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  • O Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Coordenação Pedagógica, carga horária de 405 horas, é voltado para a formação continuada e pós-graduada de profissionais que atuam em equipes de gestão pedagógica em escolas públicas de educação básica. O currículo do curso é estruturado em torno do eixo Organização do Trabalho Pedagógico, que sintetiza a dupla abrangência da função de Coordenação Pedagógica numa instituição educacional: o âmbito da escola compreendida como local social de formação crítica e cidadã e o âmbito da sala de aula, espaço em que a prática educativa acontece de forma planejada e intencional.

    Modo de implementação - o Curso é operado numa estrutura descentralizada, sob responsabilidade de Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES) que integram os estados federados do país, sob a coordenação da SEB/MEC e em colaboração com a Secretaria de Educação a Distância (SEED) e do Fundo de Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    Público-alvo - O curso destina-se aos Coordenadores Pedagógicos e\ou profissionais que exercem função equivalente e integram a equipe gestora da escola de educação básica.

    Seleção dos candidatos- Cada sistema de ensino realiza a pré-seleção dos candidatos e cada universidade realiza o processo seletivo para o ingresso no Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica. O processo seletivo inclui duas etapas: uma pré-inscrição feita pelos sistemas de ensino e, em seguida, uma seleção técnica feita pelas universidades responsáveis pelo curso. O atendimento priorizará os municípios e escolas com baixo ideb, e terá por base na seleção dos candidatos, os critérios mínimos de seleção:

    Critérios mínimos de seleção:

    Ser graduado em Pedagogia ou outra licenciatura plena.

    Pertencer à rede pública municipal e/ou estadual de educação básica, incluindo a Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial e Educação Profissional.

    Ter disponibilidade para dedicar, no mínimo, 10 horas/semanais ao curso.

    Ter disponibilidade para participar dos encontros presenciais nos locais previstos.

    A avaliação e Certificação – A prática avaliativa a ser desenvolvida deverá evidenciar o caráter formativo e processual da avaliação. Os procedimentos específicos de avaliação, bem como os critérios e valores mínimos de aproveitamento e freqüência exigidos para aprovação, poderão ser estabelecidos conforme as normas acadêmicas de cada IPES, com a observação ao que já está definido na Resolução CNE/CES nº 1, de 08/06/ 2007, que estabelece normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização. A certificação obedecerá às normas da universidade sede do curso.
  • As inúmeras atividades desenvolvidas diariamente na coordenação pedagógica de uma escola da rede pública de Brasília deixam Maria Luiza Alves de Moura cansada, mas também realizada. Para ela, a função que exerce é polivalente e engloba, além da parte pedagógica, práticas habitualmente desempenhadas por pais, professores, profissionais de saúde e até mesmo delegados.

    “Procuro fazer o melhor dentro do possível e conto com boa equipe de professores e gestores”, assegura Maria Luiza. Ela trabalha no Centro de Ensino Fundamental (CEF) da SQN 102. Licenciada em ciências, matemática, e biologia, pós-graduada em psicopedagogia institucional, Maria Luiza está na carreira do magistério há 32 anos, sempre na rede pública. Desse período, 26 anos foram dedicados à regência de classe, como professora de ciências e biologia, e seis à coordenadoria pedagógica.

    A cada início de ano letivo, a escola promove a Semana Pedagógica. “São revistas as metas da proposta pedagógica do ano anterior, refeitas as que não fluíram e reforçadas as que obtiveram sucesso”, revela. Nesse período, são acolhidos os novos professores, discutidas sugestões de melhoria do trabalho e estabelecido cronograma com os eventos previstos para o decorrer do ano — datas festivas, reuniões com os pais e conselhos de classe.

    Na primeira semana de aulas, é destacada, entre os estudantes, a importância da boa convivência no ambiente escolar. Isso é feito por meio de oficinas, com temas que envolvam valores e com a distribuição e a leitura do regimento escolar.

    Desafios — A professora brasiliense assegura que o principal desafio enfrentado como coordenadora pedagógica é o próprio sistema educacional, consequência de problemas como a falta de professores no início de cada ano letivo e o grande número de alunos nas turmas. Para ela, classes mais reduzidas permitiriam melhorar a qualidade do atendimento.

    De acordo com Maria Luiza, as crianças, hoje, atropelam o tempo, pela curiosidade, pelo amadurecimento precoce, pela inversão de valores, pela sede de tecnologia em suas vidas. “Isso exige do professor habilidades diversas para atender as necessidades dos alunos”, afirma.

    Outro problema citado por Maria Luiza é substituição de professores com contrato temporário por profissionais com cargos efetivos no decorrer do ano letivo. A mudança provoca transtornos de relacionamento e de adaptação dos alunos, além de alterações no método de trabalho. “Na maioria das vezes, isso acontece no meio de um bimestre, o que é lamentável, pois o aluno acaba prejudicado”, salienta. “Percebemos claramente como o rendimento cai e a indisciplina aumenta.”

    O excesso de projetos que, segundo Maria Luiza, minam o período letivo, é outra questão que a incomoda. Ela diz entender que a educação não pode se pautar em pilares estáticos, pois a inovação é importante, mas que tudo precisa ser feito na medida certa, com base no cotidiano da comunidade e, principalmente, no número de aulas previstas para cada professor. “Ninguém sobrecarregado consegue realizar um bom trabalho”, afirma.

    Fátima Schenini

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  • Perceber que a maioria dos professores está comprometida com a prática docente e se preocupa em fazer a diferença é o que mais gratifica a pedagoga Ivonir Silveira da Rosa, de Venâncio Aires (RS). Há mais de dez anos no magistério, ela já trabalhou com educação infantil, séries iniciais do ensino fundamental, supervisão escolar e como vice-diretora. Com curso de especialização em psicopedagogia institucional, Ivonir atua como coordenadora pedagógica e supervisora na Escola Estadual de Ensino Médio Wolfram Metzler, onde também mantém um blog.

    Para ela, é uma satisfação observar que há espaço para o diálogo e que é possível, apesar das resistências, avançar e construir possibilidades na prática docente ou o reforço de atividades que apresentam resultado positivo. “É fundamental o professor perceber que tem espaço para falar, mas também saber mudar de atitude ao constatar que a opinião dele não é a da maioria ou não leva a uma melhoria no processo de ensino-aprendizagem”, destaca Ivonir.

    Desafios — Entre as maiores dificuldades enfrentadas na coordenação pedagógica, Ivonir cita a troca de professores no decorrer do ano letivo, a resistência a horários para reuniões pedagógicas e a falta de coerência do plano de trabalho com o de estudos. Outros desafios são a falta de recursos pedagógicos de apoio, como laboratórios de ciências e de informática, e de profissionais disponíveis para auxiliar o professor.

    “O professor, sozinho, não consegue usar as tecnologias em seu trabalho”, avalia. Para ela, no entanto, a maior dificuldade é a impossibilidade de acompanhar tudo o que acontece no âmbito escolar, pois as atividades burocráticas tomam muito tempo.

    Ivonir é responsável pela reativação do Grêmio Estudantil. “Por meio dele, percebo como está o trabalho em sala de aula, as relações com os colegas e a organização dos estudantes em busca da realização de objetivos”, salienta. Alunos da quarta série do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio (diretoria e colaboradores) participam da agremiação.

    Fátima Schenini

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