEC publique a coleção em novembro deste ano.

    Durante dois anos, a pedido do Ministério da Educação, a UFSCar coordenou a atualização ortográfica dos volumes da coleção já traduzidos pela Unesco: Metodologia e Pré-História, Antiga Civilização, África dos Séculos XII a XVI e A Dominação Colonial de 1880 a 1935.

    No mesmo período, contratou tradutores da língua francesa para o português, que trabalharam nos outros quatro livros: África do século VII ao XI, África dos séculos XVI ao XVIII, África dos séculos XIX a 1880, e África de 1935 em diante, que é o oitavo volume.

    Na avaliação do professor Valter Silvério, a coleção vai ajudar a suprir uma lacuna em nossa formação sobre o legado africano. A dimensão dos conteúdos, diz, vai além da história européia. “Abrange a história mundial dos povos originários”. Atende, ainda, a questão política atual de aproximação e aprofundamento do diálogo Sul-Sul, do estreitamento das relações do Brasil com o continente africano, além de ser útil para os países da África portuguesa.

    Histórias cruzadas
    – A Universidade Federal de São Carlos também desenvolve outro projeto encomendado pelo MEC. Brasil-África – histórias cruzadas é um material para uso pedagógico de estudantes da educação básica pública, para professores e alunos das licenciaturas. Valter Silvério explica que os materiais abordam a cultura brasileira e a cultura africana com conteúdos e ilustrações apropriados para cada etapa da educação básica.

    São volumes específicos para a educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Para os professores que vão trabalhar esses conteúdos na sala de aula e para os alunos das licenciaturas, o projeto desenvolveu dois cadernos de estudos sobre História da África e um guia de orientação pedagógica.

    Para criar a coleção Brasil-África – histórias cruzadas, a UFSCar contratou pesquisadores das cinco regiões do país para reunir materiais sobre a influência da cultura africana na vida dos brasileiros do norte, do sul, do nordeste, do centro-oeste e do sudeste. É um trabalho complexo e demorado, segundo Silvério. Esse projeto, que está em andamento, tem uma tríplice parceria – MEC, UFSCar e Unesco.

    Pedidos
    – Em 2008, o Ministério da Educação selecionou 27 universidades públicas, federais e estaduais, para organizar cursos de formação de professores (aperfeiçoamento, especialização ou extensão) e produção de materiais didaticopedagógicos na temática etnicorracial. A abordagem dos conteúdos segue o que determina a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Os materiais didáticos e a qualificação de professores foram solicitados por 72% dos municípios nos planos de ações articuladas (PAR), em 2007 e 2008.

    Para executar essa tarefa, as 27 universidades receberam R$ 3,6 milhões do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro). Cada projeto recebeu entre R$ 100 mil e R$ 150 mil. Das 27 instituições, a UFSCar foi selecionada para criar materiais didáticos e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para produzir vídeos.

    O Plano de Ações Articuladas (PAR) é um diagnóstico e planejamento das ações educacionais realizado por estados e municípios para um período de cinco anos, de 2007 a 2011.

    Ionice Lorenzoni

  • Será lançada nesta quinta-feira, 9, em Brasília, a edição em português da Coleção História Geral da África. A obra foi criada com o objetivo de contribuir para a promoção do ensino da história e cultura africana nas escolas.

    O material foi editado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) no Brasil, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A intenção é fazer com que professores e estudantes lancem um novo olhar sobre o continente africano e entendam sua contribuição para a formação da sociedade brasileira.

    A coleção completa, com oito volumes e quase 10 mil páginas, já foi editada em inglês, francês e árabe. A obra foi escrita ao longo de 30 anos por 350 pesquisadores, tendo cientistas de origem africana como maioria no comitê científico responsável pelo desenvolvimento da coleção.

    O lançamento ocorrerá às 9h, durante o Seminário Nacional de Avaliação da Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais, promovido pela Secad. No encontro, que será realizado no auditório da Finatec, na Universidade de Brasília (UnB), serão debatidas ações referentes à introdução da história da África e dos afro-brasileiros no currículo escolar.

    Estarão presentes o ministro da Educação, Fernando Haddad, o ministro da Secretaria de Promoção de Políticas de Igualdade Racial, Elói Ferreira, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, e o coordenador do núcleo de estudos afro-brasileiros da Ufscar, Valter Silvério, responsável pela tradução da coleção.

    Assessoria de Comunicação Social
  • O viajante Ibn Battuta, que viveu no século XIV, é personagem de vídeo educativoUm videodocumentário de 26 minutos, um livro com 71 páginas para os professores, um caderno de 35 páginas para os alunos e uma página eletrônica reúnem novos materiais sobre história da África e cultura afro-brasileira para uso de educadores e alunos do ensino básico público.

    Os materiais foram elaborados pelo historiador e pesquisador José Rivair Macedo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com recursos do Ministério da Educação. Devem ter dois tipos de distribuição, segundo a coordenação de diversidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad). Na primeira etapa, o vídeo, o livro e o caderno serão oferecidos por meio eletrônico no Portal do MEC e na TV Escola. O prazo previsto é junho deste ano. A impressão dos materiais de estudo e a reprodução do vídeo devem ficar prontas até dezembro.

    O vídeo é o produto principal, explica o coordenador do projeto, José Rivair Macedo. O livro, o caderno e a página eletrônica, além de darem suporte ao vídeo, servirão de subsídio para pesquisa. As obras farão parte do acervo didático-pedagógico sobre a temática étnico-racial, história da África e cultura afro-brasileira que o MEC está construindo para a educação básica pública, conforme prevê a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. A proposta, diz o professor Rivair, é que estudantes professores tenham “um novo olhar sobre a África”.

    O fio condutor dos três materiais é o personagem Ibn Battuta, um viajante marroquino que foi de seu país ao Sudão ocidental entre os anos de 1352 e 1353. Viajando pela África com Ibn Battuta, que é o título do vídeo, relata e ilustra a jornada do viajante, um cidadão culto, rico e protegido do sultão Ibu Inam, que governava o Marrocos naqueles anos do século 14. Ibn, conforme o vídeo, é hoje lembrado pelo mundo muçulmano como o “príncipe dos viajantes”. Ele viveu 64 anos e teria viajado durante 30 anos para conhecer países e culturas.

    Pelo deserto
    – O vídeo conta que, em 1352 da era cristã, Battuta decidiu conhecer o império do Mali, seguindo com uma caravana de comerciantes pelo deserto do Saara, que iam em busca de ouro, sal e escravos. De acordo com o documentário, a caravana percorreu quase 1 mil quilômetros durante dois meses, suportando tempestades de areia, o calor do dia e o frio da noite no Saara.

    Ao final da travessia do deserto, o viajante descreve o que encontrou: bois selvagens e manadas de animais desconhecidos, o rio Níger, a vegetação das savanas. Ao chegar a Mali, Ibn Battuta fica oito meses conhecendo o país, seu povo e costumes.

    Battuta escreve assim: “...Marrakech é uma das cidades mais famosas, muito larga e longa, bem abastecida com todos os gêneros de mercadorias. Há grandes mesquitas, como a de Kutublyyn (dos livreiros), que tem um enorme e colossal minarete em que subi e pude ver toda a vista da povoação, que vai sendo dominada por ruínas”.

    Quando conta sobre as minas de sal de Togaza, diz: “Depois de 25 dias, chegamos a Togaza, uma povoação sem cultivos, mas que tem uma singularidade: suas casas e a mesquita são edificadas com blocos de sal gema e os tetos são feitos com couro de camelo”.

    Estudantes e professores poderão ler e discutir a parte final do relato – A viagem ao Mali na Trilha de Ibn Battuta, que serviu de base para o vídeo, traduzido para a língua portuguesa. São 19 páginas. O manuscrito original está na Biblioteca Nacional de Paris.

    Ionice Lorenzoni


    Leia também: Vídeo sobre Battuta dirige-se a estudantes de 10 a 18 anos


  • Muitas perguntas sobre a região, as vestimentas, a alimentação, o Saara, os costumes. “Um retorno incrível.” É assim que o historiador e pesquisador José Rivair Macedo descreve a reação de estudantes do sétimo ano do ensino fundamental de uma escola pública de Porto Alegre, após assistir o vídeo Viajando pela África com Ibn Battuta. A mostra do vídeo para os alunos foi um teste de aceitação do produto.

    Macedo é o coordenador do projeto que reuniu outros pesquisadores para a criação do videodocumentário, um livro com 71 páginas para os professores, um caderno de 35 páginas para os alunos e uma página eletrônica sobre história da África e cultura afro-brasileira.

    Ele conta que teve muitos desafios na preparação do documentário: desde a seleção dos conteúdos para crianças de dez anos a adolescentes 15 a 18 anos, ao compromisso com os fatos históricos; da escolha dos trechos das entrevistas com os africanólogos, às ilustrações; da decisão sobre a trilha sonora, ao tempo de duração do documentário. A versão final do vídeo tem 26 minutos.

    A pesquisa e preparação do projeto duraram 12 meses, depois vieram as entrevistas com os africanólogos, a confecção das ilustrações com fotos e mapas, a definição da trilha sonora, entre outros detalhes. A montagem do roteiro demorou quatro meses e foram feitas 20 adaptações. Para elaborar e produzir os materiais, o MEC repassou R$ 140 mil à Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

    Como o material recolhido é amplo e diversificado, José Rivair Macedo decidiu fazer um livro para os professores (71 páginas) e um caderno (35 páginas) para os alunos, ilustrado, com textos curtos e complementares ao vídeo, além de perguntas sobre os conteúdos e espaços para respostas.

    Na página eletrônica, que estará no portal do Ministério da Educação, professores e estudantes vão encontrar a íntegra das entrevistas, comentários de educadores, entre outros materiais. O objetivo do conjunto – vídeo, livro do professor e caderno do aluno é por em prática o que diz a Lei nº 10.639 de 2003, que inclui na educação básica e superior, pública e privada, o estudo da história da África e dos afro-brasileiros.

    O videocumentário, segundo José Rivair, aborda uma série de disciplinas, como história, geografia, leitura, escrita, religiões, culturas, diversidade de povos, transportes, o mundo do deserto.

    Ionice Lorenzoni


    Leia também: Viajante marroquino é tema de vídeo sobre história da África



Fim do conteúdo da página