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  • O Ministério da Educação lança, no 10º Encontro Nacional do Programa Bolsa Família na Educação, a Plataforma Iniciativa Trajetórias Escolares, Desigualdades e Diversidades. O evento acontece até sexta-feira, 7, em Brasília. A iniciativa se destina a permitir o acompanhamento da situação de alunos beneficiados pelo Bolsa Família, que possam estar fora da escola, em vias de abandoná-la ou em risco de violência, trabalho infantil, etc.

    A exclusão está relacionada a casos de repetência, abandono e evasão escolar. Por isso, o encontro busca enfrentar os principais problemas referentes à permanência e à conclusão dos estudos na idade adequada das crianças e adolescentes em situação de pobreza e em vulnerabilidade social. A intenção é acompanhar os casos mais sensíveis.

    O diretor de Educação, Direitos Humanos e Cidadania do MEC, Daniel Ximenes, explica que nos cinco períodos de coleta de informações do acompanhamento da frequência foram observados diversos casos de crianças que apresentam situações mais sensíveis na frequência escolar.

    “Esse trabalho será uma lupa, uma oportunidade para que nós consigamos observar e trabalhar junto com estados e municípios para reverter a possibilidade de abandono escolar das crianças que apresentam maior risco”, explicou Ximenes.

    Mais de 14 de milhões de crianças e adolescentes, entre 6 e 17 anos, compõem o público da iniciativa. Eles serão acompanhados bimestralmente em sua frequência escolar (condicionalidade de educação do Programa Bolsa Família), em quase 140 mil escolas, com o trabalho realizado por 56 mil funcionários cadastrados no Sistema Presença.

    Daniel Ximenes afirma que as oportunidades têm de ser iguais a todos os brasileiros. “Temos que trabalhar no Brasil para que todas as crianças, as mais pobres inclusive, tenham uma trajetória escolar regular como as crianças de classes média e alta têm. Apenas 58% dos jovens de 19 anos de idade no Brasil têm ensino médio completo. Então temos que reverter essa situação”, alertou Ximenes.

    Fortalecimento – O encontro busca fortalecer a interlocução entre MEC, estados e Distrito Federal, para refletir, discutir e planejar ações estratégicas. Será também o momento de celebração dos melhores resultados de toda a série histórica do acompanhamento da frequência escolar do PBF que, no último período, relativo aos meses de agosto e setembro de 2018, atingiu quase 94% do acompanhamento do público total do programa, sendo o melhor resultado de toda a série histórica a contar de 2007.

    “Hoje o Bolsa Família é reconhecido como o gasto social mais bem focalizado do Brasil, já que 89% dos recursos do programa chegam aos 40% mais pobres da população brasileira. Numa comparação internacional, o BF fica seguramente entre os três ou quatro programas mais bem focalizados do mundo”, observa o secretário nacional de Renda de Cidadania, Tiago Falcão.

    Florence Bauer, representante no Brasil do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), destacou a importância do programa, não apenas no país. “O Bolsa Família é sempre reconhecido a nível internacional como iniciativa exemplar em termos de abrangência, do impacto de redução da pobreza, do enfoque de direitos humanos integrado dentro das condicionalidades (do programa) e, assim, influenciando outros programas no mundo inteiro”, observou.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estimular a população a pensar sobre a própria educação. Com essa proposta de integração, o Governo da Paraíba tenta minimizar os problemas do estado na área após a criação do desafio Solução Nota 10.

    Inspirado no Desafio da Sustentabilidade, do Ministério da Educação, o projeto paraibano é uma consulta pública destinada a colher subsídios para promover inovações no ensino por meio da participação social. “Queremos trazer questões que antes eram discutidas apenas por especialistas para a comunidade em geral”, explica a professora Roziane Marinho Ribeiro, secretária-executiva de gestão pedagógica do estado.

    Segundo a professora, o projeto, de gestão participativa, busca a inserção da comunidade na escola. O desafio é composto por sete perguntas. A primeira consulta, aberta desde 10 de fevereiro, quer a apresentação de ideias e sugestões da comunidade sobre a redução da evasão escolar na Paraíba.

    Roziane entende que a sociedade tem pouco espaço para discutir essas questões, consideradas “problemas macro da educação”. A professora acredita que a consulta pública faz a população pensar sobre a própria educação.

    A exemplo do Desafio da Sustentabilidade, é necessário preencher um cadastro pela internet e responder à pergunta. As pessoas cadastradas podem colaborar com publicação de ideias, com o apoio ou comentários sobre as propostas dos demais participantes. Ao final de cada uma das sete etapas, as melhores sugestões serão premiadas.

    Mais informações na página do desafio Solução Nota 10 na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • O Brasil tem 2,8 milhões de crianças e adolescentes entre quatro e 17 anos que não estudam, de acordo com o Censo Escolar de 2016. Com base nesse número, o programa Salto para o Futuro desta quarta-feira, 1º de novembro, discute formas de combate à evasão escolar. Exibido pela TV Escola, vai ao ar às 19h e terá como convidados o chefe de Educação e Parcerias do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Italo Dutra, a assessora da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, Ana Lúcia Barros, e a gestora de campo do projeto Aluno Presente, Gisele Martins.

    “A estrutura de rede de proteção às crianças precisa estar integrada às redes de saúde e educação. Só assim será possível realmente garantir direitos fundamentais aos jovens brasileiros”, alerta Ítalo Dutra. Entre as possíveis estratégias levantadas no programa estão a Busca-Ativa Escolar, desenvolvida pelo Unicef para conter a evasão escolar. Também serão apresentados os resultados da experiência realizada na rede municipal do Rio de Janeiro, por meio do projeto Aluno Presente.

    O maior contingente de brasileiros que não frequentam a escola, aproximadamente 1,6 milhão de pessoas, está na faixa etária dos 15 aos 17 anos. O segundo maior grupo que ainda não tem assegurado o acesso à educação está na faixa dos quatro a cinco anos. São 821 mil crianças fora da pré-escola. O programa Salto para o Futuro é comandado pelos apresentadores Bárbara Pereira e Murilo Ribeiro.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Encantar para Ficar é um projeto de redução da evasão escolar desenvolvido por professores e estudantes da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) em duas escolas públicas de ensino médio em Foz do Iguaçu, Paraná. O projeto reúne educadores da universidade, acadêmicos do curso de ciências da natureza que se preparam para o magistério em química, física e biologia, supervisores e 90 alunos do ensino médio público das escolas Dom Pedro II e Gustavo Dobrandino da Silva. O projeto tem o apoio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) do Ministério da Educação.

    Em 2013, educadores da Unila fizeram um diagnóstico da alta evasão entre estudantes do primeiro ano do ensino médio nas duas escolas. O trabalho levou à criação do projeto Encantar para Ficar. A pesquisa para entender as razões do abandono escolar tão precoce — em torno de abril e maio —, abordou diretores, pedagogos e alunos.

    Segundo a coordenadora do projeto, a pedagoga Catarina Fernandes, os estudantes foram objetivos nas respostas — não entendiam as disciplinas de ciências exatas, tiravam notas baixas e abandonavam as aulas. Também foi indagado aos estudantes, uma vez fora da escola, aos 15 ou aos 16 anos de idade, para onde eles iam. A resposta foi decisiva para a universidade. Muitos jovens se tornavam atravessadores de mercadorias. Ou seja, levavam produtos de forma ilícita de Ciudad del Este, no Paraguai, para Foz do Iguaçu. Da urgência de mudar esse cenário surgiu o projeto.

    O Encantar para Ficar envolve duas ações de aprendizagem. Uma com 15 estudantes de licenciatura (cinco em física, cinco em química e cinco em biologia), bolsistas do Pibid; outra, com 90 alunos do ensino médio (30 da escola Dom Pedro II, no bairro Morumbi, e 60 da Gustavo Dobrandino, no bairro Jardim Patriarca). Participam três professores pesquisadores da Unila nas áreas de física, química e biologia e três supervisores das escolas, sob a coordenação de Catarina Fernandes.

    Sair do giz e ir para o laboratório. Esse roteiro norteia o projeto, que tem várias dinâmicas, segundo a coordenadora. O processo começa com os bolsistas da Unila, por disciplina. Os cinco acadêmicos de química, por exemplo, assistem a uma aula do professor da matéria na escola do ensino médio. Depois da aula, têm encontro com o supervisor da disciplina na escola e com o pesquisador de química da Unila. Ali, eles tiram as dúvidas e se aprofundam no conteúdo abordado pelo professor do ensino médio. Na etapa seguinte, cada bolsista vai ao laboratório com um grupo de alunos, na função de monitor. A jornada semanal do monitor é de 12 horas.

    Avaliação— Catarina salienta que o aluno da licenciatura aprende melhor os conteúdos com o pesquisador. Depois, como monitor, tem o desafio de explicar e também tirar dúvidas, além de praticar a docência, que é o objetivo da formação superior. Para os alunos do ensino médio, as aulas de reforço e os experimentos no laboratório dão o suporte que precisam para aprender e melhorar as notas. Servem também de estímulo para continuar estudando.

    Segundo o professor de física do Centro Interdisciplinar de Ciências da Natureza da Unila, Rodrigo Leonardo de Oliveira Basso, que participa do projeto na escola Dom Pedro II, o Encantar para Ficar atua para reduzir a evasão tanto de alunos de licenciatura quanto dos que estão no ensino médio. Ele explica que é forte a parte experimental. O bolsista de licenciatura aprende a usar o laboratório e descobre outras dimensões da disciplina e suas aplicações. O mesmo acontece com os adolescentes e jovens do ensino médio. Os experimentos ajudam na compreensão do conteúdo e reforçam a permanência na escola.

    Resultados— Embora o projeto seja novo — começou este ano —, a primeira boa notícia é a permanência nas escolas dos 90 estudantes do ensino médio. Além disso, os 15 bolsistas de física, química e biologia têm se destacado entre os colegas de turma na Unila.

    Para os professores dessas disciplinas nas duas escolas, o destaque é aprender a usar os laboratórios nas próprias unidades de ensino. Rodrigo Basso observa que muitos professores deixam de dar aulas no laboratório por falta de carga horária. O projeto também pode ajudar nessa mudança. Para a Unila, segundo Catarina, a maior conquista é o exercício da função social da instituição. O Encantar para Ficar tem duração de 48 meses, com bolsas do Pibid.

    Ionice Lorenzoni

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