Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
  • A biodiversidade da Amazônia e a sustentabilidade da região são o alvo de projeto de pesquisa lançado pelo MEC (foto: http://www.imagensporfavor.com)O Ministério da Educação, disposto a estimular projetos de pesquisas na Amazônia e fomentar a formação de doutores na região Norte, lançou edital para o programa Pró-Amazônia – Biodiversidade e Sustentabilidade. As inscrições, prorrogadas, devem ser feitas até 4 de janeiro de 2013, com o envio de projetos e documentação pelos Correios, como estabelece o edital.

     

    Os projetos podem incluir áreas temáticas em agroecologia, água e recursos hídricos, biotecnologia, engenharias, fármacos, recursos pesqueiros, recursos naturais, saúde, segurança alimentar e sustentabilidade dos núcleos urbanos. “Pesquisadores e grupos de trabalho da Amazônia ou da região Norte devem propor projetos que envolvam a formação de recursos humanos”, explica o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães. A Capes é o órgão do MEC responsável por implementar o programa.

     

    As propostas aprovadas serão contempladas com bolsas de iniciação científica, doutorado, pós-doutorado e professor visitante nacional. Terão ainda recursos de custeio para a execução.

     

    É a primeira vez que o MEC lança edital de programa na Amazônia voltado para a área de biodiversidade e sustentabilidade. “A Amazônia precisa de socorro nacional”, afirma Guimarães. “Nossa expectativa é a de que, tendo esse programa, outros organismos e outros ministérios se envolvam para um grande projeto do governo federal na região.”

     

    Assessoria de Comunicação Social

     

    Confira a página do programa na internet

     

    Ouça o presidente da Capes, Jorge Guimarães

     

  • Em setembro do ano passado, nas comemorações do Dia da Árvore, professores e estudantes, em mutirão, plantaram mudas de ipê em todo o quarteirão que circunda a escola Padre Ernesto Camilo Barreto (foto: acervo do professor Sérgio Chaves)Desde que participou de um curso de capacitação de professores mediadores em educação ambiental, promovido pela Secretaria de Educação de Mato Grosso, em 2005, Sérgio Chaves não parou mais de idealizar ações. Em todas elas, o objetivo é estimular a preocupação com o meio ambiente entre alunos, professores e pessoas da comunidade.

    Professor de educação física da rede estadual de ensino em Cuiabá, Sérgio começou o trabalho ambiental na Escola Estadual Historiador Rubens de Mendonça, que tinha como maiores problemas o excesso de lixo e a depredação do patrimônio. “Após um ano de projeto efetivo, as depredações acabaram e passou a sobrar dinheiro para investimento, por exemplo, em equipamento de multimídia e ar condicionado”, diz.

    As iniciativas foram aumentando a cada ano. Ao constatar que o projeto era sério e dava visibilidade à escola, os demais professores passaram a se envolver e a ajudar nas atividades. A autoestima ficou visível na comunidade escolar. “Quando verificamos os resultados de um trabalho coletivo que dá certo, o moral fica elevado”, diz Sérgio. “E nos sentimos capazes de realizar.”

    Uma das primeiras atividades foi a coleta de garrafas plásticas e latas de alumínio. Bem-sucedida, a iniciativa passou a ser adotada também na Escola Estadual Padre Ernesto Camilo Barreto, onde Sérgio trabalha atualmente. O trabalho é organizado em forma de gincana, com dias e horas estipulados para a coleta. Os resultados obtidos são descritos em um quadro informativo, após a contagem do material, feita com a ajuda dos professores.

    As turmas que se destacam têm direito a participar de passeios ou aulas de campo. O material coletado é vendido pelos alunos. A verba acumulada é administrada por uma comissão de estudantes e gasta somente pelos alunos. “A escola não tem ingerência sobre o dinheiro”, explica o professor.

    Oficina— Outra atividade é a oficina de reaproveitamento. “Ao fazer artesanato com resíduos sólidos estamos diminuindo o lixo no meio ambiente, transformando-o em objetos úteis e artísticos, de forma criativa e divertida”, assegura Sérgio. Individualmente ou em pequenos grupos, os professores são incentivados a desenvolver oficina com os estudantes, que juntam antecipadamente o material a ser usado. Posteriormente, os trabalhos produzidos são expostos à comunidade e até mesmo comercializados.

    Um exemplo é a oficina de vassouras feitas com garrafas plásticas. Ela foi criada por dois professores da Escola Rubens de Mendonça a partir de informações obtidas na internet. Uma vassoura é feita com 17 garrafas plásticas cortadas em tiras, sem necessidade de máquinas ou equipamentos sofisticados. Após a colocação de um cabo, preso com arames e pregos, a vassoura está pronta. Ela é apreciada pelas mães dos alunos. “São muito úteis e resistentes”, salienta o professor.

    Sérgio também organiza palestras, conferências e campanhas educativas. No ano passado, para as comemorações do Dia da Árvore, em 21 de setembro, ele promoveu o plantio de ipês, espécies nativas da região, em todo o quarteirão que circunda a escola em que leciona. A atividade foi realizada em forma de mutirão, por professores e alunos, durante evento festivo, que teve a apresentação da fanfarra da unidade de ensino.

    Ainda para este ano, está prevista a criação da Comissão pelo Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com-Vida), composta por alunos, professores, e funcionários da escola, além de representantes da comunidade. De acordo com o professor, embora cada pessoa tenha o próprio conceito ou visão sobre determinado assunto, as ações dentro e fora da escola devem ser unificadas, em benefício da sustentabilidade no planeta. “Consequentemente, teremos uma melhor qualidade de vida para nós e para os nossos descendentes.”

    Fátima Schenini


    Saiba mais no Jornal do Professor


  • Assim que ingressou no ensino médio, a estudante gaúcha Juliana Davoglio Estradioto, de Osório (RS), passou a se dedicar a todas as matérias relacionadas a ciências, sua maior paixão. Atualmente com 18 anos, a aluna do último ano do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) ganhou destaque com um trabalho direcionado à agricultura, a principal atividade de sua família. A partir da casca do maracujá, ela desenvolveu um material reciclável para substituir embalagens de mudas de plantas. Juliana é a personagem da edição desta sexta, 7, de Trilhas da Educação, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    Desde criança familiarizada com a rotina da agroindústria em sua região, a estudante sempre se preocupou com sustentabilidade. Ao longo do tempo, observou que os saquinhos plásticos que envolvem as mudas de plantas, ao serem descartados, causam estragos à natureza.  “Eles vão se acumulando no meio ambiente, indo para aterros sanitários, sem uma destinação correta; contribuem para poluição e contaminação do solo, da água e do lençol freático, ou são incinerados, levando à emissão de gases de efeito estufa”, aponta.

    Diante desse quadro, Juliana procurou orientação dos professores e descobriu que a solução estava bem perto: o maracujá, de cultivo abundante na região em que vive. Passou a pesquisar a pectina, uma proteína gelatinosa presente na casca do maracujá e de outras frutas, como a maçã – da qual se pode fazer geleia. “Lendo sobre plásticos biodegradáveis, descobri que eles precisam ter esse tipo de polissacarídeo [outra substância presente na casca do maracujá], seja um amido ou um outro tipo de farinha um açúcar ou até a pectina.”

    Utilizando a casca da fruta, ela desenvolveu um filme plástico que, além de não agredir o meio ambiente, não danifica a raiz das mudas, diferentemente do que ocorre com o plástico convencional. Biodegradável, o novo produto se decompõe em 20 dias, não precisando ser retirado no momento do plantio, e reduz a poluição causada pelos sacos tradicionais.

    Premiação – Mesmo ainda em caráter experimental, a pesquisa de Juliana já ganhou destaque no Prêmio Jovem Cientista, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ela conquistou o primeiro lugar na categoria ensino médio, o que a motiva a seguir com os estudos e a apostar na produção do filme plástico em larga escala no futuro. Sua meta é fazer o curso de engenharia química.

     “Os alunos do ensino médio deveriam ser cada vez mais incentivados, porque a minha vida mudou tanto depois de fazer pesquisa e hoje eu tenho certeza de que a educação e a ciência são as coisas que mais transformam o mundo”, resume. “A gente tem que cada vez mais oportunizar que outros jovens tenham esse tipo de vivência”.

    Assessoria de Comunicação Social

     


  • O projeto dos pesquisadores da UFSCar consiste em substituir 30% da areia convencional retirada da natureza pela areia extraída do bagaço da cana (arte: ACS/MEC)O estado de São Paulo é o maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil. Da cana se produz o açúcar e o álcool. No entanto, o bagaço, um dos principais resíduos desse processo de produção, torna-se um poluente ambiental quando descartado de modo inadequado, na terra ou próximo aos rios. Uma das maneiras mais comuns de reúso desse material é a queima em caldeiras, de forma a gerar energia para a própria usina. Porém, essa queima gera outro resíduo, conhecido como areia da cinza do bagaço.

    Preocupados com o risco ambiental que envolve o processo, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) conseguiram simplificar o processo de transformação do bagaço em areia e ainda desenvolveram estudo para aplicar o material na construção civil. O projeto consiste em substituir 30% da areia convencional retirada da natureza pela areia extraída do bagaço da cana.

    Mestre em estruturas e construção civil pela UFSCar, o professor Fernando do Couto Rosa Almeida, doutorando na Universidade de Caledônia, em Glasgow, Escócia, país integrante do Reino Unido, escreveu artigo no qual aborda a substituição de materiais obtidos na natureza por outros capazes de resultar em benefícios ambientais. O artigo foi premiado no ano passado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação.

    Fernando salienta que o descarte do bagaço gera um problema ambiental. “Jogam isso na lavoura porque não sabem o que fazer com esse material, que por ano gera cerca de 4 milhões de toneladas”, afirma.

    Padronização — Como a base do concreto para construções é preparada com areia, cimento, água e brita, em diferentes proporções, os cientistas experimentaram substituir parte da areia retirada da natureza por cinzas de bagaço de cana. “Em laboratório, fazemos uma simples padronização para poder usar isso em material de construção”, diz o professor.

    Com a mistura, o concreto de cinza pode ser usado na infraestrutura urbana, na construção de calçadas e bancos de praças. Como os grãos da areia de cinzas são mais finos, outra vantagem do produto é de fechar os pequenos poros que aparecem no concreto depois de seco. Isso diminui a porosidade em comparação com o concreto convencional e resulta em mais durabilidade do produto. “Se comparada, a porosidade com cinza é menor do que a do concreto convencional. Com menos poros, menos vazios, é mais difícil de o material se degradar”, diz Fernando.

    A pesquisa de mestrado que serviu como base para o artigo premiado pela Capes foi orientada pelo professor Almir Sales, do Departamento de Engenharia Civil da UFSCar, e realizada no âmbito do Grupo de Estudos em Sustentabilidade e Ecoeficiência em Construção Civil e Urbana, liderado por Sales, que estuda essa temática há 10 anos.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Está aberto o período de cadastramento para o Desafio da Sustentabilidade, consulta pública promovida pelo Ministério da Educação, por meio da Subsecretaria de Planejamento e Orçamento (SPO), para promover a identificação e a avaliação de ideias e boas práticas para redução de gastos e promoção da sustentabilidade. A consulta receberá propostas e avaliará soluções ecológicas inovadoras sobre o uso de energia elétrica e de água em universidades federais e institutos federais de educação, ciência e tecnologia.

    A consulta pública, que terá início em 6 de novembro próximo, receberá propostas de pessoas físicas pré-cadastradas na página do projeto na internet. Serão abordadas duas questões (categorias):

    • Como reduzir os gastos com consumo de energia elétrica nas instituições federais de ensino? Os debates serão encerrados em 3 de fevereiro de 2015.

    • Como reduzir os gastos com consumo de água nas instituições federais de ensino? Os debates serão encerrados em 5 de fevereiro de 2015.

    Os participantes devem apresentar ideias, avaliar e aprimorar as sugestões dos outros participantes, com comentários sobre os dois temas apresentados. Cada participante deve optar por representar uma universidade federal ou um instituto federal.

    O projeto premiará as quatro propostas mais bem classificadas em cada uma das categorias. Os prêmios para os participantes chegam a R$ 20 mil; para as instituições de ensino, a R$ 8 milhões.

    A consulta pública receberá propostas de pessoas físicas pré-cadastradas na página do projeto na internet. Mais informações sobre o projeto Desafio da Sustentabilidade no regulamento constante do Edital da SPO nº 1/2014.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Fazer lixo se tornar alimento é o tema do documentário A Alternativa “Berço a Berço”, que irá ao ar nesta terça-feira, 21, às 22h, na TV Escola. O programa mostra como grandes empresas vêm promovendo a sustentabilidade pelo mundo, reduzindo a produção de resíduos e transformando-os em materiais recicláveis ou biodegradáveis em prol da preservação do planeta.

    O documentário de 49 minutos traz à tona a questão de como lidar com economias que crescem rapidamente e produzem montanhas de lixo. Um arquiteto americano e um químico alemão que sonham transformar todo e qualquer resíduo em alimentos orientam grandes empresas a tomar atitudes sustentáveis e a tornar o consumo consciente.

    Outros exemplos são mostrados como uso de restos de tecidos que se transformam em feltro. O material é biodegradável e é usado para proteger as plantações de morango. Já as embalagens de sorvetes são compostas de sementes e servem como adubo para as plantas. O documentário mostra também livros de plástico que são reciclados e se tornam em novas publicações. Tudo para produzir e consumir sem deixar resíduo.

    A TV Escola pode ser vista pelo Portal do MEC e sintonizada via antena parabólica (digital ou analógica) em todo o país. Seu sinal está disponível também nas tevês por assinatura DirecTV (canal 237) e Sky (canal 27).

    Assessoria de Imprensa da Seed
  • Todos os dias nos deparamos com cenas corriqueiras de desperdício de água. Um banho demorado, uma torneira pingando, uma descarga disparada. A torneira da pia que permanece aberta enquanto a louça é lavada. Essas situações estão presentes em diversos ambientes: em casa, na escola, no trabalho. Muitas vezes, é difícil fazer o uso racional e consciente da água. Mas não para o Centro Educacional Agrourbano Ipê, em Brasília.

    A escola, com sede no Riacho Fundo II, é um exemplo de consciência coletiva. Há seis anos a instituição desenvolve projetos que agregam soluções sustentáveis para o bom uso da água, envolvendo os alunos e a comunidade local. As ações são realizadas desde 2010, quando a escola foi inserida no projeto Escolas Sustentáveis, do Ministério da Educação.

    A vice-diretora do centro educacional, Jedilene Lustosa, defende a iniciativa. “Não basta economizar; precisamos ter atitudes que preservem a água em todo o seu ciclo”. Segundo Jedilene, a conscientização no uso da água ocorre em todas as áreas da escola. “Na cantina, a gente reutiliza o resto de frutas para a nossa composteira; na limpeza, eliminamos o uso da mangueira e só usamos balde”, diz. “Quem chega à escola sabe que aqui tem esse trabalho com a sustentabilidade.”

    O Centro Educacional Agrourbano Ipê, em Brasília, desenvolve há seis anos projetos de soluções sustentáveis para o bom uso da água, envolvendo os alunos e a comunidade local (Foto: TV MEC)

    Um dos projetos culminou na construção de um tanque para criação de tilápias. O professor de ciências e biologia da unidade, Leonardo Hatano, explica que a iniciativa foi pensada com o intuito de fazer com que uma família pequena conseguisse o sustento com a produção de sua própria chácara. “O coração principal desse sistema é o tanque de peixe”, afirma.

    “A partir desse tanque, nós temos a produção de uma proteína de alta qualidade, já que a proteína do peixe é saudável”, exemplifica o professor. “Além disso, são produzidas diversas plantas, que irão fornecer carboidratos e vitaminas para essa família poder se sustentar”. Leonardo explica, ainda, que a água retorna para o tanque de forma oxigenada, o que viabiliza a economia de água quando comparado ao sistema tradicional de cultivo de peixe. A construção de um segundo tanque já está em andamento.

    Reutilização – Em outra iniciativa, a água da chuva tem sido aproveitada para a limpeza das dependências do centro educacional Agrourbano Ipê. Para a diretora da unidade, Sheila Pereira da Silva Mello, além do envolvimento dos alunos, que levam adiante as boas práticas, a economia na escola já é visível, o que gera benefícios para todos.

    “Em outubro, nós estávamos com 110 metros cúbicos de água; em novembro passamos a 68. Este ano, nós já pudemos perceber com o início do ano letivo que chegamos a 38 metros cúbicos de economia”, comemora. “O propósito desse trabalho é a conscientização que nós estamos conseguindo ensinar aos nossos alunos e servidores. Vemos que é um trabalho eficiente na conscientização da importância de economizar a água.”

    Agrofloresta – A instituição também criou um sistema agroflorestal, que busca um equilíbrio natural do ecossistema com o intuito de restaurar florestas e recuperar áreas degradadas. Essa cultura ainda incentiva o combate às pragas sem o uso de agrotóxicos – como tem acontecido na propriedade de Julião de Assis. Ele é avô de uma aluna do centro educacional Agrourbano Ipê e permitiu que o projeto dos estudantes fosse expandido para fora dos muros da escola.

    “Os professores vieram e nos ensinaram como plantar, como fazer os canteiros, como adubar. Agora aqui é tudo orgânico”, garante. “Não tem nada mais, nem química, nem inseticida, nem fogo. É aí que a gente vê que o negócio vai dar certo, porque além de ajudar o meio ambiente, a nossa saúde vai melhorar”. A expectativa de Julião é de que seus filhos e netos deem prosseguimento ao projeto.

    Resultados – O professor Leonardo Hatano relata que, com a experiência, não só as notas dos estudantes melhoraram, mas o próprio envolvimento com o conteúdo tem surpreendido. “A principal mudança é a motivação dos alunos; eles estarem a toda hora querendo vir aqui trabalhar nesses projetos”, celebra. “O que eu notei mesmo foi que nossas ações realmente criaram um aprendizado significativo para os alunos.”

    Wynne Costa, de 13 anos, se orgulha dos projetos da escola em que estuda e já planeja levar o aprendizado do dia a dia no ambiente escolar para casa. “Quero fazer uma horta vertical, onde quero colocar plantas medicinais e temperos. Também quero fazer um jardim na minha janela”. A estudante garante não ver dificuldades. “Não é difícil, não. Eu acho legal por isso: porque economiza água, você reutiliza coisas, faz a reciclagem e ainda consegue plantinhas. E ainda fica bonito.”

    As lições motivam da mesma forma a estudante Luana Jesus. Ela inclusive já planeja o que fazer quando ingressar na faculdade: engenharia ambiental. A escolha do curso, explica, parte da certeza de que irá colaborar também para a preservação do meio ambiente. “Eu acho bom porque a gente pode praticar, plantar, fazer o que a gente gosta”, afirma. “A escola me ensinou que plantar é muito bom. E ajuda o mundo, porque ajuda nas nascentes, ajuda a não poluir e é sustentável também porque a gente pode tirar alimentos da natureza sem agrotóxicos.”

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Na escola de Contagem, por iniciativa dos estudantes, foi desenvolvido sistema de irrigação da horta, com captação de água das chuvas e aspersores feitos de garrafas plásticas (foto: blog da Escola Professora Ana Guedes Vieira)Tão logo assumiu a direção da Escola Municipal Professora Ana Guedes Vieira, no município mineiro de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, Sandra Condé Corgozinho decidiu pôr em prática uma proposta pedagógica que privilegiasse os eixos temáticos mais emergentes na comunidade. Como a escola fica em uma área de preservação ambiental, na região de Vargem das Flores, um dos eixos escolhidos foi meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

    Entre as iniciativas está a implantação dos grupos de estudo, socialização e planejamento (Gesp). Eles proporcionam espaço para o estudo de áreas específicas de interesse de alunos e professores e o desenvolvimento crítico do conteúdo, com o estímulo do saber e o diálogo entre eixos temáticos e componentes curriculares. “Assim, há um grupo de educadores que planejam e executam ações que promovem a sustentabilidade ambiental”, explica Sandra. Ela considera os resultados significativos. “A comunidade escolar está mais informada, conscientizada, engajada e aberta a novas propostas que promovam o desenvolvimento sustentável”, revela. Formada em letras, com cursos de especialização e aperfeiçoamento nas áreas de docência superior, gestão escolar e inclusão, Sandra atua em escolas de ensino fundamental da rede municipal de ensino há 29 anos.

    Assim que ingressou na escola, a professora de artes Marta Trindade Cézar passou a fazer parte do Gesp Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Ela tem interesse no tema desde que era aluna do curso de licenciatura em desenho e artes plásticas. Segundo Marta, quase todas as disciplinas práticas enfatizam a importância de usar materiais recicláveis e respeitar o meio ambiente. Mas ela passou a ler mais e a se interessar efetivamente pelo assunto ao fazer pesquisa para a criação de um cenário, na disciplina de teatro. “Passei a defender a reciclagem, o não desperdício e a preservação da natureza”, revela a professora, que também exerce a função de articuladora comunitária do programa Mais Educação. “Desde então, tento participar de formações e eventos relacionados às questões ambientais.”

    Entre as atividades desenvolvidas na escola, nessa área, Marta destaca a irrigação da horta com aspersores feitos com garrafas plásticas, o minhocário e a captação da água da chuva e seu armazenamento em reservatório, além do monitoramento de nascente de água. A confecção de sacolas ecológicas e embalagens para presentes, de bijuterias e brinquedos feitos com materiais recicláveis, a realização de mutirões de limpeza na escola, trabalhos artísticos com elementos da natureza como matéria-prima estão entre outras iniciativas desenvolvidas na instituição de ensino.

    “Essas ações não são individuais; são o esforço coletivo de uma equipe que está sempre em busca de ideias capazes de contribuir para formar cidadãos engajados na defesa do meio ambiente”, destaca Marta. Entre os principais resultados obtidos ela cita o aumento do interesse dos alunos e a credibilidade que o trabalho da escola encontra por parte de outras instituições. A professora constata que a unidade de ensino está cada dia mais engajada em trabalhos de sustentabilidade.

    Plantio— Outro professor que participa do Gesp sobre meio ambiente é Geraldo Magela Ferreira Campos. Graduado em educação artística, com especialização em arte na educação, ele dá aulas de artes no ensino fundamental e médio. Geraldo participou do plantio de 50 árvores em área da escola na qual as salas ficavam expostas ao sol durante longo período, causando desconforto a alunos e professores. A ação teve a participação de estudantes, pais, professores e membros da comunidade.

    Segundo Geraldo, o cuidado com as árvores fez surgir a ideia de cultivar uma horta. “Isso demandou adubação, pois o solo era pobre”, lembrou. “Surgiu, então, o compostário, que fornece adubo à horta e às árvores.” A compostagem é feita a partir de cascas de frutas e legumes usados no preparo da merenda, restos de podas das árvores, folhas secas e doações de serragem e esterco.

    O professor conta que os estudantes ficaram empolgados ao perceber que três árvores próximas à área adubada tinham crescimento mais vigoroso que as demais. Eles também constataram que parte das árvores crescia em ritmo lento por falta de água. Tiveram então a ideia de captar água da chuva para irrigação da horta. Para isso, criaram um sistema feito com garrafas plásticas. “O resultado é que, a partir de uma iniciativa simples, a escola tem hoje um sistema complexo de plantio, no qual as árvores convivem, em harmonia, com hortaliças e leguminosas”, destaca.

    Na irrigação e na adubação são usados recursos que não geram impacto ou desperdício. “Como uma coisa puxa outra, agora temos também um galinheiro anexo a este espaço e, para um futuro próximo, muitos projetos e sonhos”, afirma o professor.

    Fátima Schenini


    Confira a página da escola na internet

    Confira o blog da escola

    Saiba mais no Jornal do Professor
  • Na escola de Blumenau, todos os espaços sustentáveis foram construídos em sistema de mutirão, com professores, estudantes e comunidade trabalhando juntos (foto: vtsustentavel.blogspot.com.br/)No município catarinense de Blumenau, a 130 quilômetros de Florianópolis, uma instituição tem se destacado pela criatividade na realização de ações de sustentabilidade. É a Escola Básica Municipal Visconde de Taunay, que atende alunos da educação infantil ao nono ano do ensino fundamental.

    Tudo começou quando a diretora, Roseli de Andrade, conheceu uma experiência de fazenda sustentável no Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (Ipec), no município goiano de Pirenópolis. Interessada em desenvolver um projeto de escola sustentável, ela compartilhou o que viu com a equipe de professores. A partir de nova visita dos educadores ao Ipec, algumas ideias passaram a ser postas em prática, com a criação coletiva do projeto Escola Sustentável, fundamentado no plano político-pedagógico da escola.

    Roseli explica que vários espaços foram então criados por professores e alunos. Ela cita como exemplos a horta mandala, a espiral de ervas, o jardim biodiverso, a composteira, a revitalização do pátio de britas, com o plantio de árvores frutíferas, o isolamento térmico de uma sala de aula, com o uso de embalagens vazias de caixas de leite, e a construção da casamática, uma casinha feita com garrafas plásticas.

    Para a diretora, as iniciativas provocaram mudanças positivas, tanto na escola quanto na comunidade. “A redução da quantidade de lixo no pátio da escola e nas salas de aula foi surpreendente”, afirma. “O reaproveitamento de materiais passou a fazer parte da rotina escolar.”

    De acordo com Roseli, pesquisa realizada em 2015 comprovou que as famílias de 84% dos alunos do terceiro ano do ensino fundamental, que estavam na pré-escola em 2012, quando teve o início o projeto Escola Sustentável, passaram a ter horta em casa. “Tanto os alunos quanto seus familiares aprenderam o real significado de sustentabilidade”, avalia.

    Mutirão — Encarregada da articulação do projeto Escola Sustentável entre estudantes, professores e comunidade, a professora Jeane Pitz Pukall diz que procurou, desde o início, envolver a todos no processo de mudanças. “Todos os espaços sustentáveis foram construídos em sistema de mutirão, com professores, estudantes e comunidade trabalhando juntos”, revela. Segundo ela, o projeto teve ótima aceitação por parte de todos, e a escola passou a ser referência em sustentabilidade e criatividade. “Os estudantes passaram a levar para casa as experiências vividas na escola e a incentivar seus pais a tomarem atitudes sustentáveis”, diz Jeane.

    Com a divulgação dos trabalhos desenvolvidos na escola, os estudantes sentiram-se mais valorizados. “Houve um empoderamento com relação à escola”, diz a professora. “Hoje, os estudantes falam ‘a nossa horta’, ‘o nosso jardim’ e se preocupam que tudo esteja sempre lindo, limpo e bem cuidado.”

    Professora da rede municipal de Blumenau há 26 anos, 16 deles na Escola Visconde de Taunay, Jeane é pedagoga, com habilitação em orientação educacional, especialização em psicopedagogia clínica e institucional e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências Naturais e Matemática da Fundação Universidade Regional de Blumenau. Sua pesquisa de mestrado aborda a formação continuada de professores, na escola, a partir de projetos criativos ecoformadores.

    A Escola Visconde de Taunay é a primeira instituição de ensino de Blumenau a se tornar campo de pesquisa da Rede Internacional de Escolas Criativas (Riec). A pesquisa foi baseada em critérios do Instrumento de Avaliação do Desenvolvimento de Instituições Criativas (Vadecrie), criado pelo professor Saturnino de la Torre, da Universidade de Barcelona.

    Em maio de 2013, a unidade de ensino recebeu o Certificado de Escola Criativa, pela riqueza e inovação de suas experiências. “A escola alcançou a média 8,5. Ou seja, 85 dos 100 critérios avaliados são cumpridos pela escola”, salienta a diretora.

    Professora de ciências para os anos finais do ensino fundamental e de ciências agrícolas para o ensino médio, Roseli tem pós-graduação em gestão, supervisão e orientação educacional e inovação tecnológica. Ela está no magistério há 32 anos, 15 dos quais na função de diretora.

    Exemplos — O Ministério da Educação selecionou 178 instituições entre as 683 que participaram, de setembro a novembro de 2015, de chamada pública destinada a identificar, reconhecer e mapear iniciativas educacionais inovadoras na educação básica desenvolvidas em escolas públicas e particulares e em organizações não governamentais de todo o país. A seleção abrangeu instituições escolares e não escolares, escolas indígenas, quilombolas, do campo e urbanas, da educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e da educação de jovens e adultos.

    As informações relacionadas ao trabalho desenvolvido pelas 178 instituições selecionadas estão disponíveis no Mapa da Inovação e Criatividade na Educação Básica. Mais informações na página do Programa de Estímulo à Criatividade na Educação Básica na internet.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor


  • Durante a Feira de Ciências da Escola Estadual Norberto Fernandes, em Caculé, no sertão da Bahia, uma invenção muito bem-bolada caiu nas graças do público e acabou rendendo ao estudante Sandro Lúcio do Nascimento, de 17 anos, o segundo lugar na categoria Ensino Médio do Prêmio Jovem Cientista, criado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Esse projeto é o tema da edição desta sexta, 9, do programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    Aluno do terceiro ano do ensino médio, Sandro, que ganhou uma bolsa de iniciação científica pelo projeto, desenvolveu um reservatório para captar e armazenar, na própria escola, a água da chuva. O aparelho foi construído a partir de garrafas plásticas e cascas de coco, o que resultou em material útil, de baixo custo e capaz de ajudar na preservação do meio ambiente de toda a comunidade da zona rural onde fica a escola.

    O jovem se inspirou em exemplos bem-sucedidos, como um reservatório construído pelos estudantes da Universidade de São Paulo (USP) com cimento elaborado a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A proposta levou em conta as condições climáticas de uma região onde quase não chove.

    “Aqui no semiárido, são praticamente três meses de chuva e os nove meses restantes de seca”, explica o estudante. “Se ficar muito tempo sem chover, muitas vezes, não só a minha cidade, mas outras regiões vizinhas, enfrentam falta de água, o que obriga a um racionamento e a uma economia bastante rigorosa para que ela não falte. ”

    Descarte sustentável – Sandro aproveitou os recursos da própria região, conhecida pela produção de coco – matéria-prima que, ao ser descartada na natureza, nem sempre tem destino seguro. Engajado em resolver o problema, ele passou a utilizar o bagaço da cana-de-açúcar, que é uma fibra, para retirar o coco do meio ambiente e utilizá-lo na construção do reservatório.

    Tudo foi projetado para funcionar de forma simples. Por meio de calhas instaladas no telhado, a água da chuva é drenada até o reservatório, que tem capacidade para 150 mil litros. Além de sustentável, todo o processo tem servido também para mudar a concepção dos moradores da comunidade sobre o descarte correto do lixo, pois muita gente ainda fazia queimada ou alimentava aterros de maneira inadequada na região.

     “Aqui a gente acaba queimando lixo junto com os outros”, conta Sandro. “Eu queria dar um destino a essas garrafas. Em vez de serem queimadas, elas podem ser utilizadas para fazer o reservatório. É um procedimento ecológico que vai gastar menos energia na fabricação do que o cimento convencional, e não agride tanto o meio ambiente”.

    Sandro construiu uma maquete e, com auxílio da professora de matemática da escola, Edjane Alexandre, passou a fazer os testes, começando pelo de impermeabilidade. Não demorou a perceber que tinha ido pelo caminho certo, pois o material utilizado para construir o reservatório permitiu que a água não se infiltrasse.

    “Eu nem acreditei que esse projeto traria tanta repercussão”, diz o jovem, ao comentar sua premiação. “Fiquei surpreso. ” Os esforços valeram a pena. Agora, com o incentivo e o reconhecimento obtidos, Sandro pretende cursar o ensino superior na área das ciências da natureza.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Projeto toma projeções internacionais e pode ser apresentado em exposição na Malásia

    Estudantes do Centro de Ensino Médio 2 do Gama, no Distrito Federal, desenvolveram um plástico biodegradável, feito da casca da laranja. O projeto, realizado junto ao professor de química Alex Aragão, é uma iniciativa de sustentabilidade, tem exposição prevista na Ásia e perspectiva para se tornar comercial em 2021.

    A iniciativa surgiu dos alunos. Preocupados com as notícias sobre meio-ambiente, quando foi veiculado que as tartarugas marinhas ficavam lesionadas por conta do descarte de canudos na água, eles desenvolveram o material para tentar diminuir o impacto daquilo que é jogado fora.

    “Eles [estudantes] tiveram a ideia a partir daquela polêmica dos canudos e etc, quando o pessoal enxergou de maneira mais clara o problema que a gente tem com o descarte irregular do plástico. Então, eles se propuseram a achar uma solução para esse problema que fosse biodegradável”, explicou Aragão.

    Daí surgiu o plástico biodegradável, uma alternativa de transformar matéria orgânica em plástico menos danoso ao meio ambiente.

    “Foi feita uma pesquisa sobre várias maneiras de produzir biomaterial e uma das fontes foi a laranja, muito consumida no Brasil e com um grande problema em relação ao descarte da casca. Juntamos, então, o problema do descarte da laranja e da poluição pelo plástico para trazer uma solução biodegradável”, afirmou.

    A casca de laranja tem muitos compostos orgânicos e, pode ser tóxica ao meio ambiente caso descartada de maneira incorreta. Os alunos idealizadores fazem parte do projeto Clube de Ciência da escola, fundado há 15 anos. O objetivo da iniciativa é incentivar a produção científica já no ensino médio.

    Para criar a estufa que eles precisam para secar as cascas de laranja e as membranas, por exemplo, usaram caixas de madeiras e vidro de um aquário quebrado. Assim, um processo que demora, em média, 7 dias, acaba durando até duas semanas.

    As dificuldades e o trabalho na base do improviso, porém, não foram suficientes para desanimar os estudantes. O projeto levou o 3º lugar na Feira Brasiliense de Tecnologia e Ciência, e um prêmio no Encontro de Iniciação Científica do Entorno do Distrito Federal. Recentemente, a equipe recebeu um convite de outro continente: o plástico biodegradável poderá ser exposto em uma feira na Malásia.

    A feira será em outubro, mas os estudantes ainda não sabem se terão condições de participar. Por isso, já começaram a fazer uma vaquinha on-line, com o objetivo de arrecadar R$ 25 mil. Até o momento, arrecadaram cerca de R$ 12 mil.

    “Temos trabalhado para melhorar o material. A perspectiva é que até o próximo ano ele se torne comercial”, disse Aragão. “Já temos logomarca, identidade visual, estamos bem próximos”, emendou.

    Saiba mais – O projeto de plástico biodegradável do Centro de Ensino Médio 2, do Gama, no Distrito Federal, é o tema do Trilhas da Educação desta segunda-feira, 17 de fevereiro, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A Unidade Municipal de Ensino Fundamental José Siqueira Santa Clara, em Vila Velha, Espírito Santo, desenvolve projetos sociais e de conscientização ambiental desde 2009. Com as iniciativas, conseguiu reduzir o consumo de água e energia e a quantidade de lixo produzida na escola, que tem 410 alunos do primeiro ao quinto ano.

    “Com pequenos gestos na escola e em casa podemos fazer muito para ter um ambiente escolar e familiar mais agradável”, diz a diretora, Letícia Araújo Schmid. Entre as iniciativas, ela cita o aproveitamento de cascas e talos de alimentos em novas receitas e a coleta de óleo usado para a produção de sabão. Além disso, foram feitas visitas ao bairro de Ataíde, onde a escola está localizada, para observar a quantidade e a área de despejo do lixo.

     

    “Aproveitamos para sensibilizar os moradores sobre o consumo excessivo e a produção desnecessária de lixo”, destaca a diretora. Segundo ela, o objetivo das ações é chamar a atenção de estudantes, pais e comunidade para os problemas sociais e ambientais do dia a dia. Pedagoga com habilitação em gestão escolar e pós-graduação em psicopedagogia, 24 anos de magistério, Letícia está na direção da unidade desde 2006.

     

    Nos turnos matutino e vespertino, a professora Rogéria Araújo Rodrigues inclui ações sustentáveis nas atividades diárias em sala de aula. Ela passa orientações sobre separação do lixo e reaproveitamento de alimentos e materiais descartáveis. As atividades são implantadas de forma a atrair o interesse dos estudantes, que confeccionam enfeites, mandalas, pufes e brinquedos com diferentes materiais, como garrafas plásticas e CDs usados.

     

    “Os resultados são sempre satisfatórios”, avalia Rogéria. Ela constata que a consciência obtida pelos alunos em relação à preservação ambiental produz mudanças positivas também nos próprios lares. “Eles fazem em casa o que aprendem na escola, e os pais ficam satisfeitos com a redução nas contas de água e de energia”, salienta.

     

    Segundo a professora, para reduzir o consumo de copos descartáveis, os estudantes são orientados a usar garrafinhas. “Para reforçar, a escola fornece aos alunos garrafinhas personalizadas, com o nome da instituição.”

     

    Com 24 anos de magistério, Rogéria é pedagoga, com pós-graduação em psicopedagogia e especialização em educação especial.


    Fátima Schenini

     

    Saiba mais no Jornal do Professor

     

     

  • Pesquisadores do Instituto Federal da Bahia (IFBA), Campus Jacobina, vão representar o Brasil durante o Qualicer 2018, maior evento do mundo voltado à qualidade de produtos como azulejo e cerâmica, que acontecerá nos dias 12 e 13 de fevereiro em Castellón, na Espanha. Eles integram o grupo de pesquisa Automação, Eficiência Energética e Produção do IFBA, que teve quatro artigos selecionados. Os trabalhos abordam a sustentabilidade a partir do reaproveitamento de resíduos advindos da indústria mineradora, em áreas como fabricação de pisos, revestimento e telhas. 

    Eles são de autoria dos professores Raimison de Assis, Jonei Marques, Naedja Pontes e Tércio Graciano. Os três primeiros viajarão para apresentar seus trabalhos. Os artigos foram produzidos ao lado da professora Talita Gentil, do doutorando em física e atual coordenador de pesquisa do campus, Beliato Campos, e do doutorando em engenharia do IFBA Irecê Flánelson Monteiro. Colaboraram os estudantes Rodrigo Neves, Igor Souza, Jander Lopes e Maria Clara, do curso técnico de eletromecânica.

    O líder do grupo de pesquisa e coordenador de extensão do campus, Raimison de Assis, entende que participar do Qualicer será uma oportunidade de estabelecer parcerias novas para o IFBA. “Este é um evento muito importante e com uma classificação bastante significativa. Temos possibilidades de parcerias com instituições de ensino e pesquisa e empresas do setor, tanto para a criação quanto para o desenvolvimento das nossas pesquisas aqui no Brasil, e também em parceria com instituições de fora, como a universidade Politécnica de Valência”, observa.

    Os anais do Qualicer são classificados com Qualis A, que contempla periódicos de referência internacional, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), revelando a qualidade da produção intelectual dos docentes e pesquisadores envolvidos.

    Em um dos artigos, os pesquisadores abordam a grande quantidade de resíduos resultantes da exploração de ouro no município de Jacobina. Diariamente, atestam, são produzidas cerca de cinco mil toneladas de resíduos. “O que fazemos no grupo de pesquisa é trabalhar com resíduo mineral. A região de Jacobina da Bahia é uma região mineradora, a maior empresa de exploração de Jacobina produz 5 mil toneladas de resíduos minerais gerados no processo, isso diariamente”, explica o professor Técio Graciano. Uma das propostas do seu trabalho é reaproveitar esse resíduo mineral na produção de blocos de revestimento. “Esses resíduos minerais, muitas vezes, são lançados a céu aberto, ou no caso da exploração de ouro, nas lagoas de captação, similar àquela de Mariana, que rompeu”, observa, referindo-se à cidade de Minas Gerais onde uma barragem da empresa Samarco causou um dos maiores desastres ambientais do país.

    Criado desde 2015, o grupo de pesquisa Automação, Eficiência Energética e Produção reúne 20 pesquisadores, entre graduandos, mestres e doutores, dez estudantes, dois técnicos administrativos e dois egressos. Ele tem como parceiro o Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN) e atua nas linhas de análise e modelagem para automação de sistemas produtivos; desenvolvimento de equipamentos para o uso eficiente de energia elétrica; modelagem de fenômenos para o ensino de física, matemática e biologia; tecnologias limpas e materiais.

    A equipe soma conquistas como a invenção do jovem Iago Santos de Jesus, que projetou um sistema eletromecânico para reutilizar água da máquina de lavar na descarga do banheiro. A pesquisa foi orientada pelos professores Tércio Graciano e Andson Rocha. Iago, que hoje é egresso do IFBA, participou da Feira Brasileira de Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas (Febrat), em Belo Horizonte; Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (Fenecit), considerada a segunda maior do gênero no país, que lhe garantiu credencial para a Feira de Investigación y Empreendimento Francisco Woston, ocorrida na Colômbia ano passado.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da assessoria de imprensa do IFBA

     

  • A educação tem papel fundamental para disseminar conhecimentos sobre como produzir e consumir alimentos saudáveis. Por isso, o Ministério da Educação vai apresentar algumas das experiências desenvolvidas pelos institutos federais de educação, ciência e tecnologia sobre agroecologia e produção orgânica no 6º Congresso Latino-americano de Agroecologia, 10º Congresso Brasileiro de Agroecologia e 5º Seminário de Agroecologia do Distrito Federal e Entorno, que acontecem simultaneamente em Brasília, entre os dias 12 e 15 de setembro.

    Cerca de 4 mil participantes são esperados no evento, organizado pela Sociedade Científica Latino-americana de Agroecologia (Socla) e promovido pela Associação Brasileira de Agroecologia (ABA). O objetivo é promover a troca de experiências por meio de palestras, feiras, rodas de conversa, estandes e apresentação de trabalhos científicos. O evento acontece na Semana do Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro.

    No dia 13 de setembro, de 14 às 18 horas, representantes da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC, instituição parceira do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), realizarão uma oficina com os coordenadores dos núcleos de estudo em agroecologia e produção orgânica dos institutos federais e com demais ministérios parceiros. Nessa mesma data e horário, a representante do MEC na Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (Ciapo), Fernanda Frade, participará de uma atividade científica sobre a construção do conhecimento agroecológico: políticas públicas.

    Durante o evento, representantes dos institutos federais apresentarão as seguinte experiências: Pronatec Bolsa Verde, desenvolvido pelo Instituto Federal do Acre (Ifac); Experiência de ensino, pesquisa e extensão com foco na caatinga, do Instituto Federal da Paraíba (IFPB); Curso de Bacharelado em Agroecologia e Pesquisa, sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde das pessoas, em parceria com a Fundação do Câncer de Muriaé, do Instituto Federal do Sudeste de Minas (IFSudeste de Minas), e ainda a experiência do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) sobre a formação de nutricionistas.

    Pronatec – Resultado da parceria entre o MEC e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Pronatec Bolsa Verde é um programa de acesso ao ensino profissional criado para apoiar o desenvolvimento sustentável, por meio do fortalecimento da cadeia produtiva do extrativismo, da elevação de escolaridade e do combate ao analfabetismo.

    O programa atende a várias unidades de conservação da Amazônia e o seu sucesso deve-se ao trabalho conjunto entre os gestores da Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema e os técnicos e dirigentes do Ifac. Outro fator que contribui para o sucesso do programa é que os cursos têm sido ministrados dentro da própria reserva.

    Caatinga –  O Núcleo de Estudos de Agroecologia do IFPB trabalha com extensão e pesquisa com foco em caatinga, semiárido e sustentabilidade, por meio de parcerias com atores locais, como pequenos agricultores, quilombolas, assentamentos, escolas municipais, organizações não-governamentais, além de órgãos municipais e estaduais.

    Há mais de seis anos, são desenvolvidos projetos de segurança alimentar, gastronomia e valorização das espécies locais com o projeto Sabores da Caatinga e o desenvolvimento de comunidades rurais com o projeto Cactáceas Ornamentais, que também valoriza a flora da região.

    Bacharelado – O IFSudeste de Minas, por sua vez, vai apresentar o curso de bacharelado em agroecologia, oferecido pela instituição. O foco é o desenvolvimento de tecnologias capazes de harmonizar a produção animal e vegetal com a preservação de recursos naturais. Durante a formação, o estudante aprende a fomentar a agricultura familiar e a desenvolver pesquisas para oferecer novas tecnologias aos produtores. Além do curso, será apresentada uma pesquisa sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde das pessoas, realizada junto à Fundação do Câncer de Muriaé.

    Pnae – O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) apresentará a experiência do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (Cecane), da Universidade Federal do Paraná (UFPR) sobre formação de nutricionistas.

    Os eventos serão realizados no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, entre os dias 12 e 15 de setembro. Mais informações estão disponíveis na página do evento.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • O Ministério da Educação, por meio da Subsecretaria de Planejamento e Orçamento (SPO), promove processo de consulta pública para identificar e avaliar ideias e boas práticas de redução de gastos e incentivo à sustentabilidade. Serão avaliadas soluções ecológicas inovadoras sobre o uso de energia elétrica e de água em universidades federais e institutos federais de educação, ciência e tecnologia.

    A consulta pública recebe propostas de pessoas físicas pré-cadastradas na página do projeto na internet. Serão abordadas duas questões (categorias):

    • Como reduzir os gastos com consumo de energia elétrica nas instituições federais de ensino? Os debates serão encerrados em 3 de fevereiro de 2015.

     

    • Como reduzir os gastos com consumo de água nas instituições federais de ensino? Os debates serão encerrados em 5 de fevereiro de 2015.


    Os participantes devem apresentar ideias, avaliar e aprimorar as sugestões de outros participantes, com comentários sobre os dois temas apresentados. Cada participante deve optar por representar uma universidade federal ou um instituto federal.

    O projeto premiará as quatro propostas mais bem classificadas em cada uma das categorias. Os prêmios para os participantes chegam a R$ 20 mil; para as instituições de ensino, a R$ 8 milhões.

    A consulta pública recebe propostas na página do projeto na internet. Mais informações sobre o projeto Desafio da Sustentabilidade no regulamento constante do Edital da SPO nº 1/2014.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Na reta final para o Prêmio Ideia, os mais de 16 mil projetos apresentados já ultrapassam 1,3 milhão de interações pela internet. O prêmio é promovido pela Subsecretaria de Planejamento e Orçamento (SPO) do Ministério da Educação e promove processo de consulta pública para identificar e avaliar ideias e boas práticas de redução de gastos e incentivo à sustentabilidade.

    A consulta pública recebe propostas de pessoas físicas pré-cadastradas na página do projeto na internet. Serão abordadas duas questões (categorias): 1) Como reduzir os gastos com consumo de energia elétrica nas instituições federais de ensino? Os debates serão encerrados em 3 de fevereiro de 2015; 2) Como reduzir os gastos com consumo de água nas instituições federais de ensino? Os debates serão encerrados em 5 de fevereiro de 2015.

    As 63 universidades federais e as 41 instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica aderiram ao desafio. As propostas inscritas são avaliadas nos critérios sustentabilidade; custo de implementação, e perspectiva de redução de consumo.

    O Prêmio Ideia tem levado o debate sobre sustentabilidade nas instituições federais de educação. De acordo com o reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), José Arimatéia Dantas Lopes, a iniciativa permite o debate sobre o consumo de água e energia, que está entre os maiores custos das instituições. “A partir do desafio, vários alunos, professores, técnicos e a comunidade participam na promoção das ideias de sustentabilidade”, disse. A UFPI já recebeu 5 milhões de pontos e lidera a disputa entre as universidades.

    O projeto premiará as quatro propostas mais bem classificadas em cada uma das categorias. Os prêmios para os participantes chegam a R$ 20 mil; para as instituições de ensino, a R$ 8 milhões.

    A partir do encerramento do prazo para participação, uma equipe técnica e interdisciplinar avaliará as ideias e selecionará as melhores para compor uma Coletânea de Boas Práticas, que será oferecida pelo MEC para todas as instituições federais de ensino, demais instituições públicas federais, estaduais e municipais e outros interessados.

    O resultado com os vencedores do projeto será divulgado no dia 3 de março de 2015. A premiação dos vencedores ocorrerá no dia 15 de abril de 2015 em um congresso que será promovido pelo MEC, por meio da Subsecretaria de Planejamento e Orçamento, que abordará temas relacionados à inovação no setor público com a apresentação de boas práticas e casos de sucesso no MEC e em outras instituições públicas federais, estaduais e municipais.

    Assessoria de Comunicação Social

    A consulta pública recebe propostas na página do projeto na internet

    Acesse outras informações no Edital da SPO nº 1/2014

  • Mercadante, sobre a Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente: “São mais de 4 milhões de estudantes discutindo e aprendendo questões ambientais” (foto: João Neto)No programa de rádio Hora da Educação desta terça-feira, 12, o ministro Aloizio Mercadante destacou os avanços relacionados à temática ambiental no ensino público nas últimas duas décadas. Em sua participação na conferência Rio+20, que começa nesta quarta-feira, 13, no Rio de Janeiro, o ministro vai anunciar a realização, de 10 a 14 de outubro de 2013, da 4ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que terá o tema Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis.

    A conferência nacional será antecedida pelas etapas escolares (até 30 de março de 2013), municipais, estaduais e regionais (até 17 de agosto de 2013). “É um processo pedagógico que envolve mais de 13 mil escolas da educação básica e começa um ano antes do encontro nacional”, disse Mercadante. “São mais de 4 milhões de estudantes discutindo e aprendendo questões ambientais.”

     

    A partir de agosto próximo, professores e alunos definem a temática a ser estudada até o encontro nacional. Os melhores trabalhos serão selecionados nas conferências municipais, estaduais e regionais e, depois, apresentados na nacional. A ideia é que os projetos dos alunos transformem a escola em um ambiente sustentável. Um espaço com horta escolar, separação seletiva de lixo, coleta de água de chuva e eficiência energética.

     

    Em cada unidade de ensino pode ser criada uma comissão de meio ambiente e qualidade de vida na escola (Com-Vida), que terá a participação de estudantes, professores, gestores, pais e membros da comunidade. “É pela Com-Vida que se cria a Agenda 21 da escola e se define uma série de temas que ela considera importantes para se aliar à sustentabilidade”, disse o ministro. De acordo com a Agenda 21, definida na Eco-92, realizada há 20 anos, também no Rio de Janeiro, cada país se compromete a refletir, global e internamente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não governamentais e setores da sociedade podem atuar em busca de soluções para os problemas socioambientais.

     

    Até agora, cinco mil escolas públicas criaram a Com-Vida. “Essa comissão coloca a meninada para atuar, de forma protagonista, nas questões da escola” disse Mercadante. “É um berçário de lideranças juvenis e da sustentabilidade.” Segundo o ministro, essa tecnologia social já é copiada por outros países. Um vídeo com exemplos de intervenções sociais a partir dessas comissões, em diferentes regiões do Brasil, será enviado às escolas públicas ainda em 2012.

     

    Recursos — Mercadante adiantou ainda a criação do Programa Dinheiro Direto na Escola – Escola Sustentável (PDDE – Escola Sustentável). Mais de R$ 100 milhões devem ser aplicados nas escolas públicas, em três anos, para o desenvolvimento de projetos ambientais, como hortas, eficiência energética, coleta de água da chuva, separação de lixo e até adaptação do espaço físico da escola em um prédio sustentável. Este ano, duas mil escolas receberão recursos do PDDE – Escola Sustentável.

     

    Assessoria de Comunicação Social

     

    Ouça a íntegra da participação do ministro no programa

     

     


  • As famílias envolvidas no projeto Bio Mais aprendem as técnicas da permacultura, uma forma de criar ambientes sustentáveis e trabalhar a favor da natureza, nunca contra ela (Arte: ACS/MEC)

    Hortas orgânicas, permacultura, utilização de material reciclado, tecnologia que transforma resíduo orgânico animal em gás de cozinha, tudo isso tem feito a diferença no cotidiano de comunidades carentes de Juazeiro do Norte, no Ceará. Fruto de um projeto desenvolvido por alunos de engenharia civil da Universidade Federal do Cariri, essas ações são o tema do programa Trilhas da Educação, transmitido pela Rádio MEC nesta sexta, 8.

    Trata-se do Bio Mais, criado pela ONG Internacional Enactus e que, atualmente, atende duas comunidades e uma escola daquela região. Ingrid Mazza, conselheira da Enactus e professora da Universidade Federal do Cariri, destaca que a meta é criar meios para que as famílias envolvidas no projeto progridam e enfrentem as condições adversas de sobrevivência. “A gente faz um meio de campo para colocar as famílias para venderem nas feiras públicas aqui da região”, exemplifica. ”A ideia é que os alunos saiam da comunidade quando ela já está organizada e consegue seguir sozinha.”

    O estudante Jonatas José, de 21 anos, é um dos alunos de engenharia civil que coordenam o projeto junto às comunidades. “O foco é criar um negócio lucrativo junto às comunidades com as quais a gente trabalha”, explica. ”Queremos criar um ciclo sustentável de produção.”

    Jonatas chama atenção para a importância da difusão dos conceitos fundamentais da permacultura, sistema de planejamento que visa à criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos, em equilíbrio com a natureza. Os princípios básicos desse sistema são cuidar da terra, cuidar das pessoas e cuidar do futuro, trabalhando a favor da natureza, nunca contra ela.

    O estudante cita o biodigestor rural como uma das ações de maior sucesso desenvolvidas nas comunidades locais de Santa Rosa e Sítio Boa. Construído com orientação dos estudantes e apoio dos moradores das comunidades, o biodigestor é ligado diretamente à casa das pessoas. Com o acréscimo de material orgânico, possibilita a produção de gás de cozinha.

    O número de interessados em participar do projeto não para de crescer. Segundo o estudante, três outras comunidades da região procuraram a equipe da Universidade Federal do Cariri com o objetivo de firmar novas parcerias. Por conta disso, informa Jonatas, atualmente já se estuda uma forma de expandir o Bio Mais, que atende diretamente 45 pessoas e, indiretamente, 140. Pouco a pouco, vão se formando novos voluntários para levar essa boa ideia adiante.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • O projeto Caixas da Natureza utiliza a curiosidade de estudantes para os elementos da natureza que fazem parte do dia a dia da localidade em que vivem. Com cara de brincadeira, o projeto tem transformando a rotina de muitas escolas no país.

    Criado pela pedagoga Ana Carol Thomé, em três anos, o Caixas da Natureza conseguiu interligar mais de 760 grupos de amigos, famílias e escolas, por meio da brincadeira.

    Os participantes trocam entre si folhas, flores, galhos, tudo o que encontram pelos caminhos rotineiros. A professora da Rede Pública Municipal de Educação de São Paulo, Angelina Costa, e os alunos embarcaram na ideia.

    Eles descobriram uma série de elementos. A professora também observou um maior estímulo à criatividade das crianças ao brincarem com os elementos da natureza.

    “Com muitos dos elementos que eles coletaram criamos brinquedos. Teve um elemento que foi na nossa caixa, que era aquela flor da bananeira. As crianças enrolaram uma fita de cetim envolta e eles brincaram que aquilo era cedros de rainha”, afirmou.

    O projeto recebe inscrições para a troca de caixas que acontece uma vez a cada estação do ano. Para participar, os professores ou outras pessoas interessadas fazem um cadastro no site do projeto.

    Saiba mais – O projeto Caixas da Natureza é o tema da edição desta sexta-feira, 17 de maio, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Confira o site do projeto

    Assessoria de Comunicação Social

  • Programa também vai mostrar como conciliar estudos para o Enem com a rotina


    O Rede Escola desta semana apresenta uma boa prática de sustentabilidade: uma professora do ensino público criou um Laboratório de Matemática Sustentável. No espaço, ela utiliza materiais reciclados para produzir instrumentos didáticos que a ajudam em sala de aula.

    Ciência – Planetas que não pertencem ao mesmo sistema planetário que a Terra serão discutidos pelo professor Walmir Cardoso, comentarista de Tecnologia e Ciência do programa. Ele vai comentar, mais especificamente, sobre o exoplaneta 51 PEGASI B, descoberto em 1995, e que tem a particularidade de girar em torno de uma estrela similar ao sol, tal como a Terra.

    Enem – Esta edição do programa também vai mostrar como conciliar os estudos para o Enem com os afazeres do dia a dia, da profissão e com a vida social. De olho na reta final de estudos para a prova, o Rede Escola apresenta a terceira de uma série de reportagens dedicadas aos candidatos que vão fazer as provas em novembro.

    Personalidades – O Rede Escola desta semana ainda traz uma reportagem sobre o cineasta e documentarista Daniel Gonçalves, que nasceu com uma deficiência que nenhum médico foi capaz de diagnosticar. Ele escreveu e dirigiu um filme sobre a própria vida, o “Meu Nome é Daniel”.

    O Rede Escola é apresentado em episódios inéditos toda sexta-feira, às 19h. Reapresentações no sábado, às 16h; domingo, às 12h; e segunda-feira, às 12h30. Para rever os episódios anteriores, a playlist completa está disponível no portal da TV Escola, no aplicativo e no canal da emissora no YouTube.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da TV Escola

Fim do conteúdo da página